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O processo de avaliação, a inclusão digital, a educação e trabalho na EJA.

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O processo de avaliação, a inclusão digital, a educação e trabalho na EJA. 
Acadêmicos¹
Dijalma Walichek Junior
Tutor Externo²
Carolina Ferreira Brezolin
	
RESUMO
Este estudo objetivou compreender e apresentar o processo de surgimento e criação da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, a EJA. Onde foi visível uma participação da sociedade na formação da Educação de Jovens e Adultos, diferente do que ocorreu no ensino regular no Brasil. Essa metodologia de ensino é difícil por conta das propostas brasileiras que enfrentam muitas barreiras. Embora tenha trabalhado muito para se organizar o Ensino da EJA, o que se obteve até hoje, foi uma experiência espelho, daquilo que se estava propondo, a cada mudança que ocorria no sistema educacional brasileiro. Por fim, a pesquisa realizada nos trouxe a entender que não existiam propostas de aprofundamento sobre a parte social o que é importante e necessário ou ainda quanto à capacidade cognitiva dos sujeitos envolvidos no processo e como eles construíram o seu conhecimento.
Palavras-chave: Educação; Processo de avaliação; EJA.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho se caracteriza pelo trabalho de conclusão da disciplina Prática Interdisciplinar: Educação de Jovens e Adultos, destinado ao Curso de Pedagogia, que tem por finalidade refletir sobre os métodos utilizados no ensino dos jovens e adultos no ensino público atualmente no Brasil. 
A educação de jovens e adultos (EJA), é uma forma de ensino, que tem como objetivo, desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para aqueles alunos que não possuem mais idade escolar e oportunidade de estudo. A iniciativa se deu após pesquisas financiadas pela coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) até o ano de 2009.
EJA sigla que se refere a Educação de jovens e adultos, uma forma de ensino voltada para aqueles que não concluíram ou que por algum motivo parou ou quem sabe não teve a oportunidade de concluir os estudos. Essa forma de ensino está destinada a duas categorias, ou seja, pessoas que não concluíram o fundamental e Ensino Médio.
Vale ressaltar que o processo de avaliação na EJA não se dá necessariamente pela prova, não é a única opção é importante que esse estudante tenha uma bagagem, carregando consigo, ou seja, traga consigo tudo aquilo que adquiriu de conhecimento, saiba questionar e seja um pensador crítico.
A tecnologia por sua vez é uma excelente aliada no processo de inclusão, pois ela abre um leque de possibilidades tanto no quesito informação, conhecimento e aprendizado como a oportunidade de se atualizar e se inserir no mercado de trabalho.
O educador deve estar atento ao comportamento de seus alunos, não apenas nos alunos mais agitados, mas, também nos alunos mais desligados e quietos, o professor deve se preocupar com o ambiente escolar, em especial a sala de aula, o desenvolvimento das atividades, a organização e principalmente a relação professor aluno e o processo avaliativo. Cabe ao professor olhar para esse aluno e procurar maneiras de intervir na desmotivação dos alunos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Buscando atender as legislações em torno da EJA, vários programas educacionais são desenvolvidos para os jovens e adultos, porém muitos são esporadicamente descontinuados, por algumas instituições de ensino, como é o caso do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), Telecurso que foi adaptado e renomeado como Novo Telecurso, tendo como foco os alunos que paralisarem os estudos ou se adaptarem a um novo processo educacional, a fim de dar continuidade nos seus estudos. Estes fatos contribuem para a perpetuação da ideia de que ações voltadas à escolarização de jovens e adultos são sempre temporárias e descontínuas, o que por sua vez, podem desestimular ainda mais os jovens e adultos a não finalizarem seus estudos.
Em sala de aula é comum o professor perceber a desmotivação e desinteresse por parte de alguns alunos, é visível que nossos alunos convivem em uma sociedade rodeada de tecnologias e ao chegar na sala de aula, o aluno se depara com quatro paredes sem significado aparente e professores tradicionalistas, causando assim tal desinteresse por parte dos alunos. Infelizmente um número significativo de jovens frequentam a escola pela necessidade de obter um certificado para ingressar no mercado de trabalho, ou frequentar as aulas por obrigação dos pais. Essas questões levantadas nos preocupam bastante pois aumenta gradativamente a evasão escolar.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi instituída legalmente no Brasil em 1996, criada pelo governo federal e passa por todos os níveis de educação básica do país. É uma modalidade de ensino fundamental e médio da rede pública e privada, destinado aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola em sua idade apropriada, por diversos motivos, como por exemplo a necessidade de trabalhar, assim como diz a lei. "A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria (Artigo 37, LDB).”
Essa modalidade de ensino pode ser tanto no ensino presencial, como no ensino a distância (EAD). O aluno que optar pelo presencial normalmente estuda à noite e precisa ir até a escola, já o que opta pelo EAD tem um estudo mais flexível, feito pela internet com a apostila oferecida pela instituição. A educação de jovens e adultos funciona da seguinte forma:
· EJA ENSINO FUNDAMENTAL: É direcionada aos jovens a partir de 15 anos que não completaram o ensino fundamental (1° e o 9° ano). E tem o tempo médio de conclusão de dois anos. 
· EJA ENSINO MÉDIO: É direcionada aos alunos maiores de 18 anos, que necessitam completar o 1°, 2° e 3° ano do ensino médio, com o tempo de conclusão de dois anos também.
A abordagem metodológica neste sentido não deve ser desenvolvida com os mesmos parâmetros utilizados para se trabalhar com crianças, o professor tem que ter sempre em vista, que está lidando com adultos, vividos e diversificados. Um aluno de 30 anos, retomando os anos escolares correspondente ao 4º ano do ensino fundamental não se interessa por uma atividade caracterizadamente infantil, por isso a necessidade de abordar conteúdos mais maduro, visando a vivência de cada um, que vá ao encontro daquilo que esse público deseja. "A educação reflete as transformações da base material da sociedade e, por isso, não está acima da sociedade, mas consiste em uma dimensão concreta da vida material e que se modela em consonância com as condições de existência dessa mesma sociedade (BUENO; GOMES, 2011, p. 54)."
A prova do EJA no ensino fundamental e médio seguem o mesmo critério, é realizada pelas secretarias municipais ou estaduais de educação. A inscrição é gratuita, porém o aluno precisa ter pelo menos 15 anos para realizá-la. 
Apesar de sermos o país com maior número de analfabetismo, o Brasil já deu um grande passo nas questões que se referem a alfabetização de jovens e adultos, principalmente no quesito digital. "Inclusão digital é o processo de alfabetização tecnológica e acesso a recursos tecnológicos, no qual estão inclusas as iniciativas para a divulgação da Sociedade da Informação entre as classes menos favorecidas, impulsionadas tanto pelo governo como por iniciativas de caráter não governamental. (NAZARENO, 2006, p.13)"
Entretanto, ainda existem problemas, como o adulto que procura a escola não quer apenas aprender a ler e a escrever, ele quer e necessita é de atualização com o contexto social em que vive e faz parte e muitas vezes não encontram essa realidade.
A defasagem escolar é grande, segundo a Lei 9.394/96 art. 37: “a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL).”
 Se realmente ocorresse o que está previsto em lei, mais jovens estariam dentro das escolas.
"A função qualificadora visualiza a educação como uma chave indispensável para o exercício da cidadania. E, nesse contexto, aEducação de Jovens e Adultos corresponde a um direito frente à sociedade da informação e do conhecimento, caracterizando um componente da condição plena para uma participação ativa na sociedade. (SANTOS, 2016, p. 27)"
Essa política educacional não nasceu apenas no gabinete, foi a defasagem educacional e a implantação das indústrias no Brasil, na política de Getúlio Vargas, junto com a população brasileira, que causou a implantação de políticas públicas para a EJA. Para Freitas Giuliano, o jovem quer trabalhar, mas falta qualificação e oportunidades, principalmente a de concluir a educação básica e ter domínio das novas tecnologias. A procura é grande, mas a oferta é pequena. As propostas são boas, mas falta dedicação e implementação, a maioria da população não fica nem sabendo das oportunidades, e os que ficam se deparam com uma forte concorrência, que muitas vezes estão mais preparados.
É importante que repensemos nosso conceito de educação para jovens e adultos, de uma maneira mais ampla, levando em consideração a desigualdade atual e sua vivência. Assim observa-se ainda que muitos desses jovens, adultos e idosos que pararam há anos de estudar não acompanharam os avanços tecnológicos e sentem dificuldade de manusear determinadas ferramentas. Houve grandes avanços tecnológicos e isso está acontecendo diariamente, que está tomando destaque na educação e gerando impacto positivo. Pode-se considerar que incluir os estudantes da EJA no mundo digital é de suma importância para um futuro promissor sabendo que as tecnologias despertam o interesse dessas pessoas.
"O computador, então, pode passar a contribuir não apenas para a inclusão digital e social desses indivíduos, como também, no que se refere a uma classe de EJA, um recurso extra para apropriação de leitura e escrita, uma motivação ao conhecimento e oportunidade de investigar diferentes aspectos do processo de aprendizagem na educação de adultos, numa mistura de realização e prazer, elevando a autoestima desses indivíduos. (NUNCIATO, 2009, p. 09)"
E é exatamente por essas questões que se torna importante sempre haver motivação na utilização do laboratório dentro das escolas. Mesmo que alguns professores não se sintam à vontade em trabalhar a informática com os alunos, por exemplo pela falta de prática com o uso do computador, isso pode gerar uma determinada dificuldade ainda mais nos alunos. Na EJA temos alunos de diversificadas idades e etnias, por isso é importante ter um profissional em informática presente no laboratório e é notório algumas dificuldades pelo fato de algumas salas serem em locais que não apresentam condições para a execução das práticas de informática. Sendo assim, é necessário encontrarmos meios que façam esta inserção como: o uso de ferramentas móveis que visam trazer uma aproximação dos Alunos-Professores. 
O governo federal elaborou em 1996 os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecendo diretrizes para a estruturação dos currículos escolares em todo o território Brasileiro, focando a qualidade de ensino. Sabemos que a educação brasileira ainda apresenta características alienadas, contribuindo para a formação de seres passivos, eximindo-se do compromisso de formar cidadãos ativos e conscientes. Rodrigues (1991, p. 35) afirma que: 
...Incapaz de ampliar e organizar a consciência crítica dos educandos, essa educação se converte em inutilidade formal, ainda que recheada de discurso sobre a importância e o valor de conhecimento crítico e de atenção proclamada de se fazer educação política (RODRIGUES, 1991, P. 35).
É certo que enquanto as leis não proporcionarem mudanças realmente satisfatórias, as escolas públicas continuaram apresentando padrões inferiores aos propostos em leis, pois sabemos que falta estrutura física adequada das escolas, faltam recursos materiais didáticos e pedagógicos, falta valorização dos professores, e capacitação. Esses fatos impedem o Brasil de sair da zona de deficiente e excludente para enfim escrever uma nova história pautada em uma educação libertadora. 
Podemos caracterizar alguns conceitos e medidas que representam as políticas no campo educacional como produtividade, qualidade de ensino, abertura de ensino superior para a classe privada, ampliação de uma abordagem utilitária de pesquisa científica, entre muitos outros. Diante dessas exigências reproduzidas, novas tecnologias e espírito empreendedor para atender as necessidades econômicas, levaram a avaliação a servir de instrumento para aferir competências e qualidade na condição de competitividade entre organizações, docentes e discentes. 
A flexibilidade da lei a este respeito é muito importante para que o educador possa se organizar de acordo com as condições de aprendizagem de seus alunos. A LDB em seu artigo 37º nos oferece diversas possibilidades de organização curricular, permitindo certa autonomia diante das necessidades educacionais dos alunos do EJA.
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (BRASIL, 1996).
Cada aluno tem seu tempo de aprender, seu ritmo próprio, por isso é necessário pensar em práticas pedagógicas adequadas ao perfil da turma, olhando tanto o coletivo quanto o individual. Nossa realidade mostra que em muitas escolas, um número significativo de alunos não consegue o mínimo que supostamente deveria aprender, e isso gera uma certa inquietação em todo o corpo escolar. Há muitas questões dentro da escola que cabe ao educador repensar as práticas pedagógicas em busca daquela mais adequada para o perfil dos jovens. Segundo Padilha (2002, p. 13) "Nesse sentido, compreender a prática pedagógica faz parte de um processo que pressupõe o estudo e a compreensão da totalidade da realidade social, [...] definir o que estudar, quem estudar.” Não basta apenas o professor ter o tema do conteúdo a ser trabalhado em sala de aula, ele precisa se cercar de formas e estratégias para transferir esse conhecimento de maneira que o aluno sinta prazer em aprender. Para MORETTO:
É preciso que o professor conheça as características psicossociais e cognitivas de seus alunos. Ele precisa ter sensibilidade e fundamentações necessárias para detectar o contexto de vivência de seus alunos e com isso saber ancorar os novos conhecimentos propostos pela escola. Assim, precisa identificar, analisar e compreender as características de desenvolvimento psicológico e social deles para que seu ensino seja eficiente e eficaz. Assim, conhecendo suas realidades, poderá usar uma linguagem adequada e contextualizada. (MORETTO, 2011, p. 104).
Outra estratégia que os órgãos públicos podem e devem estar ofertando as escolas, são as formações continuadas para os professores, uma vez que essas formações não tem a função apenas de um curso isolado, mas sim contínua e de qualidade, de maneira que atenda às necessidades do professor e de condições para que possa intervir na sua realidade escolar. 
Vivemos em um país onde há muitas pessoas com escolaridade incompleta até o ensino médio. Este fato se dá, entre muitos motivos, pelo descaso de algumas instituições ou sistemas de ensino perante a Educação de Jovens e Adultos. E para mudarmos essas estatísticas, é preciso que tanto as instituições quanto os profissionais que atuam nesse segmento, atendam o que rege a LDB e a Constituição Federal do Brasil de 1988, além de repensar suas práticas pedagógicas, e assegurem as condições apropriadas no atendimento escolar a estes jovens e adultos, levando em consideração seus interesses, suas vivências e características, contribuindo assim com a redução da evasão escolar neste segmento.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho aderiu como metodologia O processo de avaliação, a inclusão digital, a educação e trabalho na EJA, observamos os resultados e os métodos utilizados para o embasamento do nosso artigo, com base em pesquisas realizadasem sites, na legislação que rege essa modalidade de ensino, assim como as políticas públicas que norteiam a EJA e artigos sobre o assunto escolhido
 O que pouca gente sabe, é que o EJA, surgiu ainda nos tempos do Brasil Colônia, em que os padres catequizavam os povos indígenas, essa cultura tinha como objetivo, ensinar os trabalhos manuais que seriam realizados por eles (os povos indígenas), e posteriormente por meio dessas produções, movimentarem a economia colonial da época. 
Apesar de sermos o país com maior número de analfabetismo, o Brasil já deu um grande passo nas questões que se referem a alfabetização de jovens e adultos. Entretanto, ainda existem problemas, como o adulto que procura a escola não quer apenas aprender a ler e a escrever, ele quer e necessita é de atualização com o contexto social em que vive e faz parte e muitas vezes não encontram essa realidade.
FIGURA 1- Normas, Leis e Diretrizes.
 
 
 
 
Fonte:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/PCB11_2000.pdf (Parecer 11.200/2000)
 A imagem acima refere-se à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou seja, a lei que rege e assegura o direito de ensino da Educação Infantil ao superior.
Foram utilizados categorias de análise que buscaram explorar as percepções de todos os envolvidos na comunidade escolar, a fim de averiguar quais eram as metodologias utilizadas antigamente em sala de aula, como era o relacionamento professor e aluno e quais estratégias esses professores utilizavam para despertar a atenção dos alunos, da mesma forma buscamos entender o que mudou atualmente para desencadear o desinteresse dos alunos.
Os dados foram estudados utilizando análise de conteúdo segundo Bardin (1991). A análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações. "Não se trata de um instrumento, mas de um leque de apetrechos; ou com maior rigor, trata-se de um único instrumento, mas marcado por uma grande disparidade de formas e adaptável a um campo de aplicação muito vasto: as comunicações" (BARDIN, 1991, p. 31).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante esta investigação de caráter bibliográfico foi possível comprovar os avanços significativos que aconteceram na área da educação. Atualmente a realidade dos alunos é considerada no momento de planejar as aulas, ou seja, o ensino faz sentido na vida do estudante. A educação com o decorrer do tempo passou a considerar relevante o aluno, seu espaço geográfico, o seu ambiente de cotidiano, seu modo de vida que é um dos objetivos de pesquisa deste trabalho. 
    As novas tecnologias constituem um ambiente em mudança em todos os nossos campos da sociedade. O caminho percorrido para escrever este trabalho foi por meio de pesquisa bibliográfica. Por meio de pesquisas com diferentes autores, descobrimos que as novas tecnologias na educação abrangem novos conhecimentos, oferecem alternativas ilimitadas e ferramentas que, se implementadas adequadamente, podem auxiliar o desenvolvimento dos alunos na sala de aula e nos planos e ações dos professores.
Por meio da reflexão e comparação de observações e teorias, discutem-se os conceitos de motivação e negatividade escolar, podendo-se observar uma negativa preocupante entre os alunos da EJA, que se ausentam das interações em sala de aula.
Há muitas razões para esse desinteresse, tanto pessoal quanto institucional: turbulência familiar, situação social e baixa situação financeira, a forma como as instituições escolares tratam os alunos, profissionais e métodos, e falta de interesse pessoal.
A introdução de novas tecnologias aos sujeitos da EJA se faz pertinente pois é sabido que a cultura digital já se faz presente nas vidas de nossos estudantes que, de alguma maneira, relacionam-se com esse nosso ambiente tecnológico.
Ainda há muito a se dizer sobre o sub investimento do governo em educação, mas talvez os maiores problemas estejam na organização da gestão escolar, secretarias e agências de distribuição e assuntos públicos, dada a clareza e variedade de investimentos em educação e programas de ajuda para o seu desenvolvimento.
Mas seria injusto, no mínimo, colocar a culpa do sucesso ou do fracasso educacional inteiramente na escola, pois há também a falta de interesse pessoal, um impulso motivador e algo que alegra as ações dos alunos. Aprenda e busque, na educação, um futuro promissor.
A comunidade escolar deve atuar com ética e responsabilidades suprindo as necessidades dos educandos, buscando uma educação que realmente faça a diferença para os cidadãos que vivem em uma sociedade contemporânea, esse trabalho coletivo pode dar a escola pública um novo rumo no processo de democratização. Apesar da grande comunicação e supremacia do modelo de ensino instrucional, a educação caminha para novas perspectivas, mais dinâmicas e integrativas, conforme diversos países e escolas ao redor do mundo vêm demonstrando.
    Acredita-se que a educação baseada numa aprendizagem colaborativa e com significado, ajuda a promover indivíduos mais felizes e conscientes de suas escolhas, consequentemente mais preparados para o futuro. A ideia é incentivá-los a serem protagonistas de sua educação, utilizando recursos que aproximem a escola ao dia a dia.
    Espera-se que as reflexões aqui propostas contribuam para conscientizar aos sujeitos envolvidos no processo de que os estudantes da EJA necessitam de oportunidades de ampliação de conhecimentos sobre as TICs. O uso das tecnologias permite uma relação de aprendizado mútuo, de respeito, cooperação e crescimento acadêmico.
    Reforçasse que cabe ao professor estreitar as relações dentro da sala de aula, pois essa atitude é fundamental para o processo de democratização e promoção da qualidade da educação. Ele precisa estar cada vez mais atento e comprometido com sua prática, trabalhar com inovação sem deixar de lado o planejamento de suas ações, pois o processo educativo exige organização sistemática, sem abandonar os princípios de liberdade, atendimento às necessidades individuais e coletivas.
    Percebeu-se que para promover uma educação que preza pelo aluno do EJA, é preciso proporcionar uma aprendizagem significativa, levando em consideração o conhecimento prévio de cada indivíduo, desenvolvendo assim habilidades e competências por meios das interações sociais que servem de subsídio para o mercado de trabalho, pois muitos alunos conciliam seus estudos com o trabalho.
    É importante que os profissionais que atuam nesse segmento, utilizem estratégias que sejam significativas aos alunos, levando em consideração a realidade, o convívio social e profissional, relacionando a teoria com a prática.
    É importante ressaltar que a conclusão dos estudos é a consequência do aprendizado, onde os profissionais podem estar possibilitando aos jovens e adultos um melhor ingresso no mercado de trabalho, em cursos profissionalizantes, superiores e consequentemente possibilitando melhorias na qualidade de vida tanto pessoal quanto profissional.
    Por fim, reiteramos que para garantir a participação efetiva dos alunos da Educação de jovens e adultos em um mundo globalizado, precisamos inspirar sua curiosidade e não ter mais medo de lidar com essa “novidade” ou nova tecnologia. Além disso, a entrada da tecnologia nos espaços de ensino e aprendizagem da EJA é essencial, a fim de contribuir também para os objetivos da educação escolar nestas disciplinas, os professores devem estar bem preparados para isso.
5. CONCLUSÃO
Por fim concluímos que a Educação de Jovens e Adultos, no Brasil, surge de iniciativas involuntárias, entretanto foi mais popular do que as demais iniciativas educacionais no Brasil, após décadas de descaso e despreocupação o governo brasileiro por uma imposição de se ter uma boa imagem e pela necessidade também de “melhorar a mão-de-obra” inicia um processo de formação para jovens e adultos com medidas baixas e sem atender o objetivo de formar cidadãos. No entanto, o sucesso e as boas experiências de associações e outros governos (mesmo estadual e federal) serviramde exemplo para a construção da educação inclusiva, mesmo quando não havia interesse governamental na época.
Paulo Freire, em sua pedagogia da autonomia, que defendia e buscava melhorias no ensino, já vinha sendo divulgado nos esforços dos movimentos sociais, igrejas, associações em seus esforços para suprir a deficiência da educação de jovens e adultos desde os anos 60. E hoje vemos como a educação da EJA possuem muito a sombra da pedagogia libertadora, que mostra a importância de levar em consideração a bagagem do aluno, sendo assim entende-se que a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, tem uma formação muito mais social que a educação regular no Brasil, pois nasceu desde o início de iniciativas populares e involuntárias e se estabeleceu quase por se próprio esforço.
É importante que os profissionais que atuam nesse segmento, utilizem estratégias que sejam significativas aos alunos, levando em consideração a realidade, o convívio social e profissional, relacionando a teoria com a prática.
É importante ressaltar que a conclusão dos estudos é a consequência do aprendizado, onde os profissionais podem estar possibilitando aos jovens e adultos um melhor ingresso no mercado de trabalho, em cursos profissionalizantes, superiores e consequentemente possibilitando melhorias na qualidade de vida tanto pessoal quanto profissional.
REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel González.  Educação de Jovens – adultos: um campo de direitos e responsabilidade pública. In:  SOARES, Leôncio Soares (Org.).  Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, 2º edição. 
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo: 3 ed. Lisboa: Edições 70, 2004.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Educação Popular. São Paulo, Brasiliense, 1984. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, de 20 de dezembro de 
1996.
CUNHA, Maria Conceição da.  Introdução - discutindo conceitos básicos.  In SEED-MEC Salto para o futuro – Educação de jovens e adultos. Brasília, 1999.  
FREIRE, Paulo.  Pedagogia do Oprimido.  Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987, 17º Edição. 
_______, Paulo. Educação Como Prática da Liberdade.  Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2007,30º edição.
FREITAS, Giuliano Martins de. "A EJA e o preparo para o trabalho"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/a-eja-preparo-para-trabalho.htm. Acesso em 25 de outubro de 2022.
HADDAD, Sérgio e DI PIERRO, Maria  Clara.  Escolarização de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, mai. /jun./Jul./Ago.  2000, nº 714, p.108-130. Disponível em: Acesso em: 24/ 10/ 2022.
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: A produção do conhecimento em aula. Rio de Janeiro: Lamparina, 2011. 
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento Dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
PAIVA, Vanilda.  Educação popular e educação de adultos.  São   Paulo, Edições Loyola, 1987. 
RIBEIRO, Vera Masagão, JOIA, Orlando, PIERRO, Maria Clara Di.  Visões da educação de jovens e adultos no Brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001. Disponível em: www.scielo.be/pdf/ccedes/v21n55/5541.pdf>.  Acesso em 25/ 10/ 2022.
RODRIGUES, Neidson. Lições do Príncipe e outras lições. 12ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa

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