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FACULDADE DE ANICUNS CURSO DE DIREITO NATÁLYA ARAÚJO CASTRO FICHAMENTO: “A ESSÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO” Anicuns 2023 NATÁLYA ARAÚJO CASTRO FICHAMENTO: “A ESSÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO” Fichamento do livro “A Essência da Constituição” apresentado ao curso de Direito, como parte dos requisitos necessários à obtenção de nota parcial na disciplina de História do Direito. Prof. Raul Oliveira Porto Anicuns 2023 FICHAMENTO “A ESSÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO” "A Essência da Constituição", escrita por Ferdinand Lassalle, é uma obra clássica da teoria constitucional que foi publicada em 1862. Neste livro, Lassalle aborda questões fundamentais relacionadas à natureza e ao propósito das constituições, bem como à relação entre a estrutura política e os interesses psicológicos em uma sociedade. Lassalle argumenta que, em vez de serem simplesmente documentos jurídicos, as constituições refletem a realidade social e econômica de uma determinada nação. Ele destaca que as leis e instituições políticas são moldadas pela estrutura econômica subjacente, principalmente pela luta entre as classes sociais. Uma das principais contribuições de Lassalle é a ideia de que a constituição real de um país está além do texto formal da constituição escrita. Ele propõe que a verdadeira essência da constituição reside nas relações de poder que governam uma sociedade, especialmente nas relações entre a classe dominante e a classe trabalhadora. Assim, ele argumenta que as constituições formais podem ser instrumentos de opressão ou emancipação, dependendo de como essas relações de poder são configuradas. Lassalle também discute a importância do sufrágio universal como meio de assegurar a representação política e a proteção dos interesses das classes trabalhadoras. Ele enfatiza que o direito de voto deve ser controlado a todos os cidadãos, independentemente de sua posição social ou econômica, a fim de garantir a igualdade de participação política e a influência das classes mais baixas nas decisões decididas. Além disso, Lassalle explora a relação entre a constituição política e a constituição econômica de um país. Ele argumenta que as leis de incentivo e as relações de produção têm um impacto direto nas estruturas políticas e jurídicas de uma nação. Portanto, para promover a justiça social e a igualdade, é necessário que as constituições considerem as questões motivacionais e busquem estabelecer um equilíbrio entre os interesses das diferentes classes sociais. O QUE É CONSTITUIÇÃO? Segundo Ferdinand Lassalle, a Constituição é mais do que um simples documento legal que estabelece a estrutura e o funcionamento de um governo. Lassalle argumenta que a constituição é a expressão da essência real de uma nação, refletindo as relações de poder e os interesses psicológicos predominantes em uma sociedade. A Constituição é um reflexo das relações de classes sociais existentes em uma sociedade. Ele acredita que a estrutura política de um país é influenciada pelas forças motivadas subjacentes e pela luta entre a classe dominante, que controla os meios de produção, e a classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho. Assim, a Constituição, de acordo com Lassalle, é moldada pelos interesses e poderes da classe dominante. Ele argumenta que as elites incentivadas e políticas têm influência significativa na criação e no conteúdo das constituições, visando proteger seus próprios interesses e perpetuar sua posição privilegiada na sociedade. No entanto, Lassalle também destaca a importância do sufrágio universal como meio de equilibrar as relações de poder e garantir a representação política das classes trabalhadoras. Ele defende que a extensão do direito de voto a todos os cidadãos, independentemente de sua posição social ou econômica, é fundamental para uma verdadeira democracia e para garantir a igualdade de participação política. Portanto, a constituição não é apenas um conjunto de leis e princípios formais, mas também um reflexo das relações sociais e motivação em vigor. Ele enfatiza que uma Constituição verdadeiramente representativa e justa deve levar em consideração as questões energéticas e buscar equilibrar os interesses das diferentes classes sociais em uma sociedade. HISTÓRIA CONSTITUCIONALISTA Lassalle acreditava que a história constitucional era uma expressão da luta de classes e das relações de poder em uma sociedade. Ele via as constituições como reflexos das condições socioeconômicas e das relações de poder dominantes em um determinado momento histórico.Para ele, as constituições não eram apenas documentos legais, mas sim produtos de disputas políticas e econômicos. Ele argumentava que a classe dominante, detentora dos meios de produção, tinha influência significativa na criação e no conteúdo das constituições, visando proteger seus próprios interesses. Lassalle também destacava a importância do sufrágio universal como meio de promover a participação política das classes trabalhadoras na história constitucional. Ele via o direito de voto como uma ferramenta para equilibrar as relações de poder e garantir uma representação mais justa dos interesses das classes menos privilegiadas. Portanto, uma perspectiva de Lassalle sobre a história constitucionalista sugere que as constituições refletem as dinâmicas de poder e as lutas de classes ao longo do tempo. Ele enfatizava a importância de considerar as relações decrescentes e sociais subjacentes ao analisar as constituições e sua evolução histórica. CONSTITUIÇÃO ESCRITA E CONSTITUIÇÃO REAL Segundo Ferdinand Lassalle, a "constituição escrita" e a "constituição real" são conceitos distintos que descrevem diferentes aspectos da governança constitucional. A "constituição escrita" refere-se ao documento formal que estabelece a estrutura política, os poderes e as garantias dos direitos em um determinado país. É o texto constitucional adotado e promulgado, geralmente após um processo legislativo ou constituinte. No entanto, Lassalle argumenta que a mera existência de uma constituição escrita não garante necessariamente a realização dos direitos e princípios nela expressos. Essa é a razão pela qual ele introduz o conceito de "constituição real". A "constituição real" é a expressão das relações de poder reais e das forças sociais e femininas que moldam uma sociedade. Ela vai além do texto formal da constituição escrita e abrange as relações de classe, a distribuição de riqueza, as influências políticas e as estruturas de poder efetivamente em vigor. Lassalle argumenta que a "constituição real" é mais significativa do que a "constituição escrita", pois ela determina como o poder é exercido e como os interesses das diferentes classes sociais são representados na prática. Ele enfatiza que a verdadeira essência da constituição está nas relações de poder concretas e na forma como elas influenciam a governança e as decisões políticas. Dessa forma, Lassalle destaca a importância de reconhecer a distinção entre a constituição escrita e a constituição real. A análise da constituição real permite compreender melhor as forças políticas e vegetarianas no jogo, bem como avaliar se as provisões e os princípios da constituição escrita estão sendo efetivamente implementados na sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LASSALE, Ferdinand. O que é uma Constituição Política? PARK, Thais Hae Ok Brandini. Dicionário Jurídico, 2ª ed., Editora Cronus, São Paulo, 2010. NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito, 32ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2010. LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito?19ª ed. São Paulo: Braziliense, 2006. CANOTILHO, José Gomes. Direito Constitucional., Parte I, Capítulo III, Estrutura e Função da Constituição.