Prévia do material em texto
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS Profª Christiane Roteiro da Aula • I. Aposentadoria por invalidez • II. Aposentadoria por idade • III. Aposentadoria por tempo de contribuição • IV. Aposentadoria especial • V. Pensão por morte • VI. Auxílio-doença • VII. Auxílio-acidente • VIII. Auxílio-reclusão Direito Adquirido Idade Mínima • Idade Mínima de aposentadoria • • Após a Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência), que alterou o art. 201, § 7º da Constituição Federal, a aposentadoria por idade aos segurados do Regime Geral da Previdência Social - RGPS será devida, uma vez cumprida a carência, ao segurado que completar: • • 65 anos de idade, se homem • e • 62 anos de idade, se mulher. Servidores Públicos • Os servidores públicos, aqueles segurados pertencentes ao Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, via de regra, também se aposentarão com a mesma idade dos servidores do RGPS. Tempo de Contribuição A partir da promulgação da EC 103/2019, o tempo mínimo de contribuição para requerer a aposentadoria por idade será de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens que começarem a contribuir para a Previdência Social após a promulgação da referida emenda constitucional. ATENÇÃO: Para os homens que já estão no mercado antes da emenda entrar em vigor, o tempo de contribuição permanece sendo de 15 anos. Valor do Salário-de-Benefício De acordo com o art. 26, § 2º da Reforma da Previdência (RPREV), o valor do benefício de aposentadoria corresponderá a: I) 60% da média aritmética correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 em diante; e Valor do salário-de- benefício Regra geral II) Acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, se homem; II) Acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 15 anos de contribuição, se mulher. Período básico de cálculo (PBC) • Para o cálculo dos benefícios (art. 26 da reforma) será utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotadas como base para contribuições a RPPS e RGPS, correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 (ou desde o início da contribuição se posterior a julho/1994) até a última contribuição efetuada. P en sã o P o r M o rt e • A Lei 13.135/2015 já havia estabelecido algumas condições diferenciadas aos cônjuges beneficiários da pensão por morte a partir de 2015, data a partir da qual cônjuge beneficiário terá um período parcial no recebimento da pensão, dependendo do tempo de contribuição do segurado falecido, do tempo de casamento ou de convivência conjugal e da idade do beneficiário. • Art. 114, V, alíneas “a”, “b” e “c” do RPS. Pensão por Morte • A Emenda Constitucional 103/2019 também trouxe outras alterações estabelecendo percentuais de cota familiar para o recebimento da pensão por morte a partir da entrada em vigor da referida emenda, resguardado o direito adquirido aos segurados antes da entrada em vigor, nos termos do art. 24, §4º da Emenda Constitucional 103/2019. Pensão por Morte • A partir da reforma, a pensionista irá receber apenas 50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez) na data do óbito, acrescida de 10% por dependente, até o máximo de 100%. Professores De acordo com o art. 19, §1º, II da Emenda Constitucional 103/2019, a carência para a aposentadoria por idade ao professor que comprove 30 (homens) e 25 (mulheres) anos de contribuição exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio será: • 57 anos de idade, se mulher • e • 60 anos de idade, se homem. REGRAS DE TRANSIÇÃO – PROFESSOR Art. 15, § 3º EC 103/2019 Em 2021 houve aumento na pontuação, passando a ser 83 pontos para as mulheres e 93 para os homens. 51 anos de idade MULHER e 56 anos HOMEM; 25 anos de magistério PROFESSORA e 30 anos de magistério PROFESSOR; Soma idade + tempo = 83(M)/93(H) pontos Art. 15 da E.C. 103/2019 Regra da idade mínima progressiva – PROFESSOR Art. 16, § 2º EC 103/2019 Igualmente, essa regra também foi alterada em 2021, visto que a idade mínima para as mulheres passou de 51,5 para 52 anos e os homens de 56,5 para 57 anos. A partir de 2021: 25 anos de magistério PROFESSORA e 30 anos de magistério PROFESSOR; 52 anos de idade MULHER e 57 anos HOMEM. Regra do pedágio 100% - PROFESSOR Professores • Os professores servidores, além da idade mencionada na EC 103/2019, terão que ter 10 anos de efetivo exercício de serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, para ambos os sexos. Regras de Transição • As regras de transição tem por finalidade estabelecer um período de adaptação ao segurado que ainda não tinha o direito adquirido à aposentadoria antes da reforma, mas que estava na expectativa de alcançar este direito num prazo consideravelmente curto. Regras de Transição • Mas nem toda regra de transição significa um benefício ao segurado, ou seja, é preciso verificar caso a caso, considerando a idade do segurado, o tempo de contribuição, a necessidade de antecipar ou a possibilidade de postergar um pouco o pedido de aposentadoria, de forma a obter o melhor salário-de- benefício. Regras de Transição • A Reforma da Previdência trouxe basicamente 5 regras de transição para fins de aposentadoria por tempo de contribuição e idade (programada). REGRAS DE TRANSIÇÃO 1ª Regra de Transição – Aposentadoria por Pontos • De acordo com art. 15 da Emenda Constitucional 103/2019, ao segurado filiado ao RGPS até a data da entrada em vigor da Emenda Constitucional 103/2019, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: 1ª Regra – Pontos Art. 15, I, II § 1º EC 103/2019 • Mulher: 30 anos de contribuição + idade em 2019, de modo que a soma totalize 86 pontos; • Homem: 35 anos de contribuição + idade em 2019, de modo que a soma totalize 96 pontos; • A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação será acrescida a cada ano de 1 (um) ponto, até atingir o limite de: • • 100 pontos, se mulher e • 105 pontos, se homem. Art. 15 da E.C. 103/2019 • Art. 15. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: • ... • II - somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 86 (oitenta e seis) pontos, se mulher, e 96 (noventa e seis) pontos, se homem, observado o disposto nos §§ 1º e 2º. • § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação a que se refere o inciso II do caput será acrescida a cada ano de 1 (um) ponto, até atingir o limite de 100 (cem) pontos, se mulher, e de 105 (cento e cinco) pontos, se homem. Regras de Transição 2ª Regra – Tempo de contribuição + Idade mínima • De acordo com o art. 16 da Emenda Constitucional 103/2019, ao segurado filiado ao RGPS até a data da entrada em vigor da Emenda Constitucional 103/2019, fica assegurado o direito à aposentadoria quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: Tempo de contribuição + idade mínima Art. 16, § 1º EC 103/2019 Mulher: 30 anos de contribuição e 56 anos idade em 2019 Homem: 35 anos de contribuição e 61 anos idade em 2019. Em 2020 – idade mínima aumentou em seis meses e passou a 56,5 anos para mulheres e 61,5 anos para homens. Em 2021 – a idade aumenta novamente em mais seis meses, e passa a ser de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens. Tempo de contribuição + idade mínima • A cada ano essa idade mínima vai aumentar em seis meses, quando, em 2031,será de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Aposentadoria por idade para mulheres Art. 18, § 1º EC 103/2019 Para homens não foi alterada idade mínima mas para as mulheres foi alterado para 62 anos. Em 2020 – a idade já aumentou sem seis meses, passando a ter direito à essa aposentadoria as mulheres que comprovassem 60,5 anos de idade e os mesmos 15 anos de contribuição. Em 2021 – as mulheres precisarão comprovar 61 anos de idade, além dos 15 anos de contribuição. Aposentadoria por idade para mulheres • Mulher que faz aniversário no segundo semestre terá de esperar um pouco mais, pois se a mulher completa 60 anos em julho de 2021, somente terá 61 anos em janeiro de 2022. 3ª Regra de Transição – Tempo de Contribuição com Pedágio de 50% - Art. 17, II EC 103/2019 3ª Regra de Transição – Pedágio 50% • Esta regra foi criada para atender aqueles segurados que estavam prestes (menos de 2 anos) a se aposentarem por tempo de contribuição pelas regras anteriores à reforma e assim como as outras, esta regra só se aplica aos segurados já filiados na data da Reforma. PEDÁGIO de 50% Quem está a dois anos de cumprir o tempo de contribuição terá de pagar um pedágio de 50% sobre o tempo que falta para se aposentar. Aplicação do fator previdenciário que envolve: idade, expectativa de vida e tempo de contribuição. A expectativa de vida subiu recentemente no Brasil – aumentando a diminuição do salário- de-benefício. 4ª Regra de Transição – Pedágio de 100% • Assim como o conceito da terceira regra (pedágio de 50%), aqui o pagamento do pedágio consiste na obrigação do segurado em contribuir mais 100% do número de meses que faltava para se aposentar, não se levando em conta, a idade do segurado. - Art. 20 EC 103/2019. 4ª Regra de Transição – Pedágio 100% • De acordo com o art. 20 da Emenda Constitucional 103/2019, ao segurado ou servidor público filiado ao RGPS ou ingressado no serviço público em cargo efetivo, até a data da entrada em vigor da Emenda Constitucional 103/2019, fica assegurado o direito à aposentadoria por tempo de contribuição quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: 4ª Regra de Transição – Pedágio 100% • Mulher: 57 anos de idade e 30 anos de contribuição; • Homem: 60 anos de idade e 35 anos de contribuição; • Servidores: 20 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos de cargos efetivo em que se der a aposentadoria; • Pedágio de 100%: período adicional de contribuição correspondente a 100% do tempo que falta para se aposentar na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional. PEDÁGIO DE 100% PARA APOSENTADOS INSS E SERVIDORES Regra mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens, além de pagar um pedágio equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o tempo mínimo de contribuição na data em que a reforma entrar em vigor. Exemplo: se um trabalhador já tiver a idade mínima mas tiver 32 anos de contribuição quando a reforma entrou em vigor terá que trabalhar os 3 anos que faltam para completar os 35 anos, mais 3 anos de pedágio. 5ª Regra de Transição – Aposentadoria por Idade com 15 Anos de Contribuição Antes da reforma esta regra já existia, mas houve alteração quanto à idade mínima estabelecida para mulher (62 anos), mantendo a idade mínima para o homem (65 anos). 5ª Regra de Transição – 15 anos de contribuição • De acordo com o art. 18 da Emenda Constitucional 103/2019, ao segurado filiado ao RGPS até a data da entrada em vigor da Emenda Constitucional 103/2019, fica assegurado o direito à aposentadoria quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: Mulher: 60 anos de idade e 15 anos de contribuição; Homem: 65 anos de idade e 15 anos de contribuição. Art. 18 da E.C. 103/2019 • Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: • I - 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem; e • II - 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos os sexos. • § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 (sessenta) anos da mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade. • § 2º O valor da aposentadoria de que trata este artigo será apurado na forma da lei. 5ª Regra de Transição – 15 anos de contribuição • Esta regra de transição estabelece ainda que, a partir de 1º de janeiro de 2020, será aplicada uma tabela progressiva de aumento de idade (somente para as mulheres), acrescendo 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. Como calcular o salário-de- benefício? • Antes da reforma o trabalhador que somasse os pontos necessários se aposentava com 100% de todas as contribuições sobre 80% maiores contribuições desde julho de 1994, sem incidência do fator previdenciário. • Depois da reforma: média simples de 100% de todas as contribuições, sem excluir as menores contribuições. Regras de acesso - REGRAS PERMANENTES • Idade mínima: aposentadoria aos 65 e 62 anos de idade, para homem e mulher, respectivamente (com o mínimo de 20 e 15 anos de contribuição, respectivamente). • Segurados especiais passam a ter contribuição com alíquota diferenciada e periodicidade regular. PENSÕES Taxa de reposição de 50%. • Adicional de 10% para cada dependente. • Valor mínimo de 60% da aposentadoria no caso de um dependente (ex.: viúva), até o limite de 100%, no caso de cinco dependentes ou mais (ex.: viúva + quatro filhos). • Irreversibilidade das cotas entre os dependentes. • Vedação de acumulação com outra aposentadoria ou pensão. • Desvinculação do salário mínimo. • Alteração vale para o RGPS/INSS e RPPS Valor da pensão por morte Benefícios Lei 8.213/91 – art. 18 Benefícios e Serviços • I - quanto ao segurado: • a) aposentadoria por invalidez; • b) aposentadoria por idade; • c) aposentadoria por tempo de contribuição; • d) aposentadoria especial; • e) auxílio-doença; • f) salário-família; • g) salário-maternidade; • h) auxílio-acidente; • II - quanto ao dependente: • a) pensão por morte; • b) auxílio-reclusão; • III - quanto ao segurado e dependente: • b) serviço social; • c) reabilitação profissional. Regulamento da Previdência Social Art. 25. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; a) aposentadoria por incapacidade permanente; b) aposentadoria por idade; b) aposentadoria programada; c) aposentadoria por tempo de contribuição; • c) aposentadoria por idade do trabalhador rural; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; e) auxílio por incapacidade temporária; f) salário-família; g) salário-maternidade; e h) auxílio-acidente; II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; e b) auxílio-reclusão; e III - quanto ao segurado e dependente: reabilitação profissional. Aposentadoria por incapacidade permanente • Aposentadoria por Incapacidade: Está sendo denominada “incapacidade permanente para o trabalho”. Mas, a Reforma da Previdência alterou o conceito de incapacidade permanente. • O valor era de 100% da média salarial. Reforma da Previdência: se for decorrente de acidente do trabalho, continua sendo 100% da média. Caso contrário, será de 60%, mais 2% para cada ano completo de contribuição, até o máximo de 100%. Por exemplo: se a pessoa trabalhou um ano e ficou inválida, a aposentadoria será apenas de 60% da média. Art. 44 do RPS Art. 44 do RPS Aposentadoria especial • Aposentadoria Especial: A E.C. 103/2019 tratou das pessoas “cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde” contudo, incluindouma idade mínima, o que não era previsto antes da Reforma da Previdência. Aposentadoria Especial Agentes nocivos – Químicos, físicos e biológicos Aposentadoria especial • Como fica com a Reforma da Previdência? • Este é um dos benefícios previdenciários mais atingidos pela reforma. • Requisito homem e mulher • O requisito depende do grau de risco da atividade especial. São 3 possibilidades: • 60 anos de idade + 25 anos de atividade especial de menor risco. • 58 anos de idade + 20 anos de atividade especial de médio risco. • 55 anos de idade + 15 anos de atividade especial de maior risco. Aposentadoria especial Regras de Transição para Aposentadoria Especial • Para quem trabalhava antes da Reforma, mas não tinha reunido o tempo de atividade especial para se aposentar. • 66 pontos (soma da idade com o tempo de atividade especial e tempo de contribuição, incluindo meses e dias) + 15 anos de atividade especial, para as atividades de alto risco; • 76 pontos + 20 anos de atividade especial, para as atividades de médio risco; • 86 pontos + 25 anos de atividade especial, para as atividades de baixo risco. Pode-se converter o período em atividade especial? Salário-de-benefício na Aposentadoria Especial Aposentadoria especial • Para quem pode se aposentar 15 anos de atividade especial (algo bem raro), o valor será 60% da média aritmética dos salários + 2% por ano de trabalho especial a partir dos 15 anos de atividade especial. • Isso significa que um homem de 61 anos com 25 anos de atividade especial que em 2019 teria direito à aposentadoria especial com o valor integral da média de todas as contribuições. • Esse mesmo homem, após a reforma, tem direito a uma aposentadoria especial de 70% da média de todos os salários de contribuição. Aposentadoria especial • A maior parte das atividades são consideradas de menor risco. Exceção é amianto e minas não subterrâneas, consideradas como médio risco, e minas subterrâneas, considerado maior risco. • Esta regra diminui muitos os benefícios, mas aqui na Aposentadoria Especial ela se torna ainda mais prejudicial comparando com as regras antes da reforma previdenciária. Atividades especiais de grau mínimo • Aeroviário; • Aeroviário de Serviço de Pista; • Auxiliar de Enfermeiro; • Auxiliar de Tinturaria; • Auxiliares ou Serviços Gerais que trabalham condições insalubres; • Bombeiro; • Cirurgião; • Cortador Gráfico; • Dentista; • Eletricista (acima 250 volts); • Enfermeiro; • Engenheiros químicos, metalúrgicos e de minas; • Pintor de Pistola; • Professor; • Recepcionista (Telefonista); • Soldador; • Supervisores e Fiscais de áreas; • Tintureiro; • Torneiro Mecânico; • Trabalhador de Construção Civil (Grandes Obras, Apto acima de 8 andares); • Vigia Armado, (Guardas); Atividades especiais de grau mínimo • Químicos industriais, toxicologistas; • Gráfico; • Jornalista; • Maquinista de Trem; • Médico; • Mergulhador; • Metalúrgico; • Mineiros de superfície; • Motorista de ônibus; • Motorista de Caminhão (acima de 4000 toneladas); • Técnico em laboratórios de análise e laboratórios químicos; • Técnico de radioatividade; • Trabalhadores em extração de petróleo; • Transporte ferroviário; • Transporte urbano e rodoviários; • Tratorista (Grande Porte); • Operador de Caldeira; • Operador de Raios-X; • Operador de Câmara Frigorifica; • Pescadores; • Perfurador; Atividades especiais em grau médio • Extrator de Fósforo Branco; • Extrator de Mercúrio; • Fabricante de Tinta; • Fundidor de Chumbo; • Laminador de Chumbo; • Moldador de Chumbo; • Trabalhador em Túnel ou Galeria Alagada; • Trabalhadores permanentes em locais de subsolo, afastados das frentes de trabalho; • Carregador de Explosivos; • Encarregado de Fogo. Atividades especiais em grau máximo • Britador; • Carregador de Rochas; • Cavoqueiro; • Choqueiro; • Mineiros no subsolo; • Operador de britadeira de rocha subterrânea; • Perfurador de Rochas em Cavernas; Documentos que comprovam atividade especial – PPP e LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho Aposentadoria programada (por idade) • O tempo de contribuição também define quanto a pessoa receberá de aposentadoria. Ao ter 15 anos de pagamentos ao INSS, que é o mínimo exigido, há direito a 60% da média salarial, calculada com todos os as • Mulheres ganham mais dois pontos percentuais a cada ano trabalhado depois de 15 anos de contribuição. Chegam a 100% da média salarial aos 35 anos de pagamentos ao INSS. • Homens ganham mais dois pontos percentuais a cada ano trabalhado depois de 20 anos de contribuição. Chegam a 100% da média salarial com 40 anos de pagamentos ao INSS. Se contribuírem por mais tempo, a média passa dos 100%. Aposentadoria da pessoa com deficiência • Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: Omissis § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Aposentadoria do deficiente • A condição de deficiência possui três graus: leve, média e grave. Dependendo do seu grau, ela pode te dar mais benefícios e o segurado pode se aposentar antes. • Muitas pessoas confundem a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência com a Aposentadoria por Invalidez, mas elas não são iguais. • A Aposentadoria da Pessoa com Deficiência é direcionada para quem é deficiente e consegue trabalhar mesmo com sua deficiência. Aposentadoria do deficiente • Vários são os meios de prova da condição de trabalho como deficiente: • carteira de trabalho • contrato de trabalho • contracheque • documentos médicos • laudos médicos • receitas médicas • exames médicos • concessão de auxílio-doença • A prova testemunhal não é válida para comprovar esse tempo. Aposentadoria do deficiente • Grau leve: 33 anos de contribuição, se homem; 28 anos, se mulher • Grau moderado: 29 anos, se homem; 24 anos, se mulher • Grau grave: 25 anos, se homem; 20 anos, se mulher Conversão Homens Tempo de Contribuição Converter para 25 anos (grau grave) Converter para 29 anos (grau médio) Converter para 33 anos (grau leve) Converter para 35 anos (tempo da aposentadoria por tempo de contribuição comum) 25 anos (grau grave) 1,00 1,16 1,32 1,40 29 anos (grau médio) 0,86 1,00 1,14 1,21 33 anos (grau leve) 0,76 0,88 1,00 1,06 35 anos (tempo da aposentadoria por tempo de contribuição comum) 0,71 0,83 0,94 1,00 Conversão Mulheres Tempo de Contribuição Converter para 20 anos (grau grave) Converter para 24 anos (grau médio) Converter para 28 anos (grau leve) Converter para 30 anos (tempo da aposentadoria por tempo de contribuição comum) 20 anos (grau grave) 1,00 1,20 1,40 1,50 24 anos (grau médio) 0,83 1,00 1,17 1,25 28 anos (grau leve) 0,71 0,86 1,00 1,07 30 anos (tempo da aposentadoria por tempo de contribuição comum) 0,67 0,80 0,93 1,00 Exemplo • Rafael estava trabalhando normalmente, por 15 anos, como mecânico de uma empresa de transportes, até que um dia ele sofreu um acidente que o fez perder um dos braços. • Ele conseguiu ser reabilitado na função administrativa dentro da empresa, sendo sua deficiência de grau leve. • Mas qual será o tempo que Rafael pode levar para contagem de tempo de contribuição para a aposentadoria da pessoa com deficiência? • Segundo a tabela, o multiplicador que devemos utilizar é de 0,94 (de 35 anos de contribuição para 33 anos). • Ou seja, Rafael possui 15 x 0,94 = 14,1 anos de contribuição para a aposentadoria com deficiência de grau leve, precisandode mais 18,9 anos de trabalho como deficiente para ter direito a esse benefício. Exemplo • Bianca sempre foi teve um grau leve de depressão, de modo que isso é enquadrado como deficiência. Ela trabalha como contadora faz 17 anos. Contudo, seu quadro piorou, mudando o grau da sua doença para grave, conforme laudo médico. • Para fazer a conversão, temos que olhar a tabela. O multiplicador que devemos aplicar é de 1,40 (de 28 anos de contribuição para 20). • Isto é, Bianca possui 17 x 0,71 = 12,07 anos de contribuição para a aposentadoria com deficiência de grau grave, precisando de mais 7,93 anos de trabalho como deficiente para ter direito a esse benefício. Reforma Previdenciária • Para a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência só houve uma mudança que não pode ser considerada boa. • A mudança que a Reforma diz respeito ao cálculo do benefício. A partir de agora vai funcionar desse jeito: Reforma da Previdência – salário-de-benefício • Será feito a média de todos os seu salários a partir de julho de 1994 ou de quando o segurado começar a contribuir • Dessa média, o segurado vai receber 70% + 1% para cada ano trabalhado, no caso de Aposentadoria da Pessoa com Deficiência por Idade • Ou poderá receber 100% dessa média, no caso de Aposentadoria da Pessoa com Deficiência por Tempo de Contribuição Reforma da Previdência A partir de agora serão considerados 100% da média de todos os seus salários e não os 80% maiores como era feito antigamente. Só vão entrar nessas regras quem começou a trabalhar depois da vigência da Reforma ou quem não conseguiu reunir os requisitos para este tipo de aposentadoria antes dela. Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) • O auxílio doença é um benefício por incapacidade, devido para aqueles segurados que possuem no mínimo 12 contribuições mensais (período de carência estabelecido pela legislação), bem como incapacidade para o trabalho por período superior a 15 dias consecutivos, para os segurados empregados. Para os demais segurados, o auxílio doença será devido a contar da data do início da incapacidade. Auxílio-doença (incapacidade temporária) • Vale salientar, que também constitui um requisito para a concessão do benefício, a qualidade de segurado. Esta, configura-se na manutenção pelo segurado, de suas contribuições ao regime geral de previdência. • Quando o segurado deixa de contribuir, sua qualidade de segurado é mantida nas seguintes hipóteses, estabelecidas pelo art. 15 da Lei 8.213/91. Perda do direito ao auxílio-doença (incapacidade temporária) • O auxílio doença não será devido, nas seguintes hipóteses: • Perda da qualidade de segurado: a mera incapacidade laboral não basta para a concessão do benefício, devendo o indivíduo estar contribuindo para a previdência social, com a manutenção de sua qualidade de segurado. Por exemplo: se um indivíduo contribuiu para o INSS por 12 meses ininterruptos e para de contribuir para a previdência pelos próximos 13 meses, tornando-se incapaz para a atividade laboral, eventual auxílio doença requerido será indeferido, uma vez que o indivíduo não possui a qualidade de segurado. Perda do direito ao auxílio-doença (incapacidade temporária) • Portadores de doença/lesão preexistente a filiação no Regime Geral de Previdência • De acordo com art. 59, parágrafo primeiro, da Lei 8.213/91, aqueles segurados que já possuíam doença ou lesão invocada como causa para o benefício, antes de iniciar a contribuição para a previdência, não terão direito ao benefício de auxílio doença. Todavia, caso a incapacidade laboral seja originada pela progressão da doença ou lesão preexistente, o segurado terá direito a perceber o benefício. Perda do direito ao auxílio por incapacidade temporária • Segurado recluso em regime fechado: aquele indivíduo que for recolhido à prisão em regime fechado, terá o benefício suspenso pelo prazo de 60 dias, contados da data da prisão. Decorrido referido período, se o segurado ainda estiver preso em regime fechado, o benefício será cessado. • Por outro lado, se no decorrer do prazo de 60 dias o segurado obtiver liberdade, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura. Ainda, caso a prisão seja declarada ilegal, o segurado terá direito ao benefício por todo o período devido. Cumulação do auxílio por incapacidade temporária • Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: • I - aposentadoria e auxílio-doença; • II - mais de uma aposentadoria; • III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; • IV - salário-maternidade e auxílio-doença; • V - mais de um auxílio-acidente; • VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. • Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. (PBPS) Perda do direito ao auxílio por incapacidade temporária • Incapacidade laboral por período inferior a 15 dias, para os segurados empregados • Caso a incapacidade do segurado empregado, seja inferior a quinze dias, será responsabilidade da empresa o pagamento dos referidos períodos, sem o recebimento de auxílio doença. Benefício • Previsto: no art. 201, I, da CF; arts. 59 a 63 da Lei 8.213/91; arts. 71 a 80 do Decreto 3.048/99 e arts. 300 a 332 da IN 77/2015 Auxílio-doença • De acordo com o art. 124 da Lei 8.213/91, o auxílio por incapacidade temporária não poderá ser recebido de forma conjunta com aposentadoria, salário maternidade e seguro desemprego. • A Lei 13.846/2019 instituiu o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade e o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade (Programa Especial). O primeiro, possui o objetivo de revisar os benefícios por incapacidade mantidos sem perícia pelo INSS por período superior a seis meses e que não possuam data de cessação estipulada ou indicação de reabilitação profissional, bem como revisar outros benefícios de natureza previdenciária, assistencial, trabalhista ou tributária (art. 1º, II, ‘a’ e ‘b’, Lei 13.846/2019) Auxílio-doença • Por outro lado, o Programa Especial visa analisar processos que apresentem indícios de irregularidade e potencial risco de realização de gastos indevidos na concessão de benefícios administrados pelo INSS (art. 1º, I, Lei 13.846/2019). • Ambos os programas possuem sua duração até o dia 31/12/2020 e poderão ser prorrogados até o dia 31/12/2022. Desta forma, até o aludido período, o INSS irá revisar os benefícios. • Renda mensal inicial • De acordo com art. 61 da Lei 8.213/91, a renda mensal do auxílio doença corresponde a 91% do salário de benefício. Todavia, devemos nos atentar para o disposto no art. 29, § 10 da Lei 8.213/91: • Art. 29. O salário-de-benefício consiste: • § 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes. ALTERADO PELO DECRETO 3.048/1999. Reforma Previdenciária • Primeira mudança: • Valor do Auxílio-doença com a Reforma da Previdência: • É feita a média de 100% de todos os seus salários a partir de julho de 1994. Aplica-se a alíquota de 91%. O limite do valor será a média dos últimos doze salários de contribuição. O valor final é Renda Mensal Inicial (RMI), que não poderá ser menor do que um salário mínimo. • Segunda mudança: • É necessário ter doze meses de carência, ou seja, o tempo mínimo pagando o INSS. É imprescindível a qualidade de segurado, que é o tempo que você ainda tem o direito de pedir o auxílio. • Também será necessário comprovar a incapacidade laboral, que é a causa pela qual o trabalhador está impedido de exercer a sua função. Auxílio-acidenteBenefício previdenciário indenizatório do INSS devido aos segurados que sofrem qualquer categoria de acidente que resultam sequelas que diminuam a sua capacidade laboral. Deve haver prejuízo na vida profissional do trabalhador. Não há graduação na redução na capacidade de trabalho do segurado para ter direito ao benfício. Auxílio-acidente • Por exemplo: uma pessoa que perde o braço e por conta disso diminui sua capacidade de trabalho. • Reforma Previdenciária • O segurado terá direito a uma indenização mensal, onde receberá normalmente o salário com o acréscimo desse auxílio em razão da sua natureza indenizatória. Auxílio- acidente • É benefício vitalício. • Hipóteses de cessação: a sequela for revertida, morte do segurado, concessão de aposentadoria para o segurado, capacidade de trabalho não ficar reduzida (Medida Provisória 905/ 2019 até 19/04/2020). Medida Provisória 905/2019 • No período de 12/11/2019 até 19/04/2020 • Mudança no cálculo do benefício • Mais uma possibilidade de cancelamento do benefício • Somente sequelas previstas em lista elaborada pelo governo • Acidente de trajeto – não considerado como acidente de trabalho VALOR DO AUXÍLIO- ACIDENTE Auxílio- reclusão • Desde 18 de junho de 2019, o auxílio- reclusão passou a apresentar como requisito o preenchimento de 24 meses de carência para a sua concessão, o que já passou a dificultar um pouco mais o seu acesso. A partir das novas regras da Reforma da Previdência, porém, a sua forma de cálculo sofreu mais um baque com as alterações trazidas pelo art. 27. Art. 27 • Art. 27. Até que lei discipline o acesso ao salário- família e ao auxílio-reclusão de que trata o inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 1.364,43 (mil trezentos e sessenta e quatro reais e quarenta e três centavos), que serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. • § 1º Até que lei discipline o valor do auxílio- reclusão, de que trata o inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, seu cálculo será realizado na forma daquele aplicável à pensão por morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) salário- mínimo. • 2021 – R$ 1.503,25 Cálculo do auxílio-reclusão • EC 103/2019 passou a determinar a impossibilidade de que o benefício seja superior a 1 salário-mínimo. É possível que ele seja inferior a esse montante? • Trata-se de uma garantia prevista pelo art. 29, §2º, da Lei 8.213/91, “o valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício”, bem como a partir de uma possível aplicação do art. 201, §2º, da Constituição Federal, que prevê a garantia do salário-mínimo aos benefícios da Previdência. Salário-família • O salário-família é um valor disponibilizado ao empregado, incluindo o doméstico, e ao trabalhador avulso (segundo o número de filhos ou equiparados que possua). Lembrando que os filhos de 14 anos não tem direito, porém, essa regra muda nos casos de deficientes (para quem não há limite de idade). Salário-família • O empregado deverá requerer o salário-família diretamente ao empregador (também o doméstico se encaixa nessa regra). Em relação ao trabalhador avulso, deverá requerer o benefício ao sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra ao qual está vinculado. Salário- família • Casos estes trabalhadores estejam recebendo auxílio- doença, aposentadoria por invalidez e aposentadoria por idade rural, devem realizar o seu requerimento no INSS. • O mesmo vale para os demais aposentados, que também têm direito ao salário-família, caso tenham mais de 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, e possuam filhos que se enquadrem nos critérios para a concessão. Salário-família - Condições • Ter filho(s) de qualquer condição com até14 anos de idade, ou filho(s) inválido(s) de qualquer idade; • Remuneração do segurado dever ser igual ou inferior a R$ 1.425,56. • Além dos documentos pessoais, o segurado deverá apresentar um Termo de Responsabilidade, Certidão da Nascimento de cada dependente, caderneta de vacinação ou equivalente aos dependentes de até 6 anos de idade, comprovação de frequência escolar aos dependentes de 7 a 14 anos de idade Aposentadoria por idade rural Aposentadoria por idade rural • Os trabalhadores rurais – no caso de empregados ou empregadores – podem se aposentar por idade ou tempo de contribuição. • Para a aposentadoria rural por idade é necessário que o trabalhador cumpra os seguintes requisitos: • 60 anos completos para homens • 55 anos completos para mulheres • 180 meses de carência (15 anos de contribuição) Salário- maternidade Salário-maternidade Art. 93-A. O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada da previdência social que adotar ou obtiver guarda judicial, para fins de adoção de criança de até doze anos de idade, pelo período de cento e vinte dias. § 1º O salário-maternidade é devido ao segurado ou à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. § 2º O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro. § 3º Para a concessão do salário-maternidade é indispensável: I - que conste da nova certidão de nascimento da criança o nome do segurado ou da segurada adotante; ou II - no caso do termo de guarda para fins de adoção, que conste o nome do segurado ou da segurada guardião Salário- maternidade Arts. 93 a 103 RPS § 4º Na hipótese de haver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, será devido somente um salário-maternidade, observado o disposto no art. 98. § 5º A renda mensal do salário-maternidade é calculada na forma do disposto nos arts. 94, 100 ou 101, de acordo com a forma de contribuição da segurada à Previdência Social. § 6º O salário-maternidade de que trata este artigo é pago diretamente pela previdência social. § 7º Ressalvadas as hipóteses de pagamento de salário- maternidade à mãe biológica e de pagamento ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, nos termos do disposto no art. 93-B, não poderá ser concedido salário-maternidade a mais de um segurado ou segurada em decorrência do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que o cônjuge ou companheiro esteja vinculado a regime próprio de previdência social. Salário-maternidade Salário-maternidade I - à remuneração integral, para o empregado e o trabalhador avulso, observado o disposto no art. 248 da Constituição e no art. 19-E; II - ao último salário de contribuição, para o empregado doméstico, observado o disposto no art. 19-E; III - a um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para o contribuinte individual, o facultativo ou o desempregado que mantenha a qualidade de segurado, nos termos do disposto no art. 13; e IV - ao valor do salário-mínimo, para o segurado especial que não contribua facultativamente. § 4º Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado ou à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção. Salário- maternidade Salário- maternidade Serviços do RGPS • Serviços são prestações previdenciárias de natureza imaterial postas à disposição dos segurados e dos dependentes do RGPS. • Habilitação e reabilitação profissional: deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive (art. 89, Lei 8.213/91) Beneficiários • Caberá ao INSS promover a prestação deste serviço aos segurados, inclusive aposentados, de acordo com as possibilidades administrativas,técnicas, financeiras e as condições locais do órgão, aos seus dependentes, preferencialmente mediante a contratação de serviços especializados (art. 136, § 1º, RPS). • As pessoas portadoras de deficiência serão atendidas mediante celebração de convênio de cooperação técnico-financeira (RPS art. 136, § 2º) Processo de habilitação e reabilitação profissional • Art. 137 do RPS • I- Avaliação do potencial laborativo; • II- Orientação e acompanhamento da programação profissional; • III- Articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e • IV- Acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho. Obrigação das empresas - Cotas • Art. 93 da Lei 8.213/91, com 100 ou mais funcionários estará obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: • I – 200 empregado, dois por cento; • II – de 201 a 500 empregados, três por cento; • III – de 501 a 1.000 empregados, quatro por cento; • IV – mais de 1.000 empregados, cinco por cento. Auxílio-inclusão -Arts. 26-A a 26-H Lei 8.742/93 • Auxílio-inclusão: equivale da 50% (cinquenta por cento) do valor que o segurado deficiente recebia como Benefício de Prestação Continuada quando estiver exercendo atividade remunerada de até 2 (dois) salários-mínimos. • Requisitos: remuneração de até 2 salários-mínimos; inscrição atualizada no CADÚnico; manter os mesmos requisitos para a concessão de Benefício de Prestação Continuada, atividade que enquadre como segurado obrigatório do RGPS. (Alteração trazida pela Lei 14.476/2021 – em 1º de outubro de 2021) Serviço social • Compete ao serviço social esclarece junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição com na dinâmica da sociedade (art. 88, Lei 8.213/91). • O Serviço Social prestará o assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.