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PBL- O doutor que fez milagre

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PBL- O doutor que fez milagre! 
O doutor que fez milagre! 
L.R.A. sexo masculino, 56 anos, professor, deu entrada no Pronto Atendimento as 8 
horas da manhã com quadro de fraqueza de caráter progressivo nos últimos dias, 
associado a sensação de fadiga, mai estar vômitos e um episódio de desmaio hoje 
pela manhã ao se levantar da cama. Seus filhos estão bastante preocupados pois a 
pai està pior a cada dia e não entendem o porqué já que o mesmo era hipertenso e 
agora mesmo sem usar seus ant-hipertensivos está com a pressão tão baixa Relata 
ter glicemias mais elevadas e ganho de peso progressivo ha um ano, e està em 
tratamento para reumatismo de longa data. Faz us continuo de ant-hipertensivos, 
Gifage e de medicação manipulada para as dores articulares prescrito pelo 
reumatologista há muitos anos, porém na sua última consulta no posto de saúde seu 
clinico o orientou a parar com as manipulados pois fazem mal para os ossos. Com 
medo de ter osteoporose parou a medicação manipulada e também parou de tomar 
suas injeções mensais de Diprospan Desde então percebeu que o seu quadro se 
agravou e agora além das dores articulares se seite malo tempo todo a ponto de não 
conseguir andar de tão fraco. 
Ao exame físico: 
PA: 100/60 mmHg deitado e 80/50 mmHg em pé (há 3 dias sem uso de anti-
hipertensivos) 
FC: 104 bpm 
FR: 20 ipm 
REG, hipocorado, desidratado, acianótico. Face Cushinglide, presença de giba e 
estrias violáceas em abdome de grosso calibre. Aparelho respiratório e cardiovascular 
sem alterações. Diante do quadro, baseado na história e exame fisico, o plantonista 
faz sua hipótese diagnóstica, iniciando o tratamento imediatamente enquanto aguarda 
o resultado dos exames. Após duas horas chegam os resultados dos exames e, neste 
momento, o paciente refere que milagrosamente já se sente bem melhor após o 
tratantoo inicial feito pelo médico. 
apos os exames esses foram os resultados 
Feliz pelo elogio o médico avalia os exames para confirmar sua hipótese: 
 Hb: 10,5 g/dl 
Ht: 34 
Leucocitos: 12.400 
com eosinofiliade 8% 
Na: 128mmol/L 
K: 4,3mmol/L 
TSH: 3,6 mU/L (VR: 0,4 -4,6) Cortisol: 1,4μg/dl (VR: até 20) 
CTH 2,2 pg/ml (VR: até 46) Glicemia (2 horas após o almoço): 67 mg/dl 
 
 
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Hipótese diagnóstica: 
Com base nos sintomas apresentados pelo paciente, como fraqueza progressiva, 
fadiga, vômitos, episódio de desmaio e pressão arterial baixa, juntamente com os 
achados no exame físico, como a presença de face Cushinglide, giba dorsal, estrias 
violáceas e hipocromia, é possível suspeitar de uma síndrome de insuficiência adrenal 
aguda ou crise adrenal aguda. 
Explicação: 
A síndrome de insuficiência adrenal aguda ocorre quando as glândulas adrenais não 
produzem hormônios esteroides suficientes, como o cortisol. Isso pode ser devido à 
interrupção abrupta do uso de corticosteroides exógenos (como o Diprospan), que o 
paciente parou de usar, ou devido a uma disfunção primária das glândulas adrenais. 
Os resultados dos exames mostram uma série de achados consistentes com a 
insuficiência adrenal aguda. O cortisol está muito baixo (1,4 μg/dl, sendo o valor de 
referência de até 20 μg/dl), o que sugere uma deficiência na produção do hormônio. 
Além disso, a eosinofilia (8%) e a hiponatremia (sódio baixo) são achados comuns na 
insuficiência adrenal aguda. 
Tratamento: 
A insuficiência adrenal aguda é uma condição grave que requer tratamento imediato. 
O médico já havia iniciado o tratamento com base na suspeita clínica antes mesmo 
dos resultados dos exames. O tratamento consiste em reposição hormonal com 
corticosteroides, como a hidrocortisona. A resposta rápida e positiva do paciente após 
o tratamento é consistente com o diagnóstico de insuficiência adrenal aguda. 
No entanto, é importante ressaltar que o médico deve continuar avaliando o paciente e 
acompanhando-o de perto para garantir a estabilização do quadro e ajustar a terapia 
conforme necessário. A interrupção abrupta de corticosteroides pode levar à 
insuficiência adrenal aguda, especialmente em pacientes que fizeram uso prolongado 
desses medicamentos. 
Fisiologicamente, o caso descrito pode ser explicado pela disfunção do eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal, que regula a produção do hormônio cortisol. 
Normalmente, o hipotálamo secreta o hormônio liberador de corticotropina (CRH), que 
estimula a glândula pituitária a produzir o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O 
ACTH, por sua vez, atua nas glândulas adrenais, localizadas acima dos rins, 
estimulando a produção de cortisol. 
No caso desse paciente, a interrupção das injeções mensais de Diprospan, que 
contém um corticosteroide sintético de longa duração, pode ter suprimido a produção 
de ACTH pela glândula pituitária. Isso ocorre porque a administração exógena de 
corticosteroides pode inibir a produção endógena de ACTH. Como resultado, a 
produção de cortisol pelas glândulas adrenais é reduzida. 
A diminuição da produção de cortisol leva a uma série de sintomas característicos da 
insuficiência adrenal secundária. O cortisol é essencial para a regulação do 
metabolismo, resposta ao estresse e manutenção da pressão arterial. Portanto, a falta 
desse hormônio pode resultar em fraqueza progressiva, fadiga, pressão arterial baixa 
e sensação de mal-estar. 
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Além disso, o cortisol também está envolvido na regulação da glicemia. A redução dos 
níveis de cortisol pode levar a níveis de glicose mais elevados, como relatado pelo 
paciente. O cortisol desempenha um papel importante na regulação da glicose, 
ajudando a manter os níveis adequados de açúcar no sangue. 
Os achados físicos, como a face Cushinglide (caracterizada pelo aspecto arredondado 
do rosto devido à deficiência de cortisol) e as estrias violáceas em abdome 
(resultantes da fragilidade da pele causada pela falta de cortisol), são consequências 
do desequilíbrio hormonal decorrente da insuficiência adrenal secundária. 
Portanto, a interrupção do tratamento com corticosteroides e a supressão do eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal resultaram na diminuição da produção de cortisol, levando 
aos sintomas e aos achados clínicos observados nesse paciente. 
A pressão arterial baixa observada no paciente pode ser explicada pela supressão 
adrenal resultante do uso crônico de corticosteroides. Os corticosteroides podem 
afetar a regulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que desempenha um 
papel fundamental no controle da pressão arterial. 
A aldosterona, produzida pela glândula adrenal, é um hormônio que ajuda a regular o 
equilíbrio de sódio e água no organismo. A redução da produção de cortisol devido à 
supressão adrenal pelo uso de corticosteroides pode afetar indiretamente a produção 
de aldosterona. A diminuição da aldosterona pode resultar em menor reabsorção de 
sódio nos rins e, consequentemente, em menor volume de sangue circulante e 
pressão arterial baixa. 
Vários fatores podem influenciar a insuficiência adrenal. A seguir, estão alguns dos 
principais fatores relacionados a essa condição: 
1. Uso prolongado de corticosteroides exógenos: O uso crônico de corticosteroides, 
como prednisona ou dexametasona, pode suprimir a produção endógena de cortisol 
pelas glândulas adrenais. Isso ocorre porque os corticosteroides exógenos fornecem 
uma quantidade suficiente de cortisol ao organismo, levando a uma diminuição da 
estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. 
2. Retirada abrupta de corticosteroides: Quando os corticosteroides são interrompidos 
de forma abrupta após um uso prolongado, as glândulas adrenais podem levar tempo 
para recuperar sua função normal de produção de cortisol. Durante esse período de 
recuperação, pode ocorrer uma deficiência temporária de cortisol, resultando em 
insuficiência adrenal. 
3. Doenças autoimunes: Algumas doenças autoimunes, como a doença de Addison, 
podem levar à destruição dascélulas da glândula adrenal, resultando em uma redução 
na produção de cortisol. Essas condições podem ser causadas por uma resposta 
imunológica anormal em que o sistema imunológico ataca e danifica as glândulas 
adrenais. 
4. Infecções: Infecções, como tuberculose ou infecção fúngica, podem afetar 
diretamente as glândulas adrenais e interferir na produção de cortisol. Isso pode 
resultar em insuficiência adrenal. 
5. Tumores: Tumores nas glândulas adrenais ou em outras áreas que afetam o eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal podem interferir na produção de cortisol. 
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6. Traumatismo ou cirurgia: Lesões nas glândulas adrenais ou cirurgias que envolvem 
a remoção parcial ou total das glândulas adrenais podem causar insuficiência adrenal. 
O uso crônico de corticosteroides pode ter vários efeitos no corpo devido às 
propriedades anti-inflamatórias, imunossupressoras e metabólicas desses 
medicamentos. Alguns dos efeitos crônicos mais comuns incluem: 
1. Supressão da função adrenal: O uso prolongado de corticosteroides pode suprimir a 
função das glândulas adrenais, levando à diminuição da produção endógena de 
cortisol. Isso pode resultar em insuficiência adrenal quando o medicamento é 
interrompido abruptamente. 
2. Alterações metabólicas: O uso crônico de corticosteroides pode levar a alterações 
metabólicas, como aumento do açúcar no sangue (hiperglicemia), resistência à 
insulina, aumento da deposição de gordura na região abdominal, redistribuição de 
gordura corporal (síndrome de Cushing), perda de massa muscular e osteoporose. 
3. Supressão do sistema imunológico: Os corticosteroides são imunossupressores e 
podem diminuir a resposta imunológica do organismo. Isso pode aumentar o risco de 
infecções oportunistas e reduzir a capacidade do corpo de combater infecções. 
4. Alterações no sistema cardiovascular: O uso crônico de corticosteroides pode estar 
associado a hipertensão arterial, retenção de líquidos, aumento do risco de 
desenvolver doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana e 
insuficiência cardíaca. 
5. Distúrbios endócrinos: O uso prolongado de corticosteroides pode levar a distúrbios 
endócrinos, como supressão da função do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, levando 
a irregularidades menstruais e diminuição da libido. 
6. Alterações oculares: O uso crônico de corticosteroides pode aumentar o risco de 
desenvolver catarata e glaucoma. 
7. Efeitos psicológicos: Alguns pacientes em uso crônico de corticosteroides podem 
experimentar alterações de humor, insônia, ansiedade, irritabilidade e depressão. 
Em caso de suspeita de insuficiência adrenal, os seguintes exames podem ser 
solicitados para auxiliar no diagnóstico e avaliar a função das glândulas adrenais: 
1. Testes de função adrenal: 
 - Teste de estímulo de ACTH: Envolve a administração de ACTH sintético e a 
medição dos níveis de cortisol antes e depois do estímulo. Na insuficiência adrenal, 
espera-se uma resposta diminuída do cortisol. 
 - Teste de supressão de dexametasona: Consiste na administração de 
dexametasona sintética para suprimir a produção endógena de cortisol. Os níveis de 
cortisol são medidos antes e após a administração da dexametasona. Na insuficiência 
adrenal, não há supressão adequada dos níveis de cortisol. 
2. Exames laboratoriais: 
 - Cortisol plasmático ou sérico: Mede os níveis de cortisol no sangue. Na 
insuficiência adrenal, os níveis de cortisol podem estar baixos. 
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 - ACTH plasmático ou sérico: Mede os níveis de ACTH no sangue. Na insuficiência 
adrenal primária, os níveis de ACTH podem estar elevados, enquanto na insuficiência 
adrenal secundária ou terciária, os níveis de ACTH podem estar diminuídos. 
 - Eletrólitos (sódio, potássio): Pode haver alterações nos níveis de eletrólitos devido 
à deficiência de aldosterona associada à insuficiência adrenal. 
3. Testes de estresse: 
 - Teste de estresse com insulina: Avalia a resposta do cortisol ao estresse induzido 
pela administração de insulina. Pode ajudar a avaliar a capacidade das glândulas 
adrenais de produzir cortisol em situações de estresse. 
4. Outros exames complementares: 
 - Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) das glândulas 
adrenais: Podem ser solicitadas para avaliar a presença de tumores ou outras 
anormalidades nas glândulas adrenais. 
 - Testes de anticorpos: Podem ser solicitados para verificar se há presença de 
anticorpos contra as glândulas adrenais, o que pode indicar uma causa autoimune da 
insuficiência adrenal. 
A insuficiência adrenal pode ter várias causas, e os aspectos etiológicos estão 
relacionados a diferentes condições. As principais causas de insuficiência adrenal 
incluem: 
1. Doença de Addison primária (insuficiência adrenal primária): 
 - Causa mais comum: autoimunidade, na qual o sistema imunológico ataca e destrói 
as glândulas adrenais. 
 - Outras causas: infecções, como tuberculose adrenal, histoplasmose, 
coccidioidomicose; câncer nas glândulas adrenais; hemorragia adrenal; doenças 
infiltrativas, como sarcoidose e amiloidose. 
2. Insuficiência adrenal secundária ou terciária: 
 - Causa mais comum: supressão iatrogênica, decorrente do uso crônico de 
corticosteroides exógenos, que suprime o funcionamento das glândulas adrenais. 
 - Outras causas: lesões ou tumores hipofisários que afetam a produção do hormônio 
adrenocorticotrópico (ACTH), responsável por estimular as glândulas adrenais a 
produzir cortisol; disfunções hipotalâmicas que afetam a liberação de corticotropina-
releasing hormone (CRH) ou vasopressina. 
3. Insuficiência adrenal aguda: 
 - Pode ocorrer em situações de estresse agudo, como infecções graves, cirurgias, 
trauma ou hemorragias, especialmente em pessoas com reserva adrenal 
comprometida (por exemplo, devido ao uso crônico de corticosteroides). 
4. Insuficiência adrenal congênita: 
 - Causas genéticas raras que afetam a síntese ou ação de enzimas envolvidas na 
produção de hormônios adrenais, como a deficiência de 21-hidroxilase. 
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Além dessas causas, existem condições menos comuns, como a insuficiência adrenal 
parcial ou intermitente, que pode ocorrer em certos distúrbios metabólicos ou 
genéticos. 
Com base no caso clínico apresentado, no qual há suspeita de insuficiência adrenal, o 
tratamento adequado seria a reposição de hormônios esteroides, principalmente o 
cortisol. O tratamento geralmente consiste na administração de corticosteroides para 
substituir a função adrenal deficiente. No entanto, é importante ressaltar que o 
tratamento específico pode variar dependendo da causa subjacente da insuficiência 
adrenal. O paciente deve ser encaminhado a um endocrinologista para uma avaliação 
mais detalhada e definição do plano terapêutico. 
Os corticosteroides, como a hidrocortisona ou a prednisona, são geralmente utilizados 
para a reposição hormonal. A dose e a frequência de administração são ajustadas de 
acordo com as necessidades individuais de cada paciente. O objetivo é fornecer uma 
quantidade adequada de hormônios esteroides para substituir a produção deficiente 
das glândulas adrenais. 
Além da reposição hormonal, o tratamento também pode envolver abordagens 
adicionais para tratar condições subjacentes, como a doença autoimune ou a infecção, 
se essas forem as causas da insuficiência adrenal. 
É importante ressaltar que o tratamento da insuficiência adrenal requer 
acompanhamento médico regular, pois a dose dos corticosteroides pode precisar ser 
ajustada ao longo do tempo, especialmente em situações de estresse adicional, como 
infecções ou cirurgias. O objetivo é manter uma reposição hormonal adequada e 
prevenir crises de insuficiência adrenal aguda. 
Portanto, nesse caso clínico, o tratamento adequado seria a reposição hormonal com 
corticosteroides, além do tratamento das condições subjacentes,se presentes. 
Com base no caso clínico apresentado, no qual há suspeita de insuficiência adrenal, o 
tratamento e as orientações adequadas podem ser os seguintes: 
1. Tratamento: 
 - Reposição hormonal: O paciente deve receber reposição hormonal com 
corticosteroides para substituir a função adrenal deficiente. A dose e a frequência de 
administração serão determinadas pelo médico, com base nas necessidades 
individuais do paciente. Os corticosteroides, como a hidrocortisona, são 
frequentemente utilizados para esse fim. 
 - Ajuste gradual da dose: O médico deve orientar o paciente a seguir as instruções 
de dosagem e ajustar a dose gradualmente, se necessário, para atingir um equilíbrio 
adequado. 
 - Tratamento da causa subjacente: Se houver uma causa específica identificada para 
a insuficiência adrenal, como uma doença autoimune ou infecção, o tratamento 
direcionado para essa condição também pode ser necessário. 
2. Orientações gerais: 
 - Adesão ao tratamento: É fundamental que o paciente siga rigorosamente as 
orientações médicas e tome os medicamentos conforme prescrito. A interrupção 
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repentina dos corticosteroides pode levar a complicações graves de insuficiência 
adrenal. 
 - Uso de identificação médica: O paciente pode ser orientado a usar uma pulseira ou 
colar de identificação médica que informe sobre sua condição de insuficiência adrenal, 
para que os profissionais de saúde estejam cientes em situações de emergência. 
 - Reconhecimento dos sinais de crise adrenal: O paciente deve ser educado sobre 
os sinais e sintomas de uma crise adrenal aguda, como fraqueza intensa, tontura, dor 
abdominal, vômitos, febre e alterações mentais. Caso esses sintomas ocorram, o 
paciente deve procurar atendimento médico imediatamente. 
 - Ajuste da dose em situações de estresse: O médico deve instruir o paciente sobre 
a necessidade de ajustar a dose de corticosteroides em situações de estresse 
adicional, como infecções, cirurgias ou traumas. Em tais casos, uma dose maior de 
corticosteroide pode ser necessária temporariamente. 
 - Acompanhamento médico regular: O paciente deve realizar consultas de 
acompanhamento regulares com um endocrinologista para monitorar a função adrenal, 
ajustar a dose de medicamentos conforme necessário e realizar exames de 
acompanhamento. 
É importante destacar que as orientações e o tratamento específico podem variar 
dependendo da avaliação médica completa e das circunstâncias individuais do 
paciente. Portanto, é fundamental que o paciente siga as orientações do médico 
responsável por seu cuidado. 
OBJETIVOS 
1.Descrever a fisiopatologia da I. Adrenal, associado com os fatores 
etiológicos. 
A fisiopatologia da insuficiência adrenal está relacionada à disfunção das 
glândulas adrenais, que resulta em uma produção insuficiente de hormônios 
esteroides, como o cortisol. A insuficiência adrenal pode ser primária, 
secundária ou terciária, e os fatores etiológicos variam de acordo com cada 
tipo. 
1. Insuficiência adrenal primária (doença de Addison): 
 - Autoimunidade: A causa mais comum da doença de Addison é a resposta 
autoimune, na qual o sistema imunológico ataca e destrói as células da 
glândula adrenal, resultando em uma diminuição da produção de hormônios 
esteroides. 
 - Infecções: Algumas infecções, como a tuberculose adrenal, histoplasmose e 
coccidioidomicose, podem afetar diretamente as glândulas adrenais e levar à 
insuficiência adrenal. 
 - Neoplasias: Certos tipos de câncer, como o carcinoma adrenal ou a 
metástase para as glândulas adrenais, podem comprometer sua função. 
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 - Outras causas: Hemorragia adrenal, doenças infiltrativas (como sarcoidose 
e amiloidose) e doenças genéticas raras também podem resultar em 
insuficiência adrenal primária. 
2. Insuficiência adrenal secundária ou terciária: 
 - Supressão iatrogênica: O uso crônico de corticosteroides exógenos, como a 
prednisona, pode suprimir a produção de hormônios esteroides pelas glândulas 
adrenais. Isso ocorre porque a administração exógena de corticosteroides 
diminui a produção de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) pela glândula 
pituitária, resultando na supressão da função adrenal. 
 - Lesões ou tumores hipofisários: Qualquer condição que afete a produção ou 
liberação do ACTH pela glândula pituitária pode resultar em insuficiência 
adrenal secundária. Isso inclui tumores hipofisários, traumatismo craniano, 
infecções ou cirurgias que afetam a glândula pituitária. 
 - Disfunções hipotalâmicas: Alterações no hipotálamo que afetam a liberação 
de corticotropina-releasing hormone (CRH) ou vasopressina podem levar à 
insuficiência adrenal terciária. 
Em todos os casos de insuficiência adrenal, independentemente da causa, há 
uma diminuição na produção de hormônios esteroides, principalmente cortisol. 
Essa deficiência hormonal pode resultar em uma série de sintomas e 
complicações, incluindo fadiga, fraqueza, hipotensão, perda de peso, 
desidratação e distúrbios metabólicos. 
A compreensão da fisiopatologia da insuficiência adrenal e dos fatores 
etiológicos é fundamental para o diagnóstico e o tratamento adequados do 
paciente, permitindo uma abordagem personalizada e direcionada para corrigir 
a deficiência hormonal e tratar a causa subjacente. 
A fisiopatologia da insuficiência adrenal está relacionada à disfunção das 
glândulas adrenais, que são responsáveis pela produção de hormônios 
esteroides, incluindo o cortisol e a aldosterona. Esses hormônios 
desempenham papéis essenciais no metabolismo, controle do estresse e 
regulação do equilíbrio hidroeletrolítico. 
 
A insuficiência adrenal pode ter várias causas, cada uma com sua própria 
fisiopatologia. Abaixo, descrevo a fisiopatologia associada aos principais 
fatores etiológicos da insuficiência adrenal: 
 
1. Doença de Addison primária (insuficiência adrenal primária): 
 - Causa mais comum: autoimunidade. No caso da autoimunidade, o sistema 
imunológico ataca as glândulas adrenais, levando à destruição gradual do 
tecido adrenal. Isso resulta em uma diminuição da produção de cortisol e, 
eventualmente, da aldosterona. 
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 - Outras causas: infecções, como tuberculose adrenal, histoplasmose, 
coccidioidomicose, que podem afetar diretamente as glândulas adrenais, 
resultando em danos e redução da função hormonal; câncer adrenal, que pode 
destruir as glândulas adrenais e prejudicar a produção hormonal; hemorragia 
adrenal, que ocorre em situações de sangramento nas glândulas adrenais. 
 
2. Insuficiência adrenal secundária ou terciária: 
 - A causa mais comum é a supressão iatrogênica. O uso crônico de 
corticosteroides exógenos pode suprimir a produção de ACTH pela glândula 
pituitária, resultando em uma redução da estimulação das glândulas adrenais. 
Com a supressão prolongada, as glândulas adrenais podem atrofiar e perder a 
capacidade de produzir cortisol de forma adequada. 
 - Outras causas incluem lesões ou tumores hipofisários que afetam a 
produção ou a liberação do ACTH, bem como disfunções hipotalâmicas que 
prejudicam a liberação do hormônio liberador de corticotropina (CRH) ou 
vasopressina. 
 
3. Insuficiência adrenal aguda: 
 - A insuficiência adrenal aguda pode ocorrer em situações de estresse agudo, 
como infecções graves, cirurgias, traumas ou hemorragias. Nestes casos, a 
demanda por cortisol aumenta significativamente, e se as glândulas adrenais 
não conseguem produzir cortisol suficiente, pode ocorrer insuficiência adrenal 
aguda. Isso é mais comum em pessoas com reserva adrenal comprometida, 
como aquelas que fazem uso crônico de corticosteroides. 
 
4. Insuficiência adrenal congênita: 
 - Causas genéticas raras, como a deficiência de enzimas envolvidas na 
síntese de hormônios adrenais, podem levar à insuficiência adrenal congênita. 
Por exemplo,a deficiência de 21-hidroxilase é uma causa comum de 
insuficiência adrenal congênita. 
 
Em resumo, a insuficiência adrenal resulta da diminuição 
 
 ou ausência da produção de hormônios adrenais, principalmente cortisol e 
aldosterona. As causas variam desde doenças autoimunes até uso crônico de 
corticosteroides e disfunções hipotalâmicas ou hipofisárias. Compreender a 
fisiopatologia dessas condições é fundamental para o diagnóstico e tratamento 
adequados da insuficiência adrenal. 
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2. Elencar os sinais e sintomas associados ao caso clinico(aguda e 
cronica) 
A insuficiência adrenal pode apresentar sinais e sintomas agudos e crônicos. 
Abaixo, elenco os principais sinais e sintomas associados ao caso clínico 
apresentado: 
Sinais e sintomas agudos de insuficiência adrenal (crise adrenal): 
- Fraqueza intensa e rápida progressão da fadiga 
- Tontura e sensação de desmaio ao se levantar (hipotensão postural) 
- Náuseas e vômitos 
- Dor abdominal intensa 
- Febre 
- Confusão mental ou alterações do estado mental 
- Desidratação 
- Hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) 
- Taquicardia (batimentos cardíacos rápidos) 
Sinais e sintomas crônicos de insuficiência adrenal: 
- Fraqueza muscular progressiva 
- Fadiga crônica e falta de energia 
- Perda de peso inexplicável 
- Anorexia (perda de apetite) 
- Hipotensão arterial (pressão arterial baixa) 
- Hipoglicemia recorrente 
- Distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia 
- Alterações na pele, como palidez, hiperpigmentação (manchas escuras) e 
estrias violáceas 
- Distúrbios do sono 
- Depressão ou alterações de humor 
- Redução da libido e disfunção sexual 
É importante observar que os sinais e sintomas podem variar de acordo com a 
gravidade da insuficiência adrenal, a velocidade de instalação da condição e a 
presença de complicações adicionais. Além disso, os sinais e sintomas podem 
ser mais sutis em casos crônicos de insuficiência adrenal, o que pode levar a 
um diagnóstico tardio. 
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3.Explicar os efeitos do uso crônico de coirticoides no corpo humano e 
onde vai causar esses efeitos e quais os mais usados. 
O uso crônico de corticosteroides (também conhecidos como corticoides ou 
esteroides) pode ter vários efeitos no corpo humano devido às propriedades 
anti-inflamatórias e imunossupressoras desses medicamentos. Os 
corticosteroides sintéticos são semelhantes aos hormônios produzidos pelas 
glândulas adrenais e podem ser prescritos para uma variedade de condições, 
como doenças autoimunes, doenças inflamatórias, alergias graves e certos 
tipos de câncer. 
Abaixo estão alguns dos efeitos do uso crônico de corticosteroides no corpo 
humano: 
1. Sistema imunológico: Os corticosteroides suprimem a resposta imunológica 
do corpo, diminuindo a inflamação e a atividade do sistema imunológico. Isso 
pode aumentar a suscetibilidade a infecções e tornar o organismo menos 
capaz de combater doenças. 
2. Metabolismo: Os corticosteroides podem afetar o metabolismo de 
carboidratos, proteínas e gorduras. Eles podem aumentar a glicose no sangue 
(hiperglicemia) e causar resistência à insulina, o que pode levar ao 
desenvolvimento de diabetes. Além disso, eles podem causar redistribuição de 
gordura, resultando em acúmulo de gordura no rosto (face de lua cheia), 
pescoço e tronco, enquanto os membros podem ficar mais finos. 
3. Sistema cardiovascular: O uso crônico de corticosteroides pode aumentar o 
risco de hipertensão arterial, retenção de líquidos e edema. Além disso, eles 
podem afetar o perfil lipídico, aumentando os níveis de colesterol e 
triglicerídeos, o que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares. 
4. Sistema ósseo: Os corticosteroides podem afetar a saúde óssea, 
aumentando o risco de osteoporose e fraturas. Eles interferem no processo de 
formação óssea, levando à diminuição da densidade mineral óssea e à perda 
de massa óssea. 
5. Sistema endócrino: O uso crônico de corticosteroides pode suprimir a função 
do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, resultando em supressão adrenal. Isso 
pode levar à insuficiência adrenal quando a medicação é interrompida 
abruptamente. Além disso, pode ocorrer supressão da produção de hormônios 
sexuais, causando alterações no ciclo menstrual, disfunção erétil e diminuição 
da libido. 
 
 
 
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6. Sistema ocular: O uso crônico de corticosteroides pode aumentar o risco de 
desenvolvimento de catarata e glaucoma, bem como infecções oculares. 
Os corticosteroides são uma classe de medicamentos ampla, e existem várias 
formulações disponíveis com diferentes potências e mecanismos de ação. 
Alguns dos corticosteroides mais comumente usados incluem: 
- Prednisona 
- Metilprednisolona 
- Dexametasona 
- Hidrocortisona 
- Betametasona 
É importante destacar que o uso crônico de corticosteroides deve ser 
monitorado de perto por um médico, e a dose deve ser ajustada conforme 
necessário para minimizar os efeitos colaterais adversos. A interrupção abrupta 
do uso de corticosteroides também pode ser perigosa e deve ser feita 
gradualmente, sob orientação médica. 
 
De forma fisiológica 
Os corticosteroides agem fisiologicamente através da ligação a receptores 
específicos nas células-alvo do corpo. Existem dois tipos principais de 
receptores de corticosteroides: os receptores de mineralocorticoides 
(principalmente o receptor de aldosterona) e os receptores de glicocorticoides 
(principalmente o receptor de cortisol). 
Quando os corticosteroides se ligam aos receptores de mineralocorticoides, 
eles afetam a regulação do equilíbrio eletrolítico e da pressão arterial. A 
ativação desses receptores resulta em maior reabsorção de sódio e água pelos 
rins, ao mesmo tempo em que promove a eliminação de potássio. Isso leva a 
um aumento da retenção de líquidos e ao aumento da pressão arterial. 
Por outro lado, quando os corticosteroides se ligam aos receptores de 
glicocorticoides, eles têm efeitos anti-inflamatórios, imunossupressores e 
metabólicos. Esses efeitos ocorrem por meio da regulação de genes-alvo que 
estão envolvidos em várias respostas do organismo. 
No contexto anti-inflamatório, os corticosteroides suprimem a resposta 
imunológica e reduzem a inflamação, inibindo a expressão de genes que 
promovem a produção de substâncias inflamatórias, como citocinas, 
quimiocinas e moléculas de adesão celular. Isso diminui a migração de células 
inflamatórias para os tecidos e reduz a produção de mediadores inflamatórios, 
aliviando assim os sintomas de inflamação. 
Além disso, os corticosteroides afetam o metabolismo, regulando a glicose no 
sangue, proteínas e gorduras. Eles aumentam a produção de glicose pelo 
fígado (gliconeogênese) e diminuem a captação de glicose pelas células 
periféricas, resultando em hiperglicemia. Os corticosteroides também 
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promovem a quebra de proteínas nos músculos, levando à perda muscular, e 
podem causar redistribuição de gordura, resultando em acúmulo de gordura em 
certas áreas do corpo, como o rosto, o pescoço e o tronco. 
Em resumo, os corticosteroides agem fisiologicamente através da ligação a 
receptores específicos nas células-alvo, levando a efeitos anti-inflamatórios, 
imunossupressores e metabólicos. Esses efeitos podem ser benéficos no 
tratamento de certas condições, mas também podem levar a efeitos colaterais 
adversos quando usados cronicamente ou em doses elevadas. 
4.Elencar os exames que devem ser solicitados e o tratamento adequados 
para o paciente com quadro de i.a. 
Para um paciente com insuficiência adrenal, os exames que geralmente são 
solicitados incluem: 
1. Testes laboratoriais: 
 - Hemograma completo: pode revelar anemia ou outras alterações. 
 - Eletrólitos (sódio, potássio): para avaliar o desequilíbrio eletrolítico. 
 - Glicemia em jejum:para verificar a presença de hipoglicemia. 
 - Hormônios adrenocorticotrófico (ACTH) e cortisol: para avaliar a função 
adrenal. 
 - Hormônios tireoidianos (TSH, T4 livre): para excluir disfunções tireoidianas 
associadas. 
2. Testes de estímulo/adrenal: 
 - Teste de estimulação com ACTH: para avaliar a resposta das glândulas 
adrenais ao estímulo do ACTH. 
 - Teste de supressão com dexametasona: para avaliar a supressão do 
cortisol após a administração de dexametasona. 
3. Exames de imagem: 
 - Ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro: para 
avaliar a presença de lesões ou anormalidades na hipófise ou no hipotálamo. 
Quanto ao tratamento adequado para a insuficiência adrenal, envolve a 
reposição hormonal com corticosteroides. Os objetivos principais são: 
- Restabelecer os níveis adequados de cortisol no organismo. 
- Evitar episódios de crise adrenal. 
- Minimizar os sintomas e complicações associados à insuficiência adrenal. 
O tratamento geralmente consiste em: 
- Reposição oral de glicocorticoide, como hidrocortisona ou prednisona, para 
substituir o cortisol endógeno. 
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- Em casos de deficiência mineralocorticoide, é adicionada a reposição de 
mineralocorticoide, como fludrocortisona. 
- A dosagem e o ajuste dos medicamentos são individualizados e baseados nas 
necessidades do paciente. 
- É essencial que os pacientes com insuficiência adrenal sejam instruídos sobre 
a administração adequada de corticosteroides em situações de estresse, como 
infecções graves ou cirurgias, para prevenir a crise adrenal. 
Além disso, é importante fornecer orientações ao paciente, incluindo: 
- Reconhecer os sinais e sintomas de crise adrenal e buscar atendimento 
médico imediato. 
- Portar um cartão de alerta médico que indique a condição de insuficiência 
adrenal e o tratamento necessário. 
- Manter uma dieta equilibrada, com adequada ingestão de sal e líquidos, 
especialmente em casos de deficiência mineralocorticoide. 
- Realizar exames de acompanhamento regulares para monitorar a função 
adrenal e ajustar a dosagem dos medicamentos, conforme necessário. 
5.Descrever as orientações relacionadas ao dsmame do uso de 
corticoides. 
O desmame do uso de corticosteroides deve ser feito de forma gradual e sob 
orientação médica, pois a interrupção abrupta do medicamento pode levar a 
complicações e recorrência dos sintomas. As orientações específicas para o 
desmame podem variar de acordo com a duração do tratamento, a dose do 
medicamento e a condição clínica do paciente. No entanto, aqui estão algumas 
diretrizes gerais para o desmame de corticosteroides: 
1. Consulte o médico: Antes de iniciar o desmame, é fundamental consultar o 
médico responsável pelo tratamento para discutir o plano de desmame 
específico para o seu caso. 
2. Redução gradual da dose: O desmame geralmente envolve uma redução 
gradual da dose do corticosteroide ao longo de um período de tempo. Isso é 
feito para permitir que as glândulas adrenais voltem a produzir seus próprios 
hormônios de forma adequada, minimizando a supressão adrenal. 
3. Tempo de desmame: O tempo necessário para o desmame varia, mas pode 
levar semanas ou meses, dependendo da duração do tratamento e da dose do 
corticosteroide. É importante seguir o cronograma estabelecido pelo médico e 
não acelerar o processo de desmame por conta própria. 
4. Monitoramento dos sintomas: Durante o desmame, é essencial monitorar os 
sintomas cuidadosamente. Se ocorrerem sintomas de recorrência da doença 
subjacente para a qual o corticosteroide foi prescrito, informe imediatamente o 
médico para que ele possa ajustar o plano de desmame, se necessário. 
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5. Acompanhamento médico regular: Durante o processo de desmame, é 
importante fazer consultas regulares de acompanhamento com o médico para 
avaliar a resposta do organismo ao ajuste da medicação. Essas consultas 
ajudarão a monitorar a função adrenal, ajustar a dose e fornecer suporte 
durante o desmame. 
6. Estresse e situações especiais: Em situações de estresse agudo, como 
doenças graves, cirurgias ou traumas, pode ser necessário temporariamente 
aumentar a dose do corticosteroide. É essencial discutir essas situações com o 
médico com antecedência, para que um plano adequado possa ser 
estabelecido. 
Lembre-se de que cada caso é único e as orientações específicas para o 
desmame podem variar. Portanto, é fundamental seguir as instruções 
fornecidas pelo médico e informá-lo sobre quaisquer preocupações ou 
sintomas durante o processo de desmame. 
O desmame do uso de corticoides é um processo gradual e cuidadoso que 
deve ser realizado sob a orientação médica. O objetivo é reduzir gradualmente 
a dose de corticosteroide administrada para permitir que as glândulas adrenais 
se recuperem e retomem sua produção natural de cortisol. 
 
As orientações para o desmame do uso de corticoides podem variar 
dependendo da condição médica do paciente, da dose e duração do 
tratamento com corticosteroide, bem como da resposta individual do paciente. 
No entanto, algumas diretrizes gerais podem ser seguidas: 
1. Consulte o médico: O desmame deve ser feito sob a supervisão e orientação 
de um médico. É importante discutir o plano de desmame e seguir suas 
instruções cuidadosamente. 
2. Redução gradual da dose: O corticosteroide é geralmente reduzido em 
etapas, diminuindo a dose a cada intervalo de tempo determinado pelo médico. 
Normalmente, a dose é reduzida em cerca de 25-50% a cada 1-2 semanas. 
3. Monitoramento dos sintomas: Durante o processo de desmame, é 
fundamental observar atentamente os sintomas e relatar qualquer alteração ao 
médico. Isso ajuda a determinar se a redução da dose está ocorrendo em um 
ritmo adequado ou se precisa ser ajustada. 
4. Avaliação da função adrenal: Em alguns casos, podem ser necessários 
testes adicionais para avaliar a função adrenal durante o desmame. Isso pode 
incluir testes laboratoriais para medir os níveis de cortisol no sangue ou testes 
de estimulação adrenal para avaliar a resposta das glândulas adrenais. 
5. Atenção a situações de estresse: Durante o desmame, é importante estar 
ciente de que situações de estresse físico ou emocional podem exigir 
temporariamente um aumento na dose de corticosteroide. Converse com o 
médico sobre um plano de ação para lidar com essas situações. 
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6. Acompanhamento regular: O paciente deve ter consultas regulares com o 
médico para monitorar o progresso do desmame, ajustar a dose conforme 
necessário e garantir uma transição segura. 
É importante ressaltar que o desmame do uso de corticoides pode levar tempo 
e paciência. Cada pessoa pode responder de maneira diferente ao processo de 
desmame, e o médico é a melhor pessoa para avaliar e adaptar o plano de 
desmame de acordo com as necessidades individuais do paciente.

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