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APOSTILA_ANALISE_DAS_DEMONSTRA__ES_FINANCEIRAS_PARTE_001

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. CONCEITOS INICIAIS 
A análise de Balanços ou das Demonstrações Contábeis, visa extrair informações das Demonstrações Contábeis para a tomada de decisões. As demonstrações contábeis fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras societárias. A análise das Demonstrações Contábeis transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto melhores informações produzir. Conhecida também como: análise das demonstrações contábeis, análise das demonstrações econômico-financeiras ou análise contábil. 
DADOS: números ou descrição de objetos e eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor; 
INFORMAÇÕES: representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa. 
Exemplo: 
As demonstrações contábeis informam que uma empresa tem X milhões de dívidas. Isto é um DADO. A conclusão que a dívida é excessiva ou é normal, de que a empresa pode pagá-la, ou não é uma INFORMAÇÃO. O objetivo da análise de balanços é PRODUZIR INFORMAÇÕES. 
O produto da Análise de Balanços são relatórios escritos em linguagem corrente. Recomenda-se, ainda, a utilização de gráficos para auxílio à interpretação dos relatórios. Sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano. O que deve ser incluído no relatório de análise: 
· Situação financeira (fluxo de caixa); 
· Situação econômica (resultado, lucro ou prejuízo); 
· Situação patrimonial (bens, direitos e obrigações); 
· Desempenho; 
· Eficiência na utilização dos recursos; 
· Pontos fortes e pontos fracos; 
· Tendências e perspectivas; 
· Quadro evolutivo; 
· Adequação das fontes às aplicações de recursos; 
· Causas das alterações na situação financeira; 
· Causas das alterações na rentabilidade; 
· Evidências de erros da administração; 
· Providências que deveriam ser tomadas e não foram; 
· Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras. 
Em resumo, Análise de Balanços ou das Demonstrações Financeiras se constitui na formação de juízo de valor sobre a situação econômico-financeira de uma empresa ou grupo econômico. Esta opinião sobre o panorama financeiro de uma entidade econômica é baseada em diversas análises complementares, entre as quais podem ser citadas: 
· Cálculo e interpretação de indicadores econômico-financeiros; 
· Análise contábil das demonstrações financeiras da entidade, com objetivo de obter maior exatidão nos números apresentados; 
· Obtenção e análise de informações qualitativas da entidade como, por exemplo, o desempenho da estrutura produtiva, a competitividade no mercado de atuação e a adequação da estrutura de decisão; 
· Análise cadastral.
São demonstrações contábeis de publicação obrigatória pela Lei 6404/76 (art.176) e passíveis de serem analisadas: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Cia Aberta . CVM), Demonstração dos Fluxos de Caixa (Lei 11638/07), Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (não é obrigatória) e Demonstração do Valor Adicionado (obrigatória para S/A capital aberto . Lei 11638/07). Pelo código civil (Lei 10406/02) são obrigatórios o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (chamado de Balanço de Resultado Econômico na Lei 10406/02). 
Uma vez que não existe receita de bolo para a conclusão de uma análise desta natureza, inevitavelmente, a conclusão obtida, por mais que o analista faça uso da totalidade do conceitual teórico existente sobre o assunto, dependerá sempre do bom senso, experiência e alguma interpretação pessoal do analista. Dessa forma, dificilmente existirão análises de balanço iguais confeccionadas por diferentes analistas, mesmo se abrangerem as mesmas demonstrações financeiras. 
Em suma, Análise de Balanços ou de Demonstrações Financeiras visa concluir sobre a situação financeira de um grupo econômico, com base em uma série de sub-análises a serem efetuadas sobre os citados demonstrativos, além de outras informações da entidade e do seu ambiente sócio-econômico. 
O processo de análise é aplicado da seguinte forma:
· Extraem-se os índices das demonstrações financeiras; 
· Comparam-se com outras empresas (padrões); 
· Ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusão; 
· Tomam-se as decisões. 
A análise contábil não é exigida por lei. Decorre da necessidade de informações mais detalhadas sobre a situação do patrimônio e de suas variações, por parte dos administradores, acionistas, investidores e credores, entre outros. 
Como a análise não é proveniente de exigência legal, e sim da necessidade gerencial, as demonstrações contábeis podem sofrer alguns ajustes (padronização), de forma a tornar a interpretação mais útil aos interesses das pessoas às quais os relatórios gerados serão destinados. 
A análise financeira de balanços precisa ter um enfoque holístico, abrangendo a estratégia da empresa, suas decisões de investimento e de financiamento e suas operações.
1.1. Histórico da técnica 
Os primeiros passos da análise de balanços ocorreram no final do século passado. No Brasil ela difundiu-se nos anos 70. Surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário, que é até hoje um dos seus principais usuários. Inicialmente era comparado somente o Ativo Circulante com o Passivo Circulante. Depois, outros índices começaram a ser utilizados (após 1913). Em 1915, o FED obrigou a utilização da técnica para fins de redesconto de títulos. Em 1918, a mesma instituição lançou um livreto com as Demonstrações Contábeis padronizadas para fins de análise, já que à época não existia uma padronização. 
O pai da análise foi Alexander Wall, que em 1919 apresentou um modelo de análise de balanços através de índices e mostrou a necessidade de considerar outras relações, além de Ativo Circulante e Passivo Circulante. 
1.2. Técnicas de Análise de Balanços 
A análise vem se desenvolvendo ao longo dos anos. Algumas técnicas criadas no passado continuam sendo utilizadas até os dias de hoje.
São técnicas de análise: 
· Análise Vertical/ Horizontal: presta-se fundamentalmente para análise de tendências (futuro). 
· Análise do Capital de Giro: através dos cálculos de índices de rotação ou prazos médios (recebimento, pagamento e estocagem). 
· Análise de Rentabilidade:
1) ROI . Retorno Operacional sobre o Investimento: permite ampla decomposição dos elementos que influem na determinação da taxa de rentabilidade de uma empresa e explica quais os fatores que levaram ao aumento ou queda de rentabilidade. 
2) Alavancagem Financeira: compara o custo das diferentes alternativas de capitais de terceiros com o custo do capital próprio. Utilizado nas decisões de longo prazo. 
· Análise da DOAR e DFC: analisa a gestão de caixa (entradas e saídas de dinheiro); retrata a situação financeira; 
· Análise prospectiva: a análise de balanços tradicional detém-se exclusivamente no passado da empresa, por serem os dados do passado os únicos contidos nas demonstrações financeiras. O pensamento dominante é de que, analisando-se o passado, se poderá inferir como será o futuro, supondo-se que o comportamento da empresa no futuro seja igual aquele do passado. Atualmente, utiliza-se a técnica previsional. 
Na visão de Assaf Neto (2007), a análise de balanços é não somente desenvolvida por meio de aplicações de técnicas, mas também orientada, em grande parte, pela sensibilidade e experiência do analista. O esquema básico de análise segue o seguinte roteiro: 
a) Análise da Empresa e do Mercado:uma preocupação essencial do analista deve ser a de conhecer mais detalhadamente a empresa e seu mercado de atuação, de maneira a melhor avaliar as decisões financeiras (investimento e financiamento) tomadas. 
b) Relatórios Financeiros: engloba todos os demonstrativos contábeis elaborados pela empresa. É importante a padronização dos demonstrativos. 
c) Análise Horizontal e Vertical: análise de evolução e pela participação relativa de cada valor em relação a um total. 
d) Análise da Liquidez: capacidade de pagamento. 
e) Análise do Endividamento: avalia a proporção de recursos próprios e terceiros. 
f) Análise de Rentabilidade e Lucratividade: é uma avaliação econômica do desempenho da empresa. 
g) Análise de Valor: avalia a capacidade de a empresa gerar não somente lucro líquido, mas também valor econômico aos seus acionistas. 
h) Conclusões: evidenciar, de forma sucinta, a situação econômica e financeira, baseado nos itens anteriores. 
Assaf Neto (2007) considera as seguintes técnicas de análise: 
a) Análise Horizontal; 
b) Análise Vertical; 
c) Indicadores Econômicos Financeiros; 
d) Diagrama de Índices (método Dupont de análise do ROI). 
1.3 Usos e Usuários da Análise de Balanços 
Um dos elementos mais importantes na tomada de decisões relacionadas a uma empresa é a análise das suas demonstrações financeiras. O diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa análise de balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato, apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas. A análise permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. 
Cada usuário tem um interesse específico na técnica. São usuários da Análise de Balanços:
a) Fornecedores 
O fornecedor de mercadoria precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, a liquidez. São analisados, também, rentabilidade e o endividamento. A profundidade depende da relevância dos valores negociados. 
Destaque: capacidade para gerar fluxos de caixa futuros suficientes para pagamento de dívidas, aprovação de novos créditos, limites etc. 
b) Clientes (Compradores)
Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor. A maior preocupação é com a segurança dos fornecimentos. São considerados: capacidade de expansão, produção e realização de pesquisas. 
c) Bancos (Comerciais e de Investimentos) 
Os bancos, hoje, querem um relacionamento bem maior com os seus clientes, além da concessão de crédito. Interesse na liquidez, capacidade de pagamento e, olhando para o futuro, a rentabilidade. O grau de endividamento é forte indicador para a insolvência (sem condições de pagamento de dívidas). 
Para a carteira de investimentos, os bancos focam no longo prazo. O risco é calculado de forma rigorosa. A análise previsional é de suma importância. 
d) Corretoras de valores e investidores 
Esses usuários fazem uso da técnica para investimento em ações. Além da análise financeira, levam em conta outros fatores, voltados, especialmente, para preço e valorização das ações. Foco também na rentabilidade. 
Destaque: fluxo regular de dividendos, valor de mercado por ação, lucro por ação, capacidade de gerar lucros em prol da melhor alternativa de investimento. 
e) Concorrentes 
A análise dos concorrentes da empresa é de vital importância: o conhecimento profundo da situação de seus concorrentes pode ser fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado. A grosso modo, decisões como lançar produtos novos, construir uma fábrica ou conceder prazos de financiamentos são decisões muitas vezes tomadas em função da situação do balanço mostrado pelos concorrentes. Os concorrentes fornecem os padrões para a empresa se auto-avaliar. 
f) Dirigentes 
A análise, para esses usuários, serve como instrumento complementar para a tomada de decisões. Será utilizada como auxiliar na formulação de estratégias da empresa, tanto para fornecer subsídios úteis como informações fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa hoje, em comparação com as dos balanços orçados. A análise serve de guia para os dirigentes. 
g) Governo 
O governo utiliza intensamente a Análise de Balanços. Analisa, em certames licitatórios, principalmente a liquidez. Como os serviços públicos são de interesse nacional, também acompanha o desempenho de empresas concessionárias desses serviços. Utiliza, ainda, para acompanhamento de empresas públicas e autarquias, estabelecendo níveis de investimentos e índices de desempenho. 
Destaque: arrecadação de impostos, controles e fiscalização, dados estatísticos. 
h) Acompanhamento de Clientes e Fornecedores 
A análise de balanços também proporciona bons resultados na previsão de insolvência. 
i) Sindicatos 
Interesse para saber dados de determinados setores da economia (produtividade, por exemplo). 
j) Acionistas 
Os atuais e potenciais acionistas procuram prioritariamente identificar o retorno dos seus investimentos, ou seja, a capacidade que a empresa apresenta em gerar lucros e remunerar os recursos próprios aportados. 
1.4 Etapas para analisar as demonstrações contábeis 
O estágio da análise de demonstrações financeiras possui uma estrutura geral que pode ser assim resumida: 
· Processo de padronização com intuito de preparar as demonstrações para o início efetivo da análise; 
· Escolha dos indicadores econômicos a serem utilizados; 
· Trabalho de parametrização estatística visando definir as ponderações necessárias para a formação de juízo de valor; 
· Cálculo dos indicadores econômicos e realização concomitante da análise quantitativa; 
· Análises horizontal e vertical para maior entendimento da evolução do quadro financeiro da empresa, além de confirmação e refinamento das conclusões obtidas pelos indicadores calculados; e 
· Preparação de relatório descritivo contemplando os dados obtidos e apresentando a conclusão sobre a situação financeira do grupo econômico analisado. 
Após estes passos, está concluída o que pode ser denominada a análise clássica de balanços, pois se trata da tradicional análise das demonstrações financeiras baseada nos cálculos de indicadores financeiros. Esta análise, apesar de tradicional e já permitir a obtenção de um quadro claro sobre a situação financeira da entidade analisada, possui relevantes limitações quanto à mensuração do risco de crédito. Como o objetivo maior de um usuário destas análises é obter sensibilidade quanto ao risco de crédito a qual estará exposto em um futuro relacionamento financeiro com a entidade alvo de análise, foi natural que se incorporasse novos conceitos técnicos que permitissem maior precisão na conclusão sobre a situação financeira da entidade econômica analisada e, mais precisamente, sobre o risco de crédito desta empresa. É a denominada análise do risco de crédito ou, simplesmente, a análise de crédito. As principais análises da estrutura geral da análise de crédito são: 
· Análise qualitativa; 
· Análise cadastral; 
· Análise setorial; 
· Análise das garantias oferecidas. 
Com estas análises complementares, está concluída a análise de crédito tradicional baseada no conceito técnico dos cinco C´s do crédito: 
· Caráter: conceito obtido pela análise cadastral; 
· Capital: conceito obtido através da análise das demonstrações financeiras; 
· Capacidade: conceito obtido através da análise qualitativa; 
· Condições: referente ao risco do setor econômico a qual a entidade está exposta; 
· Colateral: representa a análise das garantias oferecidas na operação de crédito. 
1.5. Estrutura Geral da Análise 
A análise das demonstrações financeiras pode ser inserida emtrês análises distintas: 
· A análise tradicional das demonstrações financeiras; 
· A análise de crédito e; 
· A classificação de risco. 
Estas análises possuem base conceitual comum que é o clássico conceito dos Cinco C.s do crédito. Estes conceitos representam os cinco aspectos fundamentais para a análise de crédito, sendo estes aspectos citados a seguir: 
· Caráter; 
· Capital; 
· Capacidade; 
· Condições e, 
· Colateral. 
O Caráter é o aspecto fundamental de qualquer análise de crédito, pois, a premissa básica de qualquer operação de crédito é a vontade do devedor de pagar o valor tomado. Ou seja, o ponto principal para se emprestar qualquer quantia é realmente o caráter do devedor. A análise deste aspecto fundamental do crédito é realizada através da verificação do histórico de crédito no mercado financeiro do devedor, possível através do acesso a sistemas especializados como SISBACEN, SERASA e CADIN. 
Capital representa a situação atual da estrutura de capitais da entidade. A avaliação é realizada pela tradicional análise das demonstrações financeiras baseada no cálculo de 
indicadores econômico-financeiros, análises horizontal e vertical, e concluída pela interpretação dos resultados deste conjunto de análises. 
Capacidade representa a análise das demais qualidades e defeitos existentes na empresa. Esta análise complementa a análise do capital e contempla avaliações de aspectos como a capacidade gerencial, competitividade no mercado, acesso a linhas de crédito adequadas, estrutura operacional, entre outros aspectos qualitativos considerados relevantes. 
Condições se referem à importância do ambiente econômico onde a empresa está inserida. É o risco setorial que a empresa está exposta. A melhor forma de análise tem sido alvo de diversos estudos e ainda carece de definição conceitual, sendo importante campo para estudos acadêmicos. 
Colateral representa as garantias adicionais existentes em uma operação de crédito, podendo ser segregadas em reais ou fidejussórias (pessoal). Representa claramente um importante mitigador da possibilidade de inadimplência nestas operações, reduzindo o risco de crédito. Apesar deste fato, ainda se trata de elemento pouco explorado nas metodologias de mensuração de risco de crédito em uso pelos agentes do mercado financeiro. Sua análise é realizada através de atribuição de pontos ou notas aos diversos tipos de garantias existentes em uma operação de crédito, com objetivo de se definir o efeito final no risco de crédito da empresa. 
A análise de demonstrações financeiras se restringe à análise do capital. Sua estrutura geral de análise é formada pelos seguintes passos: 
· Cálculo dos indicadores econômico-financeiros, segregados em seus principais grupos: liquidez, rentabilidade, estrutura de capitais, cobertura e porte econômico; 
· Realização de análise horizontal; 
· Realização de análise vertical; 
· Interpretação dos resultados das análises e formação de juízo de valor; 
· Apresentação das conclusões através de relatório descritivo e qualitativo. 
A análise que visa à mensuração do risco de crédito abrange todo o conceitual teórico dos cinco C.s, mas se concentra nas análises do Capital (análise das demonstrações financeiras), da Capacidade (análise qualitativa) e do Caráter (análise cadastral). As análises das Condições (risco setorial) e Colateral (garantias) raramente são realizadas com profundidade. 
Já os trabalhos visando às classificações de risco abrangem, com profundidade técnica, as totalidades do conceitual teórico dos cinco C.s e efetivamente realizam a análise dos cinco aspectos existentes. A diferença fundamental para a análise de crédito se refere ao maior rigor existente na classificação de risco, especialmente no tocante a análise das Condições e Colateral, para obtenção de maior exatidão na conclusão que é característica desta análise. 
1.6. Estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (Lei 6404/76, alterada pelas Leis 11638/07 e 11.941/09) 
A estrutura dos demonstrativos contábeis segue o que está previsto na Lei 6404/76 e suas alterações, especificamente com relação as Leis 11638/07 e 11.941/09. 
Art. 176 da Lei 6404/76: 
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I . Balanço Patrimonial; 
II . Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
III . Demonstração do Resultado do Exercício; 
IV . Demonstração dos Fluxos de Caixa (Lei 11638/07); 
V- se Cia Aberta, a Demonstração do Valor Adicionado. 
Observações: 
· as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício; 
· as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior; 
· nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como diversas contas ou contas-correntes. 
São exigidos, ainda, o Relatório da Diretoria ou Administração e o Parecer dos Auditores Independentes (S/A). Lei 10.406/02, art 1.179: .O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar o Balanço Patrimonial e o de Resultado Econômico.
EXERCÍCIO SOCIAL: espaço de 12 meses findo o qual as Pessoas Jurídicas apuram os seus resultados. Pode coincidir ou não com o ano calendário, de acordo como que dispuser o Estatuto ou o Contrato Social. Perante a legislação do IR é chamado de período de apuração da base de cálculo do imposto devido e, nesse caso, pode ser trimestral ou anual. A data do término será fixada no Estatuto da empresa. 
Art. 175 da Lei 6404/76: O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. 
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa. 
1.6.1 Balanço Patrimonial (Seção III da Lei 6404/76) 
Demonstração contábil de publicação obrigatória por todas as empresas. Tem a finalidade de evidenciar, de forma ordenada, as aplicações de recursos (Ativo = Bens e Direitos) e as origens de recursos (Passivo = Obrigações). A diferença entre o Ativo e o Passivo Exigível (obrigações) é conhecida como Patrimônio Líquido. 
Balanço Patrimonial, elaborado em:
Nome da Empresa
CNPJ:
	1. ATIVO
	2. PASSIVO
	
1.1 Circulante
1.2 Não-circulante
1.2.1 Realizável a Longo Prazo 
1.2.2 Investimentos 
1.2.3 Imobilizado 
1.2.4 Intangível
	
2.1Circulante
2.2. Não-circulante
2.3 Patrimônio Líquido
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
CLASSIFICAÇÃO
Art. 178 da Lei 6404/76: no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 
 § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: Ativo Circulante e Ativo não-circulante,composto por: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
 § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I - passivo circulante; 
II - passivo não-circulante; 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
Art 179 da Lei 6404/76: classificação nos grupos de contas 
Prazos: 
Curto prazo até o término do exercício social subseqüente (1 ano) 
Longo Prazo após o término do exercício social seguinte (mais de 1 ano) 
Base para classificação: final do Exercício Social
ATENÇÃO (§ único do art. 179) 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
CICLO OPERACIONAL: representa a aplicação de recursos na atividade até a formação dos estoques que, por venda, voltarão a ser valores disponíveis. 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; 
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
 exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243)1, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
V - no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido; 
Observação: 
1) Ativo 
* Ordem decrescente do grau de liquidez (§ 1º do Art. 178 da Lei 6404/76); 
* divide-se em Ativo Circulante e Ativo não-circulante. 
2) Passivo 
* Ordem decrescente do grau de exigibilidade; 
* divide-se em Circulante, Não-circulante e Patrimônio Líquido (§ 2º do Art 178 da Lei 6404/76). 
VISÃO SINTÉTICA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
	ATIVO
	PASSIVO
	
Circulante: são contas que estão constantemente em giro, sendo que a conversão em dinheiro será no próximo exercício social. 
Realizável a Longo: Prazo: são bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o término do exercício social subsequente. 
Investimentos: são as inversões financeiras de caráter permanente que geram rendimentos que não são necessários à manutenção da atividade fundamental da empresa. 
Imobilizado: são itens de natureza permanente que serão utilizados para manutenção da atividade básica da empresa. 
Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
	
Circulante: são obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social; 
Não-circulante: são as obrigações exigíveis que serão liquidadas após o término do exercício social seguinte. 
Patrimônio Líquido: são recursos dos 
proprietários aplicados na empresa. 
 Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. 
 § 1º São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. 
 § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 
 § 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
 § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. 
 § 5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
1.5.2 Demonstração do Resultado do Exercício 
A DRE, elaborada simultaneamente com o Balanço Patrimonial, constitui-se no relatório sucinto das operações realizadas pela empresa durante determinado período de tempo. É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa. É apresentada de forma verticalizada dedutiva, ou seja, das receitas deduz-se as despesas, indicando, a seguir, o resultado. Enquanto o Balanço Patrimonial evidencia a posição da empresa em determinado momento, a DRE acumula as receitas, os custos e as despesas relativas a um período de tempo, mostrando os resultados e possibilitando o conhecimento dos seus componentes. 
A DRE é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento de Ativo, com entradas de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível. É um demonstrativo de caráter econômico.
Objetivo: evidenciar a situação econômica da entidade, apurando o lucro ou prejuízo. 
Amparo Legal: art. 187 da Lei 6404/76
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas (Lei 11.941/09);
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
VI - as participações de debêntures, de empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa (Lei 11.941/09); 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
 § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
NOME DA EMPRESA
CNPJ:
Período:
Receita Bruta de Vendas e Serviços 
(-) Deduções 
- Impostos, Devoluções, Abatimentos, Descontos Incondicionais Concedidos 
= Receita Líquida de Vendas e Serviços 
(-) CMV/CSP/CPV 
= Resultado (Lucro/Prejuízo) Bruto Operacional 
(-) Despesas Operacionais 
 * Com Vendas 
 * Administrativas 
 * Financeiras Líquidas 
 * Outras Despesas Operacionais 
= Resultado (Lucro/Prejuízo)Líquido Operacional 
+ - Outras Receitas e Despesas 
= Resultado (Lucro/Prejuízo) Líquido do Exercício antes do Imposto de Renda e da Contribuição 
Social Sobre o Lucro 
(-) Imposto de Renda 
(-) Contribuição Social Sobre o Lucro 
(=) Resultado (Lucro/Prejuízo) do Exercício antes das Participações 
(-) Participações 
· Debenturistas 
· Empregados 
· Administradores 
· Partes Beneficiárias 
· Fundo de Assistência 
= Resultado (Lucro/Prejuízo) do Exercício 
Lucro por Ação (em R$) 
2 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
As duas principais características de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação.
A análise Vertical e Horizontal são índices calculados para complementar a análise por quocientes. A análise de balanços deve partir do Geral para o Particular. Assim, inicia-se o trabalho de análise com a preparação dos demonstrativos (padronização), cálculos dos índices (análise por quocientes) e depois complementa com a análise Vertical/Horizontal.
Esta análise destaca as principais variações ocorridas nas contas ou nos grupos de contas.
A análise Vertical/Horizontal deve ser entendida como parte dos instrumentos de trabalho do analista e não como instrumento único. Na maioria das vezes, o método em vez de esclarecer os fatores que afetaram a performance e a saúde financeira de uma empresa, indicam a necessidade de o analista buscar outras fontes de informações que possam explicar a mudança na tendência dos números, isto é, em vez de oferecer respostas, ajuda a levantar questões.
2.1 Análise Vertical:
O percentual de cada conta mostra sua real importância dentro do conjunto do qual ela pertence. Baseia-se em valores percentuais, calculados com a divisão do valor da conta ou do grupo de contas, pelo total do grupo do qual se faz parte.
A análise vertical das contas do Ativo tem a base o valor total do Ativo; a análise vertical das contas de passivo (inclusive PL) tem como base o valor total do Passivo.
Já na DRE a base é o valor da Receita Líquida de Vendas (já que no demonstrativo padronizado inicia-se com este valor). Mas nada impede que seja feito, também, pelo valor da Receita Bruta (o que não é de costume).
	
AV = Valor da Conta ou Grupo x 100
Valor-Base
A análise vertical é também conhecida como análise de estrutura. Realça a participação de cada conta ou grupo de contas no todo a que pertence. Fazendo comparações do resultado com exercícios anteriores, verifica-se a tendência dos valores para o futuro. Refere-se a elementos homogêneos, mas relativos ao mesmo exercício social.
O resultado da divisão dos itens da Análise Vertical também é chamado de coeficiente de participação. 
 Apresenta-se no exemplo a seguir, o cálculo da análise vertical:
Fatores a destacar:
- Lucro bruto aumentou de 10% para 41% em X2; melhora na margem de lucro, com redução de custos;
- redução de despesas operacionais;
- reversão do prejuízo de 45% para lucro de 3%
Observação: toda a base tem o índice de 100%.
Prepare a análise vertical das demonstrações abaixo.
ATIVO
	Balanço Patrimonial
	31/12/2002
	AV
	31/12/2013
	AV
	CIRCULANTE
	$42.101,00
	
	$157.785,00
	
	Disponibilidades
	$647,00
	
	$1.983,00
	
	Duplicatas a Receber
	$22.139,00
	
	$46.343,00
	
	Estoques
	$13.685,00
	
	$22.737,00
	
	Provisão para Devedores Duvidosos
	-$336,00
	XXXXXXX
	-$2.354,00
	XXXXXXX
	Outros Créditos
	$5.966,00
	
	$89.076,00
	
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
	$1.331,00
	
	$6.189,00
	
	Depósitos Judiciais e Outros Créditos
	$1.331,00
	
	$6.189,00
	
	PERMANENTE
	$113.385,00
	
	$185.053,00
	
	Investimentos 
	$9.400,00
	
	$51.055,00
	
	Imobilizado
	$100.789,00
	
	$131.009,00
	
	Diferido
	$3.196,00
	
	$2.989,00
	
	TOTAL DO ATIVO
	$156.817,00
	
	$349.027,00
	
PASSIVO
	Balanço Patrimonial
	31/12/2002
	AV
	31/12/2013
	AV
	CIRCULANTE
	$56.174,00
	
	$156.547,00
	
	Fornecedores - País
	$4.839,00
	
	$4.377,00
	
	Fornecedores - Exterior
	$38.855,00
	
	$130.962,00
	
	Outras Obrigações
	$4.987,00
	
	$8.804,00
	
	Empréstimos e Financiamentos
	$4.486,00
	
	$8.366,00
	
	Outras Contas a Pagar
	$3.007,00
	
	$4.038,00
	
	EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
	$11.441,00
	
	$31.275,00
	
	Empréstimos e Financiamentos
	$5.857,00
	
	$23.406,00
	
	Outras Obrigações
	$5.584,00
	
	$7.869,00
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	$89.202,00
	
	$161.205,00
	
	Capital Realizado
	$65.929,00
	
	$105.072,00
	
	Reservas de Capital
	$22.858,00
	
	$42.791,00
	
	Lucros Acumulados
	$415,00
	
	$13.342,00
	
	TOTAL DO PASSIVO
	$156.817,00
	
	$349.027,00
	
DRE
	Demonstrativo de Resultado do Exercício
	31/12/2002
	AV
	31/12/2003
	AV
	RECEITA BRUTA DE VENDAS
	$94.977,00
	
	$310.561,00
	
	(-) Impostos/Devoluções de Vendas
	$27.125,00
	
	$101.773,00
	
	(=) RECEITA LÍQUIDA
	$67.852,00
	
	$208.788,00
	
	(-) Custo dos Produtos Vendidos
	$59.550,00
	
	$172.244,00
	
	(=) LUCRO BRUTO
	$8.302,00
	
	$36.544,00
	
	Despesas com Vendas
	$6.707,00
	
	$24.606,00
	
	Despesas Administrativas
	$3.520,00
	
	$8.761,00
	
	Despesas Tributárias
	$1.168,22
	
	$3.819,90
	
	Receitas Financeiras - Líquido
	-$2.891,00
	XXXXX
	-$3.591,00
	XXXXX
	Outras Receitas Operacionais
	-$2.067,00
	XXXXX
	-$812,00
	XXXXX
	(=) LUCRO OPERACIONAL
	$1.864,78
	
	$3.760,10
	
	(+/-) Resultado não Operacional
	$178,00
	
	$99,00
	
	(=) LUCRO ANTES DO I.R.
	$2.042,78
	
	$3.859,10
	
	(-) Imposto de Renda
	$1.934,00
	
	$654,00
	
	(=) LUCRO LÍQUIDO
	$108,78
	
	$3.205,10
	
2.2. Análise Horizontal:
	A evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências. Também é conhecida como análise de evolução, já que faz comparações com exercícios anteriores. Corresponde ao estudo das variações ocorridas em períodos de tempo consecutivos nos itens que compõe a Demonstração Contábil. É a comparação que se faz entre valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.
A técnica baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior (análise horizontal anual) e/ou em relação a um demonstrativo contábil básico (ou base de referência), geralmente a demonstração mais antiga da
série (análise horizontal encadeada).
Isso que dizer que:
* se a análise horizontal for feita em relação ao exercício anterior, chama-se de análise anual;
* se a análise horizontal for feita tomando por base a série mais antiga dos demonstrativos (ano-base) , chama-se de análise encadeada.
A mais utilizada é a análise encadeada. A análise anual pode ser utilizada, mas nunca em substituição a análise encadeada.
Na análise horizontal, o demonstrativo contábil base recebe o índice de 100%
(base), que servirá de confronto para cálculo dos percentuais.
	
AH = Valor da Conta em exercício seguintes x 100
 Valor da Conta-Base
A Análise Horizontal visa avaliar o aumento ou a diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, numa determinada série histórica de exercícios.
 
	
Valor da Conta na Data-Base
Exemplo:
Observações:
As variações são calculadas retirando 100% dos índices encontrados; por exemplo, o número índice da AH de Receita Líquida de Vendas é de 170%, logo, a variação ocorrida de um ano para o outro é de 70%; nada impediria de se abrir mais uma coluna para cálculo da variação;
Os índices que apresentam valores menores que 100%, indicam que os valores sofreram redução (involução) de um período para o outro;
Os cálculos dos índices com base negativa tornam-se complexos e às vezes irreais, prejudicando, desta forma, a análise;
Os números encontrados de Análise Horizontal são conhecidos por números índice;
* quando do cálculo da Análise Horizontal houver base negativa, o seu cálculo torna-se complexo e de difícil interpretação; tem autores que sugeremque não se faça o cálculo.
No caso do exemplo, se fosse feito o cálculo o índice do Resultado Operacional, o valor seria de (1000/(5500) = -18,18. Esse índice não é verdadeiro. Mas como a base é negativa, o resultado também é negativo. A interpretação poderia ir além: passou de um resultado negativo para o resultado positivo, logo, um índice de 118,18% (100% o valor da base, mais a variação de R$ 1000,00).
 
 Prepare a análise horizontal das demonstrações abaixo.
ATIVO
	Balanço Patrimonial
	31/12/2002
	AH
	31/12/2013
	AH
	CIRCULANTE
	$42.101,00
	
	$157.785,00
	
	Disponibilidades
	$647,00
	
	$1.983,00
	
	Duplicatas a Receber
	$22.139,00
	
	$46.343,00
	
	Estoques
	$13.685,00
	
	$22.737,00
	
	Provisão para Devedores Duvidosos
	-$336,00
	XXXXXXX
	-$2.354,00
	XXXXXXX
	Outros Créditos
	$5.966,00
	
	$89.076,00
	
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
	$1.331,00
	
	$6.189,00
	
	Depósitos Judiciais e Outros Créditos
	$1.331,00
	
	$6.189,00
	
	PERMANENTE
	$113.385,00
	
	$185.053,00
	
	Investimentos 
	$9.400,00
	
	$51.055,00
	
	Imobilizado
	$100.789,00
	
	$131.009,00
	
	Diferido
	$3.196,00
	
	$2.989,00
	
	TOTAL DO ATIVO
	$156.817,00
	
	$349.027,00
	
PASSIVO
	Balanço Patrimonial
	31/12/2002
	AH
	31/12/2013
	AH
	CIRCULANTE
	$56.174,00
	
	$156.547,00
	
	Fornecedores - País
	$4.839,00
	
	$4.377,00
	
	Fornecedores - Exterior
	$38.855,00
	
	$130.962,00
	
	Outras Obrigações
	$4.987,00
	
	$8.804,00
	
	Empréstimos e Financiamentos
	$4.486,00
	
	$8.366,00
	
	Outras Contas a Pagar
	$3.007,00
	
	$4.038,00
	
	EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
	$11.441,00
	
	$31.275,00
	
	Empréstimos e Financiamentos
	$5.857,00
	
	$23.406,00
	
	Outras Obrigações
	$5.584,00
	
	$7.869,00
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	$89.202,00
	
	$161.205,00
	
	Capital Realizado
	$65.929,00
	
	$105.072,00
	
	Reservas de Capital
	$22.858,00
	
	$42.791,00
	
	Lucros Acumulados
	$415,00
	
	$13.342,00
	
	TOTAL DO PASSIVO
	$156.817,00
	
	$349.027,00
	
DRE
	Demonstrativo de Resultado do Exercício
	31/12/2002
	AH
	31/12/2003
	AH
	RECEITA BRUTA DE VENDAS
	$94.977,00
	
	$310.561,00
	
	(-) Impostos/Devoluções de Vendas
	$27.125,00
	
	$101.773,00
	
	(=) RECEITA LÍQUIDA
	$67.852,00
	
	$208.788,00
	
	(-) Custo dos Produtos Vendidos
	$59.550,00
	
	$172.244,00
	
	(=) LUCRO BRUTO
	$8.302,00
	
	$36.544,00
	
	Despesas com Vendas
	$6.707,00
	
	$24.606,00
	
	Despesas Administrativas
	$3.520,00
	
	$8.761,00
	
	Despesas Tributárias
	$1.168,22
	
	$3.819,90
	
	Receitas Financeiras - Líquido
	-$2.891,00
	XXXXX
	-$3.591,00
	XXXXX
	Outras Receitas Operacionais
	-$2.067,00
	XXXXX
	-$812,00
	XXXXX
	(=) LUCRO OPERACIONAL
	$1.864,78
	
	$3.760,10
	
	(+/-) Resultado não Operacional
	$178,00
	
	$99,00
	
	(=) LUCRO ANTES DO I.R.
	$2.042,78
	
	$3.859,10
	
	(-) Imposto de Renda
	$1.934,00
	
	$654,00
	
	(=) LUCRO LÍQUIDO
	$108,78
	
	$3.205,10
	
Prof.: André Luís Costa Thomaz
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