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Terapia Ocupacional na UTI Adulto Perguntas norteadoras: O que o indivíduo faz da vida? Como ele faz suas atividades? Por que ele faz desse modo? Qual o sentimento ao fazer as atividades? De que modo essa(s) atividade(s) ou a ausência delas está(ão) interferindo em seu cotidiano? o Tem como objetivo minimizar o impacto do processo de hospitalização, resgatar a aproximação do cotidiano do sujeito que foi interrompido durante o processo de doença. o Prevenir complicações no quadro geral de saúde e funcionalidade, como: deformidades físicas, ulceras de pressão, estado de confusão mental, desorientação, delirium, insônia, agitação psicomotora, ansiedade e depressão. o Utilizar de atividades significativas condizentes com histórias de vida, história ocupacional, desejos e necessidades do paciente de forma a favorecer o bem-estar, sentimento de utilidade, satisfação, alegria e prazer tendo como impacto positivo uma melhora visível do quadro clinico e desempenho ocupacional o que corrobora para uma diminuição do período de internação e reinternação. Ocupações Contextos Padrões de desempenho Competências de desempenho Fatores do cliente Atividade de vida diária; Atividade de vida diária instrumental; Gestão de saúde; Descanso e sono; Educação; Trabalho; Brincar/Jogar Lazer Participação social. Obs: Pacientes na UTI cotidiano suspenso. Atividades ainda realizadas com sono e descanso muitas vezes induzido. Fatores ambientais Rotina estressante, procedimento invasivos, impessoais, restrito ao leito. Fatores pessoais Histórico de vida suspensa, estado de total dependência, não autonomias, não consciente. Hábitos Rotinas Papéis Rituais Influenciam modo de fazer as atividades, de receber as condutas necessárias. Competências motoras (imagética corporal, cinesioatividade, orientação) Competências de processo (atividades expressivas, cognitivas) Competências de interação social (estimular por meio de uso de CAA, de orientação aos familiares durante visita, chamadas de vídeo) Valores, crenças e espiritualidade; (caminho a ser acessado por meio de histórico de vida e ocupacional por atividades expressivas, sensoriais) Funções do corpo (extremamente afetadas) Estruturas do corpo (extremamente comprometidas) Quem são os pacientes da TO na UTI? o Pacientes em estado de coma não induzido; o Pacientes em processo de desmame da sedação; o Pacientes conscientes com ou sem ventilação mecânica o Pacientes com prognóstico de longa internação, sequelas neurológicas; o Pacientes com melhora e preparação para alta. Quais os comprometimentos desses pacientes? 1. O quadro clínico 2. Sedação 3. Síndrome do imobilismo 4. Uso prolongado da ventilação mecânica 5. Efeitos adversos das medicações 6. Geralmente apresentam quadro de delirium, confusão mental, desorientação, irritabilidade, agitação psicomotora; 7. Dificuldade em estabelecer comunicação com a equipe multidisciplinar para atender suas necessidades; 8. Início de deformidades e/ou úlceras por pressão devido ao longo período de internação. O que o TO proporciona? AVDs, orienta, treina e adapta Avalia: o Se o paciente se encontra em condições para iniciar o retorno a realização das AVDs no ambiente hospitalar; o Se necessita de adaptação; o Oriente técnicas de conservação de energia; Orienta, treina e adapta: o Utiliza-se técnicas de conservação de energia para realizar AVDs; o Realiza o treino de AVDs com ou sem adaptações; o Orientação e treino de transferências, mudanças de decúbito e posicionamento no leito. O que o TO proporciona? Tecnologia Assistiva (prescrever, confeccionar e treinar) Adaptações: o de posicionamento no leito para restaurar a funcionalidade e prevenir encurtamentos e deformidades bem como, lesões por pressão o de utensílios de AVD, alimentação, higiene. Comunicação alternativa ampla: o Utiliza os sistemas de CAA (símbolos, recursos, estratégias técnicas e adaptações) como prancha de comunicação alternativa para auxiliar na manutenção mínima da autonomia daqueles que tenham intenção comunicativa. O que o TO proporciona? Retorno ao estado de funcionalidade (reabilitação) Avalia: o Os componentes físicos, emocionais e cognitivos; as áreas de ocupação possíveis de serem realizadas no ambiente hospitalar e os contextos do desempenho ocupacional Prescreve, desenvolve e aplica: o Atividades, ocupações e técnicas necessárias ao processo de reabilitação neuropsicomotora a partir da história de vida, histórico ocupacional, necessidades e desejos do paciente; o Atividades que desenvolvam as habilidades: cognitivas (leitura, compreensão, sustentação da atenção, narrativa verbal, diálogo reflexivo e motivacional); sensoriais e perceptivas (visuais, táteis, proprioceptivas, auditivas); e motoras (coordenação motora fina, movimentação ativa de alguma parte do corpo). O que o TO proporciona? Adequação de rotina Bem-estar: o Minimizar os impactos da hospitalização como afastamento dos vínculos afetivos, interrupção do cotidiano e o desempenho dos papeis ocupacionais e rotina estressante. Utiliza-se do prontuário afetivo para juntamente com a equipe multi propicia um ambiente mais humanizado, com cuidado personalizado a cada paciente. Atividades significativas: o Atividades expressivas, reflexivas, cognitivas, de relaxamento, de lazer, chamadas de vídeo, cinesioatividade, entre outras, a partir da história de vida, histórico ocupacional, necessidades e desejos do paciente. O que o TO proporciona? Adequado processo de desmame da sedação Como? o Aplicar estimulação multissensorial controlada baseada no histórico de vida, ocupacional, crenças, hábitos e costumes; o Utiliza-se de estímulos visuais, auditivos, táteis, olfatórios e proprioceptivos; o Orienta, treina e aplica juntamente com a família, durante as visitas, estratégias e atitudes adequadas a estimulação do paciente. Para que? o Promover dignidade e respeito no processo de retorno da consciência e despertar de todas as funções mentais; o Buscar evitar o retorno ao uso de sedativos, contenção mecânica no leito; o Amenizar os quadros de: confusão mental, desorientação, delirium, surto psicótico, prolongamento do período de internação. “O Terapeuta Ocupacional em qualquer contexto que ele esteja facilita o envolvimento de pessoas em atividades/ocupações significativas que possam resgatar e/ou desenvolver habilidades, capacidades de forma a reconectar a pessoa com sua história de vida ocupacional, atender seus desejos e necessidades em busca de redesenhar um cotidiano saudável, significativo e adaptado a condição em que se está inserido.”
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