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BIOSSEGURANÇA E SEGURANÇA DO PACIENTE Jonatas

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BIOSSEGURANÇA E SEGURANÇA DO PACIENTE
N1 Jonatas Ribeiro de Oliveira
A enfermeira Maria, apesar de sua vasta experiência na área, cometeu erros básicos de biossegurança durante o atendimento ao paciente. Ao iniciar o atendimento, a mesma não utilizou os EPIs, que são de uso obrigatório, como luvas, máscaras, aventais, óculos de proteção e a higienização prévia das mãos. Além disso, a mesma, não estava utilizando calçado fechado no momento do atendimento. Os EPIs são muito importantes e esses devem ser utilizados quando o profissional for entrar em contato com sangue, secreções, excreções, fluidos corporais, mucosas e pele não intacta.
Trabalhar no campo da saúde implica cuidar de pessoas que, em determinado momento de suas vidas, adoeceram ou necessitam de cuidados profissionais. Trata-se de trabalho complexo, realizado em diversos cenários assistenciais, tais como emergência, centro cirúrgico, obstetrícia, que requerem a utilização e o manuseio de instrumentais para execução de procedimentos, como seringas e agulhas, materiais de curativos, até os mais sofisticados como respiradores, sondas e cateteres, sempre exigindo competências apropriadas para o fazer (RIBEIRO; PIRES, SCHERER, 2016, p. 872 . 
A partir do problema existente, podemos ressaltar a importância de os trabalhadores seguirem as normas de segurança. Neste caso podemos citar a Norma Regulamentadora 32 (NR 32), que determina as diretrizes específicas relacionadas à segurança do trabalho no âmbito da saúde. Essa norma sugere a preferência por medidas preventivas para cada situação de risco, bem como indica a realização de treinamentos e a capacitação para os trabalhadores sobre trabalho seguro. Outra questão muito importante que podemos identificar na NR 32 é sobre os riscos biológicos e a grande possibilidade de o profissional ser exposto a agentes biológicos, assim como riscos relacionados aos materiais perfuro cortantes, como citado no caso acima, onde a enfermeira Maria teve seu pé perfurado por uma agulha desencapada, enquanto esperava para o descarte adequado, já que o coletor de materiais perfuro-cortantes estava cheio. Dentre algumas ações que devem ser realizadas pelo profissional, podemos citar: a realização do esquema vacinal; higienização das mãos antes e após a realização de procedimentos no paciente; uso dos EPIs; não utilizar calçado aberto; nunca reencapar agulhas e realizar o descarte de agulhas e lâminas de bisturis nas caixas coletoras. Após o acidente, algumas condutas devem ser tomadas e uma das primeiras condutas é tratar profissional que se acidentou e o local acometido pela exposição, lavando o local com água e sabão ou com soro fisiológico, fazendo curativo de acordo com a necessidade. Logo após, o profissional será avaliado para análise da gravidade do acidente, sendo considerado o material biológico de risco, e também haverá a investigação do paciente-fonte. Ambos devem ser encaminhados para a Unidade de Referência e precisam realizar exames, incluindo ANTI-HCV, ANTI-Hbs, ANTI-HIV, HBsAG e ANTI-HBs total. No entanto o paciente-fonte tem o direito de se negar a realizar os exames, sendo registrada a oposição na ficha de Notificação do acidente, e o caso passa a ser tratado como fonte desconhecida. Do mesmo modo o profissional também pode se recusar a fazer os exames, assinando um termo de responsabilidade e justificando sua renúncia. (RAPPARINI; VITÓRIA; LARA, 2010) É de extrema importância a realização de treinamentos constantes para as equipes de saúde em relação às normas de biossegurança, considerando que os profissionais são constantemente expostos a riscos, e, com a realização desses treinamentos, os profissionais ficam mais qualificados, elevando a qualidade no momento de realização do procedimento e melhorando os resultados da instituição de saúde. 
Referências Bibliográficas 
BRASIL. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n.º 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Brasília, DF: Presidência da República, (2005) RAPPARINI, C.; VITÓRIA, M. A. A; LARA, L. T. R. Recomendações para o atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e Hepatites B e C. Brasília, DF: Ministério da Saúde – Programa Nacional de DST/AIDS, 2010. RIBEIRO, G.; PIRES, D. E. P.; SCHERER, M. D. dos A. Práticas de biossegurança no ensino técnico de enfermagem. Trabalho, Educação. e Saúde, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 871-888, set./dez. 2016.