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DIREITOS DO CONSUMIDOR SIMULADO AVS 1 1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FGV/2022 - Adaptada) A Defensoria Pública do Estado Alfa ajuizou ação coletiva em face da Instituição Financeira ZZ, sob o argumento, plenamente verossímil, em razão das circunstâncias do caso, de que estariam sendo cobrados serviços dos consumidores sem que tivessem sido previamente solicitados. À solicitação de inversão do ônus da prova foi oposto o argumento, pela instituição demandada, de que a legislação de regência não admitia tal possibilidade em ação coletiva dessa espécie. À luz da sistemática vigente, cabe afirmar que a inversão do ônus da prova, na situação descrita, é: incorreta, pois as hipóteses de inversão do ônus da prova, nas ações coletivas, estão previstas em numerus clausus, não podendo ser ampliadas em desfavor da paridade de armas. incorreta, pois a legislação proíbe a inversão do ônus da prova nas ações coletivas. incorreta, pois somente pode beneficiar o consumidor hipossuficiente, o que deve ser requerido pelo próprio e analisado conforme as circunstâncias do caso. correta, pois a inversão do ônus da prova é uma prerrogativa das funções essenciais à justiça, a exemplo da Defensoria Pública, decorrendo do seu munus social. correta, pois o termo consumidor deve ser interpretado em sentido amplo, enquanto destinatário da proteção, de modo a facilitar a sua defesa, individual ou coletiva. Respondido em 27/05/2023 15:49:02 Explicação: A inversão do ônus da prova é forma de facilitar a defesa dos interesses do consumidor em juízo, constituindo-se em direito básico do consumidor a ser deferido ou não pelo julgador no caso concreto (artigo 6º, VIII, CDC). 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (Máxima/2021 - Adaptada) O Código de Defesa do Consumidor apresenta, em seu art. 6o, os direitos básicos do consumidor. Dentre eles, encontram- se: I. a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. II. a modificação das cláusulas contratuais para resolver seus interesses pessoais sempre que achar necessário. III. o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados. IV. a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Apenas os itens II e IV estão corretos. Apenas os itens I, III e IV estão corretos. Apenas os itens I, II e III estão corretos. Apenas os itens II e III estão corretos. Apenas os itens I e IV estão corretos. Respondido em 27/05/2023 15:51:40 Explicação: A revisão das cláusulas contratuais pautar-se-á pela excessiva onerosidade da prestação e, portanto, por fato objetivo. (cf. artigo 6°, V, CDC). Os itens I, III e IV estão previstos no art. 6o 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A legislação sobre superendividamento traz um rol de deveres negativos impostos aos fornecedores. Assinale a alternativa que indica uma conduta vedada no âmbito da oferta de crédito ao consumidor. Facilitar a compreensão do consumidor acerca dos ônus e riscos da contratação. Consultar previamente a fonte pagadora na hipótese de contratação de crédito em consignação. Entregar ao consumidor ou ao eventual garante ou coobrigado a cópia da minuta do contrato principal. Impedir a anulação do pagamento em caso de utilização fraudulenta de cartão de crédito. Atender às pretensões do consumidor ou dar início às tratativas, em sede administrativa, independentemente do pagamento de honorários advocatícios por aquele. Respondido em 27/05/2023 15:52:29 Explicação: Como visto, a Lei nº 14.181/2021 prevê uma série de condutas das quais o fornecedor de crédito deve se abster. O art. 54-G, III do CDC proíbe que o fornecedor impeça ou dificulte a anulação do pagamento, ou a restituição de valores ao consumidor, na hipótese de fraude com cartão de crédito. A letra que fala em facilitação da compreensão do consumidor acerca dos ônus da contratação está errada, posto que o que a lei proíbe é justamente o oposto, ou seja, que o fornecedor oculte ou dificulte essa compreensão (art. 54-C, III). Além disso, está vedada a conduta de condicionar o atendimento das demandas do consumidor ao pagamento de honorários (art. 54-C, V). A lei veda justamente a recusa na entrega da cópia do contrato ao consumidor ou ao seu garante ou coobrigado (art. 54-G, II). Trata-se de uma obrigação do fornecedor avaliar as condições do consumidor, analisando as informações disponíveis em bancos de dados de proteção ao crédito (art. 54-D, II). 4a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 "Não podemos mais ser um país de superendividados! A Lei 14.181/2021 modifica esta situação e reforça os deveres de boa-fé e de lealdade na oferta e concessão do crédito ao consumidor. E para os milhões de consumidores que, especialmente em virtude da crise financeira causada pela Covid-19 e da massificação e assédio no crédito em nosso país, já caíram em estado de superendividamento, a lei que atualiza o CDC traz também instrumentos e medidas extrajudiciais e judiciais para o chamado tratamento do superendividamento do consumidor pessoal natural de boa- fé, com um plano de pagamento, ou conciliatório ou judicial e compulsório, em caso de inexitosa a conciliação em bloco com todos os seus credores" (BENJAMIN, Antonio. Apresentação. In: BENJAMIN, Antonio et al. Comentários à Lei 14.181/2021: a atualização do CDC em matéria de superendividamento. São Paulo: Thomson Reuters, 2021, p. 7). A partir do texto acima, e da disciplina da Lei nº 14.181/2021, indique a alternativa que indica corretamente as dívidas sujeitas à repactuação por superendividamento. Dívidas administrativas de natureza não fiscal. Dívidas contraídas pelo consumidor, ainda que dolosamente. Dívidas alimentares. E) Dívidas de serviço de prestação continuada. Dívidas fiscais. Respondido em 27/05/2023 15:55:55 Explicação: O art. 54-A, §§ 2º e 3º do CDC estabelece o alcance das dívidas de consumo que estarão sujeitas às regras do superendividamento. Entre as dívidas que poderão ser renegociadas estão aquelas relativas a serviços de prestação continuada (plano de saúde, telefonia móvel, entre outros). As dívidas alimentares não são consideradas dívida de consumo. Dívidas administrativas (tributárias ou não tributárias, a exemplo de multas administrativas) também não são de consumo e, portanto, não estão sujeitas à renegociação. Por fim, a dívida contraída de forma dolosa pelo consumidor (com intenção de não pagar), é hipótese expressamente afastada da cobertura legal (art. 54-A, §3º do CDC). 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FCC/2018) A inversão do ônus da prova é permitida pela Lei no 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Isso se dará desde que determinada quando do recebimento da inicial. em qualquer situação, bastando que o autor requeira ao juiz. se o réu aquiescer em que a distribuição do ônus da prova seja feita de maneira diversa, pois não está obrigado a fazer prova contra si mesmo. quando o autor não tiver como desincumbir-se do encargo de provar os fatos alegados, cujo conhecimento for do domínio do réu. quando o autor coletivo deixar de demonstrar os fatos constitutivos do direito do grupo substituído. Respondido em 27/05/2023 15:58:22 Explicação: Segundo o artigo 6º, VIII, do CDC, são direitos básicos do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,segundo as regras ordinárias de experiências. Dessa forma, nas ações consumeristas, basta a demonstração da verossimilhança das alegações da parte autora ou a demonstração de sua hipossuficiência para que o juiz inverta o ônus da prova. Ademais, ainda nas relações de consumo, é possível a aplicação da Teoria da Carga Dinâmica, agora codificada no artigo 373, §1º, do CPC, permitindo ao juiz atribuir ônus da prova diverso quando uma das partes tiver maior facilidade na produção da prova. 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (TJ-PR/2017 - Adaptada) A inversão do ônus da prova é um instituto previsto no ordenamento jurídico que visa beneficiar o autor de determinada demanda, nos termos da lei. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), é possível a inversão do ônus da prova em favor do consumidor a critério do juiz, no processo civil, quando for verossímil a alegação do consumidor ou quando este for hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. em qualquer demanda, sendo o único requisito a condição de consumidor do reclamante/autor. apenas quando o consumidor comprovadamente demonstrar hipossuficiência econômica. a critério do juiz, no processo civil ou penal, quando for verossímil a alegação do consumidor ou quando este for hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. quando demonstrada, cabalmente, as alegações da parte autora. Respondido em 27/05/2023 16:01:06 Explicação: A questão exigia, basicamente, o conhecimento a respeito da redação do artigo 6º, VIII, do CDC, isto é, os requisitos dispostos no referido artigo, quais sejam: são direitos básicos do consumidor: a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. 7a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (CESPE - CEBRASPE/2009 - Adaptada) - O Código de Defesa do Consumidor tem por objetivo proteger o consumidor nas relações de consumo a partir do reconhecimento de sua vulnerabilidade. Assinale a opção correta quanto à disciplina jurídica do CDC. A jurisprudência do STJ superou a discussão acerca do alcance da expressão destinatário final e consolidou a teoria maximalista como aquela que indica a melhor interpretação do conceito de consumidor. Para a corrente maximalista, ou subjetiva, o consumidor apenas é o não profissional, aquele que adquire ou utiliza um produto para uso próprio ou de sua família. Para fins de incidência do CDC, não se considera vulnerável nem hipossuficiente o consumidor pessoa física que não possui conhecimentos específicos acerca do objeto que adquire e pode ser facilmente ludibriado no momento da contratação. A sistemática de princípios do CDC presume que mesmo as pessoas jurídicas, quando forem consideradas consumidores para fins de aplicação do Código, serão reconhecidas como vulneráveis em face dos fornecedores junto aos quais adquirem produtos ou obtêm prestações de serviços. Segundo a doutrina maximalista, a interpretação da expressão destinatário final deve ser restrita e somente o consumidor, parte mais vulnerável na relação contratual, merece a especial tutela jurídica que decorre do CDC. Respondido em 27/05/2023 16:06:32 Explicação: O artigo 4º, inciso I, do CDC situa o reconhecimento da vulnerabilidade dos consumidores no mercado de consumo como um princípio, segundo qual em todas as relações de consumo sujeitas ao CDC, o consumidor, seja ele pessoa física, jurídica ou até mesmo ente despersonalizado, estará situado em posição vulnerável em comparação a o fornecedor que integra o outro polo da relação. Trata-se do princípio do reconhecimento da vulnerabilidade. Segundo a teoria objetiva ou maximalista, como o nome sugere, busca-se maximizar o campo de aplicação das normas do CDC. Para isso, amplia a interpretação da expressão "destinatário final", reconhecendo como consumidor todo destinatário final fático de um produto ou serviço. Não importa se ele emprega esse bem ou serviço no exercício de uma atividade econômica. Por fim, em situações normais, a jurisprudência de STJ adota a teoria finalista na interpretação do conceito de "destinatário final" prevista para caracterização do consumidor pelo art. 2º do CDC, restringindo a categoria aos consumidores que retiram os produtos ou serviços do mercado de consumo e não os empregam em qualquer outra atividade econômica, sendo seus destinatários finais fáticos e econômicos. Entretanto, em casos envolvendo consumidores-profissionais e até mesmo empresas, o STJ tem aderido à teoria finalista mitigada, para reconhecer que podem ser consumidores, ainda que empreguem os produtos ou serviços obtidos em suas atividades econômicas, desde que seja reconhecia sua vulnerabilidade em face dos fornecedores ou prestadores de serviços. 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (VUNESP/2019 - Adaptada) - Joaquim caminhava em uma rua de Guaratinguetá, em direção à sua casa, quando ao passar ao lado de um lava rápido escorregou na água com sabão que a empresa escoava pela calçada do estabelecimento. Com a queda, quebrou três costelas e ficou internado por dez dias, pois perfurou o pulmão. Assinale a alternativa correta em relação ao caso. Por se tratar de consumidor por equiparação, Joaquim poderá se valer da lei consumerista para solicitar reparação de danos. Não há possibilidade de responsabilização do lava rápido, por não haver qualquer relação jurídica entre Joaquim e aquele estabelecimento comercial. Por não haver ligação direta entre Joaquim e o lava rápido, não se configura relação de consumo que justifique a aplicação do CDC. O estabelecimento cometeu um ilícito administrativo e Joaquim não tem direitos a pleitear contra o lava rápido. Somente os órgãos legitimados pela defesa coletiva poderão pleitear os diretos que favoreçam Joaquim, pois a relação de consumo, no caso, tem fundamento no enquadramento de Joaquim como membro de coletividade indeterminada que interviu no mercado de consumo. Respondido em 27/05/2023 16:09:58 Explicação: A relação de consumo estabelecida entre Joaquim e o lava rápido se fundamenta no artigo 17 do CDC, que equipara a consumidores as vítimas de danos causados por defeitos na prestação de serviços ou no fornecimento de produtos no mercado de consumo, mesmo quando estas não tenham celebrado qualquer contrato com os fornecedores, ou sequer tenham adquirido ou utilizado os bens e serviços que por eles tenham sido fornecidos. Nesses casos, essas vítimas terão acesso à tutela do CDC e poderão reclamar indenizações diretamente em face dos fornecedores responsáveis pela atividade que gerou o acidente de consumo. Por fim, Joaquim possui legitimidade para pleitear seus direitos de forma autônoma. 9a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (FCC/2014 - Adaptada) - O Código de Defesa do Consumidor prevê o instituto da desconsideração da personalidade jurídica. Nas obrigações decorrentes do CDC, são solidariamente responsáveis as sociedades: controladas, apenas. integrantes de grupos societários e as consorciadas. integrantes de grupos societários e as controladas. integrantes de grupos societários, apenas. consorciadas, apenas. Respondido em 27/05/2023 16:10:00 Explicação: Por determinação expressa legal do art. 28, § 3º, do CDC, as sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 10a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (FGV/2011 - adaptada) - Ao instalar um novo aparelho de televisão no quarto de seu filho, o consumidor verifica que a tecla de volume do controle remoto não está funcionando bem. Em contato com a loja onde adquiriu o produto, é encaminhadoà autorizada. O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante? O dinheiro de volta. Um produto idêntico emprestado enquanto durar o conserto. Perdas e danos. A imediata substituição do produto por outro novo. O conserto do produto no prazo máximo de 30 dias. Respondido em 27/05/2023 16:11:42 Explicação: Nos termos do art. 18 do CDC, o consumidor, antes de se valer das prerrogativas de abatimento do preço, substituição do produto, ou o dinheiro de volta, deve conceder ao fornecedor o prazo de 30 dias para conserto do produto.
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