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William Barboza de Oliveira RA: 214678
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMBORIU/SC
Processo n.º: 0010540-06.2022.8.24.0091
Brenda Freitas, já qualificado nos autos da ação (especificar qual a ação), que move em face de Daniel Siva, vem, respeitosamente, por meio de seu advogado e bastante procurador infra-assinado, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 1.009 do Código de Processo Civil, inconformado com a sentença de fls. __, que julgou (procedente, improcedente ou extinguiu o processo sem resolução de mérito) a demanda, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, conforme razões anexas.
Outrossim, requer a intimação da parte contrária para, querendo, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Requer, ainda, a juntada das custas de preparo, devidamente quitadas, que a esta seguem anexas. (Deixa de realizar o preparo, vez que beneficiário da justiça gratuita.) 
Por fim, requer que seja o recurso devidamente recebido em seu duplo efeito (se for o caso) e devidamente processado, encaminhando-se ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina
Termos em que,
pede deferimento.
Camboriú 23 de maio 2023.
Advogado
OAB nº
RAZÔES DA APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Brenda Freitas
Apelado: Daniel Silva
Processo n.º: 0010540-06.2022.8.24.0091
Origem: 8ª Vara Cível da Comarca de Camboriú/SC
 Egrégio tribunal,
 Colenda Câmara,
 Nobres Desembargadores!
I – DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
O presente recurso é tempestivo, uma vez que apresentado dentro do prazo legal previsto no artigo 1.003, parágrafo 5º do CPC, qual seja, 15 dias...
A apelação encontra-se devidamente preparada, conforme faz prova as guias de recolhimento em anexo, cumprindo o determinado no art. 1.007 do mesmo diploma legal.
O apelante deixou de recolher a guia de preparo e porte de remessa e retorno é beneficiaria da Justiça Gratuita.
A parte recorrente é legítima, já que foi vencida na presente demanda consoante preceito do art. 996 do CPC.
II – DAS PRELIMINARES
Daniel Silva, ao parar diante de faixa de pedestre, na cidade de Balneário Camboriú/SC, teve sua motocicleta abalroada pelo automóvel conduzido por Brenda Freitas Sampaio e, em razão do acidente, teve sua perna esquerda amputada. Por este motivo, propôs, contra Brenda, ação de conhecimento pelo procedimento comum, pleiteando indenização, no valor de R$ 40.000,00, pelos danos materiais suportados, referentes a despesas hospitalares, gastos com remédios e despesas com o reparo da motocicleta e indenização por danos morais, no valor de R$ 400.000,00, pela amputação sofrida. O processo foi distribuído para o juízo da 8ª Vara Cível de Balneário Camboriú/SC, sob o número 0010540-06.2022.8.24.0091.
Em contestação Brenda postulou a extinção do processo sem resolução de mérito, sob o argumento de que Daniel há um ano tinha proposto uma ação idêntica perante a 2ª Vara Cível de Balneário Camboriú/SC, que tramita naquela Vara sob o número 0009048-06.2021.8.24.0091. Relatou Brenda que o referido processo aguardava apresentação de réplica. 
III – DO RESUMO DA SENTENÇA
Na peça de defesa do processo que tramita perante a 8ª Vara Cível, Brenda requereu, também, que Daniel fosse condenado a lhe pagar indenização pelos prejuízos que suportou, sob alegação que ele teria parado a motocicleta, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via. Brenda requereu, ainda, a produção de prova testemunhal.
Após a apresentação de réplica do processo que tramita na 8ª Vara, o juiz proferiu sentença, julgando antecipadamente a lide, por entender que a matéria controvertida era exclusivamente de direito. Rejeitou o pedido de extinção do processo sem resolução de mérito e afirmou o réu deveria ter formulado seu pleito indenizatório por ação autônoma. Ao final, julgou procedentes todos os pedidos apresentados na petição inicial, condenando a Ré ao pagamento de R$ 88.000,00 a título de honorários advocatícios.
IV – DO MÉRITO/DOS FUNDAMENTOS DA APELAÇÃO
O art. 1.009 do CPC informa que o recurso contra sentença, é apelação.
Nos termos do §1º, do art. 203 do CPC, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, CPC, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
A decisão que pôs fim à fase cognitiva do procedimento comum, rejeitando o pedido formulado na ação, com fundamento no art. 487, inciso I do CPC, tratando-se, portanto, de uma sentença.
Dessa forma, verifica-se que o recurso adequado para combater a decisão de fls. XXI é a apelação.
Da litispendência
Tal conduta, configura nitidamente a litispendência, a qual, nos moldes do art. 337, § 3º, do NCPC, é verificada quando se repete ação que está em curso.
Conforme alegado pelo apelante em sede de contestação, a apelada ajuizou idêntica ação perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Camboriú/SC, estando o mencionado processo aguardando apresentação de réplica.
Acerca do tema, vejamos o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ANISTIA. PRELIMINAR DE LITISPENDÊNCIA. I - A preliminar de litispendência procede. De fato, o objeto do mandamus se identifica com a Ação Ordinária n. XXXXX-87.1999.4.02.5101 (32ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro), na qual se pleiteia justamente o reconhecimento da condição de anistiado e o pagamento dos valores retroativos, ora perseguido pela via heroica. II - No ponto, a questão é adequada à teoria dos três eadem (mesmas partes, causa de pedir e pedido), pois a litispendência ocorre à vista do mesmo resultado prático pretendido, ainda que por meios processuais diversos. Nesse sentido: AgRg no MS XXXXX/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Seção, julgado em 23/3/2011, DJe 4/4/2011; AgRg no MS XXXXX/DF, Rel. Ministro Og Fernandes, Primeira Seção, julgado em 10/6/2015, DJe 18/6/2015; MS XXXXX/DF, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 27/5/2015, DJe 2/6/2015). III - Agravo interno improvido.
Da necessária reforma/anulação da sentença condenatória
Dispõe o art. 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Nesse sentido, oportuna é a transcrição do art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Na hipótese, resta cristalino que o apelante não cometeu qualquer ato ilícito, tampouco causou dano à apelada, visto que não deu causa ao acidente, proporcionado exclusivamente por culpa da apelada.
Sobre o tema, vejamos o entendimento dos nossos tribunais:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA - EFEITOS. Evidenciado nos autos que o acidente resultou de atuação exclusiva da vítima, portanto, sem concorrência dos réus, a procedência do pedido de reparação civil nisto encontra óbice. Aplicação do artigo 186, do Código Civil. Recursos providos.
(TJ-MG - AC: XXXXX80949555001 MG, Relator: Saldanha da Fonseca, Data de Julgamento: 17/04/2013, Câmaras Cíveis / 12ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/04/2013) 
Nessa mesma esteira:
APELAÇÃO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA - DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. A demonstração da culpa exclusiva da vítima exclui o nexo causal da conduta do apelado, afastando o dever de indenizar.
(TJ-MG - AC: XXXXX10014389001 MG, Relator: Alberto Henrique, Data de Julgamento: 22/06/2017, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/07/2017) 
Ainda podemos encontrar algumas doutrinas nesse sentido, bem como as tecidas por Rui Stoco, sobre a culpa exclusiva:
 
O evento danosopode resultar de culpa exclusiva ou concorrente da vítima. A culpa exclusiva é causa de isenção da responsabilidade, por ausência do nexo causal. Concorrendo a culpa da vítima com a do agente causador do dano, a sua responsabilidade é mitigada, segundo o critério estabelecido no art. 945 do Código Civil, ou seja, a indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade da culpa da vítima em confronto com a do autor do dano. Assim, a culpa da vítima quando contribui para a eclosão do evento, sem ser a sua causa exclusiva, influi na indenização, ensejando a repartição proporcional dos prejuízos sofridos...
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) seja recebido e processado o presente Recurso de Apelação, tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade;
b) seja recebido nos seus regulares efeitos devolutivo e suspensivo.
c) ao final, seja dado provimento para o fim de anular a r. sentença de fls., dando-se prosseguimento do feito perante o Juízo a quo, com a inversão do ônus sucumbencial;
d) a majoração dos honorários advocatícios nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.
Termos em que,
pede deferimento.
Camboriú 23 de maio 2023.
Advogado
OAB nº