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1 Camila Carminate - MEDCEL Trauma Abdominal Sede de frequentes traumas: contusos e penetrantes Compartimentos: cavidade abdominal/retroperitônio; cavidade pélvica. LIMITES ANATÔMICOS MECANISMO DO TRAUMA CONTUSO OU FECHADO 60% dos casos Vísceras parenquimatosas com maior frequência - baço (25 a 45%) - fígado TRAUMA PENETRANTE Projeteis de arma de fogo Ferimento por arma branca Fígado (30 a 40%) Intestino delgado (30 a 50%) Estomago (20%) Penetrou a cavidade peritoneal = laparotomia AVALIAÇÃO INICIAL Exame clinico é fundamental Abdome está no item C – choque Avaliação hemodinâmica Paciente chocado – tem hemoperitônio? Necessidade de saber indicar laparotomia - lavado peritoneal diagnóstico - ultrassonografia FAST Medidas auxiliares: - sonda vesical (toque retal) - sonda gástrica IMPORTANTE Paciente com choque hipovolêmico? Qual o choque do sangramento? Tórax, abdome e pelve Importante examinar EXAMES DIAGNÓSTICOS RADIOLOGIA Raios X abdome = paciente estável (exame secundário) Raios X de exame primário = tórax AP - raios X bacia Utilidade (pacientes estáveis): - pneumoperitônio - trajeto de projéteis Exames contrastados - Urografia excretora - Uretrocistografia (trauma pélvico) LAVADO PERITONEAL DIAGNÓSTICO Incisão infraumbilical Incisão supraumbilical (grávidas/trauma pélvico) Sangue que não coagula – positivo 10 mL/kg de soro – crianças 1.000 mL – adultos Alta sensibilidade CRITÉRIOS DE POSITIVIDADE NO LPD Conteúdo GI – sangue não coagulável Bactérias pelo gram 100.000 hemácias/mL 500 leucócitos/mL Amilase > 175mg/dL Contraindicação absoluta: laparotomia já indicada Relativas: cirurgia previa, obesidade, coagulopatia e gravidez. 2 Camila Carminate - MEDCEL ULTRASSONOGRAFIA Sala de trauma – USG FAST SUBXIFOIDE Avaliação dos seis cardiofrênico e pericárdio QUADRANTE SUPERIOR DIREITO Avaliação do seio costofrênico direito, espaço de Morrison, fígado e rim direito QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO Avaliação do seio costofrênico esquerdo, baço e rim esquerdo SUPRAPÚBICO Avaliação de bexiga e fundo de saco de douglas TOMOGRAFIA Específico e não invasivo Pacientes hemodinamicamente estáveis Contraindicações – instabilidade hemodinâmica – alergia ao contraste – não colaboração do paciente – demora Limitações em lesões GI LPD USG FAST TC ABDOME INDICAÇÕES Paciente instável Documentação de sangramento Paciente instável Documentação de liquido livre Paciente estável Documentação lesão visceral VANTAGENS Diagnóstico precoce Sensível Não invasivo Possível repetir Diagnóstico precoce Acurácia 86% a 97% Especificidade para definir lesão Acurácia de 98% DESVANTAGENS Invasividade Sem diagnostico de diafragma e retroperitônio Operador dependente Sem diagnostico de diafragma e retroperitônio Alto custo Sem diagnostico de diafragma e algumas lesões do delgado INDICAÇÕES DE CIRURGIA FERIMENTOS PENETRANTES 50 a 60% vítimas de feridas penetrantes Formais: hipotensão; peritonite e evisceração Positividade nos exames Dúvida – exame físico seriado FAB do dorso – estáveis - tomografia com triplo contraste - observação clinica Exploração digital? Laparoscopia diagnostica? PAF – a regra é laparotomia - PAFs tangenciais – laparoscopia Ferimento no tórax inferior - Raio X – laparoscopia – toracoscopia - estão estáveis? FERIMENTO ARMA BRANCA Exploração digital Parede abdominal anterior Ressalvas na transição toracoabdomiinal Dificuldades em flanco e dorso TRAUMA CONTUSO Estáveis X instáveis Estáveis – avaliação repetida / tomografia Instáveis: - outra causa de choque? Não? Laparotomia Sim? LPD/FAST Positivo: laparotomia Negativo: reavaliação Trauma contuso estável hemodinamicamente com liquido na cavidade – não opere, peça tomografia. Tomografia com liquido na cavidade, mesmo estável, mas sem lesões parenquimatosas – opere, é lesão de víscera oca 3 Camila Carminate - MEDCEL CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES ESPLÂNCNICAS BAÇO GRAU DE LESÃO DESCRIÇÃO I HEMATOMA Subcapsular, não expansivo, área de superfície <10% LACERAÇÃO Laceração da cápsula, sem sangramento <1cm de profundidade no parênquima II HEMATOMA Subcapsular, não expansivo, área de superfície de 10% a 50%; intraparenquimatoso, não expansivo, <2cm de diâmetro LACERAÇÃO Laceração na capsula, sangramento ativo, 1 a 3 cm de profundidade no parênquima que não envolve vasos trabeculares III HEMATOMA Subcapsular, área de superfície >50% ou em expansão, hematoma subcapsular roto com sangramento ativo, hematoma intraparenquimatoso >2cm ou em expansão LACERAÇÃO >3cm em profundidade no parênquima ou envolvendo vasos trabeculares IV HEMATOMA Ruptura de hematoma intraparenquimatoso com sangramento ativo LACERAÇÃO Laceração envolvendo vasos segmentares ou hilares produzindo grande desvascularização (25% do baço). V HEMATOMA Explosão esplênica LACERAÇÃO Lesão no hilo com desvascularização do baço FÍGADO GRAU DE LESÃO DESCRIÇÃO I HEMATOMA Subcapsular 10% da superfície LACERAÇÃO Ruptura da capsula, profundidade <1cm no parênquima II HEMATOMA Subcapsular de 10 a 15% da superfície, intraparenquimatoso <10cm de diâmetro LACERAÇÃO Ruptura da capsula, 1 a 3cm de profundidade no parênquima III HEMATOMA Subcapsular >50% da área de profundidade no parênquima IV LACERAÇÃO >3cm de profundidade no parênquima LACERAÇÃO 25 a 75% em um lobo hepático ou de 1 a 3 segmentos de coiunaud em um único lobo V LACERAÇÃO >75% do lobo hepático ou mais de 3 segmentos de couinaud em um único lobo VASCULAR Lesão venosa justa-hepatica – veia cava retro- hepatica e veia hepática maior central VI VASCULAR Avulsão hepática PRINCIPAIS MANOBRAS CIRÚRGICAS FÍGADO Param espontaneamente na maioria Várias manobras cirúrgicas: Suturas, balão, tampões de peritônio, ressecções segmentares, etc... PÂNCREAS E VIAS BILIARES Cauda x cabeça pancreática As vezes drenagem externa e reconstrução em segundo tempo CLASSIFICAÇÃO LESÃO PANCREÁTICA I Contusão ou laceração sem envolver ducto principal II Transecção distal ou laceração distal com lesão ductal III Transecção proximal ou lesão do parênquima com provável lesão ductal IV Lesão combinada do pâncreas e duodeno com papila e vascularização preservadas V Lesão maciça: papila e desvascularização 4 Camila Carminate - MEDCEL ESTOMAGO E DUODENO Estomago – rafias – gastrectomias Segunda porção do duodeno = problema Exclusão duodenal – cirurgia de Vaughan LESÕES DE DUODENO I HEMATOMA Contusão envolvendo uma única porção LACERAÇÃO Lesão superficial sem perfuração II HEMATOMA Contusão envolvendo mais de 1 porção LACERAÇÃO Laceração <50% da circunferência III RUPTURA 50 a 75% da circunferência D2 RUPTURA 50 a 100% da circunferência D1, D3 e D4 IV RUPTURA >75% da circunferência D2 LACERAÇÃO Envolvendo ampola ou ducto biliar comum V Destruição maciça do complexo duodenopancreatico, desvascularização do duodeno INTESTINO DELGADO Lesões ate 50% do diâmetro = sutura Diversas lesões em um mesmo segmento – enterectomia e anastomose CÓLON Anastomose primaria x colostomia Fatores determinantes: instabilidade hemodinâmica e tempo de lesão e peritonite Lesões do reto baixo: rafia e colostomia proximal RETROPERITÔNIO Acesso ao retroperitônio Direita: manobra de cattell e manobra de kocher Esquerda – manobra de mattox Hematomas retroperitoniais ZONAS LIMITES ANATOMICOS CONDUTA I Central: compreende o pâncreas, aorta e cava abdominal Devem ser explorados cirurgicamente (manobra de kochere gastroepiploico) II Laterais direita e esquerda: rins, baço e as porções retroperitoneais do cólon Devem ser explorados os hematomas expansivos ou pulsáteis (manobra de cattell e manobra de mattox) III Compreende a pelve Não devem ser abordadas no trauma contuso (arteriografia diagnostica e terapêutica) TRAUMA RENAL I CONTUSÃO Hematúria, com exames normais HEMATOMA Subcapsular, não expansível, sem laceração II HEMATOMA Não expansível, perirrenal, confinado ao retroperitoneo LACERAÇÃO <1cm de profundidade, sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento de urina III LACERAÇÃO >1cm sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento de urina IV LACERAÇÃO Com extensão pelo córtex, pela medula ou pelo sistema coletor, com extravasamento de urina VASCULAR Lesão da artéria ou veia principal, com hemorragia contida V LACERAÇÃO Completa destruição do rim VASCULAR Avulsão do hilo com desvascularização Tratamento de lesões urinarias: - RIM: rafias / nefrectomia total ou parcial - Ureter: debridamento – rafia ou duplo J Bexiga extraperitoneal – conservador SVD Bexiga intraperitoneal – rafia CIRURGIA DE CONTROLE DE DANOS Repercussões clinicas de gravidade - hipotermia 5 Camila Carminate - MEDCEL - acidose metabólica - coagulopatia Alta chance de óbito pela falência metabólica Damage control - controle de hemorragia - prevenção de contaminação Indicações clássicas: - ph <7,2 - tax <32ºC - transfusões múltiplas >10UI concentrado de hemacias Princípios técnicos - acesso xifopubica - empacotamento dos 4 quadrantes - acesso ao retroperitoneo - exame rápido - realização do indispensável – evitar anastomoses, próteses, shunts Acesso ao retroperitônio – Cattell e Mattox Garroteamento do pedículo hepático Manobra de Pringle - fechamento da parede - a necessidade de reintervenção - a síndrome do compartimento Dica – bolsa de Bogotá Fez a manobra de Pringle e não parou de sangrar? - Provável lesão da veia cava retro-hepática - Provável necessidade de shunt cavoatrial TRATAMENTO NÃO OPERATORIO Uma constatação: tinha líquido livre e na laparotomia não foi achado foco Principais indicações de TNO - trauma fechado - estabilidade hemodinâmica - vísceras sólidas (fígado, baço e rins) Reconsideração – alterações de níveis hematimétricos, peritonite, queda de consciência lesões hepáticas Possibilidade de arteriografia Arteriografia – diagnóstica › terapêutica Hemobilia = arteriografia
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