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Aula 10 - Distubios hemodinâmicos - Patologia


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Aula 10 - Patologia 3º período - Farmácia 
 
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Conceito 
 São alterações no fluxo sanguíneo normal do 
organismo. Esses distúrbios comprometem a irrigação 
sanguínea e o equilíbrio. Eles comprometem a 
irrigação sanguínea, não sendo irrigado corretamente. 
 Edema – acumulo de líquido no interstício 
(espaço entre uma célula e outra) ou cavidades do 
organismo. Compromete a irrigação sanguínea. 
 
 Hiperemia e congestão – aumento do fluxo 
sanguíneo em um determinado tecido ou parte 
afetada. 
 
 Choque – via comum final a vários eventos 
potencialmente fatais – caracterizado por 
HIPOPERFUSÃO SISTÊMICA, diminuição do 
fluxo sanguíneo. Por ser ocasionado por vários 
fatores: hemorragia. 
 Defeito na hemostasia – hemorragia, 
trombose, embolia. 
 Hemostasia – consiste em uma série de evento 
que mantém o sangue em estado fluido, sem 
coágulos, no interior dos vasos. Com objetivo de 
evitar perdas sanguíneas, bem como a perda da 
fluidez sanguínea. E hemostasia # homeostase. 
 
 Hemostasia ocorre em passos: 1) processo 
lesivo – exposição de fibras colágenas; 2) 
vasoconstrição; 3) Adesão das plaquetas ao colágeno; 
4) Fibrinólise. 
 
1. Processo lesivo – após a lesão, fatores neuro-
humorais locais – endotelina – induzem a 
vasoconstricção (diminuem) transitória. Ocorre a 
exposição da MEC (rica em colágeno). 
 
2. Hemostasia primária – a remoção do 
endotélio expõe o sangue ao contato com o colágeno 
da região subendotelial, o que por si só promove a 
adesão das plaquetas (formação do tampão 
hemostático primário). É o famoso estancamento. 
 
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3. Hemostasia secundária – ativação local da 
cascata da coagulação – transformação do 
fibrinogênio em fibrina através da enzima trombina 
(fator tecidual e fator VII); formação do tampão 
hemostático secundário. A fibrina começa a unir as 
plaquetas, que forma o coágulo. As plaquetas + 
fibrinas forma o coágulo. O fator tecidual produz a 
trombina, que irá ativar uma proteína chamado de 
fibrinogênio (inativa), e a trombina irá ativá-lo 
transformando em fibrina, formando uma rede junto 
com as plaquetas. Evitando o ressangramento. 
 
 
3. Prevenção da formação do trombo – 
mecanismos contrarregulatórios, como a ativação da 
fibrinólise (destruição do coágulo) e bloqueio da 
cascata de coagulação, limitam o processo 
hemostático ao local da lesão. A destruição do 
coágulo ocorre por meio da plasmina. 
 
 
 
Componentes do processo da hemostasia 
 Células endoteliais – As células endoteliais 
em condições normais são reguladoras centrais da 
hemostasia, e expressam uma variedade de fatores 
anticoagulantes. Após a lesão, as células começam a 
liberar fatores pró-coagulantes 
 Plaquetas – cascata de coagulação: São 
fragmentos celulares anucleados descartados na 
circulação sanguínea por megacariócitos medulares – 
Tampão hemostásico. A ativação proteolítica 
sequencial de pró-enzimas, resultando na formação de 
trombina, que então, quebra a molécula de 
fibrinogênio em monômeros de fibrina. 
 
 Hemorragia – definida como o 
extravasamento de sangue no espaço extravascular. 
É determinada pela velocidade e quantidade de 
sangue extravasado. 
1. Hemorragia interna – ocorre quando há lesão 
de um órgão interno e o sangue se acumula numa 
cavidade do organismo. 
2. Hemorragia externa: pode ser arterial, 
venosa ou capilar. 
 
 
Classificação clínica da hemorragia 
 A hemorragia pode se manifestar com 
diferentes aparências e consequências clínicas. 
 Hematoma – se acumula dentro de um tecido. 
É um sinal de hemorragia interna. Vai perdendo 
oxigênio e vai mudando a coloração. Atinge vasos 
mais profundos. 
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 Equimoses (1-2 cm) – hematomas 
subcutâneos maiores. As hemácias extravasadas são 
fagocitadas e degradadas por macrófagos. Atingem 
vasos mais superficiais (subcutâneos). 
 
 Petéquias (1-2 mm) – são hemorragias dentro 
da pele, membranas mucosas ou superfícies serosas. 
 
 Púrpuras – hemorragias ligeiramente maiores 
que as petéquias. 
 
 
Formação do trombo 
 Coagulação do sangue no interior dos vasos 
sanguíneos 
 Trombose – processo de formação do trombo 
dentro dos vasos sanguíneos ou no coração do 
individuo vivo, resultante da ativação do sistema 
normal da coagulação. É um distúrbio circulatório, 
porque ele modifica o fluxo sanguíneo normal. 
Quando o trombo se desprende pelo sangue torna-se 
um embolo. 
 O que leva a formação de uma trombose? 
Lesão endotelial, fluxo sanguíneo anormal e 
hipercoagulabilidade, chamada de Tríade de 
Virchow. 
 
1. Lesão endotelial – Alteração da parede 
vascular ou cardíaca – podendo ser causadas por 
fatores como: placas de ateromas, agressão direta 
por microrganismos, traumatismos, neoplasias. 
 
 
2. Fluxo sanguíneo anormal – decorrente da 
ESTASE (fluxo sanguíneo lento) e da 
TURBULÊNCIA (perda do fluxo linear normal). 
 
3. Hipercoagulabidade – em decorrência da 
alteração na cascata de coagulação. Podem ser 
ocasionados por: 
I. Desordens primárias (genéticas) – fator V da 
coagulação. 
II. Desordens secundárias (adquiridas) – uso de 
contraceptivos orais, gravidez, câncer avançado, 
tabagismo, obesidade e idade avançada. 
 Aumento da coagulabidade pode provocar: 
I. Maior aumento do numero de plaquetas; 
II. Maior disponibilidade de fatores pró-
coagulantes; 
III. Redução de inibidores de coagulação. 
 
Classificação dos trombos 
 É uma coagulação do sangue no interior do 
vaso sanguíneo, ocorre pela agregação plaquetária, 
diferente do coágulo, que ocorre pela formação de 
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polímeros de fibrinogênio. Podem ser classificados de 
acordo com a estrutura em: 1) Trombos brancos, 2) 
Trombos vermelhos e 3) Trombos mistos. 
I. Trombo branco – constituído por leucócitos, 
plaquetas e fibrinas. Formam-se nas artérias e 
coração. Aderidos à parede vascular (não 
obstrutivos). Curta lesão na parede vascular. 
II. Trombo vermelho – constituído por 
hemácias, leucócitos, plaquetas e fibrinas. Formam-
se nas veias, pouco aderidos à parede vascular, 
crescem contra a corrente são obstrutivos. Causam 
lentidão da corrente. 
 Classificação dos trombos: 
 
 
Destinação dos trombos 
 
 Os trombos podem ser: 
I. Venosos superficiais – característico do 
sistema safeno (varicosidades), raramente 
embolizam, mas podem ser dolorosos e provocar 
congestão local e edema. 
II. Trombos venosos profundos (TVP) – atingem 
principalmente as veias. Ocorre fluxo turbulento, e 
pode provocar uma lesão. 
 
 
 
 
Embolia 
 Um êmbolo é uma massa sólida, líquida ou 
gasosa que é transportada pelo sangue para um local 
distante de seu ponto de origem. 
 
 Os embolos irão se alojar em vasos muito 
pequenos para permitir sua passagem – oclusão 
vascular parcial ou completa. 
 
 
 
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I. Embolia pulmonar – bloqueio da artéria 
pulmonar ou de um de seus ramos – interrupção 
súbita do fornecimento sanguíneo. 
II. Embola gordurosa – lesão por esmagamento 
dos tecidos moles a ruptura de sinusoides vasculares 
medular – liberação de gotículas. 
 
III. Embolo aéreo - formação de bolhas de gás na 
circulação podem ocorrem em: neurocirurgia, em 
descompressão devido a alta pressões promovem a 
dissolução do nitrogênio no sangue e nos tecidos.

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