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TQ_custos_da_qualidade_s01

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SEMANA 01
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Sumário
Boas-vindas ..............................................................................................3
Introdução ................................................................................................3
Definição de contabilidade ......................................................................4
Objeto da Contabilidade ..........................................................................5
O patrimônio e o balanço patrimonial nas empresas ...............................6
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Boas-vindas
Estamos iniciando o último Componente Curricular deste curso. Em Gestão de Custos iremos 
propor as melhores práticas e técnicas para o resultado financeiro dos processos da qualidade 
nos diferentes níveis da organização.
As áreas de conhecimentos que serão abordadas serão as seguintes:
 ● O Patrimônio das Empresas: Definição; Aplicação de recursos; Origem 
dos recursos aplicados; Capital de giro; Capital permanente; Balanço pa-
trimonial; Variação patrimonial.
 ● O Resultado Econômico e o Resultado Financeiro: Receitas Opera-
cionais; Deduções da receita; Custo direto x Custo indireto; Custo variável 
x Custo fixo; Receitas e despesas não operacionais; Regime de caixa e 
regime de competência; Demonstrativo do resultado financeiro; Demons-
trativo do resultado econômico.
 ● Análises Econômico-Financeiras: Liquidez; Rentabilidade; Segurança; 
Análise horizontal e vertical; Margem de contribuição; Ponto de equilíbrio.
 ● Contabilidade: Definição; Objeto da Contabilidade; Partidas dobradas; 
Atos e fatos administrativos; Plano de Contas; Escrituração; Balancete e 
balanço; Livros contábeis; Custos da Qualidade; Custos de prevenção; 
Custos de avaliação; Custos de falhas internas; Custos de falhas exter-
nas; Relação entre custo e qualidade.
Introdução
Dentro do enfoque de Qualidade Global, muitas organizações têm colocado a Qualidade como 
um dos objetivos corporativos prioritários. As áreas de Controladoria têm sido demandadas para 
mensurar os diferentes aspectos, componentes e suas respectivas relações.
Para tanto, os Contadores, juntamente com outros profissionais e especialistas envolvidos com a 
questão da Qualidade, desenvolvem sistemas de controle de Qualidade.
Esses sistemas nem sempre têm como escopo a minimização dos custos totais da Qualidade, 
mas procuram enfatizar o comportamento de um ou mais componentes do custo da Qualidade.
A Controladoria, neste contexto, assume a grande responsabilidade de mostrar para todos os 
gerentes e colaboradores as relações existentes entre os diferentes elementos componentes do 
custo total da Qualidade, bem como as consequências de decisões gerenciais passadas.
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Para auxiliá-los nesta área de conhecimento, iniciamos neste momento mais um relevante com-
ponente curricular: Custos da Qualidade, orientados com os seguintes requisitos:
Competência: Propor as melhores práticas e técnicas para o resultado financeiro dos processos 
da qualidade nos diferentes níveis da organização.
Habilidades:
 ● Compreender a estrutura do patrimônio e as suas variações;
 ● Identificar as formas de apuração do resultado econômico;
 ● Adquirir noções básicas da ciência contábil;
 ● Aprender a efetuar os lançamentos realizados na contabilidade.
 ● Aprender a levantar um balanço patrimonial e o Demonstrativo do 
Resultado Econômico;
 ● Identificar o impacto das ações de garantia da qualidade nos custos 
totais da organização.
Definição de contabilidade 
A Contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam 
mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas. Daí, pode-se afirmar que a Conta-
bilidade surgiu em função de um usuário específico – o homem proprietário de patrimônio, que, 
de posse das informações contábeis, passa a conhecer melhor sua saúde econômico-financeira.
É reconhecida como um grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na 
verdade, ele coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os 
e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para 
a tomada de decisões. 
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A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, 
avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões.
Vivemos um momento em que “aplicar os recursos escassos disponíveis com a máxima efici-
ência” tornou-se uma tarefa nada fácil. A experiência e o feeling do administrador não são mais 
fatores decisivos no quadro atual. Exige-se um elenco de informações reais, que norteiem tais 
decisões. E essas informações estão contidas nos relatórios elaborados pela Contabilidade.
Não se podem tomar decisões sobre produção, marketing, investimentos, financiamentos, cus-
tos, etc...sem Contabilidade.
Objeto da Contabilidade 
A estrutura conceitual básica da Contabilidade trata dos objetivos, cenários e princípios da 
Contabilidade.
Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus usuá-
rios de dados para ajudá-los a tomar decisões.
Usuário pode ser considerado como qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em 
conhecer dados (normalmente fornecidos pela contabilidade) de uma entidade.
Os usuários podem ser internos (gerente, diretores, administradores, funcionários em geral) ou 
externos à empresa (acionistas, instituições financeiras, fornecedores, governo, sindicatos).
Normalmente, os dados são elementos importantes constantes nos Relatórios Contábeis (resu-
mos, periódicos e ordenados), que abrangem informações econômico-financeiras (patrimônio, 
capital, fluxo de caixa e despesas, etc...).
O objetivo principal da contabilidade, portanto, é o de permitir a cada grupo prin-
cipal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, 
num sentido estático (situação atual da empresa), bem como fazer inferências 
sobre suas tendências futuras (considerando dados históricos).
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O patrimônio e o balanço patrimonial nas empresas
O Balanço Patrimonial (BP) é a principal demonstração contábil. Reflete a posição financeira 
em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de período prefixado. É como se ti-
rássemos uma foto da empresa e víssemos de uma só vez todos os bens, valores a receber e 
valores a pagar em determinada data.
O Balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho que conterá denominação da empresa, títu-
lo da demonstração (BP) e data de encerramento do balanço. O BP (figura abaixo) é constituído 
de duas colunas: a coluna do lado direito, denominado Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do 
lado esquerdo, denominada Ativo.
Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que 
representam benefícios presentes ou benefícios futuros para a empresa.
 ● Bens: máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferra-
mentas, veículos, instalações, etc...
 ● Direitos: duplicatas a receber, ações, títulos de créditos, contas 
a receber, aluguéis a receber, etc...
Há certos itens que podem não estar evidenciados no ativo da empresa, pois são de difícil avalia-
ção. É o caso das marcas de produtos, representa algo inestimável para a empresa mas é difícil 
avaliar quanto vale uma marca para a empresa.
Uma marca é um bem, embora intangível, pois não se pode pegar, não tem consistência física. 
Os demais ativos, como estoques e veículos, chamamos de ativos tangíveis, constituindo-se de 
bens físicos, corpóreos.
Passivo
O passivo evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, 
fornecedores de matéria-prima, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos, etc.. O passivo 
é uma obrigação exigível no momento em que a dívida vencer, será exigido seu pagamento.
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Patrimônio Líquido
Uma empresa é constituída por meio de um contrato legal, daí o nome Pessoa Jurídica. Para que 
a empresa comece a operar de fato, ela precisa de capital (dinheiro, bens, recursos).
Os sócios da empresa estão dispostosa conceder uma quantia inicial, normalmente em dinheiro, 
para dar “fôlego de vida” para a empresa. Essa quantia é o capital, ou o capital social (pois se 
origina de uma sociedade).
Em termos legais, a empresa não é obrigada a devolver o capital ao sócio, caso contrário sua 
continuidade poderia ser interrompida. Por isso, antigamente, o Patrimônio Líquido era conheci-
do como Passivo Não Exigível, pois essa dívida não poderá ser cobrada.
O Patrimônio Líquido – PL, evidencia recursos dos proprietários 
aplicados no empreendimento. A aplicação inicial dos proprietá-
rios denomina-se de capital, como já vimos. E se houver outras 
aplicações por parte dos proprietários teremos então acréscimo 
de capital.
O PL não só é acrescido com os novos aumentos de Capital, como também e mais comum, com 
os rendimentos resultantes do capital aplicado, qual denominamos de Lucro.
Do lucro obtido em determinado período pela atividade empresarial, normalmente uma parte é 
distribuída para os sócios e a outra parte é reinvestida no negócio. Ou seja, uma parte do lucro 
fica retida na empresa e a este chamamos de Lucros Acumulados (figura abaixo).
Outra forma bastante conhecida para denominar o Passivo é Capital de Terceiros, isto é, recur-
sos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa . Assim, dívidas com os bancos, financei-
ras, fornecedores de matéria-prima, governo,etc... representam capital de terceiros.
O Patrimônio Líquido é também denominado Capital Próprio, isto é, recursos dos próprios só-
cios ou acionistas (figura abaixo).
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O Patrimônio Líquido também pode ser reconhecido pelo seguinte equação:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO