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RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS 1

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Questão 1/10 - Relações Governamentais
De acordo com Azolin (2020), alguns fatores verificados na década de 1980, mais especificamente durante o processo de redemocratização, implicaram no aumento da profissionalização da representação de interesse no Brasil.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 2.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, sobre a relação entre o período de redemocratização e a profissionalização da representação de interesses no Brasil, assinale a alternativa que corretamente apresenta os principais fatores que implicaram no aumento da profissionalização dos profissionais de representação de interesse no Brasil na década de 1980:
Nota: 10.0
	
	A
	O fortalecimento do Poder Executivo; o enfraquecimento do Poder Legislativo; o fortalecimento da ideologia estatizante durante o Governo Fernando Henrique Cardoso; a implantação do multipartidarismo;
	
	B
	O enfraquecimento da legitimidade ideológica estatizante; o processo de fortalecimento do Congresso Nacional; o retorno ao pluripartidarismo; pluralidade da representação de interesses no sistema político
Você assinalou essa alternativa (B)
Você acertou!
A alternativa correta é: O enfraquecimento da legitimidade ideológica estatizante; o processo de fortalecimento do Congresso Nacional; o retorno ao pluripartidarismo; pluralidade da representação de interesses no sistema político.
O período de que trata a questão é o da redemocratização, quando alguns elementos democráticos começaram a surgir no cenário político e social brasileiro. Embora ainda não vivêssemos naquele período em uma democracia, a ideologia estatizante do período desenvolvimentista estava enfraquecendo, verificava-se um processo de fortalecimento do Congresso Nacional, a partir do aumento de partidos políticos e da oposição no Congresso Nacional. Neste cenário de abertura, aumentou a quantidade de representação de interesse no sistema político brasileiro. O capítulo 2 do livro base, mais especificamente no subtítulo “2.5 – Crise do Estado desenvolvimentista e redemocratização: início da complexidade do funcionamento do processo de decisão política”, orienta a resposta à esta questão.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 2.
	
	C
	A eleição direta para presidente da república; a luta pelas “diretas já”; eleições diretas para governadores e prefeitos; a entrada em vigor do Ato Institucional número 5 (AI - 5); a Declaração dos Direitos humanos;
	
	D
	O fortalecimento da ideologia estatizante; o aumento da profissionalização da representação do empresariado nacional; o fortalecimento da ideologia liberal durante o Governo Fernando Henrique Cardoso; a implantação do bipartidarismo;
	
	E
	A implantação do bipartidarismo; a redução da representação de interesse no cenário nacional; a implantação do sistema corporativista; o império da ideologia estatizante; o fortalecimento da ideologia liberal durante o Governo Fernando Henrique Cardoso;
Questão 2/10 - Relações Governamentais
O aumento da fragmentação partidária e do número de partidos políticos efetivos não apenas impactam no processo de decisão política, mas de forma especial, acaba impactando na governabilidade. Para Azolin (2020), a fragmentação partidária e a quantidade de partidos efetivos impactam também na representação de interesse.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 2.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, sobre fragmentação partidária e sua relação com a governabilidade, assinale a alternativa abaixo que indica corretamente, o tipo de impacto na representação de interesse causado pelo aumento da fragmentação partidária e do número de partidos políticos efetivos, segundo a autora:
Nota: 10.0
	
	A
	Houve um aumento significativo da contratação de empresas de consultorias internacionais.
	
	B
	Há maior qualificação dos profissionais de representação de interesse, verificado no século XXI;
Você assinalou essa alternativa (B)
Você acertou!
A alternativa correta é: maior qualificação dos profissionais de representação de interesse, verificado no século XXI; isso se verifica quando a autora diz:
Em suma, o processo de funcionamento de tomada de decisão política durante os governos petistas tornou-se mais complexo, exigindo, por sua vez, mais qualificação profissional dos que atuam no mercado de representação de interesse” (Azolin, 2020, p. 225)
A simplificação vai de encontro à citação acima, uma vez que o aumento da complexidade do processo de decisão política, não simplifica a representação de interesse. Ocorre o contrário. A contratação de consultorias para melhorar a performance da representação de interesse pode ou não ocorrer, uma vez que as organizações, e isso tem ocorrido, contratam diretamente profissionais. Em relação à redução de profissionais da área, neste período, o livro base prova que ocorreu exatamente, o contrário. Em relação ao aumento significativo da contratação de empresas de consultorias internacionais, se isso está ocorrendo, não há dados que provem.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 2.
	
	C
	Elas impactam no sentido de simplificar a representação de interesse junto aos tomadores de decisão política;
	
	D
	As organizações para eficiência na representação de interesse são obrigadas a contratarem empresas de consultoria política;
	
	E
	Resultou na redução da quantidade de profissionais de representação de interesse, de forma especial nos governos do Partido dos Trabalhadores;
Questão 3/10 - Relações Governamentais
Assim como qualquer profissão ou atividade, a representação de interesse na sua forma lícita passa por transformações. De ações centradas no corpo-a-corpo, no olho-no-olho, o profissional de representação de interesse passa a ter que pensar novas maneiras de influenciar as decisões de governos e empresas a partir de uma outra realidade: a do mundo digital.
“É mais um deslocamento das relações que antes eram o one-on-one, no gabinete de deputados e ministros, secretários, uma reunião numa agência como ANVISA, ANATEL. E isso agora foi deslocado para o Zoom, por exemplo. Então a reunião que antes era presencial passou a ser virtual, digital... mas tem que fazer sentido dentro do processo legislativo ou de uma audiência pública numa agência regulatória.”
DIÁLOGOS IRELGOV: ano 7, ed.3, novembro/2020. In: https://www.irelgov.com.br/wp-content/uploads/2020/12/DIALOGOS_IRELGOV_Ano7_ed.3_novembro_2020.html
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos discutidos no livro base e na disciplina de Relações Governamentais sobre espécies de representação de interesse, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a espécie de representação de interesse relacionada ao debate trazido na contextualização:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Lobby.
O debate gira ao redor da figura do Lobby, embora na sua versão digital. Fala-se em lobby virtual/digital a partir deste novo contexto do mundo digital. O que obriga a pensar novas formas de fazer lobby, não mais presencialmente, mas de maneira virtual, digital, com a utilização de tecnologias, como as plataformas de conferências. Mas ainda é lobby. Não é por conta da mudança no modo de
operação que estamos diante de uma nova figura ou espécie. Ainda estamos diante de uma ação direta da representação de interesse junto aos tomadores de decisão política no esforço de influenciá-los (conceito de lobby), só que realizado de outra maneira: a virtual ou digital. E frise-se: quenão substitui o lobby tradicional.
O lobby digital não vem para substituir o tradicional. Ele vem adicionar. Inclusive o lobby digital tem que fazer parte de uma estratégia do lobby tradicional” (DIÁLOGOS IRELGOV: ano 7, ed.3, novembro/2020.)
Como se trata de pensar a representação de interesse lícita, não estamos nos terrenos da corrupção e do tráfico de influência. Também a questão não se refere à mobilização em torno de uma causa, o que nos levaria ao advocacy, que pode ou não lançar mão do lobby (inclusive virtual)
Sobre as Relações Governamentais, são mais do que uma ação direta da representação de interesse junto aos tomadores de decisão política no esforço de influenciá-los, pode ser um setor, um cargo. Para Patri (2011, p. 140), “Relações governamentais é o processo de gerenciamento das diversas etapas e ferramentas de trabalho para a defesa de interesses” (AZOLIN, 2020, Capítulo 1). Vejamos:
"O trabalho empreendido nas Relações Governamentais consiste na ação estratégica, inteligente e qualificada, promovida por instituições públicas ou privadas, buscando interagir técnica e institucionalmente com os poderes constituídos, contribuindo efetivamente para o aprimoramento do processo legislativo ou da tomada de decisões executivas. Neste sentido, antecipa cenários, produz estudos comparados, indica caminhos políticos alternativos, minimiza impactos e utiliza-se do diálogo e das ferramentas de comunicação para ter seus pleitos considerados. (Mota et al., 2013, p. XIII, grifo do original) (AZOLIN, 2020, Capítulo 1)"
Assim é mais amplo que o lobby, entende-se as Relações Governamentais, como algo mais complexo, em que o Lobby é uma de suas etapas. (a etapa final e extremamente relevante)
Fonte:
AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 1.
Lobby Virtual: como será o trabalho de RelGov no novo normal? DIÁLOGOS IRELGOV: ano 7, ed.3, novembro/2020. In: https://www.irelgov.com.br/wp-content/uploads/2020/12/DIALOGOS_IRELGO
	
	B
	Advocacy.
	
	C
	Corrupção
	
	D
	Tráfico de Influência.
	
	E
	Relações Governamentais.
Você assinalou essa alternativa (E)
Questão 4/10 - Relações Governamentais
Considere o trecho a seguir:
“Elementos centrais da teoria democrática, as noções de participação e representação vêm demarcando, historicamente, as principais diferenças na confusa – e polissêmica – trajetória da constituição de modelos de democracia. Trata-se de dois conceitos que, por marcarem diferenças significativas nas orientações normativas acerca da melhor forma de governo, tendem a ser dicotomizados nas reflexões e proposições teórico-analíticas, carregando uma disputa de representações e orientações acerca do significado e do papel da política e da democracia em nossas sociedades.”
Fonte: LUCHMANN, Lígia Helena Hahn. A representação no interior das experiências de participação. Lua Nova [online]. 2007, n.70, pp.139-170. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452007000100007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1807-0175. https://doi.org/10.1590/S0102-64452007000100007
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, os três modelos puros de representação:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Direta; indireta e suprapartidária.
Você assinalou essa alternativa (A)
	
	B
	Legislativa; Judiciária e Executiva.
	
	C
	Distributiva; partidária; e delegação
	
	D
	Participativa; delegativa; e pluralizada.
	
	E
	Relação de delegação; de confiança; e como um espelho da sociedade.
Na teoria democrática, há três modelos puros de representação: o primeiro entende a representação como relação de delegação; o segundo, de confiança; o terceiro, como um espelho da sociedade.
Referência: Rota de Aprendizagem de Relações Governamentais. Aula 1. Tema 2 “Modelos de representação”.
Questão 5/10 - Relações Governamentais
Leia o texto a seguir:
“Três teorias da representação emergem quando olhamos como o governo representativo funcionou ao longo de seus duzentos anos de história, do parlamentarismo liberal dos primórdios até sua crise e, finalmente, sua transformação democrática, após a Segunda Guerra Mundial. Podemos dizer que a representação tem sido interpretada alternativamente de acordo com três perspectivas: jurídica, institucional e política. Elas pressupõem concepções específicas de soberania e política e, consequentemente, relações entre Estado e sociedade específicas. Todas elas podem também ser usadas para se definir democracia (respectivamente, direta, eleitoral e representativa). Contudo, apenas a última faz da representação uma instituição consonante com uma sociedade democrática e pluralista.”
Fonte: URBINATI, Nadia. O que torna a representação democrática?. Lua Nova [online]. 2006, n.67, pp.191-228. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452006000200007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1807-0175. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-64452006000200007
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Relações Governamentais, examine as afirmativas abaixo a respeito das características do modelo de representação enquanto relação de delegação:
I. Concebe que o representante seja um executor da vontade dos eleitores, independentemente de quais sejam.
II. Nenhum governo representativo, desde o século XVIII, admitiu mandatos imperativos (de delegação) ou concedeu o estatuto de obrigação legal às instruções dadas pelos eleitores.
III. Esse tipo de representação, embora faça sucesso entre os defensores de participação direta dos representados nas decisões públicas, jamais foi implementado em sociedades modernas.
IV. Esses, os chamados mandatos imperativos, são representações que espelham a sociedade, são próximas no que diz respeito à cor e gênero, comuns nas sociedades modernas e complexas.
Assinale a alternativa que contém características corretas:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
O modelo de representação enquanto relação de delegação concebe o representante como um mero executor da vontade de seu representante. Por conta disso, também é conhecido como modelo de mandato vinculante ou imperativo, uma vez que os representantes estariam obrigados a atender (sempre) à vontade de seus eleitores, sob pena de serem destituídos do cargo. Embora esse tipo de representação ainda faça muito sucesso entre defensores de algum tipo de participação direta dos representados nas decisões públicas, aos moldes das pequenas cidades-Estados da antiguidade, ele jamais foi implementado em sociedades modernas e complexas. Como observado por Bernard Manin (1995, p. 3), desde o fim do século XVIII, nenhum governo representativo “admitiu mandatos imperativos ou concedeu o estatuto de obrigação legal às instruções dadas pelos eleitores”; “tampouco instituiu um sistema de permanente revogabilidade dos representantes”, em caso de descumprimento da vontade dos representados.
Referência: Rota de Aprendizagem de Relações Governamentais. Aula 1. Tema 2 “Modelos de representação”.
Questão 6/10 - Relações Governamentais
Sobre espécies de representação de interesse, leia o trecho a seguir:
“A expressão representação de interesse é bastante genérica, servindo para expressar ações lícitas e ilícitas, podendo ser entendida, portanto, como tautológica. Considerando as confusões abstratas e concretas do uso indiscriminado de expressões, identificamos cinco que assumem significado de representação de interesse: corrupção, tráfico de influência, lobby, relações governamentais e advocacy. Para facilitar o entendimento, a solução é analisar as diferentes expressões como espécies de representação deinteresse.”
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 1.
Para quem busca a atuação no campo das Relações Governamentais, é muito importante conhecer todo debate que sustenta as relações e distinções entre as espécies de representação de interesse e, principalmente, conhecer os limites entre o que entendemos por Lobby e Tráfico de Influência. (a autora)
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, acerca das espécies de representação de interesse, assinale a alternativa abaixo que apresente, corretamente, a distinção entre Lobby e Tráfico de Influência:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Podemos dizer que lobby e tráfico de influência são duas faces da mesma moeda. O tráfico de influência é o lobby do mal opondo-se ao lobby do bem, distinguindo assim, o lobby lícito, que ocorre dentro da legalidade e das regras do jogo democrático, do lobby ilícito, como o tráfico de influência.
	
	B
	Enquanto o lobista age tentando influenciar os tomadores de decisão em relação aos interesses do representado, a partir da comunicação e do convencimento, o traficante de influência age oferecendo ou prometendo vantagem indevida ao funcionário público, solicitando que este pratique, omita ou retarde ato de ofício.
	
	C
	O tráfico de influência se caracteriza por solicitar ou receber, para si ou para outrem, de modo direito ou indireto em razão da função exercida, uma vantagem indevida, recebida por funcionário ou agente público. Já o lobby se caracteriza como uma ação direta junto aos tomadores de decisão política no esforço de influenciá-los.
Você assinalou essa alternativa (C)
	
	D
	Enquanto espécie de representação de interesse, podemos dizer que relações governamentais, a partir do século XXI e do processo de profissionalização, se transforma em gênero enquanto as outras formas, são suas espécies. O termo relações governamentais absorve assim, o lobby, o advocacy, a corrupção e o tráfico de influência, sendo os dois primeiros, formas lícitas e os dois últimos formas ilícitas de exercer essa atividade.
	
	E
	Para a caracterização de tráfico de influência é necessário obter vantagem, lançando mão do prestígio alcançado por uma rede de relações frente a um agente público, com poder ou influência nos espaços de decisão política, logo é uma espécie ilícita de representação de interesse. O lobby é uma ação realizada com vistas a influenciar os tomadores de decisão de forma profissionalizada, sendo uma espécie de representação de interesse lícita.
Para a caracterização de tráfico de influência é necessário obter vantagem lançando mão do prestígio alcançado por uma rede de relações frente a um agente público, com poder ou influência nos espaços de decisão política, logo uma espécie ilícita de representação de interesse. O lobby é uma ação realizada com vistas a influenciar os tomadores de decisão de forma profissionalizada, sendo uma espécie de representação de interesse, lícita.
Pois quando falamos em tráfico de influência (art. 332 do CP) “Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função” (Brasil, 1940), estamos falando em obter vantagem lançando mão do prestígio alcançado por sua rede de relações frente a um agente público, com poder ou influência nos espaços de decisão política. O que remete a uma espécie de representação de interesse ilícita. Sendo o lobby, uma espécie de representação de
interesse lícita, traduzindo uma ação realizada com vistas a influenciar os tomadores de decisão de forma profissionalizada, sendo uma espécie de representação de interesse.
Quando se oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício, estamos diante da corrupção ativa que vem disposta no artigo 333 do Código Penal:” (Brasil, 1940) Estamos diante da corrupção passiva quando a ação é a de “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem” (artigo 317, Brasil, 1940). A corrupção passiva diz respeito ao ato ilícito cometido pelo servidor público. A corrupção é uma espécie de representação ilícita, ao lado do tráfico de influência. Mas não se confunde com o Lobby.
Quando fazemos confusão entre lobby, corrupção e tráfico de influência, falamos em lobby do bem e lobby do mal, lobby lícito, e lobby ilícito, mas tráfico de influência não é lobby, não existe lobby do bem e lobby do mal, existe lobby e crime (tráfico de influência) há distinção, caso não façamos esta distinção o lobby deixa de ser uma espécie da representação de interesse e passa a ser a própria representação de interesse. Quando os separamos, podemos pensar em lobby como uma espécie de representação de interesse. O lobby é uma ação realizada de forma profissionalizada e desvinculada da corrupção e do tráfico de influência, tornando-se, assim, uma das espécies de representação de interesse.
As relações governamentais podem ser entendidas como um processo complexo para a gestão das etapas e ferramentas de trabalho para a defesa de interesses, que se mostra altamente profissionalizada, em que o lobby passa a ser uma das etapas desta atividade. O próprio advocacy pode ser inserido no contexto das relações governamentais, pois assim como atraiu para o seu interior o lobby, parece estar atraindo o advocacy também. As relações governamentais, enquanto espécie de representação de interesse é, portanto, no todo, uma atividade lícita, desta maneira, não engloba a corrupção e o tráfico de influência.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Cap. 1.
Questão 7/10 - Relações Governamentais
Sobre a relação entre Lobby e Advocacy, leia atentamente os conceitos destacados para ilustrar a questão:
“Ainda sem tradução para o português, no Brasil, o termo foi apropriado pelas ONGs e movimentos sociais para definir suas ações de defesa de causas, [...] o advocacy é um tipo de ação política realizada preponderantemente por organizações da sociedade civil com vistas a promover o bem público, ao vocalizar grandes causas sociais (direitos humanos, meio ambiente, erradicação do trabalho escravo e infantil etc.)” (Gozetto, 2018, p. 40)
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Cap. 1.
“O advocacy não é definido somente pela causa (defesa de causa pública), mas também: 1) pelas estratégias (mobilização social e lobby), 2) pelo ator da ação, 3) pela ação de construir novos atores sociais (movimentos sociais e entidade do Terceiro Setor) e 4) pela capacidade desses atores de influenciar a formulação e implementação de políticas públicas. Enquanto atores sociais, não participam diretamente do processo de decisão política, uma vez atores político-institucionais, não fazem parte da definição de advocacy.”
Fonte: AZOLIN. A. M. in: SOUZA, Cláudio André de. et all. Coordenadores. Dicionário das Eleições. Verbete: Advocacy. Juruá: Curitiba, 2020.
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, sobre espécies de representação de interesse, analise as afirmações abaixo que corretamente expressam as discussões do livro base da disciplina, ao redor do conceito de advocacy:
I- A representação do interesse econômico, tida como representação de interesse particularista e egoísta, é incompatível com a defesa de causas sociais, no seu significado de representação de interesses de causas sociais (advocacy)
II- O advocacy, é uma forma indireta de representação de interesse sendo esta, umacaracterística que difere lobby e advocacy profundamente, pois este destina-se à mobilização da opinião pública, como forma, por exemplo, de pressionar os tomadores de decisão.
III- O advocacy pode ser uma atividade aplicada por empresas, mas perde seu viés de cunho moral, podendo ser entendido como um conjunto de atividades técnicas para difundir, propagar e mobilizar a opinião pública.
Após a análise das afirmações sobre as discussões ao redor do conceito de advocacy, assinale a seguir, a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I e II estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
A reposta correta é: Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Na literatura internacional, segundo Gozetto (2018), o advocacy pode ser uma atividade aplicada por empresas, neste caso passa a ser compreendido como um conjunto de atividades técnicas para difundir e mobilizar a opinião pública. Para Gozetto, as entidades de representação de interesse econômico, podem atuar de forma direta (lobby), mas também de forma indireta (advocacy) junto aos tomadores de decisão política. Assim, a representação do interesse econômico, particularista e egoísta, poderia defender causas sociais (advocacy) o que faz a afirmação I incorreta. Para Gozetto:
acompanhar a dinâmica do cenário regulatório brasileiro é um grande desafio para aqueles que desejam contribuir para construir um ambiente de negócios favoráveis. Essa construção não beneficia apenas as empresas, pois ao garantir a sustentabilidade de seus negócios, essas empresas estão gerando crescimento econômico e, por conseguinte, desenvolvimento. (Gozetto, 2018, p. 37)
Destacando um trecho do livro que auxilia na compreensão do argumento:
O argumento da autora (Gozetto) está pautado em uma causa de desenvolvimento que interessa a toda coletividade. É intrínseco a esse argumento as políticas públicas de geração de emprego e renda, aumento do consumo das famílias, redução da pobreza etc. O advocacy, no âmbito empresarial, não perdeu seu caráter valorativo, porém vem associado à ideia de profissionalização, passando a integrar o processo vigoroso de profissionalização da representação de interesse. Assim, o advocacy seria concebido como uma técnica, assumindo um caráter de neutralidade. O advocacy, quando adotado pelo empresariado, apresenta esse caráter ambíguo (valorativo e neutro). (AZOLIN, 2020, Capítulo 1)
Fonte:
AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020. Capítulo 1.
AZOLIN. A. M. in: SOUZA, Cláudio André de. et all. Coordenadores. Dicionário das Eleições. Verbete: Advocacy. Juruá: Curitiba, 2020.
GOZETTO, A. C. O. Relações governamentais como fator de competitividade. Cadernos Adenauer, v. 19, n. 2, p. 35-49, 2018. Disponível em: <https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=b45004e2-8407-b0d5-736b-cc4d30ff0453&groupId=265553>. Acesso em: 7 dez. 2019.
Questão 8/10 - Relações Governamentais
Dentro das relações governamentais, o profissional de representação de interesse deve estar atento a dois aspectos. De um lado, o aspecto reputacional, que envolve atuar dentro da ética, da transparência e da legalidade; e de outro, o da qualificação profissional, isto é, ser dotado de habilidades e competências para representar os interesses do contratante junto aos tomadores de decisão política. No entanto, permeia a atuação desse profissional, o dilema entre interesse público e interesse privado, isto é, há conflitos constantes entre interesse público e o interesse privado com os quais este profissional irá se deparar. Neste sentido, em “Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil” a autora levanta algumas questões que devem ser consideradas pelo profissional de representação de interesse: “[...] o interesse privado, em essência, afeta de maneira negativa o interesse público? É possível convergir interesse privado e interesse público? O interesse público, em essência, afeta de maneira negativa o interesse privado? Determinado interesse público pode afetar negativamente outro interesse público?”
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 3.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, sobre o dilema do interesse público, assinale a alternativa que propõe para o profissional de representação de interesse, como lidar corretamente com o dilema do interesse público:
Nota: 10.0
	
	A
	Considerando que há uma pluralidade de atores com diferentes interesses públicos, o profissional de representação de interesse deve considerar tudo como de interesse público;
	
	B
	O interesse público está intimamente relacionado à questão de ordem técnica de persuasão, para a qual o profissional de representação de interesse deve estar devidamente qualificado;
	
	C
	O interesse público é algo concreto, logo, o profissional de representação de interesse tem que ser dotado de habilidades e competências para identificar o interesse público dentre as diferentes demandas de grupos sociais;
	
	D
	Diante de diversos interesses públicos, cabe ao Estado determinar qual o interesse público, uma vez que na sociedade está o interesse geral. Por isso, cabe ao profissional de representação de interesse atuar junto ao tomador de decisão;
	
	E
	Diante da pluralidade de interesses públicos, o mesmo é subjetivo e não concreto, logo, é um imperativo moral, um princípio, um conceito. Nesse entendimento, o profissional de representação de interesse deve entendê-lo como um princípio orientador, algo a ser buscado.
Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
A alternativa correta é: Diante da pluralidade de interesses públicos, o mesmo é subjetivo e não concreto, logo, é um imperativo moral, um princípio, um conceito. Nesse entendimento, o profissional de representação de interesse deve entendê-lo como um princípio orientador, algo a ser buscado.
De acordo com o que está no livro base,
Aqui chegamos ao primeiro entendimento – de que há múltiplos interesses públicos e não um interesse público, no singular. Isso eleva o interesse público à subjetividade, adentra na visão de mundo, em perspectivas distintas, o que remete à ideologia. Isso vai nos levar ao segundo entendimento – de que o interesse público é um “imperativo moral” (Graziano, 1997). O interesse público, entendido como um imperativo moral, se relaciona intimamente com a ética. Isso significa que o interesse público, antes concreto, passou a ser considerado um princípio, um conceito, uma definição, ou seja, algo abstrato. E nos encaminhamos ao terceiro entendimento – de que o interesse público tem um valor mítico, simbólico (Graziano, 1997) (Azolin, 2020, p. 280).
Essa questão é fundamental para a atuação no mercado de representação de interesse, uma vez que a autora do livro base abre o subtítulo “3.3 Relações governamentais e o dilema do interesse público” assim:
Um dos dilemas para o profissional de representação de interesse é fazer convergir interesse privado e interesse público. Dilema esse de difícil solução, uma vez que o lobby é entendido por muitos como corrupção e tráfico de influência, que são vias ilegais de representação de interesse. O lobby também enfrenta perda de legitimidade social mesmo pelas vias legais de representação, visto o entendimento de que o lobby privilegia o interesse privado, particularista e egoísta em detrimento do interesse público, contrariando assim preceitos democráticos (Azolin, 2020, p. 277).
Há cinco formas de fazer de convergir interesse privado e interesse público: 1) pela via ilícita (corrupção e tráfico de influência), 2) pela falta de ética, quandose leva ao tomador de decisão política informações desatualizadas e/ou parciais, ou seja, não informando todos os dados necessários, destacando tão-somente os dados que interessam ao representado, 3) apresentando dados falsos (fake news) aos tomadores de decisão política, 4) quando de fato (comprovadamente) são convergentes e 5) quando se estabelece um diálogo entre os atores
que defendem diferentes interesses para se chegar a um consenso, tendo como o interesse público um princípio orientador.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 3.
Questão 9/10 - Relações Governamentais
É a partir da década de 1930, durante o Governo Getúlio Vargas, que podemos falar na ascensão de um sistema de representação corporativista no Brasil. Sistema que se edifica em um contexto de transformação do modelo econômico do país (agroexportador para um modelo urbano industrial), sustentado pelo Desenvolvimentismo, que irá modelar todo sistema de representação de interesse econômico do país.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2020. Cap 2.
Levando em consideração a contextualização acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Relações Governamentais, sobre o surgimento do sistema de representação corporativista no Brasil, analise as assertivas abaixo sobre os aspectos que caracterizam esse sistema:
I- O sistema de representação corporativista se insere em um cenário de grande controle estatal, caracterizado pela supressão de direitos fundamentais.
II- O sistema de representação corporativista é marcado por mecanismos legais e institucionais de controle do Estado sobre a representação do empresariado e dos trabalhadores, deste modo, as entidades sindicais não nascem a partir da vontade espontânea dos representados.
III- O sistema de representação de interesse corporativista cria condições para que trabalhadores e empresariado lancem mão dos partidos como mediadores de seus interesses, fortalecendo assim, a representação via partidos políticos.
IV - O sistema de representação de interesse corporativista facilitou a união do empresariado industrial brasileiro ao redor de uma agenda nacional de desenvolvimento, transformando-o em coautor do projeto de desenvolvimento nacional.
V- O sistema de representação de interesse corporativista tinha o Estado como instituição capaz de superar o conflito entre capital e trabalho, colocando assim, a representação da classe trabalhadora à mesa para participar da negociação do projeto de desenvolvimento do país.
Após a análise das assertivas acima, sobre os aspectos que caracterizam o sistema de representação corporativista no Brasil, no contexto do seu surgimento, assinale abaixo a alternativa correta:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação IV está correta.
Você assinalou essa alternativa (B)
	
	C
	Apenas as afirmações I e II estão corretas.
A resposta correta é: Apenas as afirmações I e II estão corretas.
I- Realmente, com Vargas há a centralização das atividades política, administrativa e econômica. Neste contexto marcado por autoritarismo e controle estatal e supressão de direitos fundamentais se dá o aparecimento do sistema de representação de interesse corporativista no Brasil.
II- Assim como o sistema corporativista adota mecanismos legais e institucionais de controle do Estado sobre a representação do empresariado e dos trabalhadores, controlando os sindicatos patronais e profissionais nas mais diversas atividades como eleições para os quadros de direção, estes não nascem da vontade espontânea dos trabalhadores e empresários, mas da vontade do Estado.
III- O sistema de representação de interesse corporativista não criou condições para que trabalhadores e empresariado lançassem mão dos partidos como mediadores de seus interesses, não fortaleceu a representação via partidos políticos. Vargas anula o sistema de representação de interesse via partidos políticos. O sistema corporativista favoreceu a criação de uma relação direta como poder executivo. A representação de empresários e trabalhadores não tinha os partidos como mediadores. A centralização do poder e do processo decisório em Vargas não dava motivos para o Poder Legislativo existir.
IV- O sistema corporativista não facilitou a construção de uma agenda nacional de desenvolvimento que unisse os empresários, mas acabou baseando-se em acordos que privilegiavam ganhos setoriais particularizados, fragmentou os interesses setoriais e a representação do interesse do empresariado industrial brasileiro. Foi o Estado o único autor e ator do projeto de desenvolvimento nacional.
V- O sistema de representação de interesse corporativista, via no Estado a instituição capaz de superar o conflito entre capital e trabalho e o subdesenvolvimento. O fato de o Estado querer controlar os conflitos sociais, não coloca o trabalhador e seus interesses como partícipes do projeto nacional de desenvolvimento. Há a supressão dos trabalhadores da mesa que decidia o projeto de industrialização.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020. Capítulo 2.
	
	D
	Apenas as afirmações I e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações IV e V estão corretas.
Questão 10/10 - Relações Governamentais
O profissional que atua na representação de interesse junto aos tomadores de decisão política, precisa conhecer as principais características que marcaram o sistema corporativista no Brasil, durante a Ditadura Vargas. (a autora)
De acordo com essa afirmação da contextualização e os conteúdos da disciplina de Relações Governamentais, analise as assertivas abaixo sobre as características do sistema corporativista que imperou na Ditadura Vargas:
I. As representações de interesse do empresariado e dos trabalhadores eram controladas pelo Estado, mediante mecanismos legais e institucionais, constitucionalmente definidos;
II. As representações de interesse do empresariado e dos trabalhadores foram criadas pela vontade desses atores sociais, porém, fortemente controladas pelo Estado;
III. As representações de interesse do empresariado e dos trabalhadores se definiam enquanto atores políticos via Estado;
Assinale a alternativa abaixo que indica quais as assertivas corretas sobre as características do sistema corporativista que imperou na Ditadura Vargas:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão
	
	A
	Apenas a assertiva I está correta;
Você assinalou essa alternativa (A)
	
	B
	Apenas a assertiva III está correta;
	
	C
	Apenas as assertivas I e II estão corretas;
	
	D
	Apenas as assertivas I e III estão corretas;
A alternativa correta é: Apenas as alternativas I e III estão corretas;
O sistema de representação corporativa, que vigorou durante o Governo Vargas, foi marcado pela forte centralização do poder político-administrativo. As representações de interesse do empresariado e dos trabalhadores eram, na verdade, um braço do Estado. O sistema corporativista sofria forte intervenção do estado, uma vez que era uma ditadura. O sistema corporativista está em vigor até hoje, mas não com as mesmas características na integra do período da Ditadura Vargas. É importante ressaltar que o enunciado diz respeito à Ditadura Vargas e não aos dias de hoje.
Fonte: AZOLIN, Audren Marlei. Do Lobby às relações governamentais: a profissionalização da representação de interesses no Brasil Curitiba: Intersaberes, 2020, Capítulo 2.
	
	E
	Apenas as assertivas II e III estão corretas

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