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Neonatologia II Imunidade passiva devido a secreções lácteas acumuladas na glândula mamária nas últimas semanas de gestação, armazena Igs (rico em IgA, IgG e IgM, IgE) São proteínas da circulação materna em emulsão entre gordura e proteína Possui influência hormonal, a ocitocina atua na ejeção do leite Programa bem-sucedido: 3 Qs -Qualidade (igG > 50 mg/ml) -Quantidade (10%peso corporal ao nascer – primeira refeição por mamadeira ou sonda até 2h de vida – 5% PCN até 8h de vida -Quão padrão Quando o animal não mama o colostro, ele tem falha na transferência de imunidade passiva (FTIP) Ausência de concentrações adequadas de Igs circulantes. Os parâmetros de normalidade auxiliam no diagnóstico Sinais clínicos: não existem sinais clínicos específicos, porém aumenta a susceptibilidade de infecções por microrganismos. Os animais podem apresentar: septicemia, artrite, pneumonia, enterite, depressão, fraqueza, taquipneia, anorexia. E em ovinos os sinais assemelham-se mais a hipotermia e hipoglicemia Diagnóstico: Ruminantes: coleta sangue → dosar e analisa a GGT. No colostro o GGT está 300x mais que no soro Neonatologia II - Proteína total: rápido, barato albumina é constante no neonato No refratômetro observa-se a concentração me imunoglobulinas Se o animal estiver desidratado não há confiança nessa proteína total, pois o plasma estará concentrado No mercado tem um test. (IGg check) que é um teste quantitativo que mesura o sucesso da ingestão de colostro, pode ser realizado com soro ou plasma Prevenção: Depende do grau da falha, do ambiente, da idade do neonato em horas e pela presença de infecção já instalada Então a prevenção baseia-se na diminuição da exposição de patógenos, reposição de imunoglobulinas e no tratamento de infecções Tratamento: Na suspeita da falha de transferência de imunidade passiva deve-se administrar o colostro precocemente. Administra-se o colostro (250 ml/h) sendo um total de 2 a 3 L. Até no máximo 18h de vida Plasma Oral: concentração de IgG do plasma 91500mg/dL) é menor que no colostro (3000mg/dL), o plasma não possui fatores que aumentam a absorção, mas fornece IgA para proteção da mucosa intestinal Para um diagnóstico tardio (mais que 12h de vida), deve-se transfundir plasma 20-40 mL/kg e isso faz com que aumente os níveis séricos de IgG EM 30 A 50% Vantagens: não é necessário TGI funcional, fornece outras proteínas e eletrólitos (aumenta a pressão oncótica), promove a expansão plasmática, aumenta a propriedade dos neutrófilos Desvantagem: volume grande, falta de proteção local no TGI, hipersensibilidade (anticorpo anti- eitrócitos), taquipneia, depressão, fraqueza e pirexia Tratamento para ruminantes colostro: fresco, congelado ou liofilizado 2L → primeiras 6h // +2L → primeiras 12h // 4-6L → em 24horas - Plasma 20-40 mg/kg IV OVINOS: 60 dias de idade (após a desmama) e dose de reforço 30 dias depois – Filhos de mães não vacinadas: 15 dias de vida (clostridioses) 4 meses (raiva) Reforço anual EQUINOS: Após a desmama (5/6 meses) com reforço 30 dias depois (tétano, influenza, encefalomielite, raiva e rinopneumonite EHV-1 e EHV-4) Reforço anual BOVINOS: Clostridioses (carbúnculo, tétano, enterotoxemia, gangrena gasosa, botulismo): a partir de 3 ou 4 meses – reforço 6 meses após Raiva: aos 4meses Febre Aftosa: maio são vacinados bovinos e bubalinos com até 24 meses e novembro todos os bovinos e bubalinos Reforço anual Brucelose: fêmeas entre 3 e 8 meses – dose única A vermifugação de rebanho é a base de testes como o OPG, para verificar a necessidade de vermifugação BOVINOS: A partir dos 2 a 3 meses até o desmame o ideal é reaplicar a cada 60 ou 90 dias até o desmame – do desmame aos 2 anos a cada 120 dias OVINO/CAPRINO: Logo após o parto, e no desmame EQUINO: a partir do 1º mês, a cada 2 meses – acima de 18meses, a cada 3 ou 4 meses Cuidado com lactentes – passa pelo leite – intoxicação Preferencialmente: PO Variar princípio – para não gerar resistência Anticorpos no colostro causam hemólise neonatal É uma condição caracterizada pela destruição dos eritrócitos circulantes no potro por anticorpos de origem materna absorvidos pelo colostro Comum em éguas multíparas: não são anticorpos de ocorrência natural, precisa ocorrer a exposição da égua ao sangue do potro O ideal é descartar essa égua da reprodução Incidência: 1 a 2% ETIOPATOGENIA Produção de anticorpos pela égua Para que ocorra a doença é necessário que a égua negativa (Aa- ou Qa-), tenha exposição ao sangue do potro durante o parto, então ocorre a sensibilização da égua para o fator. O potro deve ser positivo por herdar do garanhão. SINAIS CLÍNICOS: Os sinais clínicos aparecem após a ingestão e absorção do colostro, sendo que a severidade está associada a quantidade de Ac ingeridos Hiperaguda: 8 a 36h → hemoglobinúria e alta taxa de mortalidade Aguda: 2 a 4h → icterícia e hemoglobinúria moderada Subaguda: 4 a 5 dias → icterícia acentuada Sinais Gerais: Apatia, fraqueza, reflexo sucção, bocejos constantes, decúbito esternal, taquicardia – 120bpm, taquipneia – 80 mpm e convulsões DIAGNÓSTICO Testes de aglutinação ou líticos - uma gota de sangue do potro com anticoagulante mais o colostro em diluições com solução fisiológica até 1:32 (aglutinação em diluições acima de 1:18 são positivas) Colostro ou soro materno X sangue do potro Teste de Coombs (antiglobulina direta) – teste comercial TRATAMENTO Depende da severidade Não fornecer mais colostro Repouso Evitar estresse para que não haja mais rompimento de hemácias Manter equilíbrio eletrolítico (glicose, hidratação, nefrose) Cuidados de enfermagem – trocar o decúbito, cuidar das escaras Transfusão sanguínea – mas qual sangue transfundir? do pai não, da mãe não (pois esses irão continuar a hemólise) então o ideal é realizar a tipagem sanguínea ou transfundir a Papa de hemácias, lavar e ressuspender por no mínimo 3 vezes com solução fisiológica Também conhecida como: Síndrome de mau ajustamento, Asfixia neonatal ou encefalopatia hipóxica- isquêmica Ocorre devido a anormalidade comportamentais. É uma síndrome não infecciosa. Processo mórbido multifatorial que desenvolve quando o fornecimento de oxigênio é prejudicado ETIOPATOGENIA Afeta todas as raças, possui incidência desconhecida. A mesma égua pode parir consecutivamente potros com a síndrome Asfixia fisiológica transitória: animal passa pelo canal do parto, fica sem oxigênio e depois volta a respirar Ocorre uma diminuição da chegada de O2 na célula Combinação de hipoxemia (diminuição de O2 no sangue) e isquemia (diminuição da perfusão tecidual) SEQUELAS: SNC: Encefalopatia hipóxico- isquemica Asfixia leve - Isquemia tecidual transitória, porém o dano reversível Liberação maciça de Glutamato, causando um desequilíbrio eletrolítico que prejudica o cérebro Convulsões em casos de lesão cerebral evidente e significativa Hipoventilação e apneia, por conta da hipoxemia e hipercapnia (excesso CO2) Aumento pressão arterial e fluxo sanguíneo cerebral Lesão neuronal Esgotamento da reserva SINAIS NEUROLÓGICOS Potros apresentam anormalidade nas primeiras 24 a 48 horas de vida Perda do reflexo de sucção Perda de afinidade pela égua Fraqueza/ depressão Andar sem sentido (desorientação) Modelos anormais de respiração Tremores Vocalização anormal Ausência de resposta a estímulos ambientais Cegueira; Midríase; Nistagmo Extremidades frias Posição de cão sentado Ranger de dentes Movimentos mastigatórios HiperexcitabilidadeEspasmos dos membros, pescoço, face e cauda Pressão da cabeça Postura anormal Convulsões sutis Decúbito Coma Morte SINAIS CARDIOPULMONARES Aumento resistência vascular pulmonar Não produção surfactante Atelectasia pulmonar Aumento da pressão atrial Hipertensão pulmonar Persistência das vias fetais de fluxo Aspiração mecônio Obstrução mecânica Sufocamento ou atelectasia Diminuição contratilidade miocárdio Disfunção ventricular esquerda Insuficiência da valva tricúspide Insuficiência cardíaca Hipotensão → Prejuízo renal → Menor perfusão pulmonar SINAIS RENAIS Diminuição do fluxo renal Necrose tubular aguda Oligúria <1mL urina/kg/h SINAIS HEPÁTICOS Icterícia Alterações homeostasia glicose SINAIS GASTRINTESTINAIS Diminuição fluxo sanguíneo mesentérico e esplênico Enterocolite necrosante Intussuscepção Íleo paralítico Impactação de mecônio SINAIS IMUNOLÓGICO Falha na transferência de imunidade passiva DIAGNÓSTICO Não existem testes específicos ante- mortem Exames laboratoriais compatíveis com septicemias ou doenças respiratórias LCR ocasionalmente aumento de proteínas, eritrócitos Hemorragia do SNC Eliminar outras causas como defeitos congênitos, doença metabólicas ou infecções DIAGNÓSTICO Cardiopulmonar (Radiografia tórax - Sinais vasculares diminuídos e broncograma aéreo) Renal (Aumento creatinina - Hipocalcemia, hiponatremia, hipocloremia. Acompanhar por US tamanho da bexiga (Diâm >8 cm) Necropsia (Edema e hemorragia do SNC - Aumento da pressão da vasculatura intracraniana. Severidade das lesões pode não se correlacionar com os sinais neurológicos TRATAMENTO Terapia intensiva – ENFERMAGEM 24HORAS Monitoração constante e se necessário: Suporte respiratório, Suporte nutricional, Correção dos desequilíbrios Ácido-básico, Correção dos desequilíbrios hídricos-eletrolíticos, Controle das convulsões Administrar colostro para prevenir FTIP Cuidados com umbigo para evitar infecções Terapia intensiva 75 a 80% dos potros sobrevivem: condição estabilizada em 1 a 2 dias e recuperação completa em 3 meses Caso o quadro seja associado a septicemia o prognóstico é desfavorável tendo mais de 50% de mortalidade Sistema nervoso central - Convulsão: Diazepam: 0,11 a 0,44mg/kg IV - Fenobarbital: 2 a 10mg/kg IV cd 12h - Edema cerebral: DMSO: 0,5 a 1g/kg IV sol 20% por 1h - Manitol: 0,5 a 1g/kg IV sol 20% cd 15 a 20 min - Cardiopulmonar: Fornecimento de oxigênio (2 a 8L/ min) - Manter DC e P sanguínea Dopamina: 2 a 10ug/kg/min e Dobutamina: 2 a 15ug/kg/min - Renal: Furosemida: 0,25 a 0,50 mg/kg IV cd 6h -Gastrointestinal: Metoclopramida: 0,25 a 0,50 mg/kg/h cd 6 a 8h - Cisaprida: 10 mg VO cd 6 a 8h- Ranitidina: 8 a 10mg/kg VO cd 6 a 8h; 1 a 2mg/kg IV cd 8h - Omeprazol: 2mg/kg VO cd 24h ECN – suspender alimentação enteral
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