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CIÊNCIAS POLÍTICAS E TEORIA DO ESTADO Prof. Milton Pereira Neto Contratualista Estado de natureza Motivo do contrato social Liberdade civil Papel do Estado Thomas Hobbes Guerra de todos contra todos Medo da morte violenta Submissão ao soberano absoluto Garantir a paz e a segurança John Locke Disputas de interesses Garantir o direito à propriedade Baseada nas leis Ser um poder mediador Jean-Jacques Rousseau Harmonia e bondade natural Corrupção da sociedade civil Submissão à vontade geral Representar o bem comum Thomas Hobbes: homem é lobo do homem 2 Contratualista Obra Ano de publicação Resumo Thomas Hobbes Leviatã 1651 Defende a ideia de um Estado absoluto e soberano que possa garantir a ordem e a paz em uma sociedade marcada pela violência e pelo medo. John Locke Segundo Tratado sobre o Governo Civil 1689 Defende a ideia de um Estado limitado e representativo que possa garantir os direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. Jean-Jacques Rousseau Do Contrato Social 1762 Defende a ideia de um Estado democrático e participativo que possa expressar a vontade geral do povo e promover o bem comum. Influências dos contratualistas na contemporaneidade Eles defenderam a ideia de que os seres humanos possuem direitos naturais que devem ser respeitados pelo Estado e pela sociedade. Eles propuseram a ideia de que o Estado é fruto de um pacto ou contrato social entre os indivíduos, que delegam parte de sua liberdade natural em troca de segurança e ordem. Eles contribuíram para o surgimento e o desenvolvimento de diversas correntes políticas, como o liberalismo, o iluminismo, o republicanismo e o socialismo. Eles inspiraram movimentos revolucionários que buscavam a emancipação política e social dos povos, como a Revolução Inglesa, a Revolução Americana e a Revolução Francesa. HEGEL E SUA CRÍTICA AO CONTRATUALISMO Hegel rejeita a ideia de que o Estado seja fruto de um acordo de vontades entre os indivíduos que viviam em um estado de natureza. Para ele, o Estado é uma manifestação da razão e da liberdade absolutas, que se realiza na história e na cultura. Hegel critica a subordinação da vontade geral às vontades particulares dos contratantes. Para ele, a vontade geral não é um mero elemento comum ou comunitário, mas a expressão da ideia ou do espírito universal. Hegel critica a concepção individualista e egoísta dos contratualistas, que reduzem o homem a um ser natural e interessado. Para ele, o homem é um ser racional e ético, que se realiza na vida social e política. HEGEL & A CONCEPÇÃO DE ESTADO O Estado é a manifestação da razão e da liberdade absolutas, que se realiza na história e na cultura. Ele é o fim (télos) da história universal, que é o progresso na consciência da liberdade. O Estado é um todo ético organizado, que expressa a ideia ou o espírito universal. Ele é a síntese das vontades singulares e imediatas dos indivíduos, que se submetem à vontade geral ou à lei racional. O Estado é o representante da liberdade concreta e efetiva, que garante os direitos e os deveres dos cidadãos. Ele é composto por três momentos: o poder legislativo, o poder executivo e o poder judiciário. A dialética de Hegel A dialética é o método de filosofar de Hegel, que consiste em analisar o movimento, o processo e o progresso da razão na história e na realidade. A dialética se baseia na ideia de que tudo é contraditório e que a contradição é o motor da mudança e do desenvolvimento. Nada é estático ou definitivo, mas dinâmico e transitório. A dialética se estrutura em três momentos: a tese (ou afirmação), a antítese (ou negação) e a síntese (ou superação). A cada afirmação de algo, corresponde uma negação, e ao choque entre ambos, surge uma solução ou conclusão que integra aspectos de ambos. A dialética se aplica tanto ao espírito (ou ideia) quanto à natureza (ou matéria). O espírito é a razão absoluta que se manifesta na história e na cultura, passando por diferentes estágios até alcançar sua plena liberdade e consciência. A natureza é a ideia na forma de alteridade ou exterioridade, que também se desenvolve segundo uma lógica interna.
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