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Trabalho escrito sobre Gestalt terapia

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MUDAR OS NOMES OU PARA FREDERICK PERLS OU FRITZ PERLS 
INTRODUÇÃO / PARTE HISTÓRICA 
A Gestalt Terapia, apesar da coincidência do nome, não está diretamente ligada à Psicologia da Gestalt. (Bock, Psicologias, 2023).
De acordo com o artigo A relação terapeuta-cliente na abordagem gestáltica, a Psicologia da Gestalt e Gestalt-terapia possuem assuntos, campos de atuação e preocupações diferentes. Enquanto a Gestalt-terapia está voltada para o campo clínico, a Psicologia da Gestalt foi um campo de pesquisa, que trouxe novas perspectivas para entender a maneira com a qual o homem percebe o mundo.
De acordo com o Dicionário da Gestalt-terapia, a origem da abordagem pode ter duas respostas bastante divergentes e polêmicas: Para alguns, o fundador é o alemão Friedrich Salomon Perls (Fritz), e para outros é mais correto compreender sua origem como fruto da discussão do chamado “Grupo dos sete”, formado por Isadore From, Paul Goodman, Paul Weisz, Sylvester Eastman, Elliot Shapiro, Ralph Hefferline e Laura Perls, além do próprio Friederich Perls. Esse grupo era constituído por um médico, um educador, dois psicanalistas, um filósofo, um escritor e um especialistas em estudos orientais, pessoas com diferentes vocações que se uniram para se complementar. Não se trata, no caso, de uma divergência puramente histórica, mas de duas maneiras diferentes de pensar e praticar a Gestalt-terapia. (Orgler, Dicionário da Gestalt Terapia, 2012). 
De acordo o site institucional da Gestalt-terapia COLOCAR O SITE/referência essa abordagem foi fecundada no contexto político e cultural da Alemanha, na década de vinte, foi gestada na África do Sul, nos anos 40 e nascida em 1951, em Nova York. No ano de seu nascimento surgia nos Estados Unidos a Psicologia Humanista, em contrapartida ao Behaviorismo e à Psicanálise.
Na década de 70, a Gestalt terapia teve uma explosão de popularidade e depois caiu em desuso, no entanto, seus princípios foram incorporados aos fundamentos de outras modalidades de terapia. Hoje, a Gestalt é reconhecida como uma das abordagens “padrão” de terapia. (Hermeto, 2016). 
TEORIAS DE BASE DA GESTALT-TERAPIA
A abordagem Gestalt tem uma ampla área de sustentação teórica, enraizada em pressupostos filosóficos e teorias de base, que vão definir sua teoria e prática. 
 Segundo Ribeiro ( 	) - COLOCAR A REFERÊNCIA a Gestalt-terapia nasce e flui de um tripé fundante de sua natureza:
· Teorias de base constituintes de sua essência 
· Filosofias de base constituintes operacionais de sua existência
· Teorias da experiência pessoal de Fritz Perl. 
Teorias de base constituintes de sua essência: Psicologia da Gestalt, Teoria do campo e Teoria Organísmica holística, de onde nasce seu conceito de mundo. 
· Psicologia da Gestalt - Os fundadores da psicologia da Gestalt foram na direção de estudos e pesquisas nas áreas da percepção, aprendizagem e solução de problemas. Daqui nascem alguns conceitos de maior aplicação na parte clínica: comportamento molar e molecular, figura-fundo, parte-todo, aqui-agora. (Ribeiro 2022)
· Teoria do campo - A teoria do Campo foi desenvolvida por Kurt Lewin, que diz “Não existem dois mundos, o Universo e nós, somos uma única e mesma realidade em total interdependência (Lewin, 1965,p. XIII)”. Ribeiro (1999) apresenta como ponto central a noção de que o homem deve ser entendido como uma totalidade integrada, e por isso deve ser compreendido dentro de um campo, considerando ainda que os indivíduos se comportam como ser-no-mundo, ou seja, ficam sempre inter-relacionados com o mundo e não separado dele. Na teoria do campo nenhuma atitude ocorre isoladamente, Lewin apresenta um olhar sistêmico, dando de exemplo o mundo como composto por um novelo de lã, no qual quando eu puxo uma pequena extremidade todo o restante é afetado. 
· Teoria Holística - Holismo, diz Smuts, é a força sintética do universo, criadora e mantenedora de “todos”. Essa força é como um instinto do Cosmos que transforma as partes, quando em inter a intra-harmonia relacional, em “todos” complexo e criadores. Nada no universo escapa a ela. Conceitos como tempo, espaço, movimento, causa e efeito, evolução e transformação estão no coração do holismo de Smuts, (Ribeiro, 2022). A Gestalt-terapia segue essa visão integradora e enxerga o homem como um organismo unificado, não acreditando haver divisão entre mente e corpo. Sua perspectiva holística visa a manutenção e o desenvolvimento de um bem-estar harmonioso, (Freitas 2016). . 
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
Das filosofias de base constituintes operacionais de sua existência: humanismo, fenomenologia e existencialismo, de onde nasce seu conceito de pessoa.
As filosofias de base, dão fundamento para o conceito de homem na Gestalt-terapia, como a Gestalt vê o ser humano. 
· Humanismo - O humanismo defende a ideia de que o homem está no centro do mundo e da existência, não por acaso, mas por poder. O homem é naturalmente o centro das coisas, do universo, porque como diz Heidegger, só o homem existe, as coisas são. Não é sem razão que Pitágoras, cinco séculos antes de Cristo, dizia: “o homem é a medida de todas as coisas”(Ribeiro, 2012). 
· Fenomenologia - De acordo com Freitas (2016) a fenomenologia foi criada por Edmund Husserl e defende o estudo dos fenômenos, que tem origem do grego "phainesthai", entendido como “aparecer” ou “aquilo que se mostra por si mesmo”, ou seja, pode ser considerado fenômeno tudo aquilo que se pode ter consciência. Segundo Ribeiro (1985) o fenômeno busca captar a essência mesma das coisas. Essa essência mesma das coisas busca descrever a experiência assim como ela acontece e se processa. Mas para isso acontecer é preciso colocar a realidade entre parênteses, suspendendo todo e qualquer juízo - epoché.
· Existencialismo - No existencialismo a existência humana é tida como o principal objeto dos pensamentos e teorias e considera que o ser humano é livre por natureza e que antes de qualquer tipo de "essência", as pessoas primordialmente existem - “A existência precede a essência” - Sartre. Assim, essa é uma corrente filosófica que deposita sobre os indivíduos toda a responsabilidade sobre o rumo que suas vidas tomam. Ainda segundo Sartre, filósofo importante dessa corrente, “o homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio”. 
Das teorias da experiência pessoal de Fritz Perls: psicanálise, teoria reichiana e zen-budismo, de onde nasce o jeito humano de a Gestalt terapia funcionar.
· Psicanálise - Há um reconhecimento de que a Gestalt-terapia é originária da psicanálise, principalmente pela estreita e longa relação de Frederick Perls com uma formação e prática psicanalítica. Quando Perls desenvolveu a teoria da Gestalt-terapia na década de 40, a visão psicanalítica era dominante e compreendia a mente humana como uma série de pulsões que precisavam ser atendidas. Perls analisou que a psicanálise era muito rígida e simplificada e não dava espaço para experiências individuais, algo que ele considerava de extrema importância. A psicanálise opera com o conceito de que os pacientes estão entregues aos seus conflitos inconscientes, até que um analista os liberta de suas pulsões. Já Perls, por outro lado, considerava essencial que as pessoas entendessem seu poder no processo de criação. Seu objetivo era conscientizar de que temos a capacidade e a responsabilidade de alterar nossa realidade (Hermeto, 2016).
· Teoria reichiana - Criada na década de 1940, pelo psicanalista e psiquiatra Wilhelm Reich, a teoria reichiana é uma prática que propõe uma ligação entre a medicina e a psicologia, atenta nos processos orgânicos e energéticos do corpo humano. O que fica claro, tanto em Perls quanto em Reich, é que o corpo contém toda a chave da reflexão psicoterapêutica e que dificilmente um trabalho simplesmente verbal, poderia responder adequadamente às necessidades orgânicas interrompidas (Ribeiro 1985). 
· Zen-budismo - Importante frisar que a Gestalt-terapia se utiliza da filosofia zen budista e não da religião que leva o mesmo nome. Em meio a crise queresultaria no rompimento de Perls com a psicanálise, o teórico busca no zen budismo uma forma alternativa de referência e apoio. A Gestalt-terapia e o zen budismo tem como ponto comum a importância dada a atenção para com a experiência vivida nomeada awareness na gestalt-terapia, e "meditação" na prática zen. 
CONCEITOS 
Ribeiro (2016), No livro “Vade-mécum de Gestalt-terapia, conceitos básicos”, apresenta 28 dos principais conceitos da Gestalt-terapia e os relaciona às bases teóricas que os originaram. As teorias de base ( Psicologia da Gestalt, Teoria de Campo, Teoria Holística) e as Filosofias de Base (Humanismo, Existencialismo , Fenomenologia), Nessa relação, não foram incluídas as teorias da experiência pessoal de Fritz Perls, a Psicanálise, a Teoria Reichiana e o Zen Budismo. 
Alguns conceitos apresentados na tabela acima servirão de base para este trabalho:
· Autorregulação organísmica - O conceito de Autorregulação Organísmica surge com Kurt Goldstein em 1934, a Gestalt terapia abraça da ideia de Goldstein a visão do ser humano como um todo, como um organismo vivo no qual ocorre processo de inter-relações entre suas partes e que está em constante relação com o meio, tomando deste o que necessita e deixando o que não necessita, a serviço da auto regulação. (Orgler, Dicionário da Gestalt Terapia, 2014). Para a Gestalt terapia, a autorregulação é um princípio que age em todos os seres vivos e estes buscam pela homeostase, e é nessa busca que vamos nos regulando em nossa relação ser-ambiente. Dentro dessa visão, cremos que durante a vida temos necessidades, que geram um tipo de tensão no organismo e essa tensão nos impulsiona a buscar formas de atender essas necessidades, e isso seria a autorregulação, a busca para atender as necessidades, gerando assim a manutenção da vida.
· Ajustamento criativo - O ajustamento criativo é a forma que o indivíduo vai encontrar para atender às suas necessidades, usando soluções disponíveis no organismo-meio. Segundo Perls, Hufferline e Goodman (1997) todo o contato é um ajustamento criativo do organismo-ambiente. Então a autorregulação organísmica é esse impulso para atender as necessidades e o ajustamento criativo é a forma pela qual eu vou atender a essas necessidades, que será única e individual pois irá variar de maneira muito subjetiva de acordo com os recursos disponíveis tanto no ambiente, quanto no organismo. Então por exemplo, se a necessidade é a fome, vou me movimentar para atender a essa necessidade, e isso seria a autorregulação organísmica, mas a forma como vou atender a essa necessidade seria o ajustamento criativo. 
· Self - Em uma definição sucinta, self inclui um corpo físico, processos de pensamento e uma experiência consciente de que alguém é único e se diferencia dos outros, o que envolve a representação mental de experiências pessoais (Gazzaniga & Heatherton, 2003). O Self, portanto, não é uma entidade fixa, nem uma instância psíquica como o “eu” ou “ego”, mas um processo especificamente pessoal e característico de sua maneira própria de reagir num dado momento e num dado campo, em função de seu “estilo” pessoal. Não é o seu “ser” mas o seu “ser no mundo” variável, conforme as situações. O Self do Gestaltista funciona em três modos: o “id”, o “eu/ego” e a “personalidade”. O “id” que tenta responder ao “o que” é o self, que está ligado ao sistema sensório motor e representa o antigo, o primitivo e as emoções básicas. O “ego/eu” é o que responde ao “como” o self funciona e está ligado a função motora da personalidade.Essa função é responsável pelo movimento e pela execução das tarefas pensadas e propostas pela pessoa. A “personalidade” é o que responde ao “para que” o self existe, é responsável pela pergunta “quem sou eu?”, e faz parte do sistema cognitivo da personalidade. Vale notar que a função de personalidade do self é diferente, do construto personalidade, que envolve a totalidade da pessoa, (Ribeiro 2006).
“ O Self é a nossa maneira particular de estarmos envolvidos em qualquer processo, nosso modo de expressão individual em nosso contato com o meio… ele é o agente de contato com o presente que permite nosso ajustamento criador.” - J Latner
· Aqui e agora - De acordo com o “Dicionário da Gestalt” (2014) o termo “aqui e agora” é aplicado na Gestalt-terapia tanto para demonstrar o caráter temporal do sistema self, e das relações nele estabelecidas, quanto para designar um “estilo” de intervenção clínica adotada pelos terapeutas da abordagem, que propõe a concentração do cliente no modo “como” este, no momento da sessão, opera com o que pra ele é passado ou futuro. Na obra EFA (1942), Frederick Perls não emprega, explicitamente o termo “aqui e agora”, todavia, ao criticar as práticas psicanalistas que fazem do passado a causa dos sintomas presentes, Perls (2002 p.146) afirma não haver “outra realidade a não ser o presente”. O que não significa que desprezasse a importância do passado e do futuro na experiência clínica. Ainda assim, afirma Perls (2002, p.148), o passado só existe enquanto puder se fazer sentir no presente, da mesma forma como o futuro não é mais do que uma possibilidade que se abre na atualidade. 
· Awareness - De acordo com Polster e Polster (2001), o conceito de awareness está diretamente relacionado ao aqui-agora. Estar aware significa estar consciente do que se está pensando, sentindo, fazendo, planejando, desejando no momento. É uma forma de abranger e, depois, integrar as sensações e sentimentos do indivíduo, a fim de que ele possa alterar de alguma forma o seu comportamento. Na abordagem gestáltica awareness assume um sentido próprio que é o saber experienciado. Seria como uma apreensão de totalidades e um estar e manter-se em fina sintonia com o que se passa consigo mesmo. “Mesmo quando lembramos de algo do passado, o “la-e-então” o ato de lembrar está se dando no presente. Embora o awareness seja sempre o presente, o objeto dela pode pertencer a um outro tempo e espaço.” (Frazão 1995, p.146). 
EXPERIMENTOS 
A Gestalt-terapia propõe uma série de experimentos de interação entre cliente e paciente, de forma a potencializar essa relação e obter um melhor resultado na clínica terapêutica. Abordaremos a seguir as técnicas mais utilizadas (entre várias centenas).
· Cadeira vazia: A técnica da cadeira vazia é a técnica preferida de Frederick Perls e muitas vezes é confundida como método e com a própria Gestalt-terapia. Ela pode ser utilizada tanto na psicoterapia individual como em grupo. Uma cadeira ou almofada são destinadas a ser ocupadas por uma representação. Podem ser personagens de uma situação não acabada, sentimentos e aspectos da personalidade ou projeções. Ocorre um diálogo entre o cliente e a outra parte, com trocas de lugares e papéis. É preciso que o terapeuta fique atento ao envolvimento do cliente com as representações. (referencia: https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/colunista-psicologia-gestalt-terapia-na-pratica-conheca-as-tecnicas-e-conceitos) 
· Hot seat: Técnica muito utilizada por Fritz Perls (cadeira quente ou lugar quente), é uma técnica utilizada em grupos terapêuticos. Uma cadeira é disposta à frente e é ocupada pelo cliente que quisesse trabalhar naquele encontro, ou que fosse convidado pelo psicólogo devido a questões relativas ao trabalho do dia. O atendimento, geralmente um experimento (técnica citada anteriormente) é feito então exclusivamente com aquela pessoa, permanecendo o grupo como uma espécie de auditório, sem participação ativa na situação (REFERENCIA: https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/colunista-psicologia-gestalt-terapia-na-pratica-conheca-as-tecnicas-e-conceitos) 
· Dramatização: A dramatização é uma ênfase que favorece a conscientização, a awareness propondo uma ação visível e tangível, que mobiliza o corpo e a emoção, e permite assim que o cliente viva a situação mais intensamente que a "represente" (no sentido de torná la presente de novo), experimente e explore sentimentos mal identificados, esquecidos,recalcados, até desconhecidos. (Ginger, 1995)
· Exercício de Awareness: Trata-se de estar atento ao fluxo de sensações físicas (internas e externas) e trazer à consciência o que se está sentindo, a capacidade de reconhecer esses sentimentos e o significado atribuído a eles. O exercício de awareness é fundamental para responder quatro questões-chave preconizadas por Perls: “O que você está fazendo agora?”, “O que você sente neste momento?”, “O que está evitando?”, “O que você quer, o que espera de mim?” A intenção é trazer a consciência para o cliente. (Ginger, 1995)
· Monodrama: O monodrama é uma variante do psicodrama em que o próprio protagonista desempenha, alternadamente os diferentes papéis da situação evocada por ele – Assim por exemplo poderá representar, sucessivamente: ele mesmo e sua mulher; ou ainda sua mãe, podendo encarar alternadamente essas duas instâncias. Poderá também encenar noções mais abstratas, relacionadas a esses sentimentos, que podem ser conflitantes. O monodrama precisa deixar claro para o cliente que o terapeuta incentiva a troca de lugar (fisicamente) sempre que trocar de papel. (Ginger, 1995)
· Amplificação: Amplificação ou Exageração é um dos temas mais importantes da Gestalt, significa tornar mais explícito o que está implícito, projetando na cena exterior aquilo que ocorre na cena interior. Exige uma participação por parte do terapeuta, pois é ele quem diz o que deve ser exagerado e esta escolha é determinante para o resultado do processo. Consiste em fazer com que o cliente intensifique o que sente ou que está fazendo. (Ginger, 1995)
· Trabalho com sonho: Enquanto para Freud os sonhos representavam um caminho real para o inconsciente, para Perls os sonhos seriam um caminho para a integração (Perls, 1969, p 66 apud Mann, 2010) - REFERÊNCIA. O trabalho com os sonhos não consiste somente em associar palavras ou ideias ou construir hipóteses, mas em perceber todos os sentidos do corpo, emoções e principalmente o impacto subjetivo das imagens eventualmente encenadas, permitindo a experiência do sonho no aqui e agora. A Gestalt-terapia utiliza o sonho como um instrumento exploratório de significados existenciais para a pessoa que sonha. O trabalho com os sonhos dará pela busca da compreensão de mensagens existenciais presentes a partir da percepção subjetiva. (Ginger, 1995)
· Expressão metafórica: A linguagem verbal e a do corpo não são as únicas utilizadas em Gestalt-terapia: também usamos as linguagens simbólica ou metáfora, sobretudo por meio de uma ampla gama de técnicas de expressões artísticas como: desenhos, pinturas, modelagem, esculturas, produção musical, dança etc. Assim pode-se sugerir aos participantes, por exemplo que se representem sob forma de um desenho metafórico, uma espécie de “mandala”, que depois servirá de suporte para uma meditação ou com a qual cada um estabelecerá uma relação simbólica. (Ginger, 1995)
· Viagem fantasia: O fundamento dessa técnica é a imaginação, e a sua base é um roteiro que direciona, sem interferir no que o cliente expressa. Como se o terapeuta fosse apresentando, mas o preenchimento fosse feito pela imaginação do cliente. Pode ser, por exemplo, percorrer um caminho, chegar a uma loja, entrar em uma caverna, ou em contato com alguém, mas quem compõe o cenário é o cliente. A fantasia dirigida ajuda a explorar um tema em particular que seja difícil para o cliente expor de forma direta. (Ginger, 1995)
Segundo Ginger “O essencial da Gestalt não está em suas técnicas, mas no espírito geral do qual ela procede e que as justifica.” (Ginger,1995)
A PRÁTICA CLÍNICA
O Trabalho do Gestalt-terapeuta é ajudar seus clientes na descoberta de si, os acompanhando nessa caminhada de modo a ampliar sua awareness, seu crescimento e amadurecimento. 
Um ponto muito importante da abordagem é a visão integradora do homem, ele é visto como um todo, não como simplesmente o rótulo de uma patologia (neurótico, esquizofrênico e etc). A patologia é vista como uma das inúmeras partes que compõem aquele todo, ou seja, aquele indivíduo, e é entendida como a forma mais saudável que a pessoa encontrou para lidar com situações difíceis. Partimos então do pressuposto que cada ser é único e tem uma organização interna própria e o seu funcionamento é a sua melhor tentativa de se adaptar ao meio. 
O trabalho na clínica é direcionado para uma ampliação da consciência do indivíduo sobre o seu próprio funcionamento e sobre como ele age na tentativa de alcançar seu equilíbrio. 
O foco na clínica é deslocado das mãos do terapeuta e vai para a relação terapêutica, onde o indivíduo é instruído a perceber suas responsabilidades sobre suas escolhas e alcance dentro do seu tempo e possibilidade, gerando assim para o cliente, uma maior autonomia sustentável.
Polster e Polster (2001) afirmam que o terapeuta age a partir de seus próprios sentimentos usando seu estado psicológico como instrumento de terapia, fazendo relação com a arte e o artista. Para eles, “Do mesmo modo em que o artista que pinta uma árvore tem de ser afetado por essa árvore específica, também o psicoterapeuta precisa estar ligado à pessoa específica com quem ele está em contato”. 
Cardella (1994) aborda de forma pioneira o amor como instrumento e alicerce primeiro e define: “ O amor terapêutico manifesta-se através de um estado e um modo de ser caracterizados pela integração e diferenciação da personalidade, que nos permite ver, aceitar e encontrar o outro (cliente), como um ser único, diferenciado e semelhante na sua condição de humano”. 
A RELAÇÃO TERAPEUTA-CLIENTE
​​A relação dialógica é o eixo central da Gestalt terapia.(Laura Perls, 1994).
De acordo com o artigo xxx, a relação dialógica, que é a maneira como acontece a relação terapeuta-cliente na Gestalt-terapia, tem sua fundamentação na filosofia de Martim Buber. Buber afirma que a pessoa (eu) tem significado apenas em sua relação com os outros, no diálogo “Eu-Tu” ou no contato manipulativo “Eu-Isso.”
A relação “Eu-Tu” consiste em estar plenamente presente com o outro, sem objetivos para si próprio. Esse é um encontro existencial, onde o outro é acolhido e há uma reciprocidade, existindo também a emergência da noção de “eu” (Hycner,1995).
A relação “Eu-Isso” tem um objetivo, é a “coisificação” do outro. Esse modo de relação compreende funções de discernimento, vontade, orientação, reflexão, autoconsciência e awareness de separação. É neste modo que a pessoa organiza sua experiência no tempo e espaço, e assim a atitude “Eu-isso” é um aspecto necessário da vida humana (Hycner, 1995).
Para Buber, o viver de uma forma saudável implica na alternância entre a relação “eu-tu” e “eu-isso”, na qual acontece a conexão (eu-tu) e a separação (eu-isso), encontrando-nos sempre em busca do ponto de equilíbrio entre nossa separação e conexão com o outro.
Em seu livro xxx, yountef diz que o gestalt-terapeuta trabalha engajando-se num diálogo, em vez de manipular o paciente em relação a um objetivo terapêutico e enfatiza quatro características do diálogo:
 
1- Inclusão: É posicionar-se tanto quanto possível na experiência do outro, sem julgar, analisar ou interpretar. A inclusão propicia um ambiente de segurança para o trabalho fenomenológico do paciente e por meio da comunicação, do entendimento e da experiência do paciente, ajuda a tornar mais agudo o auto awareness deste.
 
2 - Presença: O terapeuta compartilha sua perspectiva, modelando o relato fenomenológico, o que ajuda o paciente a aprender algo sobre confiança e o uso da experiência imediata, para despertar o awareness.
 
3 - Compromisso com o diálogo: Contato é mais do que aquilo que duas pessoas fazem uma com a outra. Contato é algo que acontece entre as pessoas e nasce da interação entre elas. O Gestalt terapeuta rende-se a esse processo interpessoal. Essa descrição é de permissão para o contato ocorrer, e não manipular, fazer contato é controlar o resultado.
 
4 - O diálogo é vivido: O diálogo é algo feito, em vez de algo falado a respeito. “Vivido” enfatiza o entusiasmo e iminênciado fazer. O diálogo pode ocorrer por intermédio de uma dança, de uma música, por palavras ou por qualquer modalidade que expresse e movimente a energia entre os participantes.
 
Assim, para Yountef a função do trabalho terapêutico é buscar restaurar o contato através da relação dialógica, nesse encontro de duas pessoas, no qual uma se deixa impactar e responder à totalidade da outra , e onde o interesse de ambas é no que acontece entre elas.
PRODUTO INFORMATIVO A SER DIVULGADO PARA A COMUNIDADE
· Público alvo 
· Qual o produto em si (Carrossel)
· Onde ele será divulgado (instagram da estácio?)
· O que é psicoterapia (diferença do senso comum)
· Explicação breve da abordagem e como se diferencia do senso comum
· Apresentação do que é um psicólogo, a quem ele responde, como o paciente pode ter informações do profissional no CFP 
· O que é o CFP 
CONCLUSÃO 
Este trabalho buscou explanar de forma geral a Gestalt-terapia, passando por sua parte histórica, criadores e influências filosóficas que serviram como um tripé fundamental para o desenvolvimento da abordagem - Teorias de base, Filosofias de base e Teorias da Experiência pessoal do seu principal fundador, Frederick Perls. 
Exploramos também os conceitos principais da abordagem e seus significados (Auto regulação organísmica, ajustamento criativo, self, aqui e agora e awareness.)
Outro ponto que evidenciamos, são as técnicas usadas na clínica, que podem ser aplicadas individualmente ou em grupo, a depender do objetivo terapêutico (Cadeira vazia, Hot seat, Dramatização, Exercício de awareness, monograma, amplificação, trabalho com sonho, expressão metafórica e viagem fantasia.)
A prática clínica também foi um tema abordado em nosso trabalho, tanto a relação terapeuta-cliente, que é o ponto principal das psicoterapias, e na Gestalt-terapia é evidenciado pela relação dialógica, que é vista como eixo central dessa abordagem, quanto a clínica em si, onde abordamos o papel do terapeuta, o papel do cliente e a importância dessa interação para a terapia. Além de salientar quatro características essenciais do diálogo na relação terapêutica - inclusão, presença, compromisso com o diálogo e o diálogo é vivido. 
Esperamos que as informações apresentadas neste trabalho, sirvam para ampliar o conhecimento sobre a abordagem estudada, e levar os leitores a um entendimento da parte histórica, as fundamentações teóricas e filosóficas, a metodologia e a prática clínica. Este estudo pode incentivar a realização de pesquisas mais aprofundadas sobre o tema e inspirar estudantes e leigos a conhecer mais a Gestalt-terapia, ambos sendo fundamentais na propagação do cuidado com a saúde mental e com o bem estar individual e social. 
 
BIBLIOGRAFIA

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