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Prévia do material em texto

Área de Atuação I -
Musicoterapia na Infância e na
Adolescência
 
E-book
Antônio Bruno Verga Pinto
Seja 
bem-vindo !
 
Olá! Me chamo Bruno,
Faço parte do CEMT. Terei o
 enorme prazer de te
acompanhar
 nessa nova etapa de
 estudos.
 
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Apresentar o papel da musicoterapia na infância e adolescência dentro do
contexto escolar (dificuldades escolares e inclusão) e institucional
(vulnerabilidade e risco social) além do papel da musicoterapia no manejo com
cuidadores. OBJETIVO GERAL: Estudar sobre a importância do conhecimento do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dificuldades de aprendizagem,
vulnerabilidade e riscos sociais.Discussões sobre inclusão social e a importância
do cuidado na vida da criança e do adolescente; Compreender o papel da
musicoterapia dentro do setor escolar e institucional e a importância do olhar
para o cuidador. Compreender as avaliações, métodos e técnicas
musicoterapêuticas que podem ser aplicadas dentro desses contextos estudados.
Ementa
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Módulo I
O Desenvolviment
o Musical Como
 Fundamentação P
ara a Terapia 
Neste módulo iremos decorrer sobre o desenvolvimento musical do ser humano, desde do período intrauterino
passando pela primeira e segunda infância. Para isso, escolhi dois artigos que falam sobre esse desenvolvimento
musical, dando ênfase à três via, a auditiva, a musical e a verbal. O primeiro é de Kenneth Bruscia, artigo que foi escrito
abordando do individuo como feto até a velhice. Esse artigo foi traduzido por Lia Rejane M. Barcellos no ano de 1999. Já
o segundo é de Nydia do Rego Monteiro, em que ela publicou para Revista Brasileira de Musicoterapia e trata sobre um
quadro a qual a mesma organizou, nomeando-o com "Quadro do Desenvolvimento Audiomusicoverbal" direcionado
para crianças de zero à cinco anos. Segue a capa de ambos artigos: 
Sugestões de Leitura sobre 
Avaliação em Musicoterapia 
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Lia Rejane Mendes Barcellos.
Kenneth Bruscia.
 Nydia Monteiro
Desenvolvimento Musical, 
compreender para tratar!
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Qual a importância de saber o desenvolvimento musical do ser humano para a prática musicoterapêutica?
Para Bruscia:
“Como terapeutas, nós reconhecemos a necessidade de compreender um cliente dentro
do contexto de sua história pessoal; e, como musicoterapeutas, nós estamos conscientes
de quanto é importante conhecer as experiências musicais do cliente. Um dos principais
objetivos de se examinar a história do cliente é determinar em que estágio do
desenvolvimento ele está: se num estágio típico da sua idade ou se existem atrasos,
distúrbios ou fixações. Embora a nossa tendência seja pensar que os objetivos pautados
no desenvolvimento sejam particularmente relevantes quando trabalhamos com
crianças, nós estamos cada vez mais conscientes do quanto uma abordagem que leve em
consideração o desenvolvimento pode ser importante para o trabalho com indivíduos de
todas as idades.”
Monteiro compactua com a mesma linha de pensamento, escrevendo:
•“Na musicoterapia utilizamos atividades de estimulação sonoro-musicais, com objetivos
terapêuticos estabelecidos anteriormente, para vencer ao máximo o atraso e
comprometimento neurológicos das crianças. Para uma melhor eficácia nesse trabalho, é
necessário então, um conhecimento do desenvolvimento neurológico do bebê e a
localização exata da etapa atual em que o mesmo se encontra, antes de iniciar
tratamento”. 
Documentos como cartilhas organizadas pelo ministério da saúde e educação, com embasamento em
estudos científicos, a qual a bordam o desenvolvimento infantil, dentro da perspectiva fonoaudiológica,
neuropsicomotara e psicopedagógica se torna comum de encontrar, mas relacionado ao desenvolvimento
musical, apresenta uma real carência. Desta forma, recorremos aos artigos e pesquisas, principalmente, das
áreas musicoterapeutica e de educação musical. 
O feto vivência a sua própria batida cardíaca como o núcleo
central e a fonte mais forte de vibrações.
A segunda vibração mais forte que passa pelo líquido
amniótico ocorre no cordão umbilical, através do qual o feto
recebe a alimentação da mãe.
Os sons externos ao feto, que são experienciados através
das vibrações generalizadas do líquido amniótico (do corpo
da mãe, voz e órgãos internos).
Para Bruscia: 
Período Amniótico 
Benenzo ao falar do ISo, que em musicoterapia quer dizer
Identidade Sonora. Ele diz que trata-se dos elementos e
arquétipos sonoros e musicais que vão se estabelecendo
em um no individuo desde do período intra-uterino até a
idade que o mesmo se encontra, em constante
transformação. (BENENZON 2011, p.67).
O musicoterapeuta argentina Gabriel Federico, desenvolveu um
método que se chama Musicoterapia Focal Obstétrica - MTFO, que
trabalha com gestantes através de sete técnicas especificas: RAM
Relaxamento através do movimento; VCM Visualização criativa com
música; CB Canção de boas vindas; BS Banho sonoro; MV Massagem
vibracional; IDIM Improvisação dirigida com instrumentos musicais e 
 EPM Estimulação musical pré-natal. A formação é presencial e nela o
formando estudará diferentes cenários do trabalho no campo da
MTFO, com exemplos de vídeos de sessões, para analisar os casos
clínicos e situações de prevenção, como gravidez de adolescentes,
gestações de alto risco, fertilização artificial.
Durante os primeiros 6 meses de vida,- os sons vocais do bebê são
inteiramente resultantes de reflexos, consistindo de vários gritos,
arrulhos e sons orais.
A motivação para a atividade vocal é então satisfazer as necessidades
básicas, obter prazer, prevenir ou reduzir a dor ou, ainda, estar com
outras pessoas.
Uma relação rítmica importante é a que o bebê estabelece com a mãe
através da sucção - um ritmo regular que coordena os movimentos
reflexos orais com recebimento da alimentação e da respiração
(momento ideal para as cantigas de ninar).
Para Bruscia:
A seguir um vídeo de uma mãe que canta a música "My Heart Can't Tell You No" de Rod Stewart. A mãe canta
a capela, olhando para criança, transmite uma energia emocional que envolve a criança, que por sua vez acaba
chorando em resposta desta experiência. Apesar da letra da canção estar falando de um homem que ama uma
mulher que tem interesse em outra pessoa, nada que indique um elo de mãe e filho, o que indica que a
estrutura da música, como o contorno melódico e a interpretação sendo feita pela a mãe, somado com um
timbre vocal conhecido, promove o engajamento da criança, ou seja, esse engajamento foi desenvolvido pela
via emocional e não racional. 
De O a 6 meses (Sensório-Motor 1)
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Clique na figura acima, caso o vídeo
não abra, ou copie o URL ele abaixo e
cole no seu navegador:
https://www.youtube.com/watch?
v=eMf7O9TarEY&t=6s
https://www.youtube.com/watch?v=eMf7O9TarEY&t=6s
São atividades que relacionam o som e o gesto. A criança pode fazer
gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para
representar o que ouve ou canta. Favorecem o desenvolvimento da
motricidade.
No que diz respeito aos instrumentos, o bebê começa a manipulá-los
ativamente e descobre que diferentes esquemas motores sensoriais
produzem diferentes sons.
Receptivamente, a criança começa a reconhecer um repertório de
melodias, e exibe movimentos associados a elas.
Para Bruscia:
No vídeo a seguir você verá uma criança dançando Beyonce enquanto assiste a cantora cantar e dançar na
televisão. Familiares flagram a criança dançando e tentando imitar a coreografia da pop star. Aqui podemos
perceber o que Bruscia diz em seu artigo, sobre a resposta da criança, se expressando corporalmente,
representando o que estar escutando. Perceba que diferente do exemplo anterior, o estimulo sonoro aqui, são
bem diferentes. Primeiro é que trata-se deuma música eletrônica (música editada), o andamento é mais
acelerado e assim por diante. 
De 6 a 24 meses (Sensório-Motor 2)
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Clique na figura acima, caso o vídeo
não abra, ou copie o URL ele abaixo e
cole no seu navegador:
https://www.youtube.com/watch?
v=aBWwlevehD4&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=aBWwlevehD4&t=3s
Aqui se busca representar o significado da música, o sentimento, a
expressão. O som tem função de ilustração, de sonoplastia. Contribuem
para o desenvolvimento da linguagem.
Durante esse período, a criança tem que traduzir as aprendizagens
sensório motora e afetiva dos períodos anteriores num sistema de
representação. As palavras se tornam o método esperado para
representar e expressar o que está acontecendo dentro e o que está
acontecendo fora, no ambiente.
Para Bruscia:
 
Nessa idade entre dois e três anos, a criança se expressa mais verbalmente, a sua resposta a música, é mais
cantando e gesticulando, elas estão se socializando mais por causa do ambiente escolar e a música é um grande
facilitador para isso.
•Infantil II (Reconhece as vozes dos animais, reconhece vinhetas de desenhos Animados, galinha pintadinha, aprende
os nomes dos Instrumentos) 
•Infantil III (Reconhece os timbres dos instrumentos ocultos, tem uma boa imitação rítmica, Imita as vozes e posturas
dos Animais) 
A seguir, você terá dois vídeos da mesma criança interagindo com seu pai, o primeiro ela tendo 1 ano e 11 meses,
tocando seu violão ao som da música Don´t Let Me Down e no segundo 2 anos e 2 meses, tocando tambor
acompanhando a música Hey Jude, ambas as músicas dos Beatles. E o pai de maneira intuitiva, utiliza do principio da
técnica provocativa musical de Lia Rejane Barcellos, sem saber no primeiro vídeo.
Pré-operatório (Entre 2 à 7 anos)
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=8cYCubol7a0 https://www.youtube.com/watch?v=4s2BOjK_J7M
https://www.youtube.com/watch?v=8cYCubol7a0
https://www.youtube.com/watch?v=4s2BOjK_J7M
Nessa idade o cognitivo e a fisionomia já alcançaram uma maturidade para aprender um instrumento harmônico, seja
de cordas, como uma guitarra, violão e ukulele, assim como de teclas, igual ao piano e/ou teclado, até mesmo de
metal (sopro). Segue alguns exemplos de crianças com 5 anos de idade, demostrando habilidades musicais em seus
respectivos instrumentos.
Infantil IV (uma boa coordenação motora, aprende rápido parlendas e
letras de músicas, confecciona os instrumentos recicláveis com
qualidade)
Infantil V (Coral a duas vozes, Dinâmicas Musical, Imitação Rítmica fiel,
toca pequenas melodias no xilofone ou no teclado) 
 
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Pré-operatório (Entre 2 à 7 anos)
QUADRO DO DESENVOLVIMENTO 
AUDIOMUSICOVERBAL INFANTIL
O quadro não tem o perfil de uma escala e
nem de um teste especifico, entretanto o
mesmo foi desenvolvido e fundamentado
na literatura relacionada aos indicadores e
rastreio dos estágios iniciais do
desenvolvimento. A autora relata que os
campos que se tornaram base para essa
pesquisa foram a Neurologia, Educação
Musical, Musicoterapia e Fonoaudiologia;
além de sua experiência de prática clínica. O
público alvo desse quadro, são crianças com
desenvolvimento típico (educação) e atípico
(centro de reabilitação física) para
verificação.
Segundo Monteiro (2011), de zero a seis meses, a motivação
para a atividade vocal é satisfazer as necessidades básicas.
A relação rítmica que o bebê estabelece com a mãe ocorre
através da sucção.
Aos nove meses, os bebês já reconhecem melodias, e
exploram os instrumentos musicais de maneira intencional,
buscando tais fontes sonoras para autoestimulassem.
A partir de dois anos, a criança toca instrumentos de
bandinha rítmica e mantém ritmo por imitação, enfatiza
os detalhes, sendo a principal consequência desse
aspecto a imprecisão das relações de durações e
alturas. 
A partir dos três anos, a criança concebe um plano geral
de uma melodia, e também é nessa idade que ela pode
desenvolver o ouvido absoluto se estudar um
instrumento musical.
 Nydia Monteiro
A seguir, dois livros que tem uma parte específica para o desenvolvimento musical infantil,
Abordagem plurimodal de musicoterapia, quando abordam sobre o "Gênese das funções
musicais, na perspectiva da abordagem Plurimodal" de Diego Schapira e Colaboradores, e o
livro "Fundamentos da Avaliação em Musicoterapia" de Gustavo Gattino.
Diego Schapira
Gustavo Gattino
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Name: Data:
Módulo II
Musicoterapia e o
 Transtorno 
do Neurodesenvo
lvimento
Transtorno do Neurodesenvolvimento
Os transtornos do desenvolvimento neurológico pode ser apresentada na criança já na fase intrauterina ou nos
primeiros anos de vida. Existem diversos diagnósticos, desde déficits na interação social e nas habilidades de
comunicação que compromete diretamente o desempenho social dos indivíduos até transtornos de aprendizagem,
como dislexia, discalculia, ou outros fatores que implicam diretamente na concentração, atenção, linguagem ou
processamento visual, causando assim, discrepâncias entre o potencial e os níveis reais de desempenho acadêmico.
Os transtornos de Neurodesenvolvimento que mais procuram suporte terapêutico e pedagógico são os Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido pela sigla TDAH, Transtorno do Espectro Autista ou TEA e Distúrbios
da Aprendizagem. Segue um quadro de classificação, definindo cada diagnóstico em seus respetivos grupos,
conforme o DSM V:
https://www.colegiointegracaoonline.com.br/2017/05/o-que-sao-transtornos-do-desenvolvimento/Fonte
O TDAH começa a se manifestar por volta dos quatro anos de
idade e invariavelmente antes dos 12 anos de idade. No entanto,
pode não ter interferência significativamente negativa no
desempenho acadêmico e social até os anos escolares
intermediários.
Os indivíduos demonstram falta de concentração e/ou excesso
de hiperatividade e impulsividade, que fogem do
comportamento regular de uma criança, interferindo na rotina
dela e comprometendo o desenvolvimento regular, seja
acadêmico ou social. Os sintomas do TDAH tanto podem ser
leves quanto mais graves e podem ir de encontro às restrições
da escola e estilos de vida.
Conceitos básicos sobre 
alguns transtornos do
Neurodesenvolvimento
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Crianças com transtornos de aprendizagem apresentam déficit
do processamento de funções pedagógicas, que afetam
diretamente no desempenho acadêmico.
Não devemos confundir com deficiência intelectual, pois o
transtorno de aprendizagem em indivíduos com um bom
desempenho intelectual em comparação as demais crianças
neurotípicas, contudo, algumas funções de compreensão do
conteúdo educacionais são comprometidas, como a dislexia e
enquanto que nas crianças com deficiência intelectual os 
 prejuízos são bem mais significativos.
Os transtornos ou distúrbios de aprendizagem podem
comprometer áreas como o desenvolvimento da leitura, escrita
ou mesmo que envolva a capacidade matemática, como a
discalculia.
Transtorno de aprendizagem
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Os pacientes com Transtornos do Espectro Autista apresentam
dificuldade em desenvolver relacionamentos sociais padrões,
certo comprometimento da linguagem (em alguns casos, não
falam de forma alguma) e movimentos taxados como
estereotipados.
Algumas pessoas do espectro autista também podem se sentir
sobrecarregadas por estímulos auditivos e visuais. Isso faz com
que ela estabeleça uma relação complexa com alguns tipos de
cores, texturas e objetos, por exemplo.
Os impactos do desenvolvimento desse transtorno são vários,
relacionados às esferas acadêmicas e sociais. Como o próprio
nome já diz, o transtorno é entendido em um espectro, então opaciente pode se encaixar em qualquer parte dele. A posição no
espectro irá definir a severidade do caso.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Anotações:
Livros nacionais e internacionais
sobre musicoterapia e autismo.
Nacionais
Internacionais em inglês
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Internacionais em Espanhol
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Name: Data:
Módulo III
Musicoterapia ap
licada no context
o grupal e
familiar para cri
anças com deficiê
ncia. 
Este módulo será estruturado em dois trabalhos especificamente. O primeiro será sobre o artigo
"PRÁTICAS MUSICOTERAPÊUTICAS EM GRUPO: PLANEJAR PARA INTERVIR" escrito por Fernanda
Valentin, Leomara Craveiro de Sá e Elizabeth Esperidião e submetido à Revista Brasileira de
Musicoterapia (Ano XV n° 15 ANO 2013), direcionando a discussão para a população alvo do
nosso estudo, TEA. Já o segundo, é sobre um relato de experiência do autor em um processo
desenvolvido em parceria com uma associação de pais de pessoas com autismo na cidade de
Fortaleza, que resultou em uma apresentação musical em 2016.
Para Craveiro de Sá e colaboradores, são várias as expressões, os comportamentos e as relações
que se entrelaçam, possibilitando que os integrantes do grupo revivam recortes de experiências
de vida que constituem elementos significativos para a escuta e análise musicoterapêuticas. As
autoras afirmam que: 
O planejamento das intervenções é etapa básica para a assertividade da proposta
a ser empreendida pelo musicoterapeuta, em razão da complexidade dos
fenômenos inerentes a qualquer grupo, e aqueles específicos às experiências
musicais. Planejar ajuda a manter o foco na intervenção, favorece a efetividade da
ação, minimiza possíveis riscos, além de contribuir para a avaliação dos resultados,
sempre tendo em vista o cumprimento das questões éticas. (2013 p.119)
Segundo as autoras, o planejamento na prática musicoterapêutica em contextos grupais
implicam em:
a)necessidades e características do grupo;
b) estrutura da sessão; 
c) escolha de técnicas;
d) preparação do setting;
e) registros dos conteúdos expressos no contexto grupal em consonância com a escuta e análise
musicoterapêuticas.
Em uma perspectiva musicoterapêutica a experiência sonoro-musical se torna um "fio
condutor". Entretanto, cabe uma reflexão sobre a orientação teórica do musicoterapeuta,
suas competências e afinidades quanto às escolhas previstas na condução do grupo em
questão. Pois esses são os fatores que indicam um  planejamento eficaz e
consequentemente um procedimento musicoterapêutico bem sucedido. Alguns elementos
precisam ser levados em consideração, são eles:
Organização temporal e espacial
Musicalidade clínica
Flexibilidade
Corpo teórico
Sistematização
Precisão e Objetividade
Figura – Elementos Essenciais do Planejamento Musicoterapêutico
A etapa inicial consiste no levantamento de dados, que visa responder
à seguinte questão “Que grupo é este?”. Todas essas informações
serão artefatos essenciais para as próximas fases que dizem respeito
à escuta das demandas do grupo, as quais irão se evidenciando no
decorrer do processo grupal. (CREVEIRO DE SÁ et all, 2013 p.122)
ANÁLISE DOS DADOS DO GRUPO
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
As necessidades
 do grupo
O perfil do grupo
O contexto em que o
grupo está inserido
As fases de
desenvolvimento do grupo
Craveiro de Sá e colaboradores (2013, p.123) ao citar Schutz
(1974) relatam que existem três fases: 
1) inclusão: fase de estruturação do grupo, em que cada um
dos seus integrantes procura se posicionar no grupo e
estabelecer seus limites de participação e pertencimento ao
grupo;
2) controle: necessidade de exercer influência, controle e
autoridade; 
3) abertura: os membros do grupo procuram satisfazer suas
necessidades emocionais. O cicloinclusão-controle-abertura
pode repetir-se várias vezes durante a vida de um grupo,
independente de sua duração. Algumas vezes essas fases não
podem ser nitidamente distinguidas, pois os componentes do
grupo não se encontram todos na mesma etapa ao mesmo
tempo, ao procurar satisfazer suas necessidades, de acordo
com seu ritmo pessoal.
“Uma das regras fundamentais para recuperar e reabilitar uma criança autista é o
tratamento paralelo e simultâneo com seu grupo Familiar (BENENZON 1985, p.149).”
A família tem um papel fundamental para o desenvolvimento de uma criança, independente
de seu diagnóstico. E muitas vezes por saberem dessa responsabilidades, uma grande
parcela desses pais se cobram muito. E quando uma terapia alcança bons resultados, foi a
família que teve a maior parcela de contribuição neles. Elas se tornam pesquisadoras sobre o
assunto, se atualizam com as novas pesquisas, vivem em busca de serviços que acreditam
trazer ganhos para seus filhos, os reflexos financeiros se espelham nos gastos mensais das
terapias que buscam custear, mas as vezes se esquecem de cuidar de si mesmas.
A musicoterapia vem apresentando, por meio de pesquisas, grandes mudanças para uma
pessoa com autismo. Há uma enorme variedade de trabalhos sendo desenvolvidos em
grupos com TEA: atendimento individual, em dupla, grupal, com mais de um profissional em
uma proposta transdisciplinar, entre outros. A musicoterapia é "extremamente eficiente na
abertura de canais de comunicação, ela é concebida como possibilitadora de mudanças
significativas na vida do autista, tanto no contexto terapêutico e educacional quanto no
ambiente sócio/familiar” (CRAVEIRO DE SÁ, 2003).
MUSICOTERAPIA NO
CONTEXTO FAMILIAR
Se tratando das mudanças na rotina diária da criança, principalmente no seu ambiente familiar,
muitas das atividades musicais que são abordadas dentro do setting, podem ser repetidas e
trabalhadas dentro de casa, em um processo de transferência, orientado pelo musicoterapeuta.
No entanto, o musicoterapia pode ampliar essa participação, convidando os pais para que
possam participar de algumas sessões que o profissional julgue interessante, ou registrar o
desenvolvimento de uma atividade por meio de filmagem, para que os mesmos tenham uma
noção mais clara no processo de replicação.
Outro ponto que é de suma importância que será tratado no presente artigo, é a família de uma
criança com TEA sendo o foco principal, como a musicoterapia pode contribuir para que o
ambiente dessa criança seja mais sadio e que todos sejam ao mesmo tempo cuidados.
 
Estudos apontam que a musicoterapia centrada na família foi utilizada para avaliar a interação
social das crianças com TEA grave (THOMPSON et al., 2014). O estudo fala que os pais
participavam de maneira ativa nas sessões, e que além de fortalecer o vínculo interfamiliar, as
crianças melhoraram a atenção compartilhada, bem como a resposta e iniciação da atenção
conjunta, em relação ao grupo de controle.
Drake (2011, p. 46) fala que “Os pais costumam se conectar com a musicoterapia antes de
estarem dispostos de considerar outros tipos de intervenção porque eles têm uma sensação de
que seu filho desfruta da música”.
Um trabalho musicoterapêutico em um contexto familiar pode possibilitar momentos jamais
imaginados pela família. Pais que podem se conectar com seus filhos por meio do fazer musical,
interagindo com eles, percebendo as potencialidade deles, vendo que a crianças está envolvida
nas atividades por mais tempo, aumentando sua concentração, finalizando tarefas, dialogando
com os demais integrantes, com um instrumento e/ou com a voz, em uma proposta de
improvisação, além de ter um momento de diversão junto com a família. 
https://www.youtube.com/watch?v=ZG1A2dpvpBs&t=95s
Documentário protagonizado por crianças e adolescentes autistas do Ceará,
mostra os bastidores do espetáculo musical “Uma Sinfonia Diferente – Azul da
Cor do Mar”, produzido pela Associação Fortaleza Azul (FAZ).
Para essa modalidade permite que os pais possam recorrer sempre que quiserem ao recurso
musical fora do setting, tanto para brincar, como para trabalharcomportamentos, lições
pedagógicas e ensino de rotinas diárias, por meio de canções informativas e de comandos. 
Existem 3 modelos para se trabalhar a musicoterapia no contexto familiar: 1) terapia unifamiliar,
trata-se de um trabalho musicoterápico focado em uma família específica, o setting será ocupado
por pai, mãe e o filho com TEA, poderá ser convidado também um irmão ou outro parente que
tem uma forte ligação com a criança. 2) Terapia familiar múltipla, o formato é semelhante, mas
outras famílias dividirão o mesmo espaço simultaneamente. 3) trabalhar a musicoterapia no
contexto familiar em formação de “Grupos de Apoio”.
Segundo Drake (2011, p.46) “A intenção de tais grupos é principalmente o apoio dos pares”, um
espaço de encontros exclusivos dos pais, sem seus filhos, onde eles tem a liberdade de se
expressar livremente, desabafar, chorar, gritar, protestar de maneira livre, respeitando as regras
do grupo, que serão estabelecidas nos primeiros encontros. 
A forma como uma composição, recriação, recreação, entre tantos outras técnicas
musicoterápicas poderão ajuda-los a se organizarem “biopsicosocialespiritualmente” e se
sentirem cada vez mais prontos e capazes para dar continuidade nessa tarefa não tão fácil, que é
ser pais de uma criança com TEA, ou com qualquer outra demanda. 
Loth (2006) relata que já na década de 50 Laqueur tinha trabalhado com um tratamento de
várias famílias, começando com pacientes esquizofrênicos e seus familiares. Segundo a autora o
modelo de múltiplas famílias tem sido aplicado a outros transtornos psiquiátricos, como
transtornos alimentares, abuso de drogas e álcool e abuso infantil. 
Neste modelo, as famílias que têm um problema comum, como uma criança com um transtorno
alimentar ou um membro da família com esquizofrenia, são vistas coletivamente com outras
famílias que compartilham problemas semelhantes nas sessões de terapia em grupo. Isto foi
encontrado para ser muito eficaz (LOTH, 2006, p.59).
Podemos perceber nessa sessão que existem diversas formas da família participar e se
beneficiar em um processo musicoterápico, de forma direta ou indireta.
O Centro Especializado em Reabilitação de Maracanaú
é uma instituição de iniciativa privada que atende pelo
SUS, e suas especialidades são nas áreas cognitiva e
visual. O CER iniciou o serviço de Musicoterapia em
Março de 2019, possibilitando que os usuários sejam
assistidos por algum programa lá ofertado. Entre
tantos programas, dois tiveram o objetivo de alcançar
diretamente a família: o “Projeto Fa-Mi-LiA” e o
“Projeto Pais e Filhos”.
Estes foram projetos piloto que tiveram o objetivo de
atender esses dois grupos. O "projeto pais e filhos"
possuia 4 crianças com TEA e seus respectivos pais
simultaneamente, e fazia alusão à música de uma
banda de pop-rock brasileira chamada Legião Urbana.
O “Projeto Fá-Mi-Lia” atendia um grupo de 10 pais,
como grupo de apoio, sem a presença das crianças.
Ambos os projetos concentravam-se na família, fundamentados em alguns escritos sobre
musicoterapia no contexto familiar aplicada a pessoas com TEA, pesquisas que estão cada vez mais
em evidência na literatura internacional de musicoterapia, como no livro de Joanne Holmes
“Interactive music therapy in child and family psychiatry: clinical practice, research, and teaching” e
“Music Therapy with Children and their Familie” de Amelia O. e Claire Flower. 
Segundo Marly Chagas (2008), nos trabalhos sonoro-musicais-corporais em grupo, os encontros são
normalmente chamados de “vivências musicoterápicas”. A proposta é diferenciada, em termos de
objetivos, em relação aos atendimentos individuais, pois o enfoque está em como se processam os
relacionamentos, a dinâmica de grupo e as interações sociais. 
GRUPO DE APOIO À FAMILIA NO CER II
https://www.youtube.com/watch?v=QZLDxq27qA4
Projeto Fá-Mi-LiA
Trata-se de um projeto transdisciplinar, da musicoterapia e psicologia, que visa promover
encontros direcionados para as famílias sem a presença de seus respectivos filhos. Um
espaço de encontros exclusivos dos pais, momento em que os participantes têm a
liberdade de se expressar livremente através das vivências grupais, de forma segura e
sigilosa, na qual as regras serão estabelecidas pelos envolvidos, por meio do respeito e
solidariedade, sempre supervisionadas pelos profissionais responsáveis, agentes
facilitadores do processo terapêutico durante as sessões. 
O objetivo principal desse trabalho é ofertar para os pais um grupo de apoio à família,
promovido por meio do fazer musical, como a composição, recriação, audição, entre
tantas outras técnicas musicoterápicas, de modo que os mesmos se sintam amparados e
acompanhados pela instituição, possibilitando que os usuários se organizem de forma
integral, no seu ser “biopsicosocioespiritual”, se percebendo cada vez mais preparados,
prontos e capazes para dar continuidade nessa tarefa desafiadora de serem responsáveis
por uma criança com (ou sem) deficiência. 
Informações importantes:
• A capacidade do grupo foi de até 10 participantes no turno da manhã e 10 participantes
no turno da tarde;
• O grupo era fechado quando o número mínimo de vagas (05 usuários) eram
preenchidas;
• Para que o interessado tivessem a sua vaga, bastava preencher seus dados e o horário
de sua disponibilidade na tabela que foi entregue na recepção;
• As vagas eram destinadas para qualquer família cadastrada no CER, independente se a
criança estava sendo atendida ou não;
• Uma palestra de apresentação do projeto foi aberta ao público, conduzida por uma
psicóloga e pelo musicoterapeuta da instituição dando seguimento aos atendimentos.
ANOTAÇÕES
Projeto Pais e Filhos
O projeto Pais e Filhos, trata-se de um trabalho musicoterápico grupal focado nas famílias
e na criança que receberá a intervenção, o setting será ocupado por pai, mãe e o filho que
buscam o tratamento, proporcionando aos pais vivenciarem na prática o processo de
estímulo aos seus filhos através da linguagem musical sob o olhar musicoterápico,
contribuindo para o fortalecimento do vínculo criança-adulto-grupo.
As atividades realizadas nos encontros, que trabalham abordagens das habilidades
musicais, auxiliando no desenvolvimento cognitivo-musical, podem trazer benefícios no
desenvolvimento da fala, coordenação motora, bem como nos sentidos visuais, tátil e
auditivo da pessoa assistida.
Será um momento em que 4 famílias dividirão o mesmo espaço simultaneamente, tendo
como objetivo agrupar pacientes para os quais tenham objetivos terapêuticos ou atrasos
do neurodesenvolvimento semelhantes. Estudos relatam que a dinâmica grupal, onde
todas as crianças têm problemáticas similares e diferentes, pode ser muito reconfortante
para os responsáveis, auxiliando-os a dar uma perspectiva diferente sobre as dificuldades
de seus filhos.
A música vai além do espaço terapêutico e o objetivo é que essas informações musicais
possam ser trabalhadas também no ambiente de convívio de cada família, buscando que
o musicoterapeuta possa acompanhar essa extensão de perto. Para isso, será utilizada
uma ferramenta avaliativa, denominada MEL (Music in Everyday Life).
Um questionário que tem o propósito de compreender a dinâmica musical dentro do
cotidiano da família, permitindo ao musicoterapeuta medir como a música está sendo
trabalhada pelos familiares e qual a reação que a criança tem ao receber o estímulo
musical, desafiando os participantes a deixarem os seus lares mais musicais.
ANOTAÇÕES
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Name: Data:
Módulo IV
Musicoterapia na
 adolescência: 
propostas de açã
o comunitária. 
Após o período das três infâncias, perpassando pela puberdade, chegamos então na
adolescência propriamente dita. Fase de muitas mudanças hormonais, que chegam mais
cedo para mulheres do que para homens. Nessa fase, a adolescência é marcada pela
necessidade da autoafirmação, da busca da identidade pessoal, o estilo de se vestir, as
músicas que escutam, os locais que frequentam e assim por diante.
Em muitas casos,alguns adolescentes gostam de confrontar regras e normas, protestando
com tudo aquilo que foge de suas crenças filosóficas, muitas vezes dando espaço para
rebeldia e contestação. Para outros, torna-se um período de expectativas para o seu futuro,
pensando como seria ao alcançar a idade adulta. As relações intrafamiliar acabam tendo
algumas mudanças, e novos desafios e responsabilidades acabam fazendo parte de suas
rotinas gradativamente. E a musicoterapia, como entra nesse universo? Vamos abordar esse
tema, em duas áreas especificamente, na neuroreabilitação/neurodesenvolvimento, uma
linha que já estamos tratando aqui, e a segunda área na musicoterapia comunitária. 
Como foi dito no módulo passado, o serviço no CER, atendia, tanto crianças, como
adolescentes, e ao longo dos parágrafos a frente, irei descrever um estudo de caso. de um
dos adolescentes com TEA, que fazia parte em um dos programas de atendimentos grupais,
mas ficou desmotivado e tomou a iniciativa de sair do serviço de musicoterapia. Passando
alguns meses sem frequentar o Centro de Reabilitação, esse adolescente pede para retornar
aos encontros. Isso aconteceu por consequência da pandemia, pois sem escola e outras
atividades extras, a rotina dele sofreu alterações significativa. Mas ao retornar, os
atendimentos grupais foram temporariamente desligados, por questão de protocolo de
segurança, evitando aglomeração.
És que um novo desafio surgiu, como trabalhar com um adolescente, que até então, todas as
experiências musicoterapêuticas, foram feitas em grupos. Por onde começar? Como avaliar?
Qual instrumento de avaliação eu irei adotar? Em meio a essas perguntas, eu me deparei
com o "homem aranha" da camisa dele, e dali nasce um ponto de partida, até chegar nos
"animes", estilos de desenhos animados japoneses, conhecidos por suas lutas e poderes
sobrenaturais.
Musicoterapia na adolescência
A partir desse momento, um desafio foi feito a ele, que o mesmo pudesse elaborar um anime,
com o personagem principal, sua nacionalidade, seus poderes, história e violões. O segundo
passo foi criar uma música de abertura, que envolvesse todas essas informações, utilizando
assim uma das técnicas de Bruscia, a composição. Então o adolescente, utilizando-se de um
pincel e um quadro branco, começou a escrever cada verso com ajuda do musicoterapeuta,
acompanhando no violão. E o resultado final da composição, será exposto abaixo:
O adolescente aceitou tanta a proposta, que desenvolver uma série que ele publicou no seu
canal no Youtube, com animações a partir de aplicativos de celular, chamada de "Teen
Force", na sua tradução "força adolescente", contextualizando toda essa história. A seguir,
um vídeo de um dos capítulos da série, a qual o personagem "Mt. Bruno", ganha espaço, com
sua guitarra super poderosa, para ajudar os três adolescentes, JP e seus dois amigos.
Musicoterapia Comunitária
Na Música Comunitária, atividades musicais são oferecidas a grupos de pessoas com
interesses musicais em comum ou pessoas que vivem em uma comunidade de
qualquer tipo. O foco pode ser em alcançar metas musicais (p. ex., aprendizado
musical, performances) ou desenvolver laços entre os membros da comunidade. Por
fim, o objetivo é aprimorar a qualidade de vida ao reunir as pessoas para um
momento prazeroso.
Programas musicais comunitários podem ser organizados em torno de um evento
central (p. ex., show de talentos, um concerto) ou pode ser um empreendimento
contínuo da comunidade (p. ex., um coral).
Eles podem acontecer em diferentes settings, tais como em comunidades locais ou
residenciais, escolas, hospitais, instituições, centros comunitários e programas diários
para indivíduos debilitados ou não, de todas as idades. (Bruscia).
O exemplo de serviço de musicoterapia comunitária, foi o musical uma Sinfonia
Diferente, pois nele foi desenvolvido ações sociais para um grupo de pessoas, que
são autistas e seus pais, dentro de um espaço, ou uma associação de pais.
ANOTAÇÕES
Musicoterapia com adolescentes grávidas no contexto de vulnerabilidade social.
Musicoterapia no cuidado aos adolescentes com câncer.
Musicoterapia com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa
(menores infratores).
Musicoterapia com adolescentes com dependências de entorpecentes
(Casa/Clinica de reabilitação). 
A musicoterapia pode ser uma grande aliada ao tratamento de vítimas de abuso
sexual na infância e/ou adolescência. Pois, os encontros poderão facilitar o processo
de aberturas de canais de comunicação no aspecto emocional, promovendo um
ambiente a qual, os adolescentes se sentirão seguros em expressar suas aflições, 
 através de técnicas de improvisação e criação/recriação. 
Outros públicos que poderão ser trabalhado a Musicoterapia com adolescentes, além
de vítimas de abuso sexual são:
 
Vítimas de abuso sexual na infância e/ou adolescência
Escolha uma das 5 propostas acima junto com seus pares, e elabore um
mine projeto, sem introdução, mas incluindo:
Objetivo Geral (não precisa dos OE)
Justificativa
Metodologia(Número de adolescentes, quantos encontros semanais,
duração da sessão, protocolo de avaliação etc).
Resultados esperados.
Atividade
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Name: Data:
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
REFERÊNCIAS
ASSUMPÇÃO JR., F. B. Diagnóstico diferencial dos transtornos abrangentes de desenvolvimento.
CAMARGOS JR., W. et al. (orgs.). Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º milênio. 2ª ed. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência, 2005.
  
BRUSCIA, K. O desenvolvimento musical como fundamentação para a terapia. Texto info CD-Rom- David
Aldridge. 1999. Tradução: Barcellos,L. Rio de janeiro, 1999. 
 
BRUSCIA, K. E.  Definindo musicoterapia. Tradução. MARIZA, Conde. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000. 
DAWSON, Geraldine (Diretora.). Autism speaks. Manual para síndrome de asperger.
GATTINO, Gustavo Schulz Fundamentos da avaliação em musicoterapia (livro eletrônico) / Gustavo
Schulz Gattino, -- Florianópolis, SC: Forma e Conteúdo comunicação integrada, 2020.
 
SILVA, A.M. Tradução para o português brasileiro e validação da escala "Individualized Music Therapy
Assessment Profile (IMTAP) para uso no Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-
Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do
Sul; 2012.
UNIÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA. Definição Brasileira de Musicoterapia. 2018.
Disponível em:  http://ubammusicoterapia.com.br/definicao-brasileira-de-musicoterapia/. Acesso em:
05/05/2019.
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Bruno Verga é musicoterapeuta e educador musical. Especialista em
Musicoterapia pela Faculdade Padre Dourado (FACPED) através do
Instituto Graduale. Graduado em licenciatura plena em música pela
Universidade Estadual do Ceará (UECE). É formado pela Academy of
Neurologic Music Therapy em Musicoterapia Neurológica (NMT), tem
formação na Abordagem Plurimodal de Musicoterapia-APM e certificado
na Individual Music-Centered Assessment Profile for
Neurodevelopmental Disorders (IMCAP-ND).
Atualmente desenvolve um trabalho clínico com crianças com atraso do
neurodesenvolvimento e reabilitação neurológica no Centro
Especializado em Reabilitação – CER II de Maracanaú-CE e Fundador da
BV Musicoterapia LTDA. É professor convidado do curso de pós-
graduação em Musicoterapia pelo instituto Graduale – FACPED,
CENSUPEG e é sócio-fundador do Clube de Estudos em Musicoterapia -
CEMT.
Contatos: (85) 9 8739-1478. E-mail: mt.brunovega@gmail.com
Antônio Bruno Verga Pinto
Musicoterapeuta Clínico
CPMT-CE 007 / 16
BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br

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