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COMPREENSÃO DE TEXTO
Profª Maria Tereza
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COMPREENSÃO DE TEXTO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
O leitor competente é ativo na construção de sentidos. Há quatro estratégias para compreen-
derem-se textos:
 • formular previsões,
 • formular perguntas sobre o texto,
 • esclarecer dúvidas e
 • resumi-los.
O objetivo principal de várias questões de concursos não é medir o seu conhecimento a 
respeito de um conteúdo, mas a sua capacidade de, ao ler o enunciado, extrair as informações 
capazes de indicar a solução correta.
EXEMPLIFICANDO
Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um mila-
gre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; 
tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa 
pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empre-
ender suas viagens.
J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do Medo no Ocidente: 1300-
1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
1. Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um 
sentimento de
a) gosto pela aventura.
b) fascínio pelo fantástico.
c) temor do desconhecido.
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d) interesse pela natureza.
e) purgação dos pecados.
Todas as alternativas podem ser consideradas corretas quando associadas apenas “ao 
imaginário das viagens marítimas da época moderna”. Contudo, o texto tem como foco 
o medo que essas viagens causavam em certos indivíduos, visto terem como “destino” 
o desconhecido, que podia guardar perigos.
PROCEDIMENTOS
1º – Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;
2º – identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científi-
cos, etc.);
3º – leitura do enunciado.
EXEMPLIFICANDO
Preconceitos
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem 
colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, 
ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, 
podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é 
forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. 
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali 
é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos 
de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. 
“Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem 
viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. 
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, 
mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos 
às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se 
estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer 
investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz 
julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por exemplo, 
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a 
gravidade extrema das práticas preconceituosas. 
(Bolívar Lacombe, inédito) 
 • O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas 
vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas 
em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Preconceitos –, somado à 
repetição do vocábulo na primeira e na sétima linhas do texto e ao uso de expressões que 
fazem referência à mesma ideia (“pré-juízos”, por exemplo), remete o leitor não só à ideia 
central, mas também ao gênero do texto que lerá: um breve ensaio baseado em fato social 
corrente entre os seres humanos.
Trata-se de gênero textual denominado BREVE ENSAIO: opinativo/argumentativo, 
assinado, no qual o autor expressa a sua opinião, abordando assuntos universais.
 • No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “sobretudo”, o que norteia a 
estratégia de apreensão das ideias.
 • Destaque das palavras-chave das alternativas-itens (expressões substantivas e verbais).
 • Identificação das palavras-chave no texto.
 • Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
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2. Ao avaliar a gravidade e a extensão dos preconceitos, o autor os condena sobretudo pela 
seguinte razão: eles 
a) acabam se confundindo com nosso gosto pessoal e prejudicando nosso entendimento das 
coisas. 
b) proporcionam uma visão de mundo excessivamente singular e viciosa, mesmo quando 
justificável. 
c) promovem profunda injustiça ao julgarem pessoas ou coisas a partir de valores já firmados. 
d) acarretam máximos prejuízos para quem os alimenta, não atingindo as opiniões que 
circulam socialmente. 
e) deformam nossa visão de mundo por serem muito detalhistas, distraindo-nos do foco 
principal.
Identificação da ideia central – TÓPICO FRASAL
PROCEDIMENTOS
 • Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos 
do texto (IDEIA CENTRAL).
 • Identificação das palavras-chave nas alternativas.
 • Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
EXEMPLIFICANDO
Preconceitos
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem 
colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, 
ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, 
podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é 
forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. 
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali 
é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos 
de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. 
“Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem 
viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. 
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, 
mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos 
às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, 
se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer 
investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz 
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julgando com critérioe objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por exemplo, 
não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a 
gravidade extrema das práticas preconceituosas. 
(Bolívar Lacombe, inédito)
3. Atente para as seguintes afirmações.
I – No 1º parágrafo, o autor define o que seja preconceito e avalia a extensão dos prejuízos que 
sua prática acarreta, considerando ainda a dificuldade de se os evitar plenamente.
II – No 2º parágrafo, o autor reconhece na prática algumas formulações preconceituosas, 
reforçando a ideia de que os preconceitos impedem uma identificação adequada das coisas e 
das pessoas. 
III – No 3º parágrafo, o autor estabelece um paralelo entre o juízo preconceituoso, passível de 
penalização, e o juízo decorrente do gosto pessoal, que se rege por critérios interiorizados e 
difíceis de definir. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) II, apenas.
ERROS COMUNS
EXTRAPOLAÇÃO 
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, 
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de 
que o texto é um conjunto de ideias.
CONTRADIÇÃO
EXEMPLIFICANDO
Considere o texto abaixo. 
Centro de Memória Eleitoral – CEMEL
O Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem por objetivo 
a execução de ações que possibilitem cultivar e difundir a memória político-eleitoral como 
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instrumento eficaz do aprofundamento e alargamento da consciência de cidadania, em prol do 
aperfeiçoamento do regime democrático brasileiro. Seu acervo reúne títulos eleitorais desde a 
época do Império, urnas de votação (de madeira, de lona e eletrônicas), quadros, fotografias e 
material audiovisual, entre outros itens. A realização de exposições temáticas, o lançamento de 
livros, a realização de palestras, além de visitas escolares monitoradas na sede do tribunal e o 
desenvolvimento de um projeto de história oral, são algumas das iniciativas do CEMEL. 
(Disponível em: www.tre-sp.jus.br) 
NOTÍCIA: é autoral, apesar de nem sempre ser assinada. Seu objetivo é tão 
somente o de informar, não o de convencer.
4. Da leitura do texto, compreende-se que 
a) a preservação da memória político-eleitoral consiste em resgatar o regime imperialista. 
b) o acervo do CEMEL preserva um material tão antigo que antecede a época do Império. 
c) a consciência de cidadania é condição necessária para a consolidação da democracia. 
d) o estudo da história é garantia do estabelecimento de um governo pautado pela cidadania. 
e) a meta do CEMEL é assegurar o arquivamento sigiloso da documentação da justiça eleitoral. 
a) Redução: reúne títulos eleitorais desde a época do Império
b) Extrapolação: reúne títulos eleitorais desde a época do Império
c) Correta: aprofundamento e alargamento da consciência de cidadania, em prol do 
aperfeiçoamento do regime democrático brasileiro
d) Extrapolação: ações que possibilitem cultivar e difundir a memória político-eleitoral como 
instrumento eficaz do aprofundamento e alargamento da consciência de cidadania, em 
prol do aperfeiçoamento do regime democrático brasileiro
e) Contradição: A realização de exposições temáticas, o lançamento de livros, a realização de 
palestras, além de visitas escolares monitoradas
Inferência
INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do 
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.
Termos que podem permitir inferência:
a) nexos adversativos e concessivos:
Ex.: Viajei nas férias, mas voltei cansadíssimo.
Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
 • que ele viajou nas férias;
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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 • que ele retornou cansado.
Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, a 
quebra de uma expectativa: durante as férias, descansa-se.
b) indicadores temporais:
Ex.: Os alunos ainda não chegaram ao local da prova.
Pressuposto: Os alunos já deviam ter chegado ou os alunos chegarão mais tarde.
c) verbos que indiquem mudança ou continuidade de estado:
Ex.: Sua paixão tornou-se pública.
Pressuposto: A paixão não era pública antes.
d) palavras denotativas: até, inclusive, ...
Ex.: Até você me abandonou!
EXEMPLIFICANDO
5. Texto para a questão 5.
“Na minha nova pátria eu tentaria não escrever mais sobre o que por estas bandas tem me 
angustiado ou ameaça transformar-se num tristíssimo tédio: sempre os mesmos assuntos? 
Mandaria só questionamentos sobre o que faz a vida valer a pena: as coisas humanas, como 
família, educação, transformações, relacionamentos e separação, responsabilidades e escolhas, 
alegria, vida e morte, incomunicabilidade e o mistério de tudo – até a dor (mas que seja uma 
dor decente).”
 Lya Luft (adaptado)
No período até a dor (mas que seja uma dor decente) ao utilizar a palavra até, a autora 
a) exclui a dor como parte que faz a vida valer a pena.
b) inclui a dor como algo valioso para a vida. 
c) relega a dor a mero sintoma. 
d) refuta a dor como argumento à sua posição. 
e) equipara a dor à vida. 
INTERTEXTUALIDADE
Um texto remete a outro, contendo em si – muitas vezes – trechos ou temática desse outro 
com o qual mantém “diálogo”. 
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6. Charge para a questão 6.
A charge é uma releitura da famosa tela de Munch, denominada “O Grito”. O diálogo 
estabelecido por Marco Aurélio com a pintura tem por objetivo
a) por meio da figura de um homem, representar o medo da sociedade porto-alegrense, que 
se encontra presa, devido à violência que impera nas ruas da cidade.
b) por meio de uma figura feminina, representar as dores de amor sofridas pelas mulheres 
atualmente, o que se comprova por intermédio da figura do coração atingido por uma 
flecha.
c) por meio das grades, representar a necessidade da construção de mais presídios na cidade 
de Porto Alegre, devido à violência que há no local.
d) por meio do texto não verbal, evidenciar que o texto verbal é desnecessário à compreensão 
da crítica estabelecida na charge.
e) por meio de uma figura andrógina, representar momento de profunda angústia e 
desespero por que passam alguns seres humanos vítimas de sério problema social que 
afeta a comunidade porto-alegrense na atualidade.
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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Extratextualidade
O texto, ao estabelecer relações com o meio circundante, exige do aluno conhecimento mais 
amplo de mundo. Em tais situações, a questão formulada por meio do texto encontra-se fora 
do universo textual. 
EXEMPLIFICANDO
7. Em “... o vendedor lisonjeiao comprador, trata-o bem, estende à sua frente o tapete vermelho.” 
estende o tapete vermelho seria uma comparação dos compradores a
a) consumidores desatentos.
b) apologistas do consumo.
c) produtores vulneráveis.
d) visitantes ilustres.
e) empresários eficientes.
Análise das Alternativas 
Estratégias Linguísticas – Argumentação
1. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS = PARÁFRASES, CAMPO SEM NTICO e ETIMOLOGIA.
Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo 
mais fácil ao entendimento.
Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo:
- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.
Etimologia (do grego antigo) é a parte da gramática que trata da história ou da origem das 
palavras e da explicação do significado de palavras por meio da análise dos elementos que as 
constituem (morfemas). Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das 
regras de sua evolução histórica. 
EXEMPLIFICANDO
Logo que Santo Ivo morreu, encaminhou-se ao Céu e bateu à porta, que São Pedro não se 
atreveu a abrir, subestimando as razões do bom santo. 
− Faço o que quiseres − repetia o porteiro do Céu, não lhe dando o devido valor −, mas não 
acho que deva permitir a entrada a um advogado, não só porque nenhum tem assento entre os 
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santos, mas também porque, muito ao contrário, juraria que se encontram no inferno todos os 
de tua profissão. 
Santo Ivo não se desconcertou; antes, como bom advogado, teve tão convincentes razões para 
rebater as de São Pedro que este lhe permitiu finalmente entrar no Céu, mas com a condição 
de permanecer junto à porta. O hóspede entrou calmamente, sentou-se no lugar indicado por 
São Pedro, que foi participar a Nosso Senhor o sucedido...
8. Mantendo-se a correção e o sentido, no segmento Santo Ivo não se desconcertou..., o termo 
sublinhado pode ser substituído por
a) atinou.
b) enganou.
c) perdeu.
d) perturbou. 
e) anulou.
9. Texto para a questão 9.
Esses sistemas se mantiveram até o final do século XIX, quando o cuproníquel e, posteriormente, 
outras ligas metálicas passaram a ser empregados e a moeda passou a circular pelo seu valor 
extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Caso desconhecesse o significado da palavra “cuproníquel”, a fim de apreendê-lo sem o uso do 
dicionário, o leitor poderia valer-se da paráfrase existente no período, bem como do significado 
dos morfemas que a compõem. 
10. Texto para a questão 10.
Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’
Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular 
da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão 
corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − 
ou ingênuas traduções literais. 
O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca 
pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. 
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, 
fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam 
entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o 
emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. 
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras 
línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica 
a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a 
perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia. 
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm 
claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve 
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e 
empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de 
impressionar os neófitos. 
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. 
) 
No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as 
palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido 
mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo 
a) da religião. 
b) do trabalho. 
c) da geografia. 
d) da medicina. 
e) do esporte. 
2. BUSCA DE PALAVRAS “FECHADAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser 
incorreta):
ν advérbios;
ν artigos;
ν tempos verbais;
ν expressões restritivas;
ν expressões totalizantes;
ν expressões enfáticas.
X
3. BUSCA DE PALAVRAS “ABERTAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser a 
correta):
ν Possibilidades;
ν Hipóteses (provavelmente, é possível, uso do futuro do pretérito do indicativo (-ria) , modo 
subjuntivo...).
EXEMPLIFICANDO
Advérbios
O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã 
e partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-se o ruído metálico do 
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desmonte da tenda capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma 
de x, que, como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos. E com as cadeiras, 
foram sendo transportadas para outros vagões jaulas com tigres; e também girafas e elefantes 
que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem num jardim zoológico. A 
verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de circo: a 
do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos. 
11. Analise as afirmações abaixo. 
I – O circo era mágico, pois desaparecia literalmente num piscar de olhos.
II – O desmonte do circo era tão organizado que parecia um truque de mágica.
III – Apenas alguns minutos eram necessários para desmontar todo o circo.
É correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
Artigos
Negação do meio ambiente
Até o final do século 19, quando nasceu meu avô, a vida na Terra, em qualquer que fosse o país, 
tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem dependia de animais 
para a maior parte do trabalho, para locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes 
de produzir força ou velocidade. [...]
12. No trecho “O homem dependia de animais para a maior parte do trabalho, o emprego do 
singular na palavra homem destaca o seguinte aspecto:
a) valorização
b) depreciação
c) generalização
d) intensificação
e) particularização
Expressões restritivas
A CARTA AUTOMÁTICA
Mais de cem anos depois do surgimento do telefone, o começo dos anos 90 nos oferece um 
meio de comunicação que, para muitos, resgata um pouco do romantismo da carta. A Internet 
não usa papel colorido e perfumado, e sequer precisa de selos, mas, para muitos, fez voltar 
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Compreensão de Texto – ProfªMaria Tereza
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à moda o charme da comunicação por escrito. E, se o provedor não estiver com problemas, 
faz isso com o imediatismo do telefone. A rede também foi uma invenção que levou algum 
tempo para cair no gosto do público. Criada em 1993 para uso doméstico, há muito ela já era 
usada por cientistas universitários que queriam trocar informações. Mas, só após a difusão do 
computador doméstico, realizada efetivamente há uns quatro ou cinco anos, que o público 
pôde descobrir sua utilidade.
Em The victorian internet, Tom Standage analisa o impacto da criação do telégrafo (surgido em 
1837).
Uma nova tecnologia de comunicação permitia às pessoas se comunicarem quase que 
instantaneamente, estando à longa distância (...) Isto revolucionou o mundo dos negócios.
(...) Romances floresceram sob impacto do telégrafo. Códigos secretos foram inventados 
por alguns usuários e desvendados por outros. (...) O governo e as leis tentaram controlar 
o novo meio e falharam. (...) Enquanto isto, pelos cabos, uma subcultura tecnológica com 
seus usos e vocabulário próprio se estabelecia.
Igual impacto teve a Internet. Antes do telégrafo, batizado de “a autoestrada do pensamento”, 
o ritmo de vida era superlento. As pessoas saíam para viajar de navio e não se ouviam notícias 
delas durante anos. Os países que quisessem saber se haviam ou não ganho determinada 
batalha esperavam meses pelos mensageiros, enviados no lombo dos cavalos. Neste mundo 
em que reinava a Rainha Vitória (1819-1901), o telégrafo provocou a maior revolução das 
comunicações desde o aparecimento da imprensa. A Internet não chegou a tanto. Mas nada 
encurta tanto distâncias como entrar num chat com alguém que esteja na Noruega, por exemplo. 
Se o telégrafo era “a autoestrada do pensamento”, talvez a rede possa ser a “superautoestrada”. 
Dos pensamentos e das abobrinhas. As tecnologias de conversação realmente mudam as 
conversas. Apesar de ser de fundamental utilidade para o trabalho e a pesquisa, o correio feito 
pela rede permite um tipo de conversa diferente daquela que ocorre por telefone. Talvez um 
dia, no futuro, pesquisadores analisem as razões pelas quais a rede, rápida e imediata e sem 
o vivo colorido identificador da voz, se presta a bate-papos (via e-mails, chats, comunicadores 
instantâneos) até mais informais do que os que fazemos por telefone.
 (CAMARGO, Maria Sílvia. Adaptado.)
13. De acordo com o exposto no texto, a comunicação via Internet
a) foi concebida para atender ao uso doméstico de modo restrito.
b) perdeu o romantismo da troca de cartas escritas à mão. 
c) teve sua utilidade aceita de imediato pelo público.
d) tornou-se imediatista, exceto quando há problema no provedor. 
e) representou uma revolução similar à do telégrafo em sua época. 
Filosofia de borracharia
O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum 
problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado 
murcho. 
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− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e 
enorme simpatia. 
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é 
especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se 
esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado 
muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber 
se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. 
Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar 
nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão 
europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul 
– para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode 
a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, 
julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar 
zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. 
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, 
de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo 
delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir 
de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento 
para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. 
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85 
86)
CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, 
o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer 
críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A 
linguagem desse tipo de texto é predominantemente coloquial.
14. A expressão em italiano, dirigida aos dois jovens casais pelo borracheiro, 
a) deu oportunidade a que todos reconhecessem na frase do borracheiro a filosofia que ele 
havia incutido nela para orientar os jovens. 
b) foi tomada em sentido puramente metafórico, já que parecia não se aplicar ao problema 
que os fez parar na borracharia. 
c) confundiu ainda mais aqueles aventureiros, que já se sentiam um tanto perdidos no 
emaranhado de estradas fronteiriças. 
d) deu aos turistas a certeza de que se encontravam na Itália, embora eles não atinassem com 
o sentido daquelas palavras. 
e) acabou propiciando uma interpretação mais abrangente, que resultou numa teoria 
posteriormente levantada numa refeição.
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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Expressões totalizantes
Dê uma chance ao ser humano
A vizinha tocou a campainha e, quando abri a porta, surpreso com a visita inesperada, ela 
entrou, me abraçou forte e falou devagar, olhando fundo nos meus olhos: “Você tem sido um 
vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos meus cachorros. Isso vai 
mudar!” Desde então, uma série de procedimentos na casa em frente à minha acabou com um 
pesadelo que me atormentou por mais de um ano. Sei que todo mundo tem um caso com o 
cachorro do vizinho para contar, mas, com final feliz assim, francamente, duvido. A história que 
agora passo a narrar do início explica em grande parte por que ainda acredito no ser humano – 
ô, raça! [...]
15. A utilização da expressão “ô, raça” exprime que o autor
a) pode ser surpreendido pelo ser humano, que é complexo. 
b) julga negativamente o ser humano, que não muda.
c) iguala a raça humana a qualquer outra raça animal.
d) admira incondicionalmente a raça humana.
e) não se considera parte da mesma raça como os outros seres.
Expressões enfáticas
A palavra
Freud costumava dizer que os escritores precederam os psicanalistas na descoberta do 
inconsciente. Tudo porque literatura e psicanálise têm um profundo elo em comum: a palavra.
Já me perguntei algumas vezes como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra 
consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado 
exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, 
creio que a relação terapêutica também poderá naufragar diante da impossibilidade de o 
paciente se fazer entender.
[...]
Martha Medeiros. Revista O Globo.
16. No segundo parágrafo, ao se referir à comunicação, a cronista valoriza a terapia, expressando 
seu ponto de vista em relação a esta. O recurso linguístico que evidencia isso é o uso do(a)
a) advérbio já.
b) pronome possessivo suas.
c) adjetivo refinado.
d) conjunção se.
e) verbo entender.
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Tempos verbais
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejamfelizes. É uma tendência 
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na 
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. 
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É 
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, 
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que 
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para 
a pobre criança.
17. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
18. Texto para a questão 18.
A língua que falamos, seja qual for (português, inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um 
dos mais eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a respeito: “Todos temos 
de ser poliglotas em nossa própria língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma 
reunião de trabalho como se falaria em uma mesa de bar. 
A língua varia com, no mínimo, quatro parâmetros básicos: no tempo (daí o português medieval, 
renascentista, do século XIX, dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano, 
brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista, nordestino); segundo a escolaridade 
do falante (que resulta em duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada) e 
finalmente varia segundo a situação de comunicação, isto é, o local em que estamos, a pessoa 
com quem falamos e o motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas 
variedades de fala: formal e informal. 
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há situações em que se 
deve usar traje social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas situações em 
que se usa maiô ou mesmo nada, quando se toma banho. Trata-se de normas indumentárias 
que pressupõem um uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é normal, pois 
causa estranheza. A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para entrevistas de 
emprego, audiências judiciais; e outra para a comunicação em compras no supermercado. 
A norma culta é o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais. A questão é 
a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações? Evidentemente que não, sob 
pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente tinha ido” em uma 
conversa de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro 
que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o professor deve corrigir 
o aluno, mas será que temos o direito de advertir o balconista que nos cobra “dois real” pelo 
cafezinho? 
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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Língua Portuguesa. Internet: (com adaptações).
Depreende-se do texto que a língua falada não é uma, mas são várias porque, a depender da 
situação, o falante pode se expressar com maior ou menor formalidade. 
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Tipologias Marcas Observação Exemplo
Narração
fato + tempo + lugar + personagem + 
predominância do pretérito – passagem 
do tempo
Contos
Descrição características – adjetivação Fotografia
Argumentação tese + comprovação Dissertação argumentativa Artigo
Exposição informação + ausência de juízos de valor Dissertação expositiva Notícia
Injunção
instrução – verbos que exprimem 
ordem; 2ª pessoa do discurso; mudança 
de comportamento.
Propaganda
Tipos textuais: características distintivas.
Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade 
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. 
Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado 
objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.
Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da 
apresentação de argumentos que as defendam e comprovem. 
Exposição: apresenta informações sobre assuntos. Não faz defesa de uma ideia, pois tal 
procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias 
sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtém-
se o que conhecemos por relato.
Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos 
e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
exprimem ordem, solicitação, pedido. Os pronomes, geralmente, são os da segunda pessoa do 
discurso.
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EXEMPLIFICANDO
19. O trecho “Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de 
estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões 
postais.” classifica-se como do tipo textual narrativo PORQUE a narração se caracteriza pela 
apresentação de um evento marcado temporalmente, com a participação dos personagens 
envolvidos.
Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que
a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.
20. Amar é...
Noite de chuva
Debaixo das cobertas
As descobertas
Ricardo Silvestrin
De acordo com a tipologia textual, o texto é
a) descritivo.
b) expositivo.
c) argumentativo.
d) injuntivo.
e) narrativo.
A sua vez
 Você já é grandinho o suficiente para saber que brincadeira é para a vida 
toda.
 Boa parte das brincadeiras infantis são um ensaio para a vida adulta. 
Criança brinca de ser mãe, pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, 
você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). E, ah, quando 
não há ninguém por perto, brinca de médico também. É uma forma de viver todas as vidas 
possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. Talvez seja por isso que a gente pare de 
brincar aos poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando viramos adultos de verdade. 
E tudo agora é para valer. Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão madura?
 Atividades de recreação e lazer estimulam o imaginário e a criatividade, facilitam a 
socialização e nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso for o objetivo, perde a 
graça, deixa de ser brincadeira. Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na agenda. Você 
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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só brinca de verdade (ainda que de mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar nenhum – já chegou.
QUINTANILHA, Leandro. Disponível em: 
http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe_no_chao/conteudo_399675.shtml
21. Quanto à tipologia, o texto classifica-se como
a) injuntivo. 
b) narrativo.
c) descritivo. 
d) expositivo.
e) argumentativo.
22. Publicidade para a questão 22.
Todo texto apresenta uma intenção,da qual derivam as escolhas linguísticas que o compõem. 
O texto da campanha publicitária apresenta composição textual pautada por uma estratégia
a) expositiva, porque informa determinado assunto de modo isento.
b) descritiva, pois descreve ações necessárias ao combate à dengue.
c) injuntiva, com o propósito de convencer o interlocutor a combater a dengue.
d) narrativa, visto que apresenta um relato de ações a serem realizadas.
e) argumentativa, uma vez que, por meio do cartaz, diz como se deve combater a dengue.
22
 
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GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros Assinatura Opinião Temática 
Editorial NÃO SIM ATUAL E CIRCUNSCRITA 
Artigo SIM SIM ATUAL E CIRCUNSCRITA 
Breve Ensaio SIM SIM UNIVERSAL 
Notícia NEM SEMPRE NÃO ATUAL E CIRCUNSCRITA 
Crônica SIM SIM MISTO DE LITERATURA E JORNALISMO 
EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) 
não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, 
aborda assuntos bastante atuais.
NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão 
somente o de informar, não o de convencer.
Trata-se de um ARTIGO: texto autoral – assinado –, cuja opinião é da inteira 
responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor. 
Geralmente, aborda assuntos atuais.
BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no 
qual o autor expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.
CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, 
o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, expor 
reflexões, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem 
desse tipo de texto é predominantemente coloquial.
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Compreensão de Texto – Profª Maria Tereza
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CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum 
acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem 
francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para 
torná-lo burlesco. Apesar de ser confundida com CARTUM, é considerada totalmente 
diferente: ao contrário da charge, que tece uma crítica contundente, o cartum retrata 
situações mais corriqueiras da sociedade.
PEÇA PUBLICITÁRIA: apresenta informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou 
política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, 
posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. 
Ao contrário da busca de imparcialidade, a propaganda apresenta informações com o 
objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, apresenta 
os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar 
determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta 
emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por 
meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para 
reforçar a mensagem.
QUADRINHOS / TIRA: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada 
um com suas peculiaridades.
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EXEMPLIFICANDO
23. A Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu audiência pública sobre violência e o 
extermínio de jovens no Brasil e no Maranhão; o cartaz da campanha encontra-se copiado 
abaixo.
Em relação ao cartaz, assinale a afirmativa incorreta. 
a) Como a mão representada no cartaz aparece, no original, em cor vermelha, há nela uma 
referência a sangue. 
b) A representação da mão espalmada indica uma solicitação de interrupção da violência. 
c) O extermínio de jovens está incluído entre crimes mais graves e não entre casos de 
violência. 
d) A violência e o extermínio de jovens são os objetivos da condenação da campanha. 
e) Os vários nomes de pessoas colocados no cartaz devem representar casos de violência já 
ocorridos.
24. Texto para a questão 24.
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Considerando-se a relação entre imagem e texto verbal, conclui-se acertadamente que a grafia 
tortuosa do termo corretos
a) gera excitação na personagem, que se entusiasma ao encontrar produtos frescos.
b) é responsável pelo humor do cartum, pois destaca a ortografia incorreta das palavras.
c) desperta, na personagem, dúvidas quando à veracidade da mensagem do cartaz.
d) destaca a boa aparência dos produtos ofertados, comparando-os com os convencionais.
e) causa frustração na personagem, que sabe que os produtos ecológicos são mais caros.
25. Texto para a questão 25.
A partir da leitura do quarto quadrinho, conclui-se que o mapa do tesouro 
a) tinha informações que já eram do conhecimento do garoto e de seu ajudante. 
b) continha informações imprecisas sobre o local em que a carteira estava. 
c) levou os exploradores a um local diferente daquele previsto pelo garoto. 
d) não era tão antigo quanto o garoto deu a entender no primeiro quadrinho.
e) não teve dados suficientes para que os exploradores chegassem aonde queriam.
TEXTO LITERÁRIO
26. Você não está mais na idade 
de sofrer por essas coisas” 
Há então a idade de sofrer 
e a de não sofrer mais 
por essas, essas coisas? 
As coisas só deviam acontecer 
para fazer sofrer 
na idade própria de sofrer? 
Ou não se devia sofrer 
pelas coisas que causam sofrimento 
pois vieram fora de hora, e a hora é calma? 
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E se não estou mais na idade de sofrer 
é porque estou morto, e morto 
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas? 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Essas coisas”. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 
3. ed., 1976, p.30) 
Infere-se corretamente do poema que
a) a alegria é maior nas horas calmas da vida. 
b) na vida há uma idade apropriada para sofrer por certas coisas. 
c) quando se é jovem, o sofrimento deve ser evitado. 
d) a ausência de sofrimento só é possível na morte. 
e) o sofrimento é mais comum na velhice do que na juventude.
SEMÂNTICA
SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Sinônimos: uso de diferentes significantes para o mesmo significado. Contudo, é preciso 
considerar que não existem sinônimos perfeitos. Há aproximações de sentido. Dizemos que 
as palavras são sinônimas quando seus significados mantêm uma intersecção – substituíveis 
num mesmo contexto –, pois eles jamais se recobrem completamente. Se seus sentidos fossem 
idênticos, deveriam ser intercambiáveis em todos os contextos e obedecer às mesmas condições 
de emprego. Por exemplo, “jovem” e “novo” são sinônimos, no entanto não idênticos, visto 
que não podem ser permutáveis em todos os contextos: ambos qualificam o nome humano 
(homem jovem, homem novo), mas não se aplicam aos não humanos (livro novo, mas não livro 
jovem).
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Antônimos:palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do 
acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos: 
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
EXEMPLIFICANDO
Filosofia de borracharia
O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum 
problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado 
murcho. 
− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e 
enorme simpatia. 
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é 
especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se 
esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado 
muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber 
se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. 
Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar 
nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão 
europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul 
– para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode 
a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, 
julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar 
zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar. 
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, 
de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo 
delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir 
de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento 
para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. 
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-
86)
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27. Sem prejuízo para o sentido do contexto, pode-se substituir o elemento sublinhado no 
segmento 
a) sob o olhar zombeteiro (4º parágrafo) por exame indolente1. 
b) proferiu a sentença tranquilizadora (1º parágrafo) por opinião2 consoladora. 
c) nosso carro periclitante (3º parágrafo) por indomável3. 
d) um providencial borracheiro (3º parágrafo) por previdente4. 
e) julguei ver fumaças filosóficas (4º parágrafo) por presunções de filosofia5. 
1. sem vigor; insensível ≠ zombeteiro = aquele ou o que faz troça.
2. parecer ≠ sentença = decisão final.
3. que não pode ser domado, controlado ≠ periclitante = que está em perigo.
4. precavido ≠ providencial = oportuno.
5. pretensão = fumaças = maneiras presunçosas.
HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA
Observe este enunciado:
“Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... Estavam baratas, pois são frutas 
da estação.”
Hiperonímia (frutas) = como o próprio prefixo indica, confere ideia de todo; do todo se 
originam ramificações.
Hiponímia = (maçã, banana, abacaxi, melão) o oposto de hiperonímia; cada parte, cada item 
de um todo.
EXEMPLIFICANDO
28. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, 
taperebá e outras frutas regionais.”, têm relação entre si por se referirem – todos – a frutas 
típicas da Amazônia.
Tais termos grifados, em relação à palavra “fruta”, são designados como
a) hiperônimos.
b) hipônimos.
c) sinônimos.
d) polissêmicos.
e) antônimos.
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POLISSEMIA
Significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”, contudo, assim que se insere 
no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico, isto é, 
significado contextual. 
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
CONTEXTO ACEPÇÃO 
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
EXEMPLIFICANDO
29 Encontramos o efeito polissêmico empregado na seguinte palavra:
a) vaca.
b) humano.
c) costela.
d) radiografia.
e) conversa.
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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação é a significação objetiva da palavra - valor referencial; é a palavra em "estado de 
dicionário“ (sentido real).
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras 
realidades devido às associações que ela provoca (sentido figurado).
EXEMPLIFICANDO
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem 
os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra 
na tarde quente. 
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto 
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, 
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. 
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
30. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é 
a) menino. 
b) chão. 
c) testa. 
d) penumbra. 
e) tenda. 
31. Texto para a questão 31.
Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar é uma inglesa pálida 
e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo à flor do rosto dois grandes olhos azuis 
e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão deve ser vaporosa e 
ideal como uma criação de Shakespeare; deve ser o contraste do roastbeef britânico, com 
que se alimenta a liberdade do Reino Unido. (...) O chá e o leite devem ser a alimentação de 
semelhante criatura, adicionando-se-lhe alguns confeitos e biscoitos para acudir às urgências 
do estômago. A sua fala deve ser um murmúrio de harpa eólia; o seu amor um desmaio, a 
sua vida uma contemplação, a sua morte um suspiro. (...). A figura é poética, mas não é a da 
heroína do romance. 
[...]
Observe os trechos que seguem.
I – “abrindo à flor do rosto dois grandes olhos azuis” 
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II – “vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare” 
III – “A sua fala deve ser um murmúrio de harpa eólia” 
Há linguagem figurada
a) apenas em um dos itens. 
b) apenas nos itens I e II. 
c) apenas nos itens I e III. 
d) apenas nos itens II e III. 
e) em todos.
NÍVEIS DE LINGUAGEM 
VARIEDADES DE LINGUAGEM – ADEQUAÇÃO 
Segundo Saussure, a linguagem é composta pela língua (modelo geral e constante para 
os membros de determinada comunidade linguística) e pela linguagem (a materialização 
momentânea desse modelo; ato individual e voluntário que se realiza por intermédio da fala e 
da escrita).
Entre os fatores relacionados à LINGUAGEM, destacam-se os níveis da fala, que são basicamente 
dois: 
 • Nível formal (língua padrão): diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às 
normas gramaticais de um modo geral. 
 • Nível informal (coloquial): representa a linguagem do dia a dia, das conversas informais 
que temos com amigos, familiaresetc. 
Compondo o quadro do nível informal da linguagem, estão as chamadas variações linguísticas 
(ou variedades de linguagem), as quais representam as variantes de acordo com as condições 
sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Variações históricas (diacrônicas)
Transformações ao longo do tempo.
Exemplos de variações históricas: expressões que caíram em desuso; grafemas que caíram em 
desuso (“ph” – “pharmacia”); vocabulário típico de determinada faixa etária.
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Variações Regionais (diatópicas ou geográficas)
Ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, motivadas por diferentes culturas, 
hábitos, tradições.
Exemplos de variações regionais:
 • diferentes palavras para os mesmos conceitos;
 • diferentes sotaques, dialetos e falares;
 • reduções de palavras ou perdas de fonemas.
Variações Sociais (diastráticas)
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de 
instrução de determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões ... 
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
[...]
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
[...]
Mamonas Assassinas, 1995.
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Variações situacionais (diafásicas)
São variações que ocorrem de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo 
comunicativo. Há momentos em que é utilizado um registro mais ou menos formal.
LINGUAGEM DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS 
Com a intenção de facilitar a redação da mensagem e garantir expressividade com o máximo de 
rapidez e emoção, usuários criam seus próprios códigos . O texto é abreviado e marcado pela 
oralidade e pelo uso de símbolos. 
Logo, mensagem eletrônica “é um gênero discursivo que surgiu como advento da internet.” 
EXEMPLIFICANDO
Saudosa Maloca
Si o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa veia
Um palacete assobradado
Foi aqui, seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
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Construímo nossa maloca
Mas, um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas 
E fumo pro meio da rua 
Preciá a demolição 
Que tristeza que nóis sentia 
Cada tauba que caía 
Duía no coração 
Mato Grosso quis gritá 
Mais em cima eu falei: 
Os home tá c’a razão, 
Nóis arranja otro lugá. 
Só se conformemo quando o Joca falô: 
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
BARBOSA, Adoniran. In: Demônios da Garoa - Trem das 11. CD 903179209-2, Continental-Warner Music 
Brasil, 1995.
32. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem 
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao 
uso culto. 
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em 
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta. 
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a 
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
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33. Texto para a questão 33.
Pechada
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado 
de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque 
carregado. 
− Aí, Gaúcho! 
− Fala, Gaúcho! 
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que 
cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos 
falavam português. 
− Mas o Gaúcho fala “tu”! − disse o Jorge, que era quem mais implicava com o novato. 
− E fala certo − disse a professora. 
− Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. 
O Jorge fez cara de quem não se entregara. 
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera. 
− O pai atravessou a sinaleira e pechou. 
− O quê? 
− O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. 
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino 
atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. 
Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo. 
− O que foi que ele disse, tia? − quis saber o Jorge. 
− Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou. 
− E o que é isso? 
− Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
− Nós vinha... 
− Nós vínhamos. 
− Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma 
pechada noutro auto. 
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, 
procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. 
Não com o Jorge rindo daquele jeito. “Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era 
automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha 
palavra? 
Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer 
bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o Jorge de que era mesmo 
brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada. 
− Aí, Pechada! 
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− Fala, Pechada! 
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. “Pechada”. Revista Nova Escola. São Paulo, maio/2001. Disponível 
em: http://revistaescola.abril.com.br/ fundamental-1/pechada-634220.shtml) 
Considerando que o novo aluno, Rodrigo, é chamado de Gaúcho e, posteriormente, de Pechada 
pelos colegas, conclui-se que a escolha dos apelidos 
a) foi orientada pela professora, que chamou a atenção para o fato de o novo aluno vir de um 
outro estado. 
b) leva em consideração características que o aluno tem em comum com os colegas da nova 
escola. 
c) ocorre após um período de adaptação, quando o fato de o aluno ser diferente já se tornou 
irrelevante. 
d) faz parte da boa acolhida na nova escola e resulta de um acordo estabelecido entre ele e 
seus colegas. 
e) se dá a partir de aspectos que singularizam o novo colega em relação ao restante da turma. 
34. Tira para a questão 33
Nos três primeiros quadrinhos, a linguagem utilizada é mais formal e, no último, mais informal. 
Assinale a alternativa que traga, primeiro, uma marca da formalidade e, depois, uma marca da 
informalidade presentes nos quadrinhos. 
a) Vilania; vosso. 
b) Vós; você. 
c) Estou; você. 
d) Tenhais; segui. 
e) Notícias; falem.
35. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da 
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial 
- e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de 
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
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b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua 
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio,os outros ficavam tristes.
36. A única frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais do padrão culto é 
a) A secretária pretende evitar que novos mandados de segurança ou liminares contra o 
decreto sejam expedidas. 
b) O CONTRU interditou várias dependências do prédio, inclusive o Salão Azul, cujo o 
madeiramento do forro foi atacado por cupins. 
c) O ministro da Agricultura da Inglaterra declarou que por hora não há motivo para sacrificar 
os animais. 
d) A poucos dias da eleição, os candidatos enfrentam agora uma verdadeira maratona. 
e) "Posso vencer-lhes, mesmo que usem drogas, pois não é isso que as tornarão invencíveis", 
declarou a nadadora. 
Coerência e Progressão Semântica do Texto
Coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois elas devem se complementar; é o 
resultado da não contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o emissor e o receptor têm 
do assunto abordado no texto, (conhecimento de mundo) e aquele que eles têm da língua que 
usam, além da intertextualidade. Logo, texto coerente é aquele “faz sentido”, o que é entendido 
como um princípio de interpretabilidade.
Exemplo:
Contudo, um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. 
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Exemplo:
Abri meu coração para o amigo, visto que não confiava nele.
Tipos de Coerência
 • Coerência sintática: relaciona-se à estrutura linguística; por exemplo, o uso adequado dos 
conectivos.
 • Coerência semântica: consiste na não contradição. 
 • Coerência temática: observa-se a presença de enunciados relevantes para o tema. 
Exemplo:
 • Coerência pragmática: trata-se da sequência de atos de fala. Por exemplo, para uma 
pergunta, cabe uma resposta. 
 • Coerência estilística: trata-se do emprego de uma variedade de língua adequada ao 
contexto, a qual deve ser mantida do início ao fim do texto; não provoca prejuízos para a 
interpretabilidade. 
 • Coerência de gênero: refere-se à escolha adequada do gênero textual, que deve estar de 
acordo com o conteúdo do enunciado. 
Exemplo:
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EXEMPLIFICANDO
37. A banalização da cultura é perceptível no mundo atual. O desejo de escapar do tédio pode ser 
legítimo. O entretenimento ocupa lugar de destaque no mundo atual.
As frases acima articulam-se com clareza, coerência e correção em 
a) Não deixa de ser legítimo o desejo de escapar do tédio, mesmo que o entretenimento 
ocupa lugar de destaque, no mundo atual, tornando perceptível a banalização da cultura. 
b) O entretenimento que ocupa lugar de destaque no mundo atual, cuja banalização da 
cultura é perceptível, e onde o desejo de escapar do tédio pode ser legítimo. 
c) Ainda que o desejo de escapar do tédio pode ser legítimo, o entretenimento, mesmo assim, 
ocupa lugar de destaque no mundo atual, onde a banalização da cultura é perceptível. 
d) Embora possa ser legítimo o desejo de escapar do tédio, é perceptível a banalização da 
cultura no mundo atual, em que o entretenimento ocupa lugar de destaque. 
e) Assim como o entretenimento ocupa lugar de destaque, no mundo atual, cuja a banalização 
da cultura é perceptível, o desejo de escapar do tédio pode ser legítimo.
38 Texto para a questão 38.
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua estranha fantasia é 
a de que alguém possa dar forma ao idioma para que outra experiência mental e individual 
se realize: a do leitor. Apesar de saraus e oficinas, a escrita raramente escapa de ser esta 
atividade insossa e desertada: sentar e escrever sozinho. E, se também são solitárias a pintura 
e a escultura, ambas têm a vantagem de serem dinâmicas, físicas, performáticas, de um modo 
que as aproxima mais das artes coletivas, como a dança, a música, o teatro, o cinema.
E, se também são solitárias a pintura e a escultura, ambas têm a vantagem de serem dinâmicas, 
físicas, performáticas, de um modo que as aproxima mais das artes coletivas, como a dança, a 
música, o teatro, o cinema. 
Uma frase coerente com essa afirmação e escrita de acordo com a norma-padrão da língua é 
a) As artes coletivas – pintura, escultura, dança, música, teatro e cinema – mantém em 
comum o fato de serem dinâmicas, físicas e performáticas. 
b) O simples fato de serem performáticas fazem da pintura e da escultura artes próximas das 
demais artes coletivas (a dança, a música, o teatro e o cinema). 
c) A pintura e a escultura partilham um dinamismo característico das artes coletivas, quais 
sejam: a dança, a música, o teatro e o cinema. 
d) Na medida em que são solitárias, a pintura e a escultura tornam-se tão dinâmicas quanto a 
dança, a música, o teatro, o cinema. 
e) As artes dinâmicas, físicas e performáticas, como a pintura, a escultura, a dança, a música, 
o teatro e o cinema deve se voltar ao coletivo.
Gabarito: 1. C 2. C 3. A 4. C 5. B 6. E 7. D 8. D 9. C 10. B 11. B 12. C 13. E 14. E 15. A 16. C 17. A  
18. C 19. A 20. A 21. E 22. C 23. C 24. C 24. D 26. D 27. E 28. B 29. C 30. E 31. E 32. D 33. E 34. 
B 35. D 36. D 37. D 38. C

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