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atividade 8 NUTRIÇÃO EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS desnutrição

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A desnutrição pode ser definida como o desequilíbrio produzido pela ingestão 
insuficiente ou a excessiva perda de substratos pelo organismo. São considerados fatores 
de risco para a instalação: ingestão inadequada de nutrientes, alteração na absorção 
e/ou utilização de nutrientes, hipermetabolismo ou catabolismo, fármacos que interferem 
no processo de nutrição, demora na implementação de terapia nutricional e condição 
clínica do paciente. Pode ser classificada, segundo sua intensidade, em leve, quando ocorre 
comprometimento antropométrico (peso para estatura); moderada, que afeta sistemas 
imunológico e neurológico; e grave, denominada marasmo e kwashiorkor, de acordo com 
as manifestações clínicas. 
O marasmo acomete principalmente crianças menores de 1 ano, quando elas 
apresentam aspecto emagrecido, com gordura subcutânea ausente, atrofia muscular e 
cutânea (costelas proeminentes, pele frouxa e envelhecida), cabelos secos e finos. 
Observam-se redução na velocidade de crescimento, irritabilidade, apetite variável e 
infecções constantes. Está associado a amamentação ou diluição de fórmulas infantis 
inadequadas. No kwashiorkor, há a presença de edema e/ou ascite e hepatomegalia 
com esteatose hepática. Atinge crianças menores de 2 ou 3 anos levando a 
comprometimento da estatura, alteração da pele dos membros inferiores e também nos 
cabelos. A criança fica apática, chorosa, sonolenta e sem apetite. Geralmente é 
relacionado com amamentação precocemente interrompida e introdução de mingaus ricos 
em carboidratos e pobres em proteínas, em grande quantidade. 
A terapia nutricional consiste inicialmente em identificar e corrigir a causa da 
perda de peso; seus objetivos são: aumentar o peso corporal e o apetite, atender as 
necessidades nutricionais, promover educação nutricional e corrigir deficiências de macro 
e micronutrientes. A alimentação deve ser estimulada considerando alimentos preferidos 
e uma variedade deles, sempre respeitando alergias e aversões alimentares. Em 
alguns casos, pode ser necessária a prescrição de suplementos industrializados 
ou caseiros. Os cálculos de necessidade energética devem ser baseados no 
peso atual para não superalimentar o paciente, utilizando 50% a 60% de 
carboidratos, 10% a 15% de proteínas e 25% a 35% de lipídios. A ingestão 
calórica deve ser aumentada gradativamente e iniciada com as calorias 
consumidas na avaliação nutricional, evitando assim desconforto gástrico e 
síndrome do roubo celular (síndrome da realimentação).

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