Aula Mortalidade Materna

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MORTALIDADE MATERNA
• DOCENTE MARISA HIGA
MORTALIDADE 
MATERNA
Morte Materna
Morte da gestante ou até 42 dias após o 
término da gestação, independentemente da 
duração.
É causada por qualquer fator relacionado ou 
agravado pela gestação ou por medidas 
tomadas em relação a ela.
Não é considerada morte materna a que é 
provocada por fatores acidentais ou incidentais.
MORTALIDADE MATERNA
• Causas obstétricas diretas:
• Resultam de complicações da gravidez, parto ou puerpério, recorrentes a intervenções, 
omissões, tratamento incorreto ou à cadeia de eventos resultante de qualquer uma 
dessas causas.
• Causas mais frequentes:
• Doenças hipertensivas (incluindo eclâmpsia, síndrome HELLP);
• Hemorragias;
• Infecção puerperal.
MORTALIDADE MATERNA
• Causas obstétricas indiretas:
• São resultantes de patologias maternas prévia ou desenvolvida durante a gravidez, 
não devidas a causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da 
gravidez.
• Causas mais frequentes:
• Diabetes;
• Hipertensão;
• Obesidade;
• Doenças cardiovasculares.
MORTALIDADE MATERNA
• As mortes maternas de causas diretas podem ser prevenidas.
• As mortes maternas de causas indiretas, pelo fato das gestantes já possuírem a doença,
são consideradas gestação de alto risco, portanto o pré-natal requer cuidados maiores.
MORTALIDADE MATERNA
• Epidemiologia da Morte Materna
• A estimativa é de 500.000 mortes materna por ano em todo o mundo, por complicações
gestacionais e do parto.
• Para as que sobrevivem, consequentemente sofrem sérios problemas de saúde eventos
adversos à saúde consequentes ao parto.
• É obrigatório o registro de todos os óbitos maternos, contendo a causa de todas as 
mortes, para a mensuração da taxa de mortalidade materna. Entretanto, mesmo para os 
países com sistema nacional de registro, é mantida a recomendação de vigilância dos 
óbitos para a correta classificação de suas causas, evitando a subnotificação da morte 
materna.
MORTALIDADE MATERNA
• Morte materna atinge principalmente:
• População com baixo poder econômico;
• População de baixa escolaridade;
• Adolescentes;
• Mulheres que vivem em áreas rurais e/ou de difícil acesso aos serviços de saúde.
MORTALIDADE MATERNA
• Outras complicações para morte materna são os abortos inseguros, as complicações no
parto, as hemorragias graves e as infecções puerperal.
MORTALIDADE MATERNA
• A morte materna pode ser evitada a partir de programas clínico-educacionais que não
necessitam de grandes tecnologias, como:
• Planejamento reprodutivo;
• Vinculação do pré-natal ao parto;
• Suficiência de leitos;
• Educação sexual.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Morte materna e COVID
• Segundo a ONU (outubro de 2022) houve um retrocesso na saúde materna no Brasil
após a pandemia de COVID-19.
• Registros preliminares do Ministério da Saúde apontam que em 2021 a taxa de 
mortalidade materna para cada 100 mil nascidos vivos foi de 107,53. Em 2019, ano 
anterior à pandemia, essa mesma taxa era de 55,31.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• A razão pelo aumento da mortalidade ocorridos durante a pandemia da CIOVID 19,
segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro:
• Pouca quantidade de unidades de terapia intensiva preparadas para os cuidados com
gestantes;
• Falta de profissionais capacitados.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• No início da pandemia, os dados sobre a apresentação clínica da 
COVID-19 durante a gravidez e/ou puerpério, a exposição do 
neonato à doença, eram limitados, assim como as evidências 
sobre os efeitos relacionados às consequências graves para mães 
e bebês que a infecção pelo SARS-CoV-2 poderia trazer. 
• Hoje, sabe-se que gestantes com COVID-19, principalmente as 
que estão no 3º trimestre de gestação, são mais susceptíveis à 
doença, necessitando de cuidados intensivos, quando 
comparadas a mulheres não gestantes.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Sabe-se que as mudanças fisiológicas no 
organismo da gestante e puérpera levam à 
predisposição por infecções graves, inclusive 
respiratórias; e as alterações anatômicas reduzem 
sua tolerância à hipóxia, o que justifica a atenção 
diferenciada nesse período.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Em revisão sistemática publicada em junho de 
2021, foi demonstrado um aumento da 
mortalidade materna e neonatal, estresse 
materno e complicações relacionadas a um grande 
nº de gestação ectópica durante a pandemia, em 
comparação com período anterior. 
• O aumento da mortalidade neonatal foi observado 
principalmente em países de mais baixa renda.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Durante a pandemia gestantes com COVID-19 hospitalizadas, 
apresentaram taxas um pouco maiores de letalidade comparadas as não 
gestantes. Cerca de um ano após a pandemia, o efeito da COVID-19 em 
gestantes e suas consequências ainda carece de investigações mais 
profundas.
• Uma revisão sistemática dos resultados da assistência a gestantes com 
COVID-19 mostrou que a idade gestacional média no momento do 
nascimento era de 36,5 semanas, com taxa de prematuridade elevada de 
39% e um índice de cesariana de 96%.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Alguns estudos sugerem que as gestantes apresentem:
• Infecções mais graves com risco aumentado de nascimento 
prematuro;
• Ruptura prematura de membranas;
• Mortes maternas, principalmente em casos moderados e graves.
• No entanto, existe a dificuldade em controlar e isolar fatores de 
risco encontrados nas gestantes, concomitantes à gestação (pré-
existência de diabetes, hipertensão, obesidade, por exemplo).
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• O estudo de Mohini et al. publicado em 2021 envolveu o total 
de 963 gestantes, em que 127 eram positivas para COVID-19, e 
demonstrou taxas maiores para parto cesáreo e hemorragia pós-
parto no grupo de gestantes com a infecção pelo SARS-COV-2. O 
que corrobora os achados de de Chen et al, em que todas as 
mulheres tiveram parto cesáreo com desfecho neonatal com os 
índices de Apgar de 8-9 em 1 minuto e 9-10 em 5 minutos.
• Todas as mulheres tiveram parto cesáreo e os índices de Apgars
foram 8-9 em 1 minuto e 9-10 em 5 minutos.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
• Quanto a transmissão vertical, diversos estudos 
demonstraram que quando a infecção se manifestou no 
terceiro trimestre de gestação as amostras de líquido 
amniótico, sangue do cordão umbilical, secreção vaginal e 
leite materno foram negativas. Existe a preocupação de 
transmissão perinatal.
• Por outro lado, felizmente, com o aumento do número de 
gestantes vacinadas, sabe-se, atualmente, que com a 
imunização, ocorre o aumento da presença de anticorpos 
também no leite materno, beneficiando potencialmente o 
bebê.
MORTALIDADE MATERNA COVID 
Um medida muito importante em tempos de 
pandemia, seria o planejamento reprodutivo.
Vacinação Gestante
https://www.paho.org/pt/noticias/8-3-2023-opas-e-parceiros-lancam-campanha-para-reduzir-
mortalidade-materna-na-america
Referência Bibliográfica
• Ministério da Saúde. Cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023. Disponível 
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/janeiro/ministerio-da-saude-divulga-cronograma-do-
programa-nacional-de-vacinacao-de-2023.
• Fio cruz https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/coronavirus/modulo3/aula6.html.
• Instituto Butantã: https://butantan.gov.br/noticias/gestantes-que-tomam-coronavac-transmitem-
anticorpos-contra-covid-19-ao-bebe-apontam-estudos-de-caso.
https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/coronavirus/modulo3/aula6.html
https://butantan.gov.br/noticias/gestantes-que-tomam-coronavac-transmitem-
https://butantan.gov.br/noticias/gestantes-que-tomam-coronavac-transmitem-anticorpos-contra-covid-19-ao-bebe-apontam-estudos-de-caso
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	Slide 24: Referência Bibliográfica