Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Enízia Simões 3°período Laboratório de imagem - SOI IIILaboratório de imagem - SOI IIILaboratório de imagem - SOI III PARTE 2 SEMANA 10 ASMAASMAASMA - A asma é uma sindrome clínica de etiologia desconhecida, carac- terizada por episódios de obstrução reversivel do fluxo expiratório - Tem pequenos surtos/crises - Alguns fatores que podem desencadear as crises são: alérgenos (pólen, pelos de animais, fungos e etc), infecções virais, exercícios físicos, poluição e estresse. - Tem hiperreatividade brônquica das vias aéreas inferiores a vá- rios estimulos Manifestações clínicasManifestações clínicasManifestações clínicas - As principais manifestações clínicas são: dispneia, tosse e sibilos expiratorios * Em alguns casos de asma tosse, rouquidão ou incapacidade de dormir durante a noite são os unicos sintomas * A maior parte dos pacientes com asma brônquica queixa-se de dispneia quando expostos a mudanças bruscas de temperatura e umidade do ar inspirado - Lembrar queLembrar queLembrar que: Sintomas costumam piorar a noite Mais comum em crianças Na asma o Raio-X de tórax se encontra:Na asma o Raio-X de tórax se encontra:Na asma o Raio-X de tórax se encontra: normal ou com a pre- sença de atelectasias, espessamento de paredes brônquicas e si- nais de hiperinsuflação pulmonar DPOCDPOCDPOC - Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um termo que engloba várias condições que resultam em obstrução fixa das vi- as respiratórias e dispneia aos esforços - Sua fisiopatologia engloba dois tipos de doença obstrutiva: a bronquite crônicabronquite crônicabronquite crônica (acometimento de vias aéreas - inflamação e fi- brose nas vias respiratórias de pequeno calibre) e o enfisema pul-enfisema pul-enfisema pul- monarmonarmonar (acometimento do parênquima pulmonar/destruição dos septos alveolares) *LEMBRAR QUE: o tabagismo é a causa mais importante da DPOC * É uma doença mais comum em adultos (50 a 60)* É uma doença mais comum em adultos (50 a 60)* É uma doença mais comum em adultos (50 a 60) Manifestações clínicasManifestações clínicasManifestações clínicas - O sintoma mais caracteristico é dispneia aos esforços - Pode ter tosse com expectoração de catarro transparente, os quais geralmente são piores logo quando a pessoa levanta da ca- ma pela manhã - Devido as alterações na troca gasosa, pode ter hipoxemia - No exame físico tem: murmurio vesicular diminuido (E. F.: M. V diminuido) Na DPOC o raio-X de tórax encontra-se:Na DPOC o raio-X de tórax encontra-se:Na DPOC o raio-X de tórax encontra-se: - SINAIS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR (ESPAÇOS INTER-- SINAIS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR (ESPAÇOS INTER-- SINAIS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR (ESPAÇOS INTER- COSTAIS AUMENTADOS)COSTAIS AUMENTADOS)COSTAIS AUMENTADOS) - RETIFICAÇÃO DO DIAFRAGMA- RETIFICAÇÃO DO DIAFRAGMA- RETIFICAÇÃO DO DIAFRAGMA - AUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNAL- AUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNAL- AUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNAL O aprisionamento do ar dá ao tórax a caracteristica de tórax em tonel Espaços intercostais es- tão aumentados - é sinal de hiperinsuflação pul- monar Retificação do dia- fragma (diafragma fi- ca mais reto) Aumento do espaço retroesternal Retificação do dia- fragma Enízia Simões 3°período - AUMENTO DE TRANSPARÊNCIA (HIPERTRANSPARENTE)- AUMENTO DE TRANSPARÊNCIA (HIPERTRANSPARENTE)- AUMENTO DE TRANSPARÊNCIA (HIPERTRANSPARENTE) * Fica mais escuro, não dá pra ver os vasos direitinho RETIFICAÇÃO DO DIAFRAGMA Alterado Normal AUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNALAUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNALAUMENTO DO ESPAÇO RETROESTERNAL Normal Alterado Na DPOC a tomografia computadorizada (TC) encontra-se:Na DPOC a tomografia computadorizada (TC) encontra-se:Na DPOC a tomografia computadorizada (TC) encontra-se: - ÁREAS DE ENFISEMA PARASSEPTAL NOS LOBOS- ÁREAS DE ENFISEMA PARASSEPTAL NOS LOBOS- ÁREAS DE ENFISEMA PARASSEPTAL NOS LOBOS *Geralmente ocorre na periferia do pulmão *São áreas mais escurecidas Tem mais es- paço entre os espaços inter- costais (espaço intercostal au- mentado - é si-é si-é si- nal de hiperin-nal de hiperin-nal de hiperin- suflação pul-suflação pul-suflação pul- monarmonarmonar Aumento do es- paço retroesternal Aumento do espaço retroesternal Retificação do diafrag- ma Retificação do di- afragma Enízia Simões 3°período SEMANA 11 DERRAME PLEURAL - Se refere a um acumulo de liquido anormal na cavidade pleural - As manifestações clínicas variam de acordo com a causa, mas no geral, a tríade mais frequente é a dispneia, tosse e dor pleuriti- ca (piora na inspiração profunda) CASO 1CASO 1CASO 1 Paciente do exo masculino, 35 anos apresenta dispneia progressi- va após quadro de pneumonia. Realizou as seguintes radiografia de tórax em PA e perfil e tomografia de tórax, - Qual o principal achado dos exames e de que lado econtra-se este achado? R.: no RX o principal achado é o velamento do seio costofrênico do lado direito e na TC é evidenciado a presença de liquido APAGAMENTO DO SEIO COSTOFRÊNICOAPAGAMENTO DO SEIO COSTOFRÊNICOAPAGAMENTO DO SEIO COSTOFRÊNICO *Não é possível ver os o “V”/ as pontinhas do diafragma Enízia Simões 3°período LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE: só é possível ver o derrame pleural em PA se o acumulo for entre 175 e 200 ml, já em perfil, são necessários 75 a 100ml, assim, a incidência em perfil é mais sensivelperfil é mais sensivelperfil é mais sensivel PARABOLA DE DAMOISEAUPARABOLA DE DAMOISEAUPARABOLA DE DAMOISEAU Na tomografia computadorizada (TC) é evidenciado a presen-Na tomografia computadorizada (TC) é evidenciado a presen-Na tomografia computadorizada (TC) é evidenciado a presen- ça de liquidoça de liquidoça de liquido (parte mais cinza) CASO 2CASO 2CASO 2 Paciente de 67 anos, sexo masculino, queixa leve dor torácica á esquerda, persistente. História de “cirurgua cardíaca” previa. Ao exame físico, o médico assistente suspeitou de derrame pleural e solicitou radiografia de tórax em PA, sendo difícil comprovar a pre- sença do derrame. Então, para auxiliar no diagnóstico, ele pediu uma incidência adicional Qual o nome dessa incidência? R.: Incidência de LawrellIncidência de LawrellIncidência de Lawrell ou incidência decúbito lateral com raiosincidência decúbito lateral com raiosincidência decúbito lateral com raios horizontaishorizontaishorizontais *Na prova é melhor colocar incidência decúbito lateral com raiosincidência decúbito lateral com raiosincidência decúbito lateral com raios horizontaishorizontaishorizontais * Nessa incidência o paciente fica em decúbito lateral e devido a gravidade o líquido acaba se depositando na região pendente, faci- litando a sua identificação PNEUMOTORAX - Pneumotorax é a presença de aré a presença de aré a presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reves- te os pulmões e o interior da parede torácica), resultando em co- lapso parcial ou total do pulmão. - Os sintomas variam muito, dependendo da quantidade de ar que entra no espaço pleural, de quanto do pulmão entra em colapso e da função pulmonar da pessoa antes de ocorrer o pneumotórax. Enízia Simões 3°período Os sinais podem estar ausentes ou se manifestarem variando des- de um pouco de falta de ar à dor torácica e dificuldade respirató- ria graves, choque e parada cardíaca com risco à vida. Na maioria das vezes, uma dor torácica aguda, falta de ar e, ocasi- onalmente, tosse seca começam subitamente. A dor também po- de ser sentida nos ombros, pescoço ou abdome. Os sintomas ten- dem a ser menos graves em um pneumotórax de desenvolvi- mento lento do que em um de desenvolvimento rápido. CASO 3CASO 3CASO 3 Paciente do sexo feminino, 20 anos, com diagnóstico prévio de “bolha no pulmão”, apresenta quadro súbito de dor torácica venti- latório dependente. Realizou radiografia de tórax em PA e tomo- grafia de tórax (plano axial, janela de pulmão) Qual o principal achado dos exames e de qual lado encontra-se este achado? *Quando diz sobre “bolha no pulmão” já é indicativo de ar, então se pensa logo em pneumotorax Os achados no Rx são:Os achados no Rx são:Os achados no Rx são: - PRESENÇA DE UMA LINHA PLEURAL- PRESENÇA DE UMA LINHA PLEURAL- PRESENÇA DE UMA LINHA PLEURAL - HIPERTRANSPARÊNCIA- HIPERTRANSPARÊNCIA- HIPERTRANSPARÊNCIA - DESVIO DE TRAQUEIA- DESVIO DE TRAQUEIA- DESVIO DE TRAQUEIA SETAS:SETAS:SETAS: LINHA PLEURAL NO HEMITORAX ESQUERDO TAMBÉM SE OBSERVA UMA HI- PERTRANSPARÊNCIA (está mais escuro) *É uma linha bem sutil mesmo Setas: linha pleural No hemitorax esquerdo tem hipertransparênciahipertransparênciahipertransparência (mais escuro) Linha pleural Discreto desvio de traqueia Linha pleural Desvio de traqueia Enízia Simões 3°período Linha pleural ACHADOS NA TC CARACTERISTICOS DE PNEUMOTORAXACHADOS NA TC CARACTERISTICOS DE PNEUMOTORAXACHADOS NA TC CARACTERISTICOS DE PNEUMOTORAX Linha pleural Enízia Simões 3°período SEMANA 12 NNNÓDULOS PULMONARESDULOS PULMONARESDULOS PULMONARES NÓDULO:NÓDULO:NÓDULO: - Uma opacidade com menos de 3cm de diâmetro MASSAMASSAMASSA - Opacidade com mais de 3 cm de diâmetro e tem mais probabili- dade de ser maligno NÓDULO PILMONAR SOLITÁRIONÓDULO PILMONAR SOLITÁRIONÓDULO PILMONAR SOLITÁRIO -É uma área opaca pontual - Opacidade radiografica única, pequena e focal frequentemente detectada incidentalmente em radiografia de tórax - Opacidade radiográfica isolada, esférica, bem circunscrita, mede ≤ 3 cm de diâmetro completamento circundado por pulmão ae- rado sem atelectasia associada, aumento hilar ou derrames pleurais NÓDULO PILMONAR INDERTEMINADONÓDULO PILMONAR INDERTEMINADONÓDULO PILMONAR INDERTEMINADO - Não calcificado (difuso, central, laminado ou pipoca) sem outras características sugerindo etiologia benigna, como gordura intrano- dular CARACTERÍSTICAS AVALIADAS NA TCCARACTERÍSTICAS AVALIADAS NA TCCARACTERÍSTICAS AVALIADAS NA TC - TAMANHO E CRESCIMENTO:TAMANHO E CRESCIMENTO:TAMANHO E CRESCIMENTO: como regra gera, nódulos maio- res apresentam maior probabilidade de câncer. Nódulos pequenos (<4mm) são sugestivos de benignidade.. E uma estabilidade por mais de 2 anos, sugere benignidade. - MARGENS/CONTORNOS:MARGENS/CONTORNOS:MARGENS/CONTORNOS: São classificados como lisos (benignos, exceto nos casos de metástases), lobulados e irregulares/espicula- dos (altamente associado a malignidade) LISOLISOLISO LOBULADOLOBULADOLOBULADO ESPICULADOESPICULADOESPICULADO A: liso B: lobulado (torto) C: irregular/espiculado - LOCALIZAÇÃO:LOCALIZAÇÃO:LOCALIZAÇÃO: Estudos demonstraram que cerca de 70% das neoplasias malignas do pulmão são localizadas nos lobos superiores e, também, principalmente no pulmão direito CALCIFICAÇÃOCALCIFICAÇÃOCALCIFICAÇÃO - É a principal característica radiológica para diferenciação de nó- dulos pulmonares solitários malignos e benignos - O padrão de calcificação benigno corresponde a distribuição central, laminado, “em pipoca” ou difuso. Nódulos pulmonares soli- Enízia Simões 3°período tários com estas características apresentam probabilidade de be- nignidade próxima de 100% CONSIDERAÇÕES PET/TC (Tomografia computadorizada porCONSIDERAÇÕES PET/TC (Tomografia computadorizada porCONSIDERAÇÕES PET/TC (Tomografia computadorizada por emissão de Pósitrons)emissão de Pósitrons)emissão de Pósitrons) - Permite avaliação não invasiva de uma série de processos bioló- gicos. Permite a fusão de informações de alta resolução anatômica com o seu correspondente comportamento biológico - O acréscimo da informação molecular oferecida pela PET/TC é bastante vantajoso, uma vez que a alteração metabólica ocorre mais precocemente que a morfológica, e permite a realização de exames com menor tempo de aquisição (Permite descobrir mais precocemente) QUESTÕES DA AULAQUESTÕES DA AULAQUESTÕES DA AULA - Todos os tumores de pulmão são malignos? Todos os tumores de pulmão são malignos? Todos os tumores de pulmão são malignos? Não - Cite etiologias benignas e malignas dos nódulos pulmonares?- Cite etiologias benignas e malignas dos nódulos pulmonares?- Cite etiologias benignas e malignas dos nódulos pulmonares? Maligno: carcinoma Benigno: adenocarcinoma - Qual exame de imagem inicial para avaliação dos nódulos pul-- Qual exame de imagem inicial para avaliação dos nódulos pul-- Qual exame de imagem inicial para avaliação dos nódulos pul- monares?monares?monares? Inicialmente é o RX - Quais características do nódulo pulmonar devem ser avaliados Quais características do nódulo pulmonar devem ser avaliados Quais características do nódulo pulmonar devem ser avaliados na TC?na TC?na TC? Tamanho, localização, contorno e calcificação - Qual a vantagem do PET/TC na avaliação do nódulo? Qual a vantagem do PET/TC na avaliação do nódulo? Qual a vantagem do PET/TC na avaliação do nódulo? Avalia atividade matebolica da célula em tempo hábil Enízia Simões 3°período SEMANA 13 ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORME - Anemia é a baixa de hemácia e/ou de hemoglobina - A anemia falciforme é uma anemia hemolitica hereditária, caracterizada pe- la presença de células vermelhas com formato anormal (de foice), que são removidas da circulação e destruidas - A alteração de base nas células vermelhas é a presença de hemoglobina anormal - O diagnóstico é feito com base em técinas eletroforéticas, hemograma e dosagem de hemoglobina - Os métodos por imagem são usados tanto para diagnóstico quanto para acompanhamento das complicações (principalmente complicações de origem vaso oclusivas. As principais complicações sãoAs principais complicações sãoAs principais complicações são: - Dactilite (nflamação que surge nos dedos das mãos e dos pés como uma espécie de edema) - Hiperplasia medular - Osteomielite (é causada por um fungo ou por uma bactéria, que afeta um dos ossos ou mesmo todos os ossos do paciente) - Infarto ósseo (é um termo utilizado para se referir à necrose avascu- lar acometendo a metáfise ou diáfise de um osso) Hiperplasia medular reativaHiperplasia medular reativaHiperplasia medular reativa - Nos pacientes com anemia falciforme, o espaço medular tende a preservar a medula vermelha, podendo sofrer expansão devida ao aumento da demanda hematopoética causado pela anemia - Essa hiperplasia leva ao chamado “vertebra em H” onde o centro fica mais estreito e a borda mais larga (seta vermelha) *IMPORTANTE:*IMPORTANTE:*IMPORTANTE: A complicação que a anemia falciforme leva é a hiperplasia medular. A hiperplasia que leva ao achado “vertebra em H” Infarto ósseoInfarto ósseoInfarto ósseo - - - As crises vasooclusivas afetam virtualmente todos os pacientes com anemia falciforme, com início na infância e recorrências durante toda a vida - Podem ocorrer- Podem ocorrer- Podem ocorrer em qualquer órgão, mas são particularmente comuns na medular óssea e nas epífises - O infarto ósseo pode manifestar-se clinicamente com dor, edema e eritema locais ou pode ser silencioso, sendo o achado de imagem acidental. Também pode ter febre e leucocitose Seta verde: fêmur Seta vermelha: aumento do sinal (edema) nos músculos vasto laterais e bíceps femoral da coxa esquerda é a parte mais branquinha *IMPORTANTE:*IMPORTANTE:*IMPORTANTE: A complicação que a anemia falciforme leva é ao infarto ós- seo, o achado é o edema generalizado do membro DactiliteDactiliteDactilite - - - Em crianças com menos de 4 anos de idade (particularmente entre 1 e 2 anos), as crises vasooclusivas, freqüentemente, ocorrem nos pequenos ossos das mãos e dos pés (síndrome mão-pé) OBSOBSOBS: sindrome mõ-pé é um sinonimo da dactilite, mas na prova é importante colocar DACTILITE ou ambos os nomes (DACTILITE/SINDROME MÃO-PÉ - - - É uma inflamação que surge nos dedos das mãos e dos pés como uma es- pécie de edema) Enízia Simões 3°período *no raio-x a borda do osso fica brilhando (é as linhas mais branquinha na bor- da) é periostiteé periostiteé periostite nos metacarpos e metatarsos *IMPORTANTE:*IMPORTANTE:*IMPORTANTE: A complicação que a anemia falciforme leva é a dactilite, o achado é a periostite Enízia Simões 3°período SEMANA 14 HEPATOESPLENOMEGALIAHEPATOESPLENOMEGALIAHEPATOESPLENOMEGALIA - É o aumento do figado (hepatomegalia) e baço (esplenomegalia) além do ta- manho normal - Os achados clínicos são a hepatimetria aumentada, a qual é confirmada pela palpação do figado e o espaço de traube ocupado (espaço de traube é onde fica o baço) - Os exames usados para estimar tamanho do figado e baço são: tomografia computadorizada, ressonânicia magnética e ultrassonografia ULTRASSONOGRAFIA As duas setinha são usadas para medir o ta- manho FIGADO Alteração volumétrica do fígado observando-se aumento acentuado do lobo es- querdo e redução do lobo hepático direito BAÇO - No adulto o tamanho varia de 7 a 14cm e geralmente não passa da 12 costela - As causas da esplenomegalia podem ser hamtologicas (leucemia, linfo- mas) e infecciosas (leichmaniose, malaria, esquitossomose) *14,5cm As setas indicam o aumento do baço Enízia Simões 3°período SEMANA 15 LINFONODOMEGALIALINFONODOMEGALIALINFONODOMEGALIA - Os linfonodos são aglomerados estruturados de linfócitos envolvidos por uma cápsula de tecido fibroso, que recebem os vasos linfáticos aferentes que drenam a linfa para o seio subcapsular. - A linfonodomegalia ocorre quando os linfonodos crescem excessivamente, em decorrência do aumento da produção de linfócitos CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas A avaliação inicial de um paciente com linfadenomegalia inclui um exame físico completo. Deve-se analisar: A localização O tamanho do linfonodo em duas dimensões (geralmente quanto maior o tamanho maior é a probabilidade de ser neoplásico) Sua consistência A adesão ou não a planos profundos A sensibilidade (gânglios dolorosos têm a probabilidade de serem cancero- sos) A fistulização A presença de sinais inflamatórios Ultra-sonografiaUltra-sonografiaUltra-sonografia - O principal método diagnóstico é a ultra-sonografia - Sua etiologia inclui: neoplasias (linfomas, LCC, leucemias agudas), linfomas, carcinoma de pulmão, tuberculose, metástases e etc - As características que devem ser analisadas pela US são: Número Dimensões Forma Hilo e córtex Presença de necrose Calcificação Disseminação extracapsular Padrão de vascularização *O primeiro linfonodo tem na área central uma parte mais preta, o que indica uma necrosenecrosenecrose(seta branca), que é sugestão de malignidade *seta amarela: linfonodo *Tá mais arredondado *AS BOLINHAS BRANCAS INDICAM AS MICROCALCIFICAÇÕES *Papilífero indica neoplasia de tireoide Enízia Simões 3°período Enízia Simões 3°período SEMANA 16 LAMPADA DE WOODLAMPADA DE WOODLAMPADA DE WOOD - Se baseia no princípio de fluorescência emitida pela pele quando iluminada por comprimento de onda baixo - Pode ser aplicado em distúrbios da pigmentação (hipo/hiperpigmentação) tanto para avaliação precisa dos limites e características das lesões quanto para análise de possíveis lesões subclínicas não evidenciadas pela reflexão da pele, apenas por sua fluorescência - Para sua realização o paciente é submetido a um ambiente escuro e sem luz visível, à irradiação que emite luz com comprimento de enda entre 320-400nm. - Pode ser usado em casos de vitiligo, melasma, tina capitis, foliculite versicolor e etc. Enízia Simões 3°período SEMANA 17 LEISHMANIOSE E HANSENLEISHMANIOSE E HANSENLEISHMANIOSE E HANSENÍASEASEASE LEISHMANIOSELEISHMANIOSELEISHMANIOSE - As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas en- fermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral, que ataca órgãos internos. - Minúsculos mosquitos-palha infectados transmitem a Leishmania ao picar pessoas ou animais, como cães ou roedores. - A leishmaniose produz um espectro de doenças, tendo três formas princi- pais: A leishmaniose cutânealeishmaniose cutânealeishmaniose cutânea afeta a pele. A leishmaniose mucosaleishmaniose mucosaleishmaniose mucosa afeta as membranas mucosas do nariz e da bo- ca, causando ulcerações e destruindo o tecido. Esta forma começa com uma ulceração da pele. Os parasitas se disseminam da pele pelos vasos linfáticos e sanguíneos para as membranas mucosas. Os sintomas da leishmaniose mucosa podem surgir enquanto a ulceração cutânea estiver presente ou meses a anos após a ulceração cicatrizar. A leishmaniose visceralleishmaniose visceralleishmaniose visceral (calazar) afeta os órgãos internos, principalmente a medula óssea, os linfonodos, o fígado e o baço. Os parasitas se espa- lham da pele para os linfonodos, baço, fígado e medula óssea. Nem todas as pessoas infectadas desenvolvem sintomas. As crianças são mais pro- pensas a terem sintomas do que os adultos em muitas áreas, e é mais provável a doença progredir em pessoas com o sistema imunológico debili- tado, principalmente as que têm AIDS, do que em pessoas com o sistema imunológico saudável. *Indivíduos que habitam em residências circunvizinhas a áreas de vegetações arbustivas, ficam expostos à transmissão da Leishmaniose Tegumentar Ame- ricana (LTA) por conta da passagem dos vetores da reserva para o meio in- tradomiciliar SintomasSintomasSintomas - Na leishmaniose cutânealeishmaniose cutânealeishmaniose cutânea, o primeiro sintoma é geralmente um caroço bem definido no local de uma picada de mosquito-palha. As feridas são geralmente indolores e não causam outros sintomas, a menos que uma infecção bacteria- na secundária surja no local, caracterizada por vermelhidão em áreas adja- centes da pele, dor e, por vezes, febre. - Na leishmaniose mucosaleishmaniose mucosaleishmaniose mucosa, os sintomas começam com uma ulceração cutânea que sara por si só. - A leishmaniose visceralleishmaniose visceralleishmaniose visceral pode começar subitamente, mas em geral se desen- volve gradativamente, ao longo de semanas a meses após a picada do mosqui- to-palha infectado. As pessoas podem ter episódios irregulares de febre. Elas podem perder peso, ter diarreia e sofrer cansaço geral. O fígado, o baço e às vezes os linfonodos aumentam de tamanho. O número de glóbulos brancos do sangue diminui, causando anemia e fazendo as pessoas mais suscetíveis a outras infecções Caso clínicoCaso clínicoCaso clínico - Lactente do sexo feminino, 2 meses e 15 dias, branca, natural de Florestal, distrito de Jequié BA, chegou ao serviço acompanhada da sua progenitora. Es- ta se queixou que há cerca de 30 dias a criança apresentou inicio de lesão em região cervical posterior, com crescimento progressivo e piora com eleva- ção da temperatura. Citou que recebeu o primeiro atendimento em sua locali- dade, fazendo uso de gentamicina creme, não apresentando melhoras. Poste- riormente foi encaminhada para o Centro de Referência em Doenças Endêmi- cas Pirajá da Silva (PIEJ) localizado em Jequié-BA. Referiu nascimento da criança a termo, por parto natural sem intercorrên- cias, pesando 2,6 kg, alimentando-se atualmente com leite em pó. Residia com 3 pessoas em zona rural, na proximidade de 2 metros de canavial e bananal. O domicilio albergava aves e cães domésticos sem lesões aparentes. - O exame físico realizado na primeira consulta, revelou úlcera conforme a imagem . Foi solicitado o teste de Reação de Montenegro, sob suspeita de LTA, evidenciando enduração de 5mm. * Definição de úlcera: lesão superficial que pode se tornar profunda em teci- do cutâneo ou mucoso, onde tem ruprura do epitélio - Durante a segunda consulta, a criança, com 6 kg, evoluiu com a lesão ulce- rada conforme imagem 2, sem demais alterações. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doenças-imunológicas/doenças-decorrentes-de-imunodeficiência/considerações-gerais-sobre-imunodeficiências https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doenças-imunológicas/doenças-decorrentes-de-imunodeficiência/considerações-gerais-sobre-imunodeficiências Enízia Simões 3°período a) Qual a hipótese diagnóstica? a) Qual a hipótese diagnóstica? a) Qual a hipótese diagnóstica? Leishmaniose b) Quais as características da história clínica e da lesão que permitem essab) Quais as características da história clínica e da lesão que permitem essab) Quais as características da história clínica e da lesão que permitem essa suspeita? suspeita? suspeita? Presença de uma lesão ulcerada, reside em zona rural, na proximi- dade de 2 metros de canavial e bananal (área endemica). O domicilio albergava aves e cães domésticos sem lesões aparentes. *Na leishmaniose geralmente as lesões são unicas HANSENIASEHANSENIASEHANSENIASE - Hanseníase é uma infecção crônica geralmente causada pelo bacilo Myco- bacterium leprae álcool-ácido resistente, a qual tem um tropismo único para nervos periféricos, pele e membranas mucosas do trato respiratório superi- or. - Classifica-se a hanseníase por tipo e número de áreas da pele afetadas: Paucibacilar: ≤ 5 lesões na pele sem detecção de bactéria nas amostras des- tas áreas Multibacilar: ≥ 6 lesões na pele, detecção de bactéria nas amostras das le- sões da pele, ou ambos - Os principais sinais e sintomas da Hanseníase são: Áreas da pele com manchas hipocrômicas, acastanhadas ou avermelha- das, com alterações de sensibilidade ao calor, e/ou ao tato e/ou dolorosa; Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência; Pápulas, tubérculos e nódulos,normalmente assintomáticos; Madarose; Pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local; Dor; Diminuição ou perda da sensibilidade; Edema de mãos e pés; Febre e artralgia Caso clínicoCaso clínicoCaso clínico Paciente masculino de 71 anos, caucasiano, aposentado, alcoólico em abstinên- cia desde a década de 90, com complicações decorrentes do etilismo crônico, como cirrose compensada e hipertensão portal com varizes esôfago-gástri- cas de fino calibre. Apresentou as primeiras manifestações cutâneas em 2008, com lesões vési- co-bolhosas recorrentes, formação de úlceras e crostas em ambos os mem- bros inferiores, associada à neuropatia periférica bilateral em botas e luvas, que foram diagnosticados incialmente como úlcera venosa e neuropatia peri- férica de etiologia alcoólica, respectivamente. Fazia acompanhamento em Unidade Básica de Saúde e com o serviço de Ci- rurgia Vascular, porém não apresentava melhora clínica, tendo sido internado previamente em hospital terciário devido à infecção secundária das lesões cu- tâneas e osteomielite de hálux. Ao exame físico, apresentava lesões eritematosas e irregulares, com centro violáceo ulcerado, em ambos os membros inferiores (Fig. 1), tronco e região cervical, além de úlcera profunda com áreas de necrose e fibrina em joelho esquerdo, extensas lesões erosadas eritemato-violáceas associadas a bolhas e secreção sero-sanguinolenta no dorso dos antebraços e mãos (Fig.s 2a e 2b); e ainda necrose seca dos lóbulos das orelhas. As sorologias para HIV, hepatite B e C eram negativas, assim como crioglobuli- na, p e c-Anca, FAN e fator reumatóide. VDRL era reagente na titulação 1:2, com pesquisa de anticorpos anti-Treponema pallidum negativo. - A principal hipótse diagnóstica é a de hanseniase - As principais características que levam a essa hipótese são as lesões des- critas e apresentadas, associado com a neuropatia periférica Enízia Simões 3°período Lesão eritematosa, irregular, centro com aspecto violáceo ulcerado, localizado nos membros inferiores Extensa lesão eritemato-violácea ulcerada, associada a bolhas, com secreção sero-sanguinolenta no dorso do antebraço e mão esquerda.
Compartilhar