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Enízia Simões 3°período Laboratório de patologia clínica II - SOI IIILaboratório de patologia clínica II - SOI IIILaboratório de patologia clínica II - SOI III PARTE PARTE PARTE 2 SEMANA SEMANA SEMANA 9 BRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATBRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATBRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATÓRIOSRIOSRIOS ASMAASMAASMA - - - É uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas - - - Caracteriza-se por obstrução intermitente e reversível das vias respirató- rias, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos e aumento da secreção mucosa, com evolução acentuadamente variável tanto espontaneamente quanto em resposta ao tratamento. - É mais comum na infância, MAS PODE ACONTECER EM QUALQUER IDADE - - - As células que revestem os brônquios têm estruturas microscópicas, cha- madas receptores. Esses receptores sentem a presença de substâncias es- pecíficas e estimulam a contração ou relaxamento dos músculos subjacentes, alterando, assim, o fluxo de ar. Existe muitos receptores, mas na asma os dois principais são: Os receptores beta-adrenérgicos respondem a substâncias químicas, co- mo a epinefrina, e fazem os músculos se relaxarem. Assim, eles alargam (dila- tam) as vias aéreas e aumentam o fluxo de ar. Os receptores colinérgicos respondem a uma substância química chamada de acetilcolina fazendo com que os músculos se contraiam, diminuindo, assim, o fluxo de ar. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: - As crises de asma variam em frequência e gravidade, algumas pessoas po- dem não ter sintomas na maior parte do tempo e tem apenas episódios bre- ves - Os sintomas podem incluir tosse, sibilos, dispneia, Produção exacerbada de muco espesso e difícil expectoração, Hiperventilação e utilização de muscu- latura acessória DPOCDPOCDPOC - A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição caracteriza- da pela limitação progressiva ao fluxo aéreo, irreversível em sua maioria e as- sociada a respostas inflamatórias anormais dos pulmões à inalação de partículas nocivas, principalmente tabaco. - A doença pulmonar obstrutiva crônica envolve: bronquite obstrutiva e enfi- sema pulmonar - As manifestações clínicas da DPOC geralmente acontecem quando a função pulmonar já está muito comprometida. As principais manifestações são: tosse crônica com expectoração e dispneia progressiva persistente. Os achads clíni- cos mais característicos são: tórax em barril, fase ecpiratória prolongada, uso da musculatura acessória, roncos, estertores e sibilos - É uma doença de adultos que tipicamente se manifesta na sexta década de vida ou mais tarde (50 a 60 anos) CASO CLCASO CLCASO CLÍNICONICONICO Paciente feminino, 5 anos e 3 meses, se apresenta com queixa de "cansaço" há 01 dia. Mãe refere que a pré-escolar iniciou há 4 dias, quadro de conges- tão nasal e tosse seca, com piora no período noturno. Relata que hoje houve piora da tosse associada a quadro de taquidispnéia. A mesma relata que reali- zou nebulização com soro fisiológico, sem melhora, e decidiu portanto procu- rar a emergência. Nega febre. Refere 1 episódio de vômito associado a dor abdominal. Nega outras queixas. Conduta: 1. Ofertar oxigênio sob a forma de cateter até 31/min e monitorização contínuam de frequência cardíaca e Saturação de 02. 2. Nebulização com beta 2 agonista. 3. Barotec (bromidrato de fenoterol), salbutamol e budesonida - O possível diagnóstico da paciente é ASMA, uma vez que o quadro clínico é sugestivo e também devido a idade. MEDICAMENTOSMEDICAMENTOSMEDICAMENTOS Beta2 agonista adrenergico de ação curtaBeta2 agonista adrenergico de ação curtaBeta2 agonista adrenergico de ação curta - EX: SALBUTAMOL - É broncodilatador inalatorio - Se liga nos receptores beta2 adrenérgicos presentes nos bronquios pul- mão, ativa esse receptor, causando broncodilatação. Efeitos colaterais: tremor muscular, taquicardia, hipopotassemia, cefaleia, confusões BEROTEC (BROMIDRATO DE FENOTEROL) - É um agente simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os receptores β2, e os receptores β1 em doses mais altas, promovendo o rela- xamento da muscultura lisa brônquica e vascular. - Efeitos colaterais:tremor, tosse, hipocalemia, arritmia, agitação, tontura, ta- quicardia CORTICOESTEROIDESCORTICOESTEROIDESCORTICOESTEROIDES - Ex: BUDESONIDA - Os corticosteroides inibem a COX, inibindo a liberaça ̃o de a ́cido araquido ̂nico por meio da inibiça ̃o da fosfolipase A2, produzindo, assim, efeito anti-inflama- to ́rio direto nas vias aéreas - Efeitos colaterais: pode precipitar glaucoma, tosse, candidíase oral, supres- são de crescimento, anomalidades metabólicas (insulina, glicose, triglicerídeos) e distúrbios psiquiátricos Enízia Simões 3°período SEMANA SEMANA SEMANA 10 GASOMETRIAGASOMETRIAGASOMETRIA - A gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. - É um exame utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mo- ver o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue. - Tem por objetivo revelar valores de potencial de Hidrogênio (pH) sanguíneo, da pressão parcial de gás carbônico (pCO2) e oxigênio (pO2), íon Bicarbonato (HCO3 -) e saturação da oxihemoglobina, avaliando principalmente o Equilíbrio Ácido-Básico orgânico - Distúrbios respiratórios ocorrem se houver alteração da pCO2, já os distúr- bios metabólicos acontecem quando as alterações primárias envolvem a con- centração plasmática de HCO3- . Consequentemente, se a pCO2 estiver au-pCO2 estiver au-pCO2 estiver au- mentada é referido como acidose respiratóriamentada é referido como acidose respiratóriamentada é referido como acidose respiratória e se tiver diminuido é referidodiminuido é referidodiminuido é referido como alcalose respiratóriacomo alcalose respiratóriacomo alcalose respiratória. E se a concentração plasmática de HCO3- estiverHCO3- estiverHCO3- estiver diminuída é referido como acidose metabolicadiminuída é referido como acidose metabolicadiminuída é referido como acidose metabolica e se a concentração estiverse a concentração estiverse a concentração estiver aumentada é referida como alcalose metabólica.aumentada é referida como alcalose metabólica.aumentada é referida como alcalose metabólica. - Os valores de referência são: *Dica da professora: quando pedir pra analisar gasometria, já pode ignorar o enunciado por que não faz diferença LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE: No metabólico (Seta acompanha) pH = HCO3 pH = HCO3 No respiratório (Seta inverte) pH = CO2 pH = CO2 CASOS CLÍNICO DE GASOMETRIACASOS CLÍNICO DE GASOMETRIACASOS CLÍNICO DE GASOMETRIA GASOMETRIA 1 Paciente com Diabetes, dá entrada na emergência hiperventilando, perdendo o nível de consciência Valores: pH: 7,1 PO2: 90 PCO2: 35 HCO3: 14 ANALISE pH HCO3 PCO2 normal Assim, é uma ACIDOSE METABÓLICA, uma vez que o HCO3 está diminuido GASOMETRIA 2 Paciente em tratamento de doença auto-imune há mais de três meses com hidrocortisona Valores: pH: 7,56 PO2: 90 PCO2: 40 HCO3: 30 ANALISE pH HCO3 PCO2 normal Assim, é uma ALCALOSE METABÓLICA, uma vez que o HCO3 está aumentado GASOMETRIA 3 Paciente com DPOC associada a uma ICC com edema de pulmão Valores: pH: 6,9 PO2: 78 PCO2: 55 HCO3: 19 ANALISE pH HCO3 PCO2 Assim, é uma ACIDOSE RESPIRATORIA E METABÓLICA, uma vez que o HCO3 está diminuido, sendo acidose metabólica e o PCO2 está aumentado, sendo acidose respiratória GASOMETRIA 4 Paciente com ventilação mecânica, com fração inspirada de 100% pH: 7,6 PO2: 98 PCO2: 25 HCO3: 24 ANALISE pH HCO3 normal PCO2 Assim, é uma ALCALOSE RESPIRATORIA, uma vez que o PCO2 está diminuido Enízia Simões 3°período SEMANA SEMANA SEMANA 11 APLICAAPLICAAPLICAÇÃO CLO CLO CLÍNICA DOS MARCADORESNICA DOS MARCADORESNICA DOS MARCADORES - Os marcadores tumorais são proteínas ou outras substâncias produzidas tanto por células normais quanto por células cancerígenas,mas em quantida- des maiores pelas células cancerígenas - Os marcadores tumorais podem auxiliar no manejo clínico dos pacientes com câncer de pulmão quando fornecem informações relativas ao diagnóstico, es- tadiamento, resposta terapêutica, detecção de recidiva e prognóstico - Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa-- Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa-- Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa- ções.ções.ções. - - - Existem dois tipos principais de marcadores tumorais com usos diferentes no tratamento do câncer: marcadores tumorais circulantes e marcadores do tecido tumoral. - Os marcadores tumorais circulantes são encontrados no sangue, urina, fe- zes ou fluídos corporais de alguns pacientes com câncer e são usados para: Estimar o prognóstico. Determinar se existe doença residual ou recidiva após o tratamento. Avaliar a resposta ao tratamento. Monitorar se um tumor se tornou resistente ao tratamento. *Seus valores circulantes geralmente são combinados com os resultados de outros testes, como biópsias ou exames de imagem, para diagnosticar o câncer. *Um exemplo é o CA-125 (para monitorar a resposta ao tratamento e avaliar a recidiva do câncer de ovário) - Já os marcadores de tecidos tumorais são encontrados nos próprios tumo- res, normalmente na amostra do tumor que é retirada durante a biópsia. Es- tes são usados para: Diagnosticar, estadiar e/ou classificar o tumor. Estimar o prognóstico. Determinar o tipo tratamento. Situação clínica: Paciente, 54 anos, masculino, procedente de cidade de grande porte, pedrei- ro, viúvo. Paciente vem à consulta com queixa de dispneia progressiva há 1 ano, no momento aos pequenos esforços, acompanhado de tosse com secre- ção esbranquiçada e halitose. Nega febre, hemoptise e refere emagrecimen- to de 9Kg em 7 meses (13,6%). Já diagnosticado com hiperplasia prostática benigna em uso de Doxazosina à noite. Ex-tabagista há 3 meses (120 anos- maço), etilista social. Nega diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, as- ma, arritmia, cirurgia prévia. Nega historia familiar de câncer. Exame físico: tórax de formato habitual sem lesões cutâneas. Expansibilidade preservada. Percussão em base pulmonar direita submaciça com redução do murmúrio ve- sicular nesta topografia. Radiografia (RX) de Tórax: Massa de contornos espi- culados, localizada em lobo inferior do pulmão direito. Sugestão de Conduta 1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi-1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi-1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi- quequeque Sim, uma vez que no Rx foi encontrado uma massa de contornos espiculados, ou seja, uma massa de contorno irregylar, tendo maior chance de ser um achado maligno, e também por que o paciente já foi diagnósticado anteriorme- te com hiperplasia prostática benigna 2 - Como é possível fechar o diagnóstico?2 - Como é possível fechar o diagnóstico?2 - Como é possível fechar o diagnóstico? É possível fechar diagnóstico a partir de marcadores tumorais, biópsia, exa- mes com contraste e com o auxilio de exames imagem e do PET TC a qual mostra com precisão e precocemente atividade metabólica, oferecendo in- formações moleculares 3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral para seguimento?para seguimento?para seguimento? Sim, uma vez que alguns marcadores auxiliam na avaliação da resposta tera- pêutica Enízia Simões 3°período SEMANA SEMANA SEMANA 12 ANEMIASANEMIASANEMIAS - Anemia é definida como a redução da concentração de hemoglobina do san- gue. Ou seja, hemoglobina abaixo do normal estabelecido. ANEMIAS CARENCIAISANEMIAS CARENCIAISANEMIAS CARENCIAIS - As anemias carenciais são um grupo de anemias caracterizadas por apre- sentar carência de elementos fundamentais para a eritropoese: ferro, vita- mina B12 ou folato ANEMIA FERROPRIVA - Há um balanço negativo de ferro, isto é, a ingestão deste elemento é menor do que a necessidade do organismo - A deficiência de ferro se instala por mecanismos diversos: aumento da ne- cessidade; excesso de perda (hemorragias); má absorção do ferro da alimen- tação; dieta deficiente de ferro. - Manifestações clínicas: palidez, cansaço, falta de apetite, apatia, palpita- ções, taquicardia e também pode ter fissuras no canto da boca (quelose) - A anemia ferropênica é caracteristicamente hipocrômica e microcítica (VCM < 80) - A redução da ferritina sérica é o melhor exame para comprovar deficiência de ferro ANEMIA MEGALOBLÁSTICA - As anemias megaloblásticas constituem um grupo de anemias em que os eri- troblastos na medula óssea mostram uma anormalidade característica – atraso da maturação do núcleo em relação à do citoplasma - Resulta em hemácias aumentadas - As principais causas de anemia megaloblástica são as deficiências de vitami- na B12 ou de ácido fólico (folato). - A deficiência de vitamina B12 pode ser causada por consumo inadequado ou absorção inadequada. *No caso da absorção inadequada as cauas incluem: Crescimento excessivo de bactérias em uma parte do intestino delgado Comprometimento da absorção (doença celiaca ou algumas doenças pan- creáticas) Doença inflamatória intestinal Cirurgia bariátrica/ gastroplastia Teniase AIDS Algum medicamento, como antiácidos e metformina E etc... *A deficiência de folato é extremamente rara em países em que os cereais e grãos são enriquecidos com ácido fólico. Entretanto, a deficiência de folato pode ocorrer em pacientes com dietas restritivas, consumo abusivo crônico de álcool ou anorexia. Doenças de má absorção como doença celíaca, espru tropical e síndrome do intestino curto são outras causas prováveis. - Os sintomas geralmente são os de anemia crônica. Com a progressão da do- ença pode ocorrer sintomas cardiovasculares e palidez combinada com hiper- bilirrubinemia. Os principais sintomas são: falta de apetite, perda de peso, atrofia das papilas linguais (glossite), aspecto envelhecido, esplenomegalia (ca- sos graves) - No laboratório: anemia macrocítica com reticulócitos baixos, nível sérico de B12 reduzido, nível de folato sérico reduzido ANEMIAS HEMOLITICASANEMIAS HEMOLITICASANEMIAS HEMOLITICAS - As anemias hemolíticas compreendem um grupo de doenças em que a so- brevida das hemácias em circulação está acentuadamente reduzida e a medu- la óssea não é capaz de compensação mesmo aumentando sua produção ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA Anemia falciforme - A anemia falciforme é uma anormalidade da hemoglobina (a proteína trans- portadora de oxigênio encontrada em glóbulos vermelhos), herdada genetica- mente, caracterizada por glóbulos vermelhos em forma de foice (meia-lua) e anemia crônica causada por destruição excessiva de glóbulos vermelhos anor- mais. - Na anemia falciforme, os glóbulos vermelhos contêm uma forma anormal da hemoglobina (a proteína transportadora do oxigênio). A hemoglobina anormal é chamada hemoglobina S. Quando os glóbulos vermelhos contêm uma grande quantidade de hemoglobina S, eles podem se deformar e assumir um formato de foice e ser menos flexíveis. Nem todos os glóbulos vermelhos assumem formato de foice - Além de ser hereditária, a anemia falciforme é caracterizada por dois fe- nômenos: a oclusão vascular e a hemólise. DIAGNÓSTICO - Os médicos reconhecem a anemia, a dor de estômago e nos ossos, e as náuseas em jovens com ascendência afro-americana como possíveis sinais de crise falciforme. - Quando os médicos suspeitam de anemia falciforme, fazem exames de sangue. Glóbulos vermelhos com forma de foice e fragmentos de glóbu- los vermelhos destruídos podem ser vistos em amostras de sangue exa- minadas ao microscópio. - Eletroforese da hemoglobina, outro exame de sangue, também é reali- zada. Na eletroforese, é usada uma corrente elétrica para separar os diferentes tipos de hemoglobinae detectar, assim, hemoglobina anormal Anemia talassemica - As talassemias são um grupo de anemias hemolíticas hereditárias microcíti- cas, caracterizadas por defeito da síntese da hemoglobina - É caracterizada pela redução ou ausência da síntese de um dos tipos de ca- deias de globina que formam as hemoglobinas, na maioria dos casos, nos ge- nes das globinas alfa (α ) e beta (β ), que promovem a redução ou a ausência de síntese de uma ou mais cadeias de globina formadoras da hemoglobina. - Manifestações clínicas: A criança, em geral, passa a apresentar atraso no desenvolvimento, palidez progressiva e abdome inchado. Aumento do fígado e do baço pode ocorrer como resultado da destruição excessiva de eritrócitos, de hematopoese extramedular e, posteriormente, da sobrecarga de ferro. Expansão dos ossos, causada pela intensa hiperplasia eritroide da medula ós- sea, leva a uma “fácies talass mica” e ao adelgaçamento do córtex de muitos ossos, com tendência a fraturas e formação de bossas no crânio, com as- pecto radiológico de “fios de escova” QUANTO MORFOLÓGICA DAS ANEMIA - O critério morfológico não da ideia da causa da anemia, mas do aspecto morfológico dos eritrócitos presentes na circulação. Segundo esse critério, as anemias podem ser classificadas em: Macrocíticas: Caracterizadas pela presença de hemácias de grande volu- me e geralmente hipercrômicas. Algumas dessas anemias macrocíticas podem ser megaloblásticas. Microcíticas: Tem predomínio de hemácias de pequeno volume e pobres em hemoglobina ou hipocrômicas. Incluem-se aqui as anemias ferroprivas. Normociticas: São geralmente normocromicas. Estão incluídas neste gru- po as anemias hemolíticas e as aplasias medulares ou anemia aplástica - As anemias ainda podem ser classificadas em Hipocrômica: quando os eritrócitos possuem quantidade de hemoglobina menor do que o normal Hipercrômica: Normocrômica: uando os eritrócitos possuem quantidade de hemoglobina https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/taquicardia-e-bradicardia/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/doen%C3%A7a-cel%C3%ADaca https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/espru-tropical https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/espru-tropical https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/s%C3%ADndrome-do-intestino-curto Enízia Simões 3°período normal - Devemos analisar os seguintes elementos que podem ser encontrados nos hemogramas:hemogramas:hemogramas: VCM (volume corpuscular médio):VCM (volume corpuscular médio):VCM (volume corpuscular médio): - Indica o tamanho das hemácias, as células vermelhas do sangue - Classifica a anemia em macrocítica, microcítica ou normocítica; Valor de referência: 80-100. HCM (hemoglobina corpuscular média): HCM (hemoglobina corpuscular média): HCM (hemoglobina corpuscular média): - Diz respeito sobre a quantidade de hemoglobina dentro da hemácia. - Diz o quõo corada é a hemácia - Classifica a anemia em hipercrômica, hipocrômica, normocrômica; Valor de referência: 28-32. CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média):CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média):CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): - Indica o quão concentrada está a hemoglobina - Determinada pela quantidade de hemoglobina e pelo tamanho da hemacia Valor de referência: 32-37. RDW: RDW: RDW: - É o (índice de anisocitose – medida de variação do tamanho das hermá- cias) - RDW estando aumentado = anisocitose Valor de referência: 10-15. *Anisocitose é quando há diferença no tamanho das hemárcias. Contagem de reticulócitos:Contagem de reticulócitos:Contagem de reticulócitos: - Classifica a anemia em hiperproliferativa ou hipoproliferativa. - Reticulócitos são hemácias imaturas - Quando os reticulócitos estão a anemia é hipoproliferativa, ou seja, tem uma dificuldade na produção de hemacias - Quando os reticulócitos estão a anemia é hiperproliferativa, ou seja, pode estar tendo uma perca/destruição de hemacia e pra compensar a medula óssea Caso Clínico 1 Homem, 67 anos, consultou seu clínico queixando-se de fraqueza que vinha se intensificando nos últimos meses. Após o exame clínico, o médico as- sistente obteve algumas informações importantes. - A alimentação do paciente estava adequada, sem nenhum tipo de restrição. As fezes estavam mais escuras do que o normal. Houve perda de 14% da massa corpórea. O médico solicitou alguns exames laboratoriais. Após a avaliação do caso, os seguintes pontos devem ser abordados: - Devido a diminuição do ferro serico, se caracteriza como uma anemia ferropriva, sendo microcitica, hipocromica e com anisocitose. O proprio hemograma já está indicando essas características. Enízia Simões 3°período - É inidcado que o vol. Glob. Médio e ham. Glob. Médio está mais baixa que o valor de referência e RDW está acima do normal - O quadro clínico pode ter sido causado devido uma perda de sangue Caso Clínico 2 Homem, 52 anos. Em consulta periódica com seu cardiologista, queixou-se de cansaço. Além disso, relata alguns sintomas “estranhos”, como perda da sensibilidade tátil e perda de equilíbrio. A história pregressa do paciente mostra gastroplastia realizada há 5 anos. Para auxiliar no diagnóstico, o médico solicitou alguns exames laboratoriais. Seguem abaixo os resultados dos exames solicitados. Após a avaliação dos laudos, concentre?se nos pontos a seguir para discussão: - Devido a diminuição da vitamina B12 comparado ao valor de referência, o diagnóstico seria de uma anemia megaloblastica, a qual é causada tanto peladeficiência de acido fólico como pela deficiência de vitamina B12 - Devido ao aumento do vol. Glob. Médio e ham. Glob. Médio, é uma anemia macrocitica e hipercrômica. Além disso, RDW também está aumenta- da. - No caso apresentado, uma possivel causa da deficiência/ diminuição da vitamina B12, é a gastroplastia, uma ves que esse procedimento inter- fere na absorção de vitamina B12 - Enízia Simões 3°período Caso Clínico 3 - J.W.T., 4 anos e 6 meses, branco, masculino, encaminhado ao Hospital das Clínicas devido à anemia persistente. Aos 11 (onze) meses apresentou pa- lidez, prostração e febre sendo internado com diagnóstico de anemia, pneumonia e esplenomegalia a esclarecer. Ficou internado 8 dias tendo recebi- do transfusão. Alta hospitalar em uso de sulfato ferroso sem esclarecimento diagnóstico. Aos 2 anos nova internação para tratamento de pneumo- nia estando ainda em uso de sulfato ferroso e sem melhora da anemia. Há 3 meses detectou-se icterícia, hepatomegalia e febre baixa. Há 15 dias foi internado com infecção pulmonar, tendo recebido transfusões. Pais e 2 irmãos sadios. Tio paterno faleceu com anemia. Exame físico: Hipocorado (2+), ictérico (1+), ausência de adenomegalia e edema. Fígado de consistência aumentada a 6 cm do RCD e a 5 cm do apêndice xifóide. Hemograma: Hemácias: 2.690.000/mm3 Hemoglobina: 7,3 g/dl Hematócrito: 23,4% VCM 117 HCM 36 CHCM 32. Hematoscopia: Anisocitose e poiquilocitose intensas, policromatofilia, presença de hemácias alongadas. Identificados 19 eritroblastos em 100 leu- cócitos contados. Leucócitos: 21.600/mm3. Plaquetas: 375.000/mm3. Reticulócitos: 12,3%. Bilirrubinas: BT -4,0mg/dl BD -0.3mg/dl, TGO: 75 U/I TGP: 18 U/I, LDH: 950 U/I. *POIQUILOCITOSE É O FORMATO DAS HEMACIAS ALONGADAS, OU SEJA, EM FORMATO DE FOICE - A poquilocitose indica anemia falciforme, sendo assim é indicado pedir Eletroforese diagnóstica - Nessa exame a bilirrubina está aumentada, o que também indica anemia *A bilirrubina é o produto da degradação do grupo HEME, presente principalmente na hemoglobina. Quando há o excesso de destruição de hemácias, a quantidade de hemoglobina livre aumenta, aumentando também a bilirrubina indireta. Assim, o marcadorde hemolise (destruição de hemacias) é a bilirrubina
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