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Laboratório de patologia clínica II - MULTIESTAÇÃO SOI III

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Enízia Simões
3°período
Laboratório de patologia clínica II - SOI IIILaboratório de patologia clínica II - SOI IIILaboratório de patologia clínica II - SOI III
PARTE PARTE PARTE 2
SEMANA SEMANA SEMANA 9
BRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATBRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATBRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATÓRIOSRIOSRIOS
ASMAASMAASMA
- - - É uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas
- - - Caracteriza-se por obstrução intermitente e reversível das vias respirató-
rias, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos e aumento da secreção
mucosa, com evolução acentuadamente variável tanto espontaneamente
quanto em resposta ao tratamento.
- É mais comum na infância, MAS PODE ACONTECER EM QUALQUER IDADE
- - - As células que revestem os brônquios têm estruturas microscópicas, cha-
madas receptores. Esses receptores sentem a presença de substâncias es-
pecíficas e estimulam a contração ou relaxamento dos músculos subjacentes,
alterando, assim, o fluxo de ar. Existe muitos receptores, mas na asma os
dois principais são:
 Os receptores beta-adrenérgicos respondem a substâncias químicas, co-
mo a epinefrina, e fazem os músculos se relaxarem. Assim, eles alargam (dila-
tam) as vias aéreas e aumentam o fluxo de ar. 
 Os receptores colinérgicos respondem a uma substância química chamada
de acetilcolina fazendo com que os músculos se contraiam, diminuindo, assim,
o fluxo de ar.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ASMA: -
As crises de asma variam em frequência e gravidade, algumas pessoas po-
dem não ter sintomas na maior parte do tempo e tem apenas episódios bre-
ves
- Os sintomas podem incluir tosse, sibilos, dispneia, Produção exacerbada
de muco espesso e difícil expectoração, Hiperventilação e utilização de muscu-
latura acessória
DPOCDPOCDPOC
- A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição caracteriza-
da pela limitação progressiva ao fluxo aéreo, irreversível em sua maioria e as-
sociada a respostas inflamatórias anormais dos pulmões à inalação de
partículas nocivas, principalmente tabaco.
- A doença pulmonar obstrutiva crônica envolve: bronquite obstrutiva e enfi-
sema pulmonar
- As manifestações clínicas da DPOC geralmente acontecem quando a função
pulmonar já está muito comprometida. As principais manifestações são: tosse
crônica com expectoração e dispneia progressiva persistente. Os achads clíni-
cos mais característicos são: tórax em barril, fase ecpiratória prolongada,
uso da musculatura acessória, roncos, estertores e sibilos
- É uma doença de adultos que tipicamente se manifesta na sexta década de
vida ou mais tarde (50 a 60 anos)
CASO CLCASO CLCASO CLÍNICONICONICO
Paciente feminino, 5 anos e 3 meses, se apresenta com queixa de "cansaço"
há 01 dia. Mãe refere que a pré-escolar iniciou há 4 dias, quadro de conges-
tão nasal e tosse seca, com piora no período noturno. Relata que hoje houve
piora da tosse associada a quadro de taquidispnéia. A mesma relata que reali-
zou nebulização com soro fisiológico, sem melhora, e decidiu portanto procu-
rar a emergência. Nega febre. Refere 1 episódio de vômito associado a dor
abdominal. Nega outras queixas.
Conduta:
1. Ofertar oxigênio sob a forma de cateter até 31/min e monitorização
contínuam de frequência cardíaca e Saturação de 02.
2. Nebulização com beta 2 agonista.
3. Barotec (bromidrato de fenoterol), salbutamol e budesonida
- O possível diagnóstico da paciente é ASMA, uma vez que o quadro clínico é
sugestivo e também devido a idade.
MEDICAMENTOSMEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
Beta2 agonista adrenergico de ação curtaBeta2 agonista adrenergico de ação curtaBeta2 agonista adrenergico de ação curta
- EX: SALBUTAMOL
- É broncodilatador inalatorio
- Se liga nos receptores beta2 adrenérgicos presentes nos bronquios pul-
mão, ativa esse receptor, causando broncodilatação.
Efeitos colaterais: tremor muscular, taquicardia, hipopotassemia, cefaleia,
confusões
BEROTEC (BROMIDRATO DE FENOTEROL)
- É um agente simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os
receptores β2, e os receptores β1 em doses mais altas, promovendo o rela-
xamento da muscultura lisa brônquica e vascular.
- Efeitos colaterais:tremor, tosse, hipocalemia, arritmia, agitação, tontura, ta-
quicardia
CORTICOESTEROIDESCORTICOESTEROIDESCORTICOESTEROIDES
- Ex: BUDESONIDA
- Os corticosteroides inibem a COX, inibindo a liberaça ̃o de a ́cido araquido ̂nico
por meio da inibiça ̃o da fosfolipase A2, produzindo, assim, efeito anti-inflama-
to ́rio direto nas vias aéreas
- Efeitos colaterais: pode precipitar glaucoma, tosse, candidíase oral, supres-
são de crescimento, anomalidades metabólicas (insulina, glicose, triglicerídeos)
e distúrbios psiquiátricos
Enízia Simões
3°período
SEMANA SEMANA SEMANA 10
GASOMETRIAGASOMETRIAGASOMETRIA
- A gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no
sangue de uma artéria.
- É um exame utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mo-
ver o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do
sangue.
- Tem por objetivo revelar valores de potencial de Hidrogênio (pH) sanguíneo,
da pressão parcial de gás carbônico (pCO2) e oxigênio (pO2), íon Bicarbonato
(HCO3 -) e saturação da oxihemoglobina, avaliando principalmente o Equilíbrio
Ácido-Básico orgânico
- Distúrbios respiratórios ocorrem se houver alteração da pCO2, já os distúr-
bios metabólicos acontecem quando as alterações primárias envolvem a con-
centração plasmática de HCO3- . Consequentemente, se a pCO2 estiver au-pCO2 estiver au-pCO2 estiver au-
mentada é referido como acidose respiratóriamentada é referido como acidose respiratóriamentada é referido como acidose respiratória e se tiver diminuido é referidodiminuido é referidodiminuido é referido
como alcalose respiratóriacomo alcalose respiratóriacomo alcalose respiratória. E se a concentração plasmática de HCO3- estiverHCO3- estiverHCO3- estiver
diminuída é referido como acidose metabolicadiminuída é referido como acidose metabolicadiminuída é referido como acidose metabolica e se a concentração estiverse a concentração estiverse a concentração estiver
aumentada é referida como alcalose metabólica.aumentada é referida como alcalose metabólica.aumentada é referida como alcalose metabólica.
- Os valores de referência são:
*Dica da professora: quando pedir pra analisar gasometria, já pode ignorar o
enunciado por que não faz diferença
LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE:LEMBRAR QUE:
No metabólico
(Seta acompanha)
pH = HCO3
pH = HCO3
No respiratório
(Seta inverte)
pH = CO2
pH = CO2
CASOS CLÍNICO DE GASOMETRIACASOS CLÍNICO DE GASOMETRIACASOS CLÍNICO DE GASOMETRIA
GASOMETRIA 1
Paciente com Diabetes, dá entrada na emergência hiperventilando, perdendo
o nível de consciência
Valores:
pH: 7,1
PO2: 90
PCO2: 35
HCO3: 14
ANALISE
pH   HCO3 PCO2 normal
Assim, é uma ACIDOSE METABÓLICA, uma vez que o HCO3 está diminuido
GASOMETRIA 2
Paciente em tratamento de doença auto-imune há mais de três meses com
hidrocortisona
Valores:
pH: 7,56
PO2: 90
PCO2: 40
HCO3: 30
ANALISE
pH   HCO3 PCO2 normal
Assim, é uma ALCALOSE METABÓLICA, uma vez que o HCO3 está aumentado
GASOMETRIA 3
Paciente com DPOC associada a uma ICC com edema de pulmão
Valores:
pH: 6,9
PO2: 78
PCO2: 55
HCO3: 19
ANALISE
pH   HCO3 PCO2
Assim, é uma ACIDOSE RESPIRATORIA E METABÓLICA, uma vez que o HCO3
está diminuido, sendo acidose metabólica e o PCO2 está aumentado, sendo
acidose respiratória
GASOMETRIA 4
Paciente com ventilação mecânica, com fração inspirada de 100%
pH: 7,6
PO2: 98
PCO2: 25
HCO3: 24
ANALISE
pH   HCO3 normal PCO2
Assim, é uma ALCALOSE RESPIRATORIA, uma vez que o PCO2 está diminuido
Enízia Simões
3°período
SEMANA SEMANA SEMANA 11
APLICAAPLICAAPLICAÇÃO CLO CLO CLÍNICA DOS MARCADORESNICA DOS MARCADORESNICA DOS MARCADORES
- Os marcadores tumorais são proteínas ou outras substâncias produzidas
tanto por células normais quanto por células cancerígenas,mas em quantida-
des maiores pelas células cancerígenas
- Os marcadores tumorais podem auxiliar no manejo clínico dos pacientes com
câncer de pulmão quando fornecem informações relativas ao diagnóstico, es-
tadiamento, resposta terapêutica, detecção de recidiva e prognóstico
- Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa-- Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa-- Nenhum marcador isoladamente é capaz de fornecer todas estas informa-
ções.ções.ções.
- - - Existem dois tipos principais de marcadores tumorais com usos diferentes
no tratamento do câncer: marcadores tumorais circulantes e marcadores do
tecido tumoral.
- Os marcadores tumorais circulantes são encontrados no sangue, urina, fe-
zes ou fluídos corporais de alguns pacientes com câncer e são usados ​​para:
Estimar o prognóstico.
Determinar se existe doença residual ou recidiva após o tratamento.
Avaliar a resposta ao tratamento.
Monitorar se um tumor se tornou resistente ao tratamento.
*Seus valores circulantes geralmente são combinados com os resultados
de outros testes, como biópsias ou exames de imagem, para diagnosticar
o câncer.
*Um exemplo é o CA-125 (para monitorar a resposta ao tratamento e
avaliar a recidiva do câncer de ovário)
- Já os marcadores de tecidos tumorais são encontrados nos próprios tumo-
res, normalmente na amostra do tumor que é retirada durante a biópsia. Es-
tes são usados para:
Diagnosticar, estadiar e/ou classificar o tumor.
Estimar o prognóstico.
Determinar o tipo tratamento.
Situação clínica:
Paciente, 54 anos, masculino, procedente de cidade de grande porte, pedrei-
ro, viúvo. Paciente vem à consulta com queixa de dispneia progressiva há 1
ano, no momento aos pequenos esforços, acompanhado de tosse com secre-
ção esbranquiçada e halitose. Nega febre, hemoptise e refere emagrecimen-
to de 9Kg em 7 meses (13,6%). Já diagnosticado com hiperplasia prostática
benigna em uso de Doxazosina à noite. Ex-tabagista há 3 meses (120 anos-
maço), etilista social. Nega diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, as-
ma, arritmia, cirurgia prévia. Nega historia familiar de câncer. Exame físico:
tórax de formato habitual sem lesões cutâneas. Expansibilidade preservada.
Percussão em base pulmonar direita submaciça com redução do murmúrio ve-
sicular nesta topografia. Radiografia (RX) de Tórax: Massa de contornos espi-
culados, localizada em lobo inferior do pulmão direito.
Sugestão de Conduta
1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi-1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi-1 - Pode ser feita a prescrição de algum marcador tumoral? Se sim, justifi-
quequeque
Sim, uma vez que no Rx foi encontrado uma massa de contornos espiculados,
ou seja, uma massa de contorno irregylar, tendo maior chance de ser um
achado maligno, e também por que o paciente já foi diagnósticado anteriorme-
te com hiperplasia prostática benigna
2 - Como é possível fechar o diagnóstico?2 - Como é possível fechar o diagnóstico?2 - Como é possível fechar o diagnóstico?
É possível fechar diagnóstico a partir de marcadores tumorais, biópsia, exa-
mes com contraste e com o auxilio de exames imagem e do PET TC a qual
mostra com precisão e precocemente atividade metabólica, oferecendo in-
formações moleculares
3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral3 - Após o tratamento é necessário prescrever algum marcador tumoral
para seguimento?para seguimento?para seguimento?
Sim, uma vez que alguns marcadores auxiliam na avaliação da resposta tera-
pêutica
Enízia Simões
3°período
SEMANA SEMANA SEMANA 12
ANEMIASANEMIASANEMIAS
- Anemia é definida como a redução da concentração de hemoglobina do san-
gue. Ou seja, hemoglobina abaixo do normal estabelecido. 
ANEMIAS CARENCIAISANEMIAS CARENCIAISANEMIAS CARENCIAIS
- As anemias carenciais são um grupo de anemias caracterizadas por apre-
sentar carência de elementos fundamentais para a eritropoese: ferro, vita-
mina B12 ou folato
ANEMIA FERROPRIVA
- Há um balanço negativo de ferro, isto é, a ingestão deste elemento é menor
do que a necessidade do organismo
- A deficiência de ferro se instala por mecanismos diversos: aumento da ne-
cessidade; excesso de perda (hemorragias); má absorção do ferro da alimen-
tação; dieta deficiente de ferro.
- Manifestações clínicas: palidez, cansaço, falta de apetite, apatia, palpita-
ções, taquicardia e também pode ter fissuras no canto da boca (quelose)
- A anemia ferropênica é caracteristicamente hipocrômica e microcítica
(VCM < 80)
- A redução da ferritina sérica é o melhor exame para comprovar deficiência
de ferro
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
- As anemias megaloblásticas constituem um grupo de anemias em que os eri-
troblastos na medula óssea mostram uma anormalidade característica –
atraso da maturação do núcleo em relação à do citoplasma
- Resulta em hemácias aumentadas
- As principais causas de anemia megaloblástica são as deficiências de vitami-
na B12 ou de ácido fólico (folato).
- A deficiência de vitamina B12 pode ser causada por consumo inadequado ou
absorção inadequada.
*No caso da absorção inadequada as cauas incluem:
Crescimento excessivo de bactérias em uma parte do intestino delgado
Comprometimento da absorção (doença celiaca ou algumas doenças pan-
creáticas)
Doença inflamatória intestinal
Cirurgia bariátrica/ gastroplastia
Teniase
AIDS
Algum medicamento, como antiácidos e metformina
E etc...
*A deficiência de folato é extremamente rara em países em que os cereais
e grãos são enriquecidos com ácido fólico. Entretanto, a deficiência de folato
pode ocorrer em pacientes com dietas restritivas, consumo abusivo crônico
de álcool ou anorexia. Doenças de má absorção como doença celíaca, espru
tropical e síndrome do intestino curto são outras causas prováveis.
- Os sintomas geralmente são os de anemia crônica. Com a progressão da do-
ença pode ocorrer sintomas cardiovasculares e palidez combinada com hiper-
bilirrubinemia. Os principais sintomas são: falta de apetite, perda de peso,
atrofia das papilas linguais (glossite), aspecto envelhecido, esplenomegalia (ca-
sos graves)
- No laboratório: anemia macrocítica com reticulócitos baixos, nível sérico de
B12 reduzido, nível de folato sérico reduzido
ANEMIAS HEMOLITICASANEMIAS HEMOLITICASANEMIAS HEMOLITICAS
- As anemias hemolíticas compreendem um grupo de doenças em que a so-
brevida das hemácias em circulação está acentuadamente reduzida e a medu-
la óssea não é capaz de compensação mesmo aumentando sua produção
ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA
Anemia falciforme
- A anemia falciforme é uma anormalidade da hemoglobina (a proteína trans-
portadora de oxigênio encontrada em glóbulos vermelhos), herdada genetica-
mente, caracterizada por glóbulos vermelhos em forma de foice (meia-lua) e
anemia crônica causada por destruição excessiva de glóbulos vermelhos anor-
mais.
- Na anemia falciforme, os glóbulos vermelhos contêm uma forma anormal da
hemoglobina (a proteína transportadora do oxigênio). A hemoglobina anormal é
chamada hemoglobina S. Quando os glóbulos vermelhos contêm uma grande
quantidade de hemoglobina S, eles podem se deformar e assumir um formato
de foice e ser menos flexíveis. Nem todos os glóbulos vermelhos assumem
formato de foice
- Além de ser hereditária, a anemia falciforme é caracterizada por dois fe-
nômenos: a oclusão vascular e a hemólise.
DIAGNÓSTICO
- Os médicos reconhecem a anemia, a dor de estômago e nos ossos, e
as náuseas em jovens com ascendência afro-americana como possíveis
sinais de crise falciforme.
- Quando os médicos suspeitam de anemia falciforme, fazem exames de
sangue. Glóbulos vermelhos com forma de foice e fragmentos de glóbu-
los vermelhos destruídos podem ser vistos em amostras de sangue exa-
minadas ao microscópio.
- Eletroforese da hemoglobina, outro exame de sangue, também é reali-
zada. Na eletroforese, é usada uma corrente elétrica para separar os
diferentes tipos de hemoglobinae detectar, assim, hemoglobina anormal
Anemia talassemica
- As talassemias são um grupo de anemias hemolíticas hereditárias microcíti-
cas, caracterizadas por defeito da síntese da hemoglobina
- É caracterizada pela redução ou ausência da síntese de um dos tipos de ca-
deias de globina que formam as hemoglobinas, na maioria dos casos, nos ge-
nes das globinas alfa (α ) e beta (β ), que promovem a redução ou a ausência
de síntese de uma ou mais cadeias de globina formadoras da hemoglobina.
- Manifestações clínicas: A criança, em geral, passa a apresentar atraso no
desenvolvimento, palidez progressiva e abdome inchado. Aumento do fígado e
do baço pode ocorrer como resultado da destruição excessiva de eritrócitos,
de hematopoese extramedular e, posteriormente, da sobrecarga de ferro. 
Expansão dos ossos, causada pela intensa hiperplasia eritroide da medula ós-
sea, leva a uma “fácies talass mica” e ao adelgaçamento do córtex de muitos
ossos, com tendência a fraturas e formação de bossas no crânio, com as-
pecto radiológico de “fios de escova”
QUANTO MORFOLÓGICA DAS ANEMIA
- O critério morfológico não da ideia da causa da anemia, mas do aspecto
morfológico dos eritrócitos presentes na circulação. Segundo esse critério, as
anemias podem ser classificadas em:
Macrocíticas: Caracterizadas pela presença de hemácias de grande volu-
me e geralmente hipercrômicas. Algumas dessas anemias macrocíticas
podem ser megaloblásticas.
Microcíticas: Tem predomínio de hemácias de pequeno volume e pobres
em hemoglobina ou hipocrômicas. Incluem-se aqui as anemias ferroprivas.
Normociticas: São geralmente normocromicas. Estão incluídas neste gru-
po as anemias hemolíticas e as aplasias medulares ou anemia aplástica
- As anemias ainda podem ser classificadas em
Hipocrômica: quando os eritrócitos possuem quantidade de hemoglobina
menor do que o normal
Hipercrômica:
Normocrômica: uando os eritrócitos possuem quantidade de hemoglobina
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/taquicardia-e-bradicardia/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/doen%C3%A7a-cel%C3%ADaca
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/espru-tropical
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/espru-tropical
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/s%C3%ADndrome-do-intestino-curto
Enízia Simões
3°período
normal
- Devemos analisar os seguintes elementos que podem ser encontrados nos
hemogramas:hemogramas:hemogramas:
VCM (volume corpuscular médio):VCM (volume corpuscular médio):VCM (volume corpuscular médio):
- Indica o tamanho das hemácias, as células vermelhas do sangue
- Classifica a anemia em macrocítica, microcítica ou normocítica;
Valor de referência: 80-100.
HCM (hemoglobina corpuscular média): HCM (hemoglobina corpuscular média): HCM (hemoglobina corpuscular média): 
- Diz respeito sobre a quantidade de hemoglobina dentro da hemácia.
- Diz o quõo corada é a hemácia
- Classifica a anemia em hipercrômica, hipocrômica, normocrômica;
Valor de referência: 28-32.
CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média):CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média):CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média):
- Indica o quão concentrada está a hemoglobina
- Determinada pela quantidade de hemoglobina e pelo tamanho da hemacia
Valor de referência: 32-37.
RDW: RDW: RDW: 
- É o (índice de anisocitose – medida de variação do tamanho das hermá-
cias)
- RDW estando aumentado = anisocitose
Valor de referência: 10-15.
*Anisocitose é quando há diferença no tamanho das hemárcias.
Contagem de reticulócitos:Contagem de reticulócitos:Contagem de reticulócitos:
- Classifica a anemia em hiperproliferativa ou hipoproliferativa.
- Reticulócitos são hemácias imaturas
- Quando os reticulócitos estão a anemia é hipoproliferativa, ou seja,
tem uma dificuldade na produção de hemacias
- Quando os reticulócitos estão a anemia é hiperproliferativa, ou seja,
pode estar tendo uma perca/destruição de hemacia e pra compensar a
medula óssea
Caso Clínico 1
Homem, 67 anos, consultou seu clínico queixando-se de fraqueza que vinha se intensificando nos últimos meses. Após o exame clínico, o médico as-
sistente obteve algumas informações importantes. - A alimentação do paciente estava adequada, sem nenhum tipo de restrição. As fezes estavam
mais escuras do que o normal. Houve perda de 14% da massa corpórea. O médico solicitou alguns exames laboratoriais. Após a avaliação do caso, os
seguintes pontos devem ser abordados:
- Devido a diminuição do ferro serico, se caracteriza como uma anemia ferropriva, sendo microcitica, hipocromica e com anisocitose. O proprio
hemograma já está indicando essas características.
Enízia Simões
3°período
- É inidcado que o vol. Glob. Médio e ham. Glob. Médio está mais baixa que o valor de referência e RDW está acima do normal
- O quadro clínico pode ter sido causado devido uma perda de sangue
Caso Clínico 2
Homem, 52 anos. Em consulta periódica com seu cardiologista, queixou-se de cansaço. Além disso, relata alguns sintomas “estranhos”, como perda
da sensibilidade tátil e perda de equilíbrio. A história pregressa do paciente mostra gastroplastia realizada há 5 anos. Para auxiliar no diagnóstico, o
médico solicitou alguns exames laboratoriais. Seguem abaixo os resultados dos exames solicitados. Após a avaliação dos laudos, concentre?se nos
pontos a seguir para discussão:
- Devido a diminuição da vitamina B12 comparado ao valor de referência, o diagnóstico seria de uma anemia megaloblastica, a qual é causada
tanto peladeficiência de acido fólico como pela deficiência de vitamina B12
- Devido ao aumento do vol. Glob. Médio e ham. Glob. Médio, é uma anemia macrocitica e hipercrômica. Além disso, RDW também está aumenta-
da.
- No caso apresentado, uma possivel causa da deficiência/ diminuição da vitamina B12, é a gastroplastia, uma ves que esse procedimento inter-
fere na absorção de vitamina B12
-
Enízia Simões
3°período
Caso Clínico 3
- J.W.T., 4 anos e 6 meses, branco, masculino, encaminhado ao Hospital das Clínicas devido à anemia persistente. Aos 11 (onze) meses apresentou pa-
lidez, prostração e febre sendo internado com diagnóstico de anemia, pneumonia e esplenomegalia a esclarecer. Ficou internado 8 dias tendo recebi-
do transfusão. Alta hospitalar em uso de sulfato ferroso sem esclarecimento diagnóstico. Aos 2 anos nova internação para tratamento de pneumo-
nia estando ainda em uso de sulfato ferroso e sem melhora da anemia. Há 3 meses detectou-se icterícia, hepatomegalia e febre baixa. Há 15 dias
foi internado com infecção pulmonar, tendo recebido transfusões. Pais e 2 irmãos sadios. Tio paterno faleceu com anemia.
 Exame físico: Hipocorado (2+), ictérico (1+), ausência de adenomegalia e edema. Fígado de consistência aumentada a 6 cm do RCD e a 5 cm do
apêndice xifóide.
Hemograma: Hemácias: 2.690.000/mm3 Hemoglobina: 7,3 g/dl Hematócrito: 23,4% VCM 117 HCM 36 CHCM 32.
Hematoscopia: Anisocitose e poiquilocitose intensas, policromatofilia, presença de hemácias alongadas. Identificados 19 eritroblastos em 100 leu-
cócitos contados.
Leucócitos: 21.600/mm3. Plaquetas: 375.000/mm3.
Reticulócitos: 12,3%. Bilirrubinas: BT -4,0mg/dl BD -0.3mg/dl, TGO: 75 U/I TGP: 18 U/I, LDH: 950 U/I.
*POIQUILOCITOSE É O FORMATO DAS HEMACIAS ALONGADAS, OU SEJA, EM FORMATO DE FOICE
- A poquilocitose indica anemia falciforme, sendo assim é indicado pedir Eletroforese diagnóstica
- Nessa exame a bilirrubina está aumentada, o que também indica anemia
*A bilirrubina é o produto da degradação do grupo HEME, presente principalmente na hemoglobina. Quando há o excesso de destruição de hemácias, a
quantidade de hemoglobina livre aumenta, aumentando também a bilirrubina indireta. Assim, o marcadorde hemolise (destruição de hemacias) é a bilirrubina

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