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Transtornos da personalidade 
 
 
Conceitos de personalidade 
“É a totalidade dos traços emocionais e 
comportamentais que caracterizam o indivíduo na vida 
cotidiana, sob condições normais é relativamente estável 
e previsível”. (Kaplan e Sadock) 
 
“É um padrão duradouro, inflexível e mal ajustado de 
relacionamento e percepção do ambiente e de si 
mesmo, que tem início na adolescência ou idade adulta 
jovem”. (DMS_IV) 
 
Distúrbio grave do comportamento da pessoa, resultando 
em considerável ruptura pessoal e social. 
 
Teorias etiológicas concordam que o indivíduo com TP, ao 
nascer já traz essa predisposição - os distúrbios do 
comportamento 
 
Em geral – afeta a cognição, seu comportamento e seu 
estilo de interagir com outras pessoas; 
 
Irritadiços; 
Exigentes; 
Hostis; 
Temerosos; 
Manipuladores. 
 
Só começam a ser notados no final da infância ou da 
adolescência – diagnóstico com grau de certeza aos 18 
anos. 
 
Causas 
Não se conhece a causa exata combinação de fatores : 
- Genéticos; 
- Sociais; 
- Psicológicos, 
- De desenvolvimento; 
- Ambientais. 
 
Aspectos básicos 
 
Condutas e atitudes marcantes desarmônicas em todas 
as áreas de funcionamento – trabalho,sociedade e 
família; 
Manifestações sempre aparecem na infância ou na 
adolescência e perpetuam pela idade adulta; 
Padrão anormal de comportamento constante e de 
longa duração; 
TP sempre resulta em problemas ou desempenho 
ocupacional e social. 
 
Definição 
Termos mais utilizados: 
 - Insanidade moral; 
 - Monomania social; 
 - Neurose ou transtorno de caráter; 
 - Psicopata ou Personalidade Sociopática – termo mais 
usado pelos profissionais da área da saúde mental; 
 
Schieider, psiquiatra alemão; 
 - definiu os TP tendo como elemento central o indivíduo 
que apresenta as seguintes características básicas: 
Sofre e faz sofrer a sociedade; 
Não aprende com a experiência; 
Existe uma marcante desarmonia que se reflete 
tanto no plano das relações interpessoais como 
no plano intrapsíquico. 
 
Classificação segundo a DMS – IV: 
GRUPO A (comportamentos estranhos ou excêntricos) 
Transtorno de Personalidade Paranóide; 
Transtorno de Personalidade Esquizóide; 
Transtorno de Personalidade Esquizotípico. 
 
GRUPO B (comportamentos dramáticos, emocionais ou 
erráticos) 
Transtorno de Personalidade Antissocial 
Transtorno de Personalidade Borderline; 
Histriônica; 
Narcisista. 
 
GRUPO C – (comportamentos ansiosos ou temerosos): 
Transtorno de Personalidade Dependente; 
Transtorno de Personalidade Obsessivo-
Compulsivo; 
Transtorno de Personalidade de Evitação; 
Transtorno de Personalidade Epilético. 
 
 GRUPO A (comportamentos estranhos ou excêntricos): 
 
➔ Transtorno de personalidade paranóide 
 
- Tendência a guardar rancores persistentemente; 
- Excessiva sensibilidade a rejeições e a contratempos; 
- Desconfiança excessiva e uma tendência exagerada a 
distorcer as experiências por interpretar erroneamente 
as ações neutras ou amistosas de outros como hostis ou 
depreciativas; 
- Obstinado senso de direitos pessoais e sensação de 
estar sendo injustiçado em relação a esses direito, em 
desacordo com a situação real; 
- Preocupação com explicações “conspiratórias”, 
baseadas em dados reais; 
- Suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à 
fidelidade sexual do parceiro; 
- Tendência a experimentar uma autovalorização 
excessiva; manifesta em uma atitude persistente de auto-
referência. 
 
➔ Transtorno de personalidade esquizoide 
 
- Capacidade limitada de expressar sentimentos 
calorosos, ternos ou raiva para com os outros; 
- Poucas atividades produzem prazer; 
- Pouco interesse em ter experiências sexuais; 
- Distanciamento afetivo, embotamento afetivo e 
aparente frieza emocional; 
- Preferência quase invariável por atividades solitárias; 
- Preocupação excessiva com fantasias e introspecção; 
- Falta de amigos íntimos ou de relacionamentos 
confiantes; 
- Insensibilidade marcante para com mornas e 
convenções sociais. 
 
➔ Transtorno de personalidade esquizotípico 
 
- Ausência de amigos íntimos e confidentes, além de 
parentes de primeiro grau; 
- Ansiedade excessiva em situações sociais que não 
diminui com a familiaridade em relação a tal situação, ou 
é colorida com ideação paranoide; 
- Comportamento e ou aparência física (inclusive 
vestimenta) estranha, os pacientes parecem excêntricos 
ou muito peculiares; 
- Afetos inapropriados ou muito reduzidos; 
- Ideação paranoide, muito desconfiado; 
- Desconforto e incapacidade importante para ter 
relações interpessoais íntimas; 
- Frequentes ideias de autorreferência (tudo que 
acontece no mundo se refere a ele); 
- Ideias e crenças estranhas tendendo ao pensamento 
mágico; 
- Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões 
corporais; 
- Pensamento e discurso incomuns, estranhos 
(pensamentos vagos, exageradamente metafóricos, 
hiper elaborado, ou estereotipados); 
 
GRUPO B (comportamentos dramáticos, emocionais ou 
erráticos) 
 
➔ Transtorno de personalidade antissocial 
(sociopatia) 
 
- Na adolescência e no início da vida adulta a 
periculosidade é maior; 
- Muito baixa tolerância a frustrações e um baixo limiar 
para descarga de agressão, inclusive violência; 
- Impõem aos outros, brutalmente, sua própria vantagem; 
- Crueldade e sadismo são frequentes nesse tipo de 
personalidade, bem como a brutalidade e outras 
perversões e em casos extremos o assassinato sexual; 
- Propensão marcante para culpar os outros ou para 
oferecer racionalizações plausíveis para o 
comportamento que gerou seu conflito com a sociedade; 
- Incapacidade de experimentar culpa e de aprender 
com a experiência, particularmente com a punição; 
- Não tem compromissos e interpessoais profundos; 
- Incapacidade de manter relacionamentos, embora não 
haja dificuldade em estabelecê-los; 
- Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e 
obrigações sociais; 
- Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios; 
- Nem sempre são criminosos; 
- Comum em criminosos brutais e assassinos / sociedade 
protegida, se houver reclusão permanente; 
- Não enxergam os outros como pessoas e sim objetos 
de seus desejos. 
 
 
 
 
 
 Transtorno de personalidade borderline 
- Sentimento crônico de vazio; 
- Instabilidade emocional intensa; 
- Esforços excessivos para evitar abandono; 
- Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, 
oscilando em curtos períodos de uma grande “paixão” ou 
“amizade” para “ódio” e “rancor” profundos; 
- Atos suicidas repetitivos; 
- Dificuldades sérias e instabilidade com referência à 
auto-imagem, aos objetos e preferências pessoais 
(inclusive a sexual); 
- Atos repetitivos de autolesão, envolvendo-se em ações 
perigosas (por exemplo, guiar muito embriagado e 
velozmente, intoxicar-se com muitas drogas, etc). 
 
 Transtorno de personalidade histriônico 
- Erotização se situações a princípio não estritamente 
eróticas (uma consulta médica, uma audiência com juiz, 
etc). 
- Infantilidade, tendência a relações infantis, pouca 
tolerância a frustrações. 
- Teatral. 
 
 Transtorno de personalidade narcista 
- O indivíduo tem senso grandioso e irreal, da importância 
de sua pessoa; 
- Julga ter talentos especiais, espera ser reconhecido, 
como superior, sem que tenha feito algo concreto para 
tanto; 
- Muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, 
de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal; 
- Acha-se excepcionalmente “especial” e “único” 
acreditando que somente pessoas ou instituições 
também especiais e únicas possam estar à sua volta; 
- Mostra-se frequentemente arrogante; 
- É frequentemente invejoso dos outros, ou do sucesso 
dos outros, e acha sempre que os outros têm inveja dele; 
- Não tem empatia pelas pessoascomuns; 
- Tende a ser “explorado” nas relações interpessoais, 
buscando vantagens sobre os outros para atingir o seu 
fim ou sucesso pessoal; 
- Requer admiração excessiva. 
 
 
 
 
 
➔ GRUPO C (comportamentos ansiosos ou 
temerosos) 
 
 Transtorno de personalidade dependente 
- Subordinação das próprias necessidades e desejos 
àqueles de quem é dependente; 
- Preocupação ou medo exagerado de ser abandonado 
pelas pessoas das quais depende; 
- Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas, sem 
um excesso de conselhos e reasseguramento pelos 
outros; 
- Solicitações constantes para que os outros (dos quais 
depende) tomem decisões importantes de sua vida; 
- Sentimento de desamparo quando sozinho, por causa 
do medo exagerado de ser incapaz de se cuidar; 
- Relutância em fazer exigências, ainda que razoáveis, às 
pessoas das quais depende; 
 
Transtornos de personalidade anancática ou obsessivo 
compulsiva 
- Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, 
ordem, organização e esquemas; 
- Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas; 
- Dúvidas excessivas sobre assuntos relevantes; 
- Insistência incomum de que os outros se submetam 
exatamente a sua maneira de fazer as coisas; 
- Rigidez e teimosia; 
- Cautela excessiva; 
- Aderência excessiva as convenções sociais e certo 
pedantismo; 
- A rigidez impede ou anula o prazer nas relações 
interpessoais; 
- Excesso de escrúpulos e preocupação indevida com 
detalhes da vida. 
 
 Transtono de personalidade Asnsiosa ou de evitação 
- Estado constante e apreensão; 
- Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou 
inferior aos outros 
- Preocupação ou medo excessivo de ser criticado ou 
rejeitado; 
- Restrições diárias devido às necessidades de segurança 
física ou psíquica; 
- Evitação de atividades sociais e ocupacionais que 
envolvam contato interpessoal significativo, 
principalmente por medo de críticas, desaprovação ou 
rejeição; 
 
 
 Transtorno de personalidade do tipo epilético 
- Irritabilidade: O indivíduo se irrita com muita facilidade, 
aparentemente sem motivos; 
- Impulsividade: Tendência a explosões comportamentais; 
- Desconfiança: Tendência a uma atitude paranóide em 
relação às pessoas; 
- Prolixidade: Tendência a um pensamento vago, que não 
chega a um fim definido; 
- Viscosidade na interação pessoal (indivíduo descrito 
como “grudento”); 
- Tendência a hipergrafia, a praticar a escrita de forma 
compulsiva; 
- Circunstancialidade, indivíduo com pensamento que 
“roda” em torno do tema; 
- Tendência a hiper-religiosidade, muito ligado a questões 
místicas ou religiosas; 
- Tendência a hipo-sexualidade, vida sexual ausente, sem 
interesse pela sexualidade; 
- Outras tendências: obsessionalidade, culpa, moralismo, 
dependência, passividade, senso aumentado de um 
“destino pessoal”, hostilidade, falta de humor; 
 
Tratamento 
 
 Psicoterapia 
- Uma boa relação terapeuta-paciente é o objetivo 
principal em qualquer TP; 
- As psicoterapias estão indicadas e muitas vezes é o 
único tratamento adequado: 
 * O paciente - criando laços afetivos ou tratando 
uma síndrome; 
 * A família – orientando sobre que é e como lidar 
com uma pessoa com TP; 
- Identificar os fatores estressantes, atividades de 
dificuldades e expandir a capacidade de prazer; 
- Compreender os sentimentos íntimos do paciente e 
comunicar esta compreensão: encorajar gradualmente 
atividades interpessoais; 
- Devem-se identificar os padrões mal-ajustados de 
comportamento e salientar enfoques calmos e razoáveis 
para as crises. È sempre necessário o estabelecimento de 
limites. A terapia de grupo é útil. 
 
 
 
 
 
 
 Psicofarmacologia 
- Não existe uma indicação precisa para o uso de 
psicofármacos. 
- São empregados de acordo com a síndrome 
apresentada: 
 * Ansiedade – benzodiazepínicos e /ou antipsicóticos; 
 * Depressão – antidepressivos; 
 * Agitação – antipsicóticos ou neurolépticos.

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