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Resumo letra A (1)

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1 RESUMO 
 
Os Estados Unidos da América (EUA) têm passado por um período dramático com 
obesidade e sobrepeso da população atual, com maior evidência na classe minoritária. A 
atividade física é um meio indicado para proporcionar a redução do peso e melhoria na saúde 
dos indivíduos, contudo, habitantes da periferia são impedidos de realizar tais atividades devido 
à baixa mobilidade, a calçadas mal projetadas, a inexistência de faixa de pedestres e parques 
ausentes ou com baixa qualidade. Assim, dentre as poucas vezes que essa população têm acesso 
as instalações de atividade física, o mesmo é limitado. Além disso, essa classe minoritária é o 
maior alvo de acidentes em rodovias, pois devido à falta de infraestrutura e sinalização para 
pedestres, os mesmos optam por cruzar vias de alta velocidade para o acesso rápido ao destino 
final. 
Poucas são as pesquisas relacionadas ao comportamento da população em relação ao 
contexto de seus respectivos bairros e ambientes de suporte, sendo as comunidades uma forte 
influência na busca de uma vida ativa quando é disponível e acessível. De acordo com estudos, 
a facilidade ao acesso de parques está relacionado a vida ativa dos jovens e adultos. Logo, 
melhorias nos ambientes, implantação de faixa de pedestres e infraestrutura de travessia para 
acalmar o trânsito podem proporcionar facilidade na busca da vida ativa. 
Para a realização do método, foi estudado a aplicação de uma travessia de pedestres 
ligando um bairro periférico à parques e áreas centrais. Esse estudo foi feito na Colúmbia 
Missouri's, bairro Douglass Park, no qual os habitantes deste são de baixa renda, esse bairro é 
cortado por Providence Road, uma via com 5 pistas, no qual cruzam cerca de 23.000 veículos 
por dia, dividindo o bairro em áreas residenciais no Oeste e escolas, parques e o centro de 
Colúmbia para o Leste. Esta via não possui faixas de pedestres, impossibilitando uma travessia 
segura. Com isso, os pedestres optavam por cruzar as vias com os veículos em movimento. 
Assim, uma faixa sinalizada foi implantada e um canteiro central de 120m foi incluso ao longo 
de um trecho da via Providence Road. 
Para analisar o processo de travessia da população, um local de controle foi selecionado 
ao longo da rodovia arterial ao Oeste de Douglass Park, esse comportamento de travessia foi 
observado de forma direta durante um período de 2 semanas, sendo analisado o gênero, raça e 
faixa etária dos indivíduos que as utilizavam. Além disso, o estudo observou a velocidade, o 
volume de tráfego e o antes e depois da implantação das passarelas para os pedestres. Além 
disso, estatísticas descritivas foram utilizadas para descrever o volume e velocidade do tráfego. 
Nos dois anos de pesquisa, 2012 e 2013, foram analisados um grupo de pessoas que 
atravessaram na área selecionada, consistindo em áreas denominadas de rua de intervenção e 
rua de controle. Conforme os resultados obtidos, foram analisados que os homens foram o 
gênero de pedestre, registrado, que mais transitaram em ambas as ruas, correspondendo a 67% 
na rua de intervenção e 57% na rua de controle em 2012, 66% na rua de intervenção e 58% na 
rua de controle em 2013. Durante o período de estudo, os adultos foram a faixa etária que 
representaram o maior número de cruzamento nos locais, sendo 58% na rua de intervenção e 
69% na rua de controle em 2012, 63% na rua de intervenção e 90% na rua de controle em 2013, 
seguida pelos adolescentes, 27% na rua de intervenção e 29% na rua de controle em 2012 e 
24% na rua de intervenção e 7% na rua de controle em 2013, e as crianças correspondem a 12% 
na intervenção (2012) e 10% na intervenção (2013), essa faixa etária na rua de controle 
apresentou uma porcentagem baixa entorno de 0,30% a 0,040%, enquanto os idosos 
representavam menos de 3% nos dois anos na rua de intervenção e menos que 2% na rua de 
controle, o estudo corresponde ao registro de 1.408 travessias no ano de 2012 e 1.352 no ano 
de 2013, na rua de intervenção, já os dados obtidos na rua de controle foram totalizado em 2012 
com 4.330 travessias e com 3.848 em 2013, na rua de controle. 
A análise de covariância (ANCOVA) de duas vias para cada local apresentou relação 
significativa entre zona de designação no comportamento em cruzamentos na rua de 
intervenção e considerável interação entre ano, entretanto, não sucedeu relação considerável 
entre zona de designação e ano na rua de controle. Em 2013, o uso da faixa de pedestres na rua 
de intervenção foi consideravelmente maior em comparação ao uso da ponte de pedestres em 
2012. Já volume de tráfego no local de intervenção caiu de 134.850 veículos em 2012 para 
133.881 veículos em 2013. Na rua de controle, o volume de tráfego caiu de 119.515 veículos 
em 2012 para 111.805 veículos em 2013. 
As pessoas mais sedentárias desse estudo são moradores de bairros baixa renda, sendo 
que o uso do sistema de tráfego adotado juntamente com parque e áreas centrais resultou no 
aumento de comportamentos seguros em travessias, além de diminuir a velocidade do tráfego. 
Em relação a nova faixa de pedestre houve bastante aceitação da população, exceto por parte 
dos idosos, no entanto o fator mais importante foi a canalização do tráfego de pessoas em 
condições mais seguras. Posto que esse estudo durou menos de 4 meses (em 2013), alguns 
aspectos podem não ter sido observados, sendo necessário maior tempo de pesquisa. 
Concluiu-se que a sinalização adquirida na faixa de pedestre e o uso de da 
implementação de infraestrutura que possibilite a prática de atividades físicas acarreta na 
mudança de hábitos por parte da população, sendo adotados comportamentos mais seguros. 
REFERÊNCIA 
 
SCHULTZ, C. L. et al. The impact of a signalized crosswalk on traffic speed and street-
crossing behaviors of residents in na underserved neighborhood. Journal of Urban Health: 
Bulletin of the New York Academy of Medicine, v. 92, n. 5, p. 910-922, 2015.

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