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SEGURANÇA PÚBLICA E TRÂNSITO - VI

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SEGURANÇA PÚBLICA E 
TRÂNSITO 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Diego Nogueira 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O objetivo desta aula é apresentar a você a importância da Engenharia de 
Trânsito para o desenvolvimento sustentável das cidades e a diminuição de 
acidentes. 
Para tanto, os seguintes temas serão abordados: 
1. O Relatório Global sobre o Estado da Segurança Viária 
2. Engenharia de Segurança no Trânsito (ESV) 
3. As motocicletas: um elemento de perigo acentuado 
4. Auditoria de Segurança Viária 
5. Exame de Projeto 
TEMA 1 – O RELATÓRIO GLOBAL SOBRE O ESTADO DE SEGURANÇA VIÁRIA 
O Relatório Global sobre o Estado da Segurança Viária 2015 apresenta 
informações de 180 países sobre o tema, incluindo o Brasil. Os relatórios de 
status global são as ferramentas oficias para o monitoramento da Década de 
Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020. 
O relatório revelou (OMS, 2015) que: 
 105 países têm boas leis de cinto de segurança, que se aplicam a todos 
os ocupantes do veículo; 
 47 países têm boas leis de velocidade, que definem um limite máximo 
urbano de 50 km/h e atribuem competência às autoridades locais para 
reduzir ainda mais esses limites; 
 34 países têm uma boa lei de álcool ao volante, com limites de 
concentração de álcool no sangue inferior ou igual a 0,05 g/dl, bem como 
limite inferior ou igual a 0,02 g/dl para os condutores jovens e 
inexperientes; 
 44 países têm leis de capacete que se aplicam a todos os motoristas, 
passageiros, estradas e tipos de motores, requerem a fixação do capacete 
e exigem um padrão específico de equipamento; 
 53 países têm uma lei de equipamentos de retenção para crianças com 
base em idade, altura ou peso, e aplicam restrições de idade ou altura 
para crianças no banco da frente. 
 
 
3 
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável incluem a meta da redução 
em 50% das mortes e traumatismos causados pelo trânsito até 2020. Cabe 
destacar que nos países de baixa e média renda, as taxas de mortalidade por 
lesões no trânsito são mais do que duas vezes superiores às dos países de alta 
renda do mundo. 
As medidas focadas são as seguintes: 
 Reduzir a velocidade; 
 Reduzir a condução sob o efeito do álcool; 
 Melhorar o uso e a qualidade dos capacetes para motociclistas; 
 Incrementar o uso do cinto de segurança. 
Mais países no mundo estão tomando medidas para tornar as estradas 
mais seguras. Nos últimos três anos, 17 países alinharam pelo menos uma das 
suas leis de cinto de segurança, álcool ao volante, velocidade, capacete de moto 
ou equipamentos de retenção para crianças às recomendações da OMS (OMS, 
2015). 
TEMA 2 – ENGENHARIA DE SEGURANÇA VIÁRIA (ESV) 
Como já exposto em aula anterior, nosso modelo de desenvolvimento 
adotado na metade do século passado (e que ainda predomina no Brasil) gerou 
uma mobilidade urbana condicionada pelos veículos particulares, resultando em 
congestionamentos, altos níveis de poluição atmosférica e alto índice de 
acidentes. 
O ambiente viário projetado para receber o tráfego tem papel fundamental 
na promoção do bom comportamento, na prevenção do erro e, no caso de um 
acidente, na redução da sua severidade (Brasil, 2015, p. 193). 
A mudança na forma de abordar o planejamento e o desenho urbano 
destaca o potencial da Engenharia de Segurança Viária (ESV) em reduzir os 
acidentes de trânsito e salvar vidas. Em conjunto com os outros dois pilares da 
segurança viária (educação e fiscalização), a ESV foca na utilização de modos 
de viagem mais seguros e no projeto viário compatível com as necessidades de 
todos os usuários (Brasil, 2015, p. 191). 
As vias devem ser desenhadas para estimular os condutores a trafegarem 
na velocidade adequada, além de fazer com que os pedestres se sintam seguros 
nas travessias e os ciclistas possam circular em segurança. 
 
 
4 
As soluções de engenharia contribuem para a redução de acidentes que 
envolvem fatores da via, como também de outros fatores. Em 26% dos casos, 
um defeito da via foi um fator contribuinte para o acidente, mas, na maioria dos 
casos, um projeto melhor poderia reduzir os acidentes causados por outros 
fatores. 
Figura 1 – Fatores que contribuem para acidentes de trânsito 
 
Fonte: Embarq Brasil, 2017, p. 3. 
Figura 2 – Transformação de via – antes e depois (Nova Iorque, EUA) 
 
 Fonte: Embarq Brasil, 2017, p. 15. 
2.1 Metodologia Avoid-Shift-Improve (Evitar-Mudar-Melhorar) 
O conceito de "evitar-mudar-melhorar" é importante para criar uma 
mudança no sistema de transporte e avaliar um acesso mais inclusivo, 
desenvolvendo a infraestrutura e os serviços. Todas as soluções da abordagem 
são testadas em escala e podem oferecer acesso inclusivo. Essas soluções 
terão múltiplos benefícios, entre os quais a melhoria do acesso e da segurança 
 
 
5 
rodoviária, a redução do congestionamento, as emissões etc. Além disso, 
fornecerão mais e mais provas que salientam a importância do transporte 
sustentável orientado para o crescimento, levando a economias significativas 
para o ambiente empresarial. 
Figura 3 – Esquema da metodologia Evitar-Mudar-Melhorar 
 
Fonte: Luică, 2014. 
 Evitar viagens desnecessárias por meios motorizados de transporte; 
 Mudar para modos mais sustentáveis de transporte (caminhada, bicicleta 
e transporte coletivo); 
 Melhorar a qualidade do ambiente viário e dos espaços públicos, com 
tecnologia e inovação de combustíveis e veículos. 
TEMA 3 – AS MOTOCICLETAS: UM ELEMENTO DE PERIGO ACENTUADO 
As motocicletas representam o modo de transporte motorizado de maior 
periculosidade relacionada ao seu uso (Vasconcelos, 2013). Em um acidente, 
um motociclista tem 20 vezes mais chance de morte do que o ocupante de um 
carro e 200 vezes mais risco do que quem anda em transporte coletivo (Brasil, 
2015, p. 198). 
O elevado número de acidentes envolvendo esse tipo de transporte está 
relacionada a diversos fatores, mas ressaltam-se três: 
1. A falta de priorização de investimentos em transporte público; 
 
 
6 
2. A marginalização das motos e bicicletas como soluções necessárias para 
o transporte particular brasileiro; 
3. Desrespeito ao princípio de equidade expresso na Política Nacional de 
Mobilidade Urbana em seu art. 5º, inciso VIII, o qual prevê “equidade no 
uso do espaço público de circulação, vias e logradouros” (Flores, 2015). 
TEMA 4 – AUDITORIA DE SEGURANÇA VIÁRIA 
A Auditoria de Segurança Viária (ASV) é um exame formal de vias, 
projetos de circulação ou qualquer esquema de tráfego que lide com usuários de 
vias, no qual um examinador qualificado e independente avalia o potencial de 
acidentes de um projeto e seu desempenho no que se refere à segurança. 
Em geral, a ASV tem por objetivo identificar problemas potenciais de 
segurança de um projeto viário ou de uma via em operação, tendo em conta a 
segurança de todos os usuários e garantindo a implantação de medidas para 
eliminar ou reduzir acidentes viários (Brasil, 2015, p. 201). 
Essa nova técnica tem produzido já desde o século passado redução 
considerável do número de acidentes nos países que a praticam, em especial no 
Reino Unido, na Austrália e na Nova Zelândia. No Brasil, o processo de auditoria 
começou a ganhar corpo na década de 1990 (Los; Martinez Filho, 2010). 
Enquanto as metodologias tradicionais para redução de acidentes (tais 
como análise de pontos críticos e a investigação de acidentes, conhecidas como 
corretivas) identificam eventuais deficiências na malha viária após o ocorrido, a 
AVS pretende identificar essas tendências/probabilidades/hipóteses antes 
mesmo que elas provoquem acidentes (Lopes; Martinez Filho, 2010). 
A AVS, de acordo com Lopes e Martinez Filho (2010), 
 tem foco voltado a questões de segurança de trânsito; 
 tem caráter preventivo (identificando situações de risco antes dos 
acidentes); 
 deve ser realizada por especialista em segurança viária,de forma isenta 
e independente; 
 deve prever execução de avaliação sistemática; 
 é um processo formal, com necessário relatório; 
 deve ser conduzida pela ótica de todos os usuários. 
 
 
7 
Dentre diversos benefícios, o principal é a economia gerada com custos 
sociais/previdenciários e de saúde pela redução de acidentes (Lopes; Martinez 
Filho, 2010). 
TEMA 5 – EXAME DE PROJETO 
O processo de auditoria de segurança viária envolve a avaliação 
sistemática do projeto proposto. O auditor identifica os problemas de segurança 
e propõe melhorias nos seguintes estágios: 
1. estudos de viabilidade, anteprojeto e detalhamento do projeto 
(planejamento); 
2. obras de construção (execução); 
3. operação, manutenção e fiscalização do projeto implantado. 
NA PRÁTICA 
O Observatório Nacional de Segurança Pública divulga estatísticas que 
colaboram para o monitoramento da frota, das rodovias, das mortes no trânsito 
e dos custos decorrentes dos acidentes nos estados da federação. 
Os dados podem auxiliar na tomada de decisão dos gestores públicos. 
FINALIZANDO 
Nesta aula tivemos um breve contato com as questões relacionadas a 
Engenharia de Segurança no Trânsito e sua colaboração para a redução de 
acidentes. 
 
 
 
8 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Vida no Trânsito. Brasília: Ministério da 
Saúde; Universidade Federal de Goiás, 2015. 
ENGENHARIA de Segurança Viária: Transporte Sustentável Salva Vidas. 
Embarq Brasil. Disponível em: <http://wricidades.org/sites/ 
default/files/Manual%20Seguran%C3%A7a%20Viaria.pdf>. Acesso em: 26 out. 
2017. 
FLORES, G. Moto ser perigosa é uma falácia. Portal do trânsito, 26 jun. 2015. 
Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/opiniao/transito-na-internet/moto-
ser-perigosa-e-uma-falacia/>. Acesso em: 26 out. 2017. 
LOPES, D. L.; MARTINEZ FILHO, A. Auditoria de Segurança Viária. 
Companhia de Engenharia de Tráfego, 2010. Notas técnicas. 
LUICĂ, P. “Avoid-shift-improve” concept is important for sustainable transport 
development. Railway Pro, 27 mar. 2014. Disponível em: 
<http://www.railwaypro.com/wp/avoid-shift-improve-concept-is-important-for-
sustainable-transport-development/>. Acesso em: 26 out. 2017. 
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Global sobre o 
Estado da Segurança Viária 2015. Disponível em: 
<http://www.who.int/violence_injury_ 
prevention/road_safety_status/2015/Summary_GSRRS2015_POR.pdf?ua=1>. 
Acesso em: 26 out. 2017. 
VASCONCELLOS, E. A. Riscos no trânsito, omissão e calamidade: impactos 
do incentivo à motocicleta no Brasil. São Paulo, 2013.

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