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SEGURANÇA PÚBLICA E TRÂNSITO - V

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SEGURANÇA PÚBLICA E 
TRÂNSITO 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Diego Nogueira 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O objetivo desta aula é discutir a necessidade de se fortalecer uma cultura 
de segurança no trânsito, apresentando o Plano Nacional de Ações pela 
Segurança no Trânsito 2011-2020 e o Programa Vida no Trânsito. 
Serão discutidos os seguintes temas: 
1. A Segurança no Trânsito 
2. A Cultura no Trânsito 
3. Plano Nacional de Ações pela Segurança no Trânsito 2011-2020 
4. Programa Vida no Trânsito 
5. Segurança no trânsito: responsabilidade de todos. 
TEMA 1 – SEGURANÇA NO TRÂNSITO 
Conforme levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS), as lesões causadas pelo trânsito apresentam uma alta carga de 
morbimortalidade em todo o mundo. O Banco Mundial e o Instituto de Métrica 
em Saúde e Avaliação dos Estados Unidos apontam que “os meios de 
transportes motorizados são responsáveis por um total de quinze milhões de 
mortes e 79,6 milhões de anos de vida saudáveis perdidas anualmente. A carga 
de doenças das lesões causadas pelo trânsito aumentou 46% na última década 
e as mortes atribuíveis à poluição do ar” (Brasil, 2015, p. 9). Ainda: “[a]s colisões 
de veículos resultaram em 1,3 milhões de mortes e 78,2 milhões de lesões não 
fatais em todo o mundo no ano de 2010” (Brasil, 2015, p. 9). 
Quadro 1 – Alteração na ordem de classificação para as 10 causas principais de 
morte no mundo, 2004-2030 
 
Fonte: OMS, 2009. 
 
 
3 
É latente que esses reflexos causados pelo trânsito são um problema 
provocado pelo ser humano, e podem ser previstos e prevenidos por 
intervenções de segurança no trânsito. Os dados alarmantes expõem a 
necessidade de o gestor público democrático construir de forma sustentável o 
futuro de nossos meios ambientes. 
Importante que os gestores tenham a consciência de que a segurança no 
trânsito deve ser compreendida como uma responsabilidade multissetorial e de 
saúde pública, devendo ser constantemente avaliada por esta última em quatro 
momentos inter-relacionados: 
1. vigilância (qual é o problema?); 
2. identificação dos fatores de risco (quais são as causas?); 
3. desenvolver e avaliar intervenções (o que funciona, ou pode ser uma 
medida adotada com certo efeito?); 
4. execução (como fazer?). 
Para se ter uma ideia do nível de gravidade desse assunto, no Brasil, a 
cada 100 mil habitantes, cerca de 20 morrem por causa do trânsito por ano. Na 
Suécia, por sua vez, a mesma estatística soma apenas três habitantes (Corrêa, 
2013). Conforme dados do Ministério da Saúde, em 2015 o Brasil teve 37.306 
óbitos e 204.000 feridos hospitalizados. 
TEMA 2 – CULTURA NO TRÂNSITO 
Diante do cenário caótico em que nos encontramos quando o assunto é 
acidente de trânsito, vemos que as medidas repressivas e fiscalizatórias, tão 
somente, são insuficientes para a mudança do status quo. O Brasil necessita 
implementar uma cultura de educação de trânsito, acordar para a importância 
de ter uma um trânsito organizado e seguro, que poupe vidas e dinheiro público. 
Os países que obtiveram bons resultados na busca de um trânsito melhor, 
sobretudo os europeus, norte-americanos e alguns asiáticos, apostaram 
fortemente na visão sistêmica do trânsito, notadamente no binômio educação-
fiscalização (Corrêa, 2013, p. 242). 
A cultura de segurança no trânsito deve priorizar a segurança e diminuir 
os acidentes, gerando economia de recursos. O Estado, por meio do Sistema 
Nacional de Trânsito, tem papel relevante no combate à violência do trânsito 
(Corrêa, 2013, p. 244). 
 
 
4 
Porém, as universidades possuem um grande potencial na ampliação do 
conhecimento em segurança, e nesse cenário criam-se experiências educativas, 
culturais e científicas, que articularam ensino, pesquisa e extensão, estimulando 
assim a cultura de segurança do trânsito (Oshira, 2017). 
Trânsito é uma questão de educação, e a cultura de segurança tem o 
propósito de mudar mentalidades, pois é uma lição para todos os aspectos da 
sociedade. A determinação dos cidadãos pode falar mais alto e conseguir 
prevalecer. O agrupamento de pessoas por uma causa – por meio de ONGs ou 
não – mostra a força da sociedade na responsabilidade social de criar um trânsito 
muito mais seguro (Corrêa, 2013, p. 28). 
TEMA 3 – PLANO NACIONAL DE AÇÕES PELA SEGURANÇA NO TRÂNSITO 
2011-2020 
A construção do Plano Nacional de Segurança no Trânsito 2011-2020 tem 
origem na 1ª Conferência Ministerial Mundial sobre Segurança no Trânsito, 
realizada em novembro de 2009 em Moscou, na Rússia (Silva, 2011). 
A Declaração de Moscou lavrada no evento busca estimular a aplicação 
das recomendações dos Informes Mundiais daquele ano, convidando a 
Assembleia Geral da ONU a declarar a "Década de Ação para a Segurança 
Viária 2011-2020”, visando estabilizar e reduzir a mortalidade no trânsito (Silva, 
2011). 
Cinco pilares básicos de atuação foram propostos: 
1. Gestão de Segurança no trânsito; 
2. Infraestrutura Viária Adequada; 
3. Segurança Veicular; 
4. Comportamento/Segurança do Usuário; 
5. Atendimento pré- e pós-hospitalar. 
O Brasil instituiu então o Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, 
Segurança e Paz no Trânsito por meio do Decreto n. 11.347, 19 de setembro de 
2007, visando à implementação do Plano Nacional de Segurança no Trânsito 
para a década 2011-2020 com os seguintes eixos de atuação: gestão; 
fiscalização; saúde; infraestrutura; segurança veicular; educação. 
O comitê é composto de diversos órgãos e entidades de governo, a saber: 
 Ministério da Saúde; 
 
 
5 
 Casa Civil da Presidência da República; 
 Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; 
 Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; 
 Ministério das Cidades; 
 Departamento Nacional de Trânsito; 
 Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana; 
 Ministério da Justiça; 
 Departamento de Polícia Rodoviária Federal; 
 Ministério dos Transportes; 
 Secretaria de Política Nacional de Transporte; 
 Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; 
 Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência; 
 Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa. 
Outro programa, mais efetivo, o Pacto Nacional pela Redução de 
Acidentes no Trânsito é uma ação do Governo Federal lançada em 11 de maio 
de 2011 pelo Ministério da Saúde e Ministério das Cidades, que visa estreitar a 
parceria com a sociedade civil organizada e provocar articulações intersetoriais. 
Continuando o esforço nacional para cumprimento da agenda globalizada 
é criado o Observatório Nacional de Trânsito, visando, de acordo com Silva 
(2011): 
 Produzir análise sobre situação, tendências e cenários sobre 
acidentes de trânsito e fatores de risco/proteção, com informações 
oriundas do sistema integrado de informações alimentadas pelas 
áreas de trânsito, segurança pública, saúde e previdência; 
 Identificar os principais problemas relacionados à segurança no 
trânsito; 
 Desenvolver programas de estudos e investigações sobre 
segurança viária, violência e prevenção de acidentes e lesões 
mortes no trânsito; 
 Fazer revisão de políticas e experiências exitosas de promoção da 
segurança no trânsito; 
 Propor recomendações de intervenções aos órgãos envolvidos com 
a saúde e segurança no trânsito; e 
 Monitorar e acompanhar as ações do plano da Década 2011-2020. 
Destacam-se, ainda, as ações concretas realizadas no eixo saúde do 
Plano Nacional, a saber: 
1. Implementação da Vigilância de Lesões, Mortes, condicionantes e 
determinantes dos acidentes de trânsito – produção e qualificação da 
informação; 
 
 
6 
2. Prevenção e Promoção da Saúde e Paz no trânsito – Ampliação e 
consolidação do Projeto Vida no Trânsito; 
3. Implementação da Rede de Atenção às Urgências (RAU) com priorização 
das vítimas do trânsito (ênfase emmotociclistas) – Rede Saúde Toda 
Hora; 
4. Ampliação e consolidação do atendimento de reabilitação das vítimas em 
articulação com o componente de Atenção à Saúde do Plano Nacional 
para as Pessoas com Deficiência; 
5. Ampliação da atenção psicossocial das vítimas do trânsito em 
conformidade com a Rede de Cuidados em Saúde Mental, Álcool, Crack 
e Outras Drogas. 
TEMA 4 – PROGRAMA VIDA NO TRÂNSITO 
Tida como a primeira iniciativa governamental de engajamento do setor 
de saúde na vigilância dos acidentes de trânsito, visando à prevenção das lesões 
e mortes, bem como a promoção de saúde e cuidados integral às vítimas de 
acidente de trânsito. Foi estabelecida pela Portaria GM/MS n. 737, de 16 de maio 
de 2001. 
O programa tem como objetivo promover intervenções efetivas de 
segurança no trânsito que apresentem evidência na redução de mortes e feridos 
graves (Brasil, 2015, p. 29). 
As intervenções prioritárias são voltadas para o aumento do uso do cinto 
de segurança, redução de velocidade, aprimoramento da legislação e aumento 
da fiscalização sobre “beber e dirigir”, uso de capacete, transporte urbano 
sustentável e melhoria da infraestrutura viária (Brasil, 2015, p. 29). 
O início do Programa Vida no Trânsito (PVT) foi a iniciativa proposta pela 
Blomberg Philantropies denominada Safety Program, que assumiu o 
compromisso de investir 125 milhões de dólares em dez países, de média e 
baixa renda, que apresentam maior carga de mortalidade causada pelo trânsito 
entre todos os países do mundo (Bloomberg Philantropies, 2013, citado por 
Brasil, 2015, p. 29). 
Em 2009, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Saúde, foi 
convidado e aceitou que o país participasse da iniciativa. No Braisl, o programa 
teve início no ano 2010, com o nome Programa Vida no Trânsito. É coordenado 
pelo Ministério da Saúde, em cooperação técnica com a Organização Pan-
 
 
7 
Americana da Saúde (OPAS). Foi estruturada uma Comissão Interministerial 
para apoiar as ações do programa, implantado, inicialmente, em cinco capitais: 
Palmas, Teresina, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande, cada uma 
representando uma das cinco macrorregiões do país. 
TEMA 5 – SEGURANÇA NO TRÂNSITO: UMA RESPONSABILIDADE DE 
TODOS 
A segurança pública, conforme prevê a Constituição Federal, é dever do 
Estado, mas também um direito e responsabilidade de todos (art. 144, caput). 
O Código de Trânsito Brasileiro afirma logo no art. 1º, em seu parágrafo 2º, que 
o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e 
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito. 
O envolvimento da sociedade civil organizada para consecução de um 
trânsito mais seguro tem se mostrado fundamental. Trazemos para 
conhecimento um exemplo de boa prática desenvolvido pela empresa Volvo. 
O Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), lançado em 1987, contribui 
com ações de pesquisa e estatísticas, traduzindo e implementando na empresa 
a norma ISO 39001, que trata da gestão de segurança viária. O programa 
também edita o Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, que conta com 
informações detalhadas de todas as rodovias federais do país no período de 
2007 a 2015. 
NA PRÁTICA 
A conhecida Lei Seca trata de diversas alterações legislativas do Código 
de Trânsito Brasileiro sobre o tema, configurando uma política pública que tem 
reduzido drasticamente o número de motoristas flagrados alcoolizados. 
Observe a seguinte passagem do Código de Trânsito e suas alterações 
sobre o tema: 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis 
decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância 
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer substância 
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica: 
(Redação dada pela Lei nº 11.275, de 2006) 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir; 
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de 
condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. 
 
 
8 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra 
substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada 
pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 
12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de 
condutor habilitado e recolhimento do documento de 
habilitação. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 
9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. 
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada na forma 
do art. 277. 
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso 
de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada 
pela Lei nº 12.760, de 2012) 
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia 
ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou 
outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: 
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 
2016) (Vigência) 
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e 
retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270. (Incluído 
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em 
caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Incluído pela 
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
(...) 
Art. 276. A concentração de seis decigramas de álcool por litro de 
sangue comprova que o condutor se acha impedido de dirigir veículo 
automotor. 
Parágrafo único. O CONTRAN estipulará os índices equivalentes para 
os demais testes de alcoolemia. 
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita 
o condutor às penalidades previstas no art. 165 deste Código. 
(Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Regulamento 
Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as 
margens de tolerância para casos específicos. (Redação dada pela Lei 
nº 11.705, de 2008) 
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por 
litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 
165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância 
quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, 
observada a legislação metrológica.(Redação dada pela Lei nº 12.760, 
de 2012) 
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente 
de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de 
haver excedido os limites previstos no artigo anterior, será submetido 
a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia, ou outro exame que 
por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo 
CONTRAN, permitam certificar seu estado. 
Parágrafo único. Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita 
de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos. 
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente 
de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de 
 
 
9 
dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, 
exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicosou 
científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam 
certificar seu estado. (Redação dada pela Lei nº 11.275, de 2006) 
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de 
trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido 
a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios 
técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita 
certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que 
determine dependência. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
§ 1o Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de 
substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos.(Renumerado 
do parágrafo único pela Lei nº 11.275, de 2006) 
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
§ 2o No caso de recusa do condutor à realização dos testes, exames e 
da perícia previstos no caput deste artigo, a infração poderá ser 
caracterizada mediante a obtenção de outras provas em direito 
admitidas pelo agente de trânsito acerca dos notórios sinais de 
embriaguez, excitação ou torpor, resultantes do consumo de álcool ou 
entorpecentes, apresentados pelo condutor. (Incluído pela Lei nº 
11.275, de 2006) 
§ 2o A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser 
caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de outras 
provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, 
excitação ou torpor apresentados pelo condutor. (Redação dada pela 
Lei nº 11.705, de 2008) 
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada 
mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na 
forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora 
ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. 
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
§ 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas 
estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a 
se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
 § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas 
estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se recusar 
a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
(...) 
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência 
de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial 
a incolumidade de outrem: 
 Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com 
concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) 
decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 
11.705, de 2008) Regulamento 
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora 
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância 
psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei 
nº 12.760, de 2012) 
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor. 
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência 
entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do 
crime tipificado neste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído 
pela Lei nº 12.760, de 2012) 
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de 
sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar 
alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
 
 
10 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração 
da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012). 
(Brasil, 1997) 
FINALIZANDO 
Nesta aula tivemos um breve contato com as questões relacionadas a 
apresentação dos temas Segurança no Trânsito, Cultura no Trânsito, Plano 
Nacional de Ações pela Segurança no Trânsito 2011-2020 e Programa Vida no 
Trânsito. 
 
 
 
11 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Vida no Trânsito. Brasília: Ministério da 
Saúde; Universidade Federal de Goiás, 2015. 
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
CORRÊA, J. Pedro. Cultura de Segurança no Trânsito: Casos Brasileiros. 
Curitiba: SK, 2013. 
MOHAN, D.; TIWARI, G.; KHAYESI, M.; NAFUKHO, F. M. OMS – 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção de lesões causadas pelo 
trânsito: Manual de treinamento. [s.l.]: Organização Mundial da Saúde – OMS, 
2011. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevencao_lesao_causadas_transi
to.pdf>. Acesso em: 25 out. 2017. 
OSHIRA, A. P. T. Cultura de segurança no trânsito – todos temos um papel 
essencial! Veltec, 26 jun. 2017. Disponível em: <https://veltec.com.br/cultura-de-
seguranca-no-transito-todos-temos-papel/>. Acesso em: 25 out. 2017. 
SILVA, M. Plano Nacional de Ações pela Segurança no Trânsito 2011-2020. 
Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde, 2011. Disponível em: 
<http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublicodl/Temas/Educa
cao/vida-no-transito-publicacoes-
2013/BH_Encontro%20TCC_PLANO%20DA%20D% 
C3%89CADA%20DE%20SEGURAN%C3%87A%20VI%C3%81RIA_30%2009
%202011.pdf>. Acesso em: 25 out. 2017. 
VOLVO. Programa Volvo de Segurança no Trânsito. O que nos une no 
transporte é a segurança. Disponível em: 
<http://www.volvogroup.com/SiteCollectionDocuments/Volvo%20AB/country_sit
es/Brasil/documents/sustentabilidade/Folder%20PVST%202013.pdf>. Acesso 
em: 25 out. 2017.

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