Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Bruno Jaegger Laranjeira Estudo dirigido Microbiologia II 1. O que é transmissão vertical e horizontal? Transmissão vertical: infecção do genitor para os filhos Transmissão horizontal: infecção por contágio. 2. Como se dá a transmissão horizontal? Exemplifique. A transmissão horizontal ocorre quando a infecção é transmitida de qualquer segmento de uma população para outro. A transmissão horizontal pode ser direta ou indireta. Na transmissão horizontal direta, um hospedeiro suscetível adquire uma infecção tanto por contato físico com um hospedeiro infectado quanto pelo contato com secreções infectadas. A transmissão horizontal indireta envolve um veículo intermediário, vivo ou inanimado, que transmite a infecção entre hospedeiros infectados e suscetíveis. 3. O que é uma infecção: a. Aguda? Indica a produção rápida de vírus seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. b. Persistente? A infecção persistente é aquela que, como o próprio nome diz, se manteve, apesar dos procedimentos de desinfecção e das alterações drásticas do microambiente, após a utilização de medicações intracanais, substâncias irrigadoras e da ação de instrumentos mecânicos. c. Persistente Crônica? O vírus é continuamente replicado e excretado. d. Persistente lenta? Caracteriza-se por longos períodos de incubação. O desenvolvimento da doença tem um curso longo, progressivo e frequentemente fatal. e. Latente? O vírus persiste numa forma "não infecciosa” com períodos intermitentes de reactivação. O período de latência de uma virose é definido como o período em que o vírus permanece no organismo sem provocar manifestações clínicas. Geralmente no período de latência não há detecção de partículas virais. 4. O que é período de incubação, período prodrômico e período de infecciosidade? Período de incubação: é o intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um gente infeccioso e o surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença. Período prodrômico: lapso de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas, que baseia o estabelecimento do diagnóstico. 5. Cite 3 benefícios dos vírus. 6. Quais as propriedades dos vírus que diferenciam dos outros microorganismos? Não possuem células, são seres microscópicos, possuem estrutura simples, são parasitas intracelulares, parasitam determinados tipos de células, se reproduzem em células vivas, provocam doenças chamadas de viroses, podem sofrer mudanças e evoluir. 7. O que é: a. Vírion? É uma partícula de vírus infecciosa, constituída de ácido nucleico e de uma camada externa de proteínas. b. Capsídio? É uma camada externa de proteínas que envolve a partícula viral e em cujo interior se encontra o ácido nucleico. c. Nucleocapsídeo? Uma estrutura viral composta peço capsídeo e pelo genoma do vírus, o ácido nucleico. d. Envelope? É uma estrutura presente na parte externa da maioria dos vírus, é formada principalmente glicoproteína, glicolipídeos e fosfolipídeos o envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais. 8. Quais as funções do capsídio? Proteger, transportar e entregar seu genoma viral. 9. Quais as características do envelope? Envelope é composto de duas camadas lipídicas intercaladas com moléculas de proteína (bicamada de lipoproteínas) e pode conter material da membrana de uma célula hospedeira da qual o vírus saiu. 10. Quais as funções das proteínas virais? Elas protegem o ácido nucleico, ligam-se a receptores nas células, penetram a membrana celular, ajudam a replicar o ácido nucleico (alguns), iniciam o programa de replicação e modificam a célula hospedeira. 11. Quais as patologias causadas pelos vírus? Os vírus são responsáveis por causar várias patologias, entre elas está a AIDS, herpes, hepatite, dengue, febre amarela, gripe, HPV, coronavírus, poliomielite, ebola, varíola, raiva, caxumba, catapora, rubéola, mononucleose infecciosa, sarampo. 12. Quais as mudanças que ocorrem causadas pelo efeito citopático viral? Ocorrem mudanças morfológicas, mudanças nucleares como picnose, alterações na estrutura nuclear, marginação da cromatina. Também ocorre mudanças na membrana celular o aumento da permeabilidade, tendência a aglutinar e expressões de um novos antígenos, e a fusão com células não infectadas corpúsculos de inclusão, além de mudanças necróticas e degenerativas. 13. Quais os tipos de corpúsculos de inclusão em células infectadas por vírus? CI intracitoplasmáticos (vaccinia) CI intranucleares (herpesvírus com formação de sincícios) CI intracitoplasmáticas perinucleares (reovírus) CI intranucleares (adenovírus) CI intracitoplasmáticos (rhabdovírus) CI intracitoplasmáticos e intranucleares (morbilivírus com formação de sincícios). 14. Qual a importância do diagnóstico laboratorial das infecções virais? A importância do diagnóstico laboratorial, é que tem como confirmar a partir desse diagnósticoatravés da identificação do vírus e definir o processo patológico, assim monitorando a doença do ponto de vista epidemiológico. 15. Quais as técnicas utilizadas para o isolamento viral? Isolamento viral em cultura celular, isolamento viral em ovos embrionados e microscopia eletrônica de transmissão. 16. Quais os efeitos citopáticos observados em culturas de células? E qual a reação deve ser feita caso o vírus não apresente efeito citopático? O efeito citopático é o dano que o vírus causa a célula, e os principais efeitos é a lise celular, arredondamento, vacuolização, formação de sincícios, inclusões, picnose, apoptose. Caso o vírus não apresente efeito citopático deve ser feito algum teste de hemadsorção ou hemaglutinação. 17. O que é sorologia? Qual a informação dada por esse exame sobre o hospedeiro em relação ao vírus? É a parte da imunologia que faz o estudo in vitro das reações que ocorrem entre antígeno e anticorpo do soro. O exame detecta classe de anticorpos IgM e IgG, e também a pesquisa de infecção prévia e aguda. 18. Quais as técnicas utilizadas para detecção dos vírus ou dos antígenos virais? Teste de Elisa Western Blot Imunofluorescência Teste de aglutinação do látex Teste de inibição da hemaglutinação Teste de fixação do complemento 19. Qual a diferença entre imunofluorescência direta e indireta? A Imunofluorescência direta é mais utilizada em histologia e a Imunofluorescência indireta mais em sorologia em humanos e animais. 20. Qual a diferença entre o ELISA direto e indireto? Elisa Direto: Quando o antígeno/alvo está ligado na placa, e um anticorpo (AC) primário já conjugado com um emissor de cor ou fluorescência é colocado diretamente sobre o alvo. A sensibilidade deste tipo de ELISA é a mais baixa e quase não é usado. Elisa Indireto: Semelhante ao direto, mas se utiliza um AC secundário marcado. Apresenta maior especificidade no teste, por usar o AC secundário. 21. Quais são as viroses respiratórias? SARS-CoV SARS-CoV-2 Mers-CoV 22. Quais as características genotípicas do vírus Influenza? O vírus da inflenza apresentam maior variabilidade e, portanto, são divididos em subtipos de acordo com as diferenças de suas glicoproteínas de superfície, denominada hemaglutinina e neuraminidase. 23. Qual a função da hemaglutinina e neuraminidase, proteínas de superfície do envelope do vírus Influenza? A função da hemaglutinina é ligar o virião aos receptores das células alvo e é mediadora da fusão das memórias da fusão das membranas viral e celular. Já a neuraminidase é uma enzima ativada na libertação de virões recém-sintetizados pelas células infectadas pelo vírus da Influenza. 24. Quais as características desse vírus que fazem com que ele tenha facilidade de sofrer rearranjos e reagrupamentos do seu material genético? A função principaldos capsídios é proteger o material genético,que normalmente é de apenas um único tipo (DNA ou RNA), apesar de alguns vírus apresentarem os dois tipos (citomegalovírus). Diferente da maioria dos seres vivos, o genoma dos vírus é bastante diferenciado, existindo organismos com DNA de dupla fita, DNA de fita simples, RNA de dupla fita ou RNA de fita simples. Independentemente do tipo de material genético observado, o genoma é organizado, geralmente, na forma de uma única molécula linear ou circular. 25. Qual a diferença entre as variações antigênicas tipo “drift” e variações antigênicas tipo “shift” maiores? Existe dois tipos de mecanismos principais são responsáveis pela mudança contínua na antigenicidade dos vírus da influenza A, e são denominados “shift” antigênico e “drift” antigênico. O drift antigênico é uma alteração antigênica gerada por mutações pontuais e cumulativas nos genes de HA e NA, ocorre como parte da evolução contínua dos vírus da influenza. Esse processo gera novas linhagens de vírus capazes de escapar à neutralização por anticorpos gerados contra linhagens que circulavam anteriormente. O shift antigênico pode ser definido como o aparecimento de um novo vírus influenza tipo A contendo um novo subtipo de HA ou HA e NA, os quais são imunologicamente distintos dos vírus influenza circulantes nas últimas décadas. O shift antigênico ocorre quando vírus de influenza animal, que normalmente infecta reservatórios aviários ou suínos e, que não esteja relacionado ao vírus da influenza que circulam no momento na população humana, é transmitido para o homem. 26. Qual a doença causada pelo vírus Influenza? Doença causada pela Influenza é a gripe que é uma infecção aguda do sistema respiratório, com grande potencial de transmissão, existe quatros tipos de influenza que é A, B, C e D O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus Influenza A responsável pelas grandes pandemias. 27. Qual a prevenção do vírus influenza e qual a indicação dessa prevenção? A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a Influenza. A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina contra a gripe, devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe, por isso todo ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. 28. Porque a gripe aviária, causada pelo Influenza H5N1, tem uma mortalidade tão alta? Por ser um vírus de alto poder de transmissão. A gripe aviária ocorre através de contato direto ou indireto de aves domésticas com aves aquáticas migratórias (principalmente os patos selvagens asiáticos hospedeiros naturais do vírus). Tanto as aves quanto os seres humanos se infectam por inalação ou ingestão do vírus presente nas fezes e secreções das aves contaminadas como tosse, espirro e corrimento nasal. O vírus presente nas aves infectadas contamina a água dos bebedouros, a terra onde são depositadas as fezes, e progressivamente roupas, equipamentos, veículos, etc. A disseminação do vírus pode ser tão extensa que ele pode ser carreado de um lugar para outro até no sapato ou nos pés de roedores contaminados. 29. O Influenza H1N1 tem uma mortalidade maior que o influenza que circula atualmente? Existe alguma diferença gênica entre as estirpes? A maioria da população já deve ter contraído algum tipo de influenza e, uma vez infectado, eleva sua capacidade de resistência (imunidade) contra este vírus. Consequentemente, grande parte das pessoas já possui imunização contra a epidemia da influenza sazonal. 30. Quais os vírus respiratórios classificados na família Paramyxoviridae e quais suas características genotípicas? A família Paramyxoviridae é composta por 3 géneros: Paramixovírus: inclui os vírus parainfluenza (respirovirus) e da parotidite epidémica (rubulavirus). Pneumovírus: inclui o vírus sincicial respiratório (VSR). Morbillivirus: inclui o vírus do sarampo. 31. Quais as características genotípicas do Rinovírus? Os HRVs podem ser classificados em pelo menos três espécies: HRV A, HRV B e HRV C. 32. Quais as características genotípicas do coronavírus? O coronavírus é um genoma representado por uma única molécula de RNA fita simples como material genético, possui polaridade + o que permite que funcione como um mRNA, uma característica peculiar é o tamanho do genoma de aproximadamente 30kb, o qual é o maior genoma de RNA conhecido, o genoma pode ser funcionalmente dividido em duas partes; a primeira corresponde aos 2/3 iniciais contendo um único gene (ORF1 e ORF2) e 1/3 final correspondendo a proteínas acessórias que incluem a proteína da espícula (proteína S). Os 2/3 iniciais se iniciam na extremidade 5´ da molécula e ligam-se aos ribossomos celulares para iniciar a tradução do genoma viral, ou seja, todo o processo acontece no complexo de membranas do citosol. Do primeiro gene surgem uma série de proteínas virais que servirão para a montagem do assim chamado complexo replicase-transcritase que inclui a RpRd (RNA polimerase RNA dependente) entre outras atividades enzimáticas. Após a tradução do genoma viral, iniciam-se vários processos dentre eles a síntese de RNA viral novo. Observa que as moléculas sintetizadas têm polaridade negativainicialmente, servindo apenas como moldes para mais moléculas positivas. Estas últimas se dividem em dois grupos: moléculas completas (full lenght) e fragmentos correspondentes ao 1/3 final do genoma. As primeiras usadas para sua inclusão dentro de novos vírus e as restantes usadas para síntese de mais proteínas virais. 33. Quais os sorotipos do adenovírus responsáveis por causar doença respiratória? Adenovírus são um grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias, como um resfriado comum, a conjuntivite (uma infecção no olho), crupe, bronquite ou pneumonia. Em crianças, geralmente adenovírus causam infecções no trato respiratório e no trato intestinal. 34. Qual o vírus mais prevalente em resfriados comuns? E qual o segundo? Rinovírus e o segundo é o VSR. 35. Por que o tratamento da gripe só é viável nas primeiras 48 horas? Porque embora também possa ser debelada pelo sistema imunológico, devido à agressividade do quadro e ao risco de progressão para a síndrome respiratória aguda grave, não é incomum a prescrição de antivirais para o tratamento dos pacientes, aí sim gripados, de preferência nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. 36. Qual o vírus respiratório responsável por causar a SARS? O SARS (síndrome respiratória aguda grave) é uma doença causada por um vírus da família coronavírus, o SARS-COV. 37. Quais as características genotípicas dos vírus da hepatite A, B, C, D e E? A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. A hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de soro-homóloga, causada pelo vírus B (HBV). A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de “hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue.A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. A hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África. 38. Quais as vias de transmissões das hepatites A, B, C, D e E? HEPATITE A: Fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. HEPATITE B: Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. HEPATITE C: Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicatesde unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings; de mãe infectada para o filho durante a gravidez; sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. HEPATITE D: Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings; HEPATITE E: Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção. 39. Quais os antígenos virais da hepatite B? HBcAg – antígeno do core (capsídeo) HBsAg – antígeno de superfície HBeAg – secretado no soro, menor importância do virion (solúvel). 40. A hepatite B aguda pode evoluir para que tipo de doenonça? E a crônica? A hepatite B aguda pode evoluir de hepatite ictérica para a fulminante (é mais frequente quando associado com o vírus D), já na crônica pode evoluir para uma cirrose ou carcinoma hepatocelular. 41. Quais os marcadores sorológicos da hepatite B e o que indica cada um? No curso da infecção pelo HBV, na maioria do indivíduos, circulam dois antígenos, o HBsAg e O HBeAg. Os antígenos estimulam a resposta imune na pessoa infectada resultando na Circulação de três anticorpos, o anti-HBc (IgM e IgG), o anti-HBe e anti-HBs. São os marcadores Soriologicos da infecção. 42. Quais as provas bioquímicas utilizadas para o diagnóstico da hepatite B? O exame de hepatite B é um exame laboratorial feito por meio da análise de uma amostra de Sangue venoso coletada, geralmente, do braço. A coleta é simples e rápida. Após a coleta, o Sangue será enviado para o laboratório, que irá realizar a análise da presença dos marcadores Anti- Hbs ou HBsAg nessa amostra. 43. Quais os riscos de uma coinfecção do vírus da hepatite B e D? E quais os riscos da superinfecção? A hepatite B e C frequentemente levam à cirrose, fibrose e carcinoma hepatocelular como Complicações. A confecção HBV/HDV aumenta ainda mais o risco para o desenvolvimento deste câncer, ainda que a replicação do HBV seja suprimida pelo HDV. 44. Por que o vírus da hepatite C é responsável por uma grande prevalência de hepatite crônica? Hepatite C crônica é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite C e que durou por mais de seis meses. A hepatite C frequentemente só causa sintomas depois que o fígado foi gravemente danificado. Os médicos diagnosticam a hepatite C crônica com base nos exames de Sangue. 45. Qual a hepatite que apesar de não evoluir para cronicidade, chama atenção por causar hepatite fulminante em mulheres grávidas? Hepatite A
Compartilhar