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Psicologia e Comportamento do Consumidor Psicologia e Comportamento Organizacional Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Esp. Luciana de Sousa Bino Revisão Textual: Profa. Ms. Rosemary Toffoli 5 • Conceito de Psicologia • Áreas de Atuação da Psicologia • Psicologia Organizacional Para melhor interação com o tema, é fundamental que você procure ler os conteúdos teóricos, realizar as tarefas propostas e buscar a complementação com os exercícios. Os temas foram organizados pensando numa sequência que ajuda o raciocínio, vamos rever as principais linhas da psicologia, porém com o foco na psicologia organizacional para depois nos deter no comportamento organizacional. · Nesta unidade, estudaremos o conceito, a fundamentação e os campos da psicologia organizacional. · Você conhecerá a atuação da psicologia organizacional, suas fontes de estudos e contribuição para a estrutura organizacional. · Os temas serão focados no comportamento organizacional e suas relações com o âmbito das dinâmicas organizacionais modernas. Psicologia e Comportamento Organizacional • A Utilização da Psicologia na Gestão • O Comportamento das Pessoas na Organização • Liderança • Motivação • Comunicação 6 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional Administrar uma empresa na nossa atualidade requer dos gestores muito mais que exercícios das funções gerenciais. As mudanças organizacionais, a mudança de comportamento dos clientes, e da concorrência, requerem também habilidades humanas para lidar com situações cotidianas. A compreensão do comportamento individual e das equipes dentro das empresas constitui o estudo sobre o comportamento organizacional. De forma geral tem como foco de investigação temas como: Liderança, motivação, comunicação entre outros. Podemos concluir que o Comportamento Organizacional é uma área de estudo que colabora com a explicação e compreensão do comportamento humano dentro das organizações. Contextualização 7 Definimos a Psicologia como a ciência que estuda o comportamento humano assim como as interações dos organismos com o seu ambiente. Porém dependendo do enfoque e conhecimento de homem que está sendo utilizada, a psicologia pode ter outras denominações, dentre eles: ciência que estuda os seres humanos e seus processos mentais (sentimentos, razão, atitude, pensamentos e emoções). Nesta ciência não se admite estudar corpo e mente separadamente. A psicologia é uma ciência porque é regida pelas mesmas leis do método científico as quais as outras ciências também são regidas, pois busca o conhecimento objetivo com base em fatos empíricos. O seu objeto de estudo mantem relação estreita com a sociologia, antropologia e a biologia, e faz integração como outras áreas, como: medicina, pedagogia e administração. Na área da psicologia existem várias escolas de pensamento. Cada qual com sua metodologia e seu método. As principais são: Psicanálise, Behaviorismo, Funcionalismo e Gestalt. Psicanálise: é a teoria da Psicologia que estuda os processos mentais inconscientes e a estrutura e funcionamento da mente humana. Além disso, a Psicanálise inaugurou um método de investigação chamado método psicanalítico, que é uma prática profissional terapêutica. A psicanálise teve origem na prática clínica do médico e fisiologista Josef Breuer, mas foi criada efetivamente por Sigmund Freud (1856-1939). Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena em 1881, especializou-se em Psiquiatria e trabalhou com Fisiologia e Neuropatologia. Por meio dos seus estudos sobre as doenças psicológicas, como histeria, psicose e neurose, descobriu que existe uma vida psicológica de que não temos acesso conscientemente e que influencia nosso comportamento, nossos pensamentos e escolhas. Termos como: inconsciente, subconsciente, consciente, id, ego e superego, pulsão de vida e pulsão de morte, fazem parte dessa teoria psicológica. Behaviorismo: O termo Behaviorismo foi inaugurado por John Broadus Watson (1878- 1958) em seu artigo intitulado “Psicologia: como os behavioristas a veem”. Essa teoria surge na tentativa de conferir à Psicologia status de ciência. Seu objeto de estudo é o comportamento e suas interações com o ambiente. Utiliza os métodos de observação e experimentação, mas sempre envolvendo os comportamentos observáveis e evitando a auto-observação. Funcionalismo: Um dos principais pensadores do Funcionalismo foi William James (1842-1910). Os Funcionalistas elegem a consciência como foco para análise, eles estão interessados na função da mente e não em sua estrutura. Assim, define a psicologia como uma ciência biológica, interessada em analisar os processos mentais. Consideravam que a mente é um acúmulo de funções e processos que conduzem a experiências práticas. Conceito de Psicologia Símbolo da Psicologia 8 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional Gestalt: psicólogos gestaltistas mais importantes foram M. Wethein; K.Koffka e W. Kohler. Adotavam como método a captação da chamada experiência imediata. Uma das principais contribuições da Gestalt para a Psicologia refere-se à concepção do homem de forma integrada. A teoria afirma que só podemos compreender o homem e a situação dele, por meio do conhecimento de todas as “partes” envolvidas no “todo”. Dessa forma definimos a Psicologia da Gestalt como uma teoria e técnica psicológicas, segundo os quais nosso campo perceptivo se organiza espontaneamente, sob a forma de conjuntos estruturantes e significantes - “formas boas” ou gestalts fortes e plenas (Ginger & Ginger, 1995). Embora a clínica seja a área mais conhecida, existem outras áreas de atuação da psicologia, como veremos nesta síntese. Áreas de atuação Definição Psicologia Clínica Estuda maneiras de lidar com os problemas humanos. Procurando o ajustamento intra e interpessoal, a aprendizagem e leitura do mundo e da realidade dos indivíduos. É muito adequada para o tratamento de psicopatologias e problemas psicossomáticos. Consultório e Clínicas. Psicologia do Esporte Estuda os fatores emocionais que afetam o desempenho dos atletas em competições, treinamentos e campeonatos. O psicólogo esportivo trabalha a ansiedade, concentração, motivação e desenvolvimento intrapessoal e interpessoal. Clubes esportivos Psicologia Escolar Estuda técnicas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, atuando juntamente com a coordenação da escola, professores, funcionários, estudantes e pais. Diferente da psicologia clínica, que tem como foco o indivíduo, está área trabalha a instituição escolar como um todo, sempre dentro de uma perspectiva critica. Psicologia Social A atuação nesta área dá ênfase à interação do individuo com a sociedade. Estuda as influências e os processos cognitivos dessa interação. Psicologia Hospitalar É a atuação do psicólogo dentro dos hospitais, trabalhando com os pacientes e seus familiares. Psicologia Organizacional Seu foco de interesse é estudar e atuar nas relações entre pessoas e organizações. Contribui para o desenvolvimento de ambos. Estuda intervenções necessárias para mudança da realidade institucional. Áreas de Atuação da Psicologia 9 É uma área da psicologia que visa melhorar as condições de trabalho e desenvolvimento dos profissionais. Levantando dados para perceber a demanda e promover mudanças significativas dentro da organização. O profissional de psicologia passa a ter uma importância muito significativa nessa função, pois por meio de seus conhecimentos busca reconhecer a estrutura da organização e levantar um diagnóstico de possíveis problemas, obtendo dessa forma dados estratégicos e procedimento para promover mudanças no ambiente de trabalho. Dentro da empresa o psicólogo se envolverá nos processos de desenvolvimento contínuo, levantamento de necessidades para mensuração de resultados, em projetos de melhoria de qualidade além do acompanhamento da gestão de conhecimento. O papel do psicólogo organizacional é acompanhara rotina das pessoas no ambiente de trabalho, pois é nesses espaços que as dificuldades de relacionamento e desentendimentos aparecem. A utilização da psicologia na gestão de pessoal surge como uma ferramenta para trabalhar temas como liderança, comunicação, motivação, formação de equipes, seleção e desenvolvimento de pessoa entre outros temas. Levando em conta o comportamento das pessoas, os efeitos das condições de trabalho e os aspectos psicológicos e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. A área do comportamento organizacional, acompanhado de estudos e pesquisas diversas, proporciona aos atuais gestores uma ampla obtenção de ferramentas para atingir resultados no desenvolvimento e satisfação das pessoas que compõem a estrutural empresarial. Aspectos como atitude, valores, ética, trabalho em equipe, liderança, motivação, comunicação tornam- se essenciais para um novo modelo de gestão. Preparar o capital humano para lidar com essas questões passou a ser uma exigência para qualquer gestor que deseje alcançar realização e sucesso no mundo dos negócios. Psicologia Organizacional A Utilização da Psicologia na Gestão O Comportamento das Pessoas na Organização 10 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional Robbins (2009, p.6) afirma que: comportamento organizacional é um campo de estudo que investiga o impacto que os indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional. O comportamento organizacional tem como objetivo estudar três determinantes do comportamento dentro das empresas: o individuo, o grupo e a estrutura, e aplica os conhecimentos obtidos nesses campos para buscar a eficácia nas organizações. Para a realização desse estudo é necessário uma abordagem sistemática, não sendo possível seguir somente a intuição, como fazendo no nosso cotidiano quando queremos interpretar o comportamento de um individuo e para isso levamos em conta as nossas experiências pessoais, ou sentimos aquela sensação em relação a uma determinada situação. O estudo sistemático busca as evidências científicas, baseadas em fatos mensuráveis, levantados, controlados, medidos e interpretados de forma rigorosa. Proporcionando consistências fundamentais para a previsibilidade dos comportamentos. Portanto, o estudo mais aprofundado dos principais aspectos do comportamento humano, torna-se indispensável para atingir objetivos nesta área. Para melhor compreender o comportamento organizacional, vamos analisar esses aspectos. A liderança tem sido um tema muito estudado pela psicologia e sociologia, mas na atualidade a administração percebeu a importância de conhecer, aplicar e desenvolver essa habilidade dentro das empresas. O conceito de liderança está relacionado à habilidade que o indivíduo tem de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe geradora de resultados. Inclui nesta habilidade a capacidade de motivar e influenciar os líderados de forma ética e positiva, buscando a contribuição voluntária com entusiasmo e visando conciliar o objetivo da equipe e da empresa. O líder necessita buscar recursos para ser capaz de canalizar a energia dos participantes e dirigi-las para objetivos comuns. Ajustar interesses da empresa com os interesses individuais, focando o desenvolvimento da empresa. Teorias da Liderança Nesta etapa iremos trabalhar as teorias da liderança que mais representam as tendências da nossa atualidade e que tem dado amparo às práticas e politicas de gestão de pessoas. São elas: Teoria Contingencial. Teorias dos Traços e Teorias Comportamentais. Liderança 11 TEORIA CONTINGENCIAL OU SITUACIONAL - os defensores dessa teoria defendem que não existe um modelo universal de liderança, pois para se definir o estilo mais adequado deve ser levado em conta aspectos como o perfil do líder, do líderado e a situação. Essa teoria valoriza a ação do líderado, a motivação e o ambiente, considerando esses elementos como principais dentro do processo de liderança. A eficácia do líder será avaliada pela sua capacidade de adaptação a uma determinada situação e por levar os outros a líderarem a si mesmos. Dessa forma, não depende somente do treinamento do líder, mas também de um ambiente no qual ele possa se desenvolver adequadamente. Essa teoria sustenta a ideia que tudo seja flexível e possa adaptar-se às demandas das situações, inclusive os estilos de líderes, que deverão ser direcionados de acordo com a situação e com os líderados. Para melhor compreender essa teoria, iremos buscar suporte teórico com o modelo de Fiedler, que foi responsável por desenvolver a primeira teoria com base na contingência. Sua fundamentação baseia-se na constatação que não é suficiente avaliar apenas o perfil do líder, mas se torna fundamental estudar as situações em que ele se insere. O bom desempenho do grupo depende do ajustamento que o líder faz das situações, sendo esse comportamento que ajudará na obtenção de bons resultados. Para isso a teoria se apoia na aplicação de uma escala – LPC – que é uma ferramenta que permite identificar se o líder orienta a sua ação perante a equipe baseando-se mais nas tarefas, que se denominou líder instrumental, ou no relacionamento, o líder expressivo. Para avaliar cada caso, é necessário primeiramente identificar o perfil do líder, e para isso usa-se o LPC e posteriormente definir a situação, trabalhando as dimensões Líder/líderados, estrutura da tarefa e a posição de poder. De acordo com Fiedler, a influência e controle do líder serão mais favoráveis, se melhor for o grau de confiança, mais elevada à complexidade das funções e mais forte for o poder do líder. Fiedler chega à conclusão que os líderes instrumentais tendem a alcançar resultados mais significativos em situações extremas, já os líderes expressivos, obtém maiores resultados nas situações mais moderadas. TEORIA DOS TRAÇOS – tem como fundamento de que os líderes possuem traços de personalidade que os ajudam no desenvolvimento do seu papel. Vê a liderança como resultado de uma combinação de traços, dando maior ênfase as qualidades pessoais do líder. Enfatiza qualidades intrínsecas da pessoa, permitindo-se pensar que o líder já nasce como tal, não dando possibilidade de desenvolvimento pessoal. Bryman (1992) cita três tipos de traços: √ Fatores físicos – altura, peso, aparência física e idade. Tais características poderiam facilitar a desempenho do líder. 12 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional √ Habilidades – conhecimento adquirido, fluência verbal, escolaridade e inteligência. São características que atrairiam a atenção para o líder. √ Aspectos da personalidade – introversão, extroversão, dominância, ajustamento pessoal, autoconfiança e sensibilidade interpessoal. Esses fatores podem não serem inatos, mas podem ser adquiridos por meio do autoconhecimento e amadurecimento. Essa teoria predominou entre 1920 a 1950, e muito colaborou para as pesquisas da época, mas começou a perder força quando os questionamentos a respeito do fato que somente é líder aquele que nasce líder, ia contra os estudos que falavam do desenvolvimento do potencial humano. A partir daí até por volta dos anos 60, as pesquisas sobre liderança começaram a enfatizar a teria Comportamental. TEORIAS COMPORTAMENTAIS - nesta teoria os pesquisadores procuraram estudar o que os líderes faziam para tentar descobrir o que caracterizava o comportamento de liderança. Defendia que os comportamentos poderiam ser aprendidos e, portanto as pessoas poderiam ser treinadas para serem líderes eficientes. Os estudos levavam os pesquisadores a acreditarem que a liderança eficaz dependia não de um determinado conjunto de traços, mas principalmente se esses traços estavam de acordo com o que a situação problema exigia. Para tanto eles acabaram concentrando a atenção para os estudos de dois aspectos do comportamentode liderança: √ Funções de liderança – onde foi verificado que para um grupo funcionar bem necessita que sejam realizadas as execuções de tarefas e a manutenção do grupo. Quando um líder consegue desempenhar bem essas duas funções ele está praticando a liderança eficaz. √ Estilos de liderança – os estudiosos do assunto White e Lippit pesquisaram o impacto causado por três estilos de liderança: autocrático, democrático e liberal. Os resultados obtidos demonstraram que grupos submetidos à liderança Autocrática, apresentavam maior volume de trabalho, porém com sinais de tensão, agressividade e frustração. Os grupos sob liderança liberal, não apresentavam rendimento quanto à quantidade de execução de tarefas e sua qualidade era baixa, além de demonstração de individualismo e desagregação. Com a liderança democrática, percebeu-se que a quantidade não era o foco principal do grupo, porém a qualidade e o clima de satisfação e integração eram muito superiores. Fatores que contribuíam para o aumento de comprometimento do grupo. Esses estudos trouxeram a reflexão à identificação de relações consistentes entre o comportamento de liderança e o desempenho do grupo. Fonte: Thinkstock.com. 13 Na nossa atualidade talvez seja um dos temas mais discutidos no meio administrativo, e principalmente na gestão de pessoas. Fala-se de treinamento, cursos de capacitação, é matéria de faculdade e pós-graduação. Enfim muito se discute o assunto, porém ainda percebemos a dificuldade em colocar na prática essa ferramenta. A motivação tornou-se um investimento que as empresas buscam para tentar melhorar o desempenho da equipe e dessa forma buscar aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho. Porém para obtenção de resultados é necessário conhecer o tema e sua amplitude para saber como aplicar de forma inteligente na sua equipe. Muitas pessoas entendem de forma incorreta a motivação, achando, por exemplo, que os funcionários desmotivados são na verdade folgados e preguiçosos. Mas os estudos nos mostram que isso não é verdade, uma vez que a motivação é a interação do indivíduo com a situação. Robbins (2009) define motivação como o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para alcance de um objetivo. O resultado alcançado dependerá do esforço que a pessoa se dispõe, de quanto tempo conseguirá manter-se nesse objetivo e o direcionamento que ela dará a esses esforços, só o esforço por si só sem planejamento, de nada resultará. Teorias sobre Motivação TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES - uma das teorias mais conhecidas sobre motivação. Foi introduzido pelo psicólogo comportamental Abraham Maslow e se refere a uma pirâmide representativa das necessidades humanas. Maslow pontuou que todo comportamento pode ser explicado pelas suas necessidades e desejos. Quando uma necessidade é o foco do individuo ela torna-se um estímulo à ação, moldando o seu comportamento. De acordo com essa teoria o comportamento humano é explicado por cinco níveis de necessidades, disposta em ordem hierárquica, como ilustrado a seguir: Motivação Highlight 14 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional Hierarquia da Necessidades de Maslow Necessidade Fisiológica – neste grupo encontram-se os requisitos para a sobrevivência – alimentação, respiração, reprodução, descanso e abrigo, são alguns exemplos dessas necessidades. Necessidades de segurança – referem-se à estabilidade ou manutenção do que já possui. Exemplos dessa classe: segurança física pessoal, segurança financeira, saúde e bem-estar. Necessidades Sociais e de Amor – refere-se aos aspectos relacionados à emoção e a necessidade de sentirem-se aceitos. São exemplos: Amizade, convivência social e participação em clubes e entidades de classes. Necessidades de Estima – refere-se à necessidade de ser reconhecido. A satisfação dessa necessidade leva a sentimentos de autoconfiança, autorrespeito e autoestima. Necessidades de Autorrealização – surge somente quando as demais necessidades foram satisfeitas. Tem relação com a realização do potencial máximo do ser. TEORIA X E TEORIA Y – Douglas Mc Gregor propôs duas visões distintas do ser humano: uma positiva e outra negativa. Essas conclusões partiram das observações da forma como os executivos tratavam seus funcionários. A teoria X tem como premissas: √ Os funcionários não gostam de trabalhar e que sempre procurarão evita-lo. √ Precisam ser coagidos e controlados com punições para dessa forma atingirem algum objetivo. √ Os funcionários preferem orientações formais e direitas e evitam responsabilidades √ Busca somente a própria segurança e possuem pouca motivação. A teoria Y tem como premissas: √ O trabalho é tão natural como se divertir. 15 √ As pessoas quando estão comprometidas com os objetivos demonstram auto-orientação e auto-controle. √ Aceitam e até buscam responsabilidades. √ São pessoas inovadoras e sempre buscam as melhores soluções para os problemas da empresa. √ Possuem capacidade de se autogerirem nas tarefas que visam alcançar objetivos. Sem necessidades de ameaças ou punições. √ Somente fazem aquilo que acreditam. Sendo assim, percebe-se que na teoria X o ser humano é motivado pelo menor esforço, e necessita de acompanhamento por parte do líder. Já na teoria Y, as pessoas são motivadas pelo máximo esforço, demandando uma participação mais significativa nas decisões. A Comunicação quando utilizada corretamente torna-se uma ferramenta muito importante para a integração de qualquer grupo de trabalho. É por meio dela que se desenvolvem negócios, resolvem-se problemas e busca lidar com os desafios do cotidiano. Fonte: Thinkstock.com. A comunicação é o processo de transmitir uma informação de um indivíduo para o outro. Porém é extremamente necessário que haja compreensão da informação. Segundo Chiavenato (2009), Comunicação é a troca de informações entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Comunicação Highlight 16 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional O processo de comunicação pode ser bem compreendido estudando o seu fluxo. A mensagem para ser transmitida passa do emissor para o receptor, por meio de um canal, será então descodificada por este que dará o retorno ao emissor. Veremos isso com mais detalhes. 1. Emissor – também chamada de fonte, é a pessoa que almeja comunicar uma mensagem. 2. Mensagem – é a informação que o emissor deseja transmitir, para isso necessitara de um canal adequado para que não ocorram ruídos na comunicação. 3. Canal – meio pelo qual a mensagem é enviada. 4. Receptor – é quem recebe a informação, descodifica e dar o Feedback. 5. Feedback – retorno da ação do receptor a mensagem enviada. Podemos dizer que a comunicação será eficaz quando a compreensão do receptor coincide com o significa que o emissor pretendia transmitir. Mas no decorrer seu processo podem acontecer algumas perturbações que prejudicam o entendimento das informações, que chamaremos de ruídos. Fonte: Thinkstock.com. Segundo Robbins (2009), o ruído é identificado na comunicação humana como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a compreensão da mensagem em seu fluxo: emissor x receptor e vice-versa. Isso significa que nem sempre aquilo que o emissor deseja informar é precisamente aquilo que o receptor decifra e compreende. Há várias barreiras interpessoais e intrapessoais que tanto podem ajudar como dificultar a decodificação da mensagem. Citaremos a seguir algumas delas. Filtragem – refere-se a mensagens condensadas e sintetizadas para que o receptor não se sinta sobrecarregado com os dados. Podemos esclarecer dizendo que o emissor usa dos seus interesses e percepções para transformar a mensagem naquilo que o receptor precisa saber. Muitas vezes deixando de lado detalhes importantes. Percepção Seletiva – quando o receptor projeta seus interesses e expectativas ao decodificara mensagem recebida. 17 Sobrecarga de Informação – muitas informações transmitidas ao receptor, provavelmente fará com que ele selecione as informações, ignorando ou esquecendo dados. Essa é uma queixa muito comum nas organizações e que deve ser levada em conta, pois já sabemos que o ser humano tem uma capacidade finita de processar informações, portanto não será produtivo transmitir tantas informações juntas e as vezes desconexas, ou seja, assuntos diferenciados em uma mesma mensagem. Defesa – as pessoas que se sentem ameaçadas com a informação transmitida tende a se defender e consequentemente reduzir sua capacidade interpretativa, fazendo dessa forma ataques verbais, comentários sarcásticos e pré-julgamento que dificultará o processo de comunicação. Linguagem – a escolha errada da linguagem pode ser uma grande barreira na hora de transmitir a mensagem, portanto aspectos como idade, educação e o histórico cultural das pessoas pode contribuir muito para a eficácia da decodificação. Por tanto para o emissor ser eficaz na sua comunicação é necessário utilizar a linguagem adequada, oferecer a sua escuta, ter empatia na comunicação, parar para refletir durante o processo e dar feedback da mensagem. Ao cuidarmos de melhorar a nossa comunicação estaremos solucionando muitos problemas dentro das organizações, proporcionando ambientes mais leves e motivados, além de proporcionarmos produtividade e gerar crescimento organizacional. O profissional que faz uso corretamente da comunicação consegue colocar seu ponto de vista de forma seguro, não ofensiva e passa a informação que deseja. 18 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional O material abaixo mencionado o ajudará a aprofundar no tema e a refletir sobre a sua prática no campo profissional. Material Complementar 1. Como Liderar a Geração Y http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7599/como-liderar-a- geracao-y.html 2. O Perfil Humano das Novas Lideranças http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7656/o-perfil-humano- das-novas-liderancas.html 3. Uma Nova Cara para Motivação dos Funcionários. http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/7568/uma-nova-cara- para-motivacao-dos-funcionarios.html 4. Comunicação Interna gera engajamento dos Colaboradores. Por Patrícia Bispo para o RH.com.br http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Blog_ConviRH/7170/ comunicacao-interna-gera-engajamento-dos-colaboradores.html http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7599/como-liderar-a-geracao-y.html http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7599/como-liderar-a-geracao-y.html http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7656/o-perfil-humano-das-novas-liderancas.html http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/7656/o-perfil-humano-das-novas-liderancas.html http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/7568/uma-nova-cara-para-motivacao-dos-funcionarios.html http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/7568/uma-nova-cara-para-motivacao-dos-funcionarios.html http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Blog_ConviRH/7170/comunicacao-interna-gera-engajamento-dos-colaboradores.html http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Blog_ConviRH/7170/comunicacao-interna-gera-engajamento-dos-colaboradores.html 19 CHIAVENATO, I. Administração de Recursos Humanos: fundamentos básicos. 7ª ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2009. FLEURY, M. T.L.; FISCHER, A. L. As pessoas na Organização. 7ª ed. São Paulo: Gente, 2002. ROBBINS, S.P. Fundamentos do Comportamento Organizacional. 8ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Referências 20 Unidade: Psicologia e Comportamento Organizacional Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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