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AV1 e AV2 - Processo Criativo

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Disciplina – Cozinha Mediterrânea
Acadêmicos – Gabriel/Denis/Gerson
Professor – Uesley Zaia
Existem diversas variações do tradicional Gyros Grego, as mais famosas são o Kebab e o Shawarma. Todas seguem o mesmo conceito da carne disposta em um espeto de forma vertical e servido em um pão sírio. Conceito este que surgiu por volta do Séc 14 durante o império otomano. Cozinheiros otomanos notaram que quando a carne era espetada verticalmente, a gordura pingava no fogo e levantava brasas que ajudavam a cozinhar a carne. Ficar girando o espeto fazia com que as chamas fossem em toda a carne, dando um banho de gordura em toda a peça. E o Império Otomano é a atual Turquia, sendo assim, dentre os três, o primeiro a surgir seria o döner kebab. Apesar de que a o longo dos anos todos os pratos tenham tido várias mudanças. Apesar das semelhanças na proposta, o método de execução e as particularidades são notavelmente diferentes. No gyros há um elemento único que dificilmente é encontrado no kebab ou no shawarma, o molho Tzatziki. Molho tradicional grego, feito de pepino e iogurte natural dá ao prato um toque verdadeiramente grego. Por conta de ser uma receita prática e rápida, o gyros espalhou-se rápido por toda a europa e assumiu um papel de “Fast Food”. A variedade de carnes utilizadas na preparação, também contribuiu para a popularização do prato, carne suína, bovina e frango foram altamente difundidas.
Tradicionalmente o gyros é feito com lascas da carne, retirada no espeto na hora, a proposta de cozinha autoral e releitura do pato encontra-se na utilização da kafta de cordeiro como elemento de destaque e recheio do gyros. 
De origem persa, o nome significa "moído" e é apreciado por uma boa parcela da população global, a kafta é uma preparação muito presente na culinária árabe no geral. No Brasil, o prato fora introduzido pelos imigrantes do Líbano e da Síria, que vieram para cá após o fim da Primeira Guerra Mundial e o fim do Império Turco-Otomano. Esse é o motivo de muitos desses imigrantes terem sido chamados de turcos por um bom tempo: embora fossem libaneses e sírios, seus passaportes estampavam a palavra “turco”.
A ideia da utilização da kafta de cordeiro na elaboração do gyros, parte de experiência autoral com o prato, além de um anseio na mistura destes sabores tão tradicionais. O tempero árabe caraterístico usado na kafta junto ao frescor do gyros grego regado ao molho tzatziki.
ABDALLA, R. A. (2019). O IMIGRANTE ARABE E SUA COZINHA COMO INSTRUMENTO DE AFIRMAÇÃO E IDENTIDADE NA ATUALIDADE. Recife: Simpósio Nacional de História.
SOARES, C. (2016). IGUARIAS DO MUNDO GREGO, GUIA GASTRONÔMICO DO MEDITERRÂNEO ANTIGO. Coimbra (Portugal) Impresso pela Universidade de Coimbra.
Dalby, Andrew. Siren Feasts: A History of Food and Gastronomy in Greece, London, (1996). (Versão Traduzida PT/BR.)

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