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Alimentos Orgânicos

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Alimentos orgânicos
Apresentação
Cada vez mais se fala em alimentação orgânica, mas você sabe explicar o que é? Alimentos 
orgânicos são alimentos in natura ou processados oriundos de um sistema de produção 
agroecológica. A produção de alimentos orgânicos é baseada em técnicas que dispensam o uso de 
pesticidas sintéticos, fertilizantes químicos, medicamentos veterinários, organismos geneticamente 
modificados, conservantes e aditivos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os alimentos orgânicos, as características de seu 
modo de produção e seus benefícios.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as características dos alimentos orgânicos.•
lustrar o sistema de produção agroecológica.•
Identificar os benefícios associados aos alimentos orgânicos.•
Desafio
Falar de alimentos orgânicos não é falar apenas de produtos de origem vegetal – frutas, legumes e 
hortaliças. Todos os alimentos podem ser cultivados mediante um sistema agroecológico, e outros 
produtos podem ser processados de maneira natural, obedecendo os pré-requisitos de produto 
orgânico.
O consumo de carnes e de produtos de origem animal é crescente no Brasil e no mundo como 
fonte de proteína e vitaminas. Ao mesmo tempo, aumenta a preocupação com o modo de criação 
dos animais para consumo e com o manejo para a obtenção de subprodutos, como leite e 
derivados, por exemplo.
▪ Explique como os animais para abate devem ser criados.
▪ Quais são os pontos positivos de um modo de criação mais natural?
▪ Quais são as implicações na criação confinada de animais para consumo humano?
Infográfico
A produção que você encontra hoje na maior parte do Brasil tem características próprias, assim 
como a produção orgânica. Observe, a seguir, um esquema que contempla essas características e 
por que é importante fazer essa transição.
 
Conteúdo do livro
Há algo que você pode fazer para reduzir sua exposição a pesticidas? A Tabela 13.9 do livro 
Nutrição contemporânea, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, apresenta, no trecho 
selecionado a seguir, essas informações.
Além de Alimentos orgânicos, leia também os tópicos Agricultura sustentável, Alimentos 
diretamente do produtor e agricultura de base comunitária. Este texto traz dados dos Estados 
Unidos, por isso acesse os links do Saiba + para entender como se dá esse processo no Brasil.
Boa leitura!
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VS Gráfica VS Gráfica
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VS Gráfica
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NUTRIÇÃO
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Elaborada para reunir os fundamentos necessários para tomada de decisão nutricional na 
prática diária, bem como para esclarecer as dúvidas mais frequentes, Nutrição contemporânea, 
8ª edição, destaca-se pela forma didática como apresenta o tema, sempre complementado 
por ilustrações que também facilitam o entendimento.
As discussões aqui apresentadas partem do importante pressuposto de que os indivíduos não 
são iguais, motivo pelo qual o leitor aprenderá a personalizar as informações nutricionais e a 
fazer escolhas corretas em diferentes contextos.
A maneira como os capítulos foram elaborados é outro destaque, oferecendo uma visão 
completa do assunto abordado, podendo ser utilizados em sala de aula conforme as necessi-
dades de cada curso.
Nutrição contemporânea é um excelente livro-texto de introdução à nutrição... 
Sua leitura é agradável, e as informações são de alta qualidade.”
Karen Schuster, Florida Community College of Jacksonville“
Além de reunir informações diferenciadas, com base em pesquisas, o livro contém 
fotos interessantes, coloridas, tabelas e quadros úteis, tópicos especiais e bons 
estudos de caso para discussão.... Fiquei muito bem-impressionada.”
Linda D. DeTurk, North Platte Community College“
Gordon M. Wardlaw
 Anne M. Smith
A Artmed Editora é parte do Grupo A, 
uma empresa que engloba diversos se-
los editoriais e várias plataformas de dis-
tribuição de conteúdo técnico, científi co 
e profi ssional, disponibilizando-o como, 
onde e quando você precisar. O Grupo A 
publica com exclusividade obras com o 
selo McGraw-Hill em língua portuguesa.
Wardlaw
Smith
Nutrição
Contemporânea 8ª Edição
Gordon M. Wardlaw
Anne M. Smith
Em http://www.mhhe.com/wardlawcont8, estão disponíveis materiais 
complementares do livro (em inglês), que incluem animações, atualizações, 
vídeos e outros recursos.
NUTRIÇÃO 
CLARK, N.
Guia de Nutrição Desportiva: 
Alimentação para uma Vida Ativa, 4.ed.
CORDÁS, T.A.; KACHANI, A. & COLS. 
Nutrição em Psiquiatria
DELGADO FERNÁNDEZ, M.; GUTIÉRREZ SAÍNZ, A.; 
CASTILLO GARZÓN, M.J. 
Treinamento Físico-desportivo e Alimentação: 
Da Infância à Idade Adulta, 2.ed.
SALWAY, J.G. 
Metabolismo Passo a Passo, 3.ed.
WARDLAW, G.M.; SMITH, A.M.
Nutrição Contemporânea, 8.ed.
Nutrição
Contemporânea N
utrição
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42649 Nutricao Contemporanea.indd 142649 Nutricao Contemporanea.indd 1 28/01/2013 11:30:3528/01/2013 11:30:35
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
W266n Wardlaw, Gordon M.
 Nutrição contemporânea / Gordon M. Wardlaw, Anne 
 M. Smith ; tradução: Laís Andrade, Maria Inês Corrêa 
 Nascimento ; revisão técnica: Ana Maria Pandolfo Feoli. – 
 8. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
 768 p. : il. color. ; 28 cm.
 ISBN 978-85-8055-188-4
 1. Nutrição. I. Smith, Anne M. II. Título.
CDU 612.39
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552 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
diminutos de uma substância química ambiental em um alimento não significa 
que a ingestão daquele alimento irá provocar um efeito adverso.
A FDA e outras organizações científicas acreditam que os riscos são comparati-
vamente baixos e, a curto prazo, menores do que o perigo de contrair uma intoxi-
cação alimentar com a alimentação caseira. Não se pode evitar totalmente os riscos 
dos pesticidas, mas pode-se limitar a exposição seguindo alguns conselhos simples 
(Tab. 13.9).
Também se pode dar incentivos aos produtores rurais para que usem menos 
pesticidas e, assim, reduzam a exposição dos alimentos e da água que se consome, 
mas é preciso aceitar produtos de aparência menos agradável ou então conviver 
com as aplicações da biotecnologia (novamente, ver detalhes no Cap. 12). Você está 
suficientemente preocupado com a presença de pesticidas nos alimentos que con-
some a ponto de mudar seus hábitos de compra e adotar uma postura mais ativa, 
politicamente?
13.7 Escolhas na fabricação de alimentos
A agricultura e a criação de animais para consumo garantem a alimentação do ho-
mem há milênios. Houve uma época em que praticamente todas as pessoas estavam 
envolvidas, de alguma forma, na produção de alimentos. Atualmente, só 1 em cada 
3 pessoas, no mundo, e muito menos nos EUA (menos de 1%) estão envolvidas 
em atividades agrícolas. Hoje, os diversos avanços na agricultura e nas ciências a ela 
relacionadas têm impacto sobre os alimentos consumidos, devendo ser menciona-
das, especialmente, a produção de alimentos orgânicos e a agricultura sustentável.
Alimentos orgânicos
Cada vez existem mais alimentos orgânicos em supermercados, lojas de produtos 
especiais, mercados do produtor e restaurantes. Os consumidores podem escolher 
vários produtos orgânicos: frutas, legumes, grãos, laticínios, carnes, ovos e muitos 
alimentos industrializados, como molhos e condimentos, cereais matinais, biscoi-
tos e salgadinhos. O interesse na saúde pessoal e na proteção ambiental contribuiu 
para a maior oferta e demanda de alimentos orgânicos. Segundo Organic Trade 
Association, as vendas de alimentos orgânicos nos EUA chegaram a 22,9 bilhões 
de dólares ao final de 2008, o que significou um aumento de 15,8% em relação a 
2007, mesmo com a crise econômica. Apesar desse rápido crescimento, menos de 
� Lave as frutas e legumesem água corrente 
para remover as bactérias que vêm do solo. 
Não é necessário usar produtos antibacterianos 
especiais.
TABELA 13.9 O que você pode fazer para reduzir sua exposição a pesticidas
A amostragem e os testes realizados pela FDA mostram que os resíduos de pesticidas nos ali-
mentos não representam risco para a saúde. Apesar disso, se você quiser reduzir sua exposição 
aos pesticidas na alimentação, siga esses conselhos da Agência de Proteção Ambiental (EPA):
• Consuma alimentos variados, especialmente no tocante a frutas, legumes e peixes.
• Lave bem as frutas e legumes (se necessário, usando uma escova). Descasque-os, se for o 
caso, embora alguns nutrientes se percam na casca.
• Remova as folhas externas dos vegetais folhosos, como alface e repolho.
• Os resíduos de alguns pesticidas adicionados à ração animal se concentram na gordura do 
animal, por isso limpe a gordura da carne bovina, de ave e dos peixes, remova a pele (onde 
está a maior parte da gordura) das aves e peixes e descarte a gordura das frituras e a que 
fica na superfície dos caldos de carne e frango.
• Se pescar para comer, descarte os peixes maiores – os pequenos tiveram menos tempo 
para captar e concentrar pesticidas e outros resíduos nocivos. Além disso, preste atenção 
aos avisos públicos nos locais de pesca autorizada acerca do risco de contaminação da 
água ou de determinadas espécies de peixes.
• Evite o contato com gramados e jardins que tenham sido tratados, recentemente, com 
pesticidas e herbicidas.
Adaptado de: Food and Drug Administration: Safety first: Protecting America’s food supply, FDA Consumer, p. 
26, November 1988.
� Esse selo de produto orgânico identifica 
alimentos cultivados em fazendas orgânicas cer-
tificadas pela USDA.
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Nutrição Contemporânea 553
3,5% dos alimentos comercializados são orgânicos. Esse tipo de produto é sempre 
mais caro do que o alimento convencional correspondente, já que seu cultivo e sua 
produção têm maior custo.
O termo orgânico se refere ao modo como os produtos agrícolas são cultiva-
dos. A produção orgânica se baseia em práticas agrícolas como o controle biológico 
de pragas, compostagem, uso de esterco e rotação de culturas para manter a saúde 
do solo, da água, das lavouras e dos animais. Nesse tipo de cultivo, é proibido o 
uso de pesticidas sintéticos, fertilizantes, hormônios, antibióticos, lodo de esgoto 
(como fertilizante), engenharia genética e irradiação. Além disso, derivados orgâni-
cos de carne, frango, ovos e laticínios devem se originar de animais que pastem ao 
ar livre e sejam alimentados com ração orgânica.
A lei sobre produção de alimentos orgânicos de 1990 definiu padrões para 
que os alimentos possam receber o selo de “orgânico” do USDA. Os alimentos 
rotulados e comercializados como orgânicos devem ser cultivados em fazendas cer-
tificadas pelo USDA e seguir todas as normas estabelecidas na lei de 1990. Alimen-
tos que contêm múltiplos ingredientes (p. ex., cereal matinal) e rotulados como 
orgânicos devem ter 95% dos seus ingredientes (por peso) produzidos segundo 
os padrões orgânicos. O termo “produzido com matéria-prima orgânica” pode ser 
usado se pelo menos 70% dos ingredientes forem orgânicos. Pequenos produtores 
e agricultores que utilizam métodos orgânicos e vendem menos de 5 mil dóla-
res por ano estão isentos das normas para certificação. Alguns produtores rurais 
usam métodos orgânicos mas preferem não ser certificados pelo USDA. Os 
alimentos que eles produzem não podem ser rotulados como orgânicos, 
mas muitos desses produtos são vendidos para pessoas que buscam ali-
mentos orgânicos.
O mercado de alimentos orgânicos teve um impulso, em 2009, 
quando o USDA destinou 50 milhões de dólares adicionais para esti-
mular a produção por métodos orgânicos nos Estados Unidos. A Orga-
nic Trade Association (http://www.ota.com/index.html) acredita que 
essa verba servirá de incentivo a outros produtores rurais para que ado-
tem práticas orgânicas e ajudem a aumentar a produção de alimentos 
orgânicos nos EUA e, assim, possa atender à crescente demanda do 
consumidor. Com a crise econômica, os consumidores adotaram vá-
rias estratégias para continuar comprando alimentos orgânicos. Como 
muitas lojas agora oferecem esse tipo de produtos, o consumidor pode fazer 
pesquisa de preços. A distribuição e o uso mais frequente de cupons de desconto, 
a proliferação de marcas próprias das lojas e as ofertas de preço das grandes marcas 
de produtos orgânicos contribuíram para o aumento das vendas.
Alimentos orgânicos e saúde Os consumidores podem escolher alimentos 
orgânicos para reduzir a ingestão de pesticidas, para proteger o meio ambiente e 
para melhorar o valor nutricional da dieta. Os que consomem produtos orgânicos 
de fato ingerem menor quantidade de pesticidas (apenas 1 em cada 4 frutas e 
legumes orgânicos contém pesticidas e em menor quantidade do que os produ-
tos convencionais), mas não se sabe qual seria o efeito dessa prática na saúde da 
maioria dos consumidores. Entretanto, os alimentos orgânicos podem ser uma 
boa escolha para crianças pequenas, porque os resíduos de pesticidas representam 
um risco maior para elas. Os consumidores também podem optar por alimentos 
orgânicos para incentivar a prática da agricultura sustentável, mais favorável ao 
meio ambiente.
A maioria dos estudos não demonstra que os alimentos orgânicos tenham 
maior teor de vitaminas e/ou minerais. No entanto, os pesquisadores descobriram 
que, em alguns casos, frutas e legumes orgânicos contêm mais vitamina C e antio-
xidantes, que ajudam a evitar danos às células. No momento, não é possível reco-
mendar a substituição de alimentos convencionais por alimentos orgânicos com 
base no teor de nutrientes – ambos atendem as nossas necessidades nutricionais. 
Uma dose saudável de bom-senso também é importante – o rótulo “orgânico” não 
transforma alimentos não saudáveis em saudáveis. Batatas fritas orgânicas têm tan-
tas calorias e gorduras quanto batatas fritas convencionais.
controle biológico de pragas Controle das 
pragas agrícolas por meio de predadores, pa-
rasitas ou patógenos naturais. Por exemplo, as 
joaninhas podem ser usadas para controlar a 
infestação por pulgões.
agricultura sustentável Sistema agrícola que 
garante o sustento das famílias que vivem no 
campo. Conserva o ambiente e os recursos 
naturais, dá apoio à comunidade rural, res-
peita e trata com justiça todos os envolvidos, 
incluindo os agricultores, os consumidores e os 
animais criados para a subsistência.
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Uma das preocupações relativas aos alimentos orgânicos é que o uso do ester-
co animal como fertilizante possa comprometer a segurança alimentar por causar 
contaminação por agentes patogênicos. No entanto, as pesquisas não demonstram 
que alimentos orgânicos certificados estejam sujeitos a maior contaminação por 
bactérias patogênicas. Todos os produtos de origem agrícola – sejam eles orgânicos 
ou convencionais – devem ser bem lavados em água corrente.
O termo “natural” não é regulamentado. Os produtos rotulados como “natu-
rais” são geralmente derivados de ingredientes naturais, como uma planta, que con-
servam suas propriedades naturais no produto acabado. Carne de gado ou de fran-
go rotulada como “natural” deve ser minimamente processada e não pode conter 
aromatizantes ou corantes artificiais, conservantes químicos nem qualquer outro 
ingrediente sintético ou artificial. Ninguém está, de fato, verificando esses produtos, 
e existe certa controvérsia sobre o que seria exatamente “minimamente processado”. 
Embora todos os produtos orgânicos se encaixem nessa definição de natural, nem 
todo produto natural é orgânico.
Agricultura sustentável
A agricultura convencional se concentra em maximizar a produção por meio do uso 
de grandes áreas plantadas,máquinas poderosas, substâncias químicas que con-
trolam pragas e fertilizantes à base de petróleo para incrementar o rendimento. A 
agricultura sustentável, ao contrário, é um sistema integrado de produção vegetal e 
animal que, a longo prazo, satisfaz as necessidades humanas de alimento, melhora 
a qualidade do ambiente, usa de modo eficaz os recursos não renováveis, sustenta 
a viabilidade econômica das operações agrícolas e melhora a qualidade de vida dos 
produtores rurais e da sociedade como um todo. A cultura da sustentabilidade é 
relativamente recente e inclui uma tendência a se preferir alimentos que se origi-
nam de práticas sustentáveis, produzidos de forma ambientalmente responsável. 
A indústria alimentícia reagiu a essa tendência voltando-se para iniciativas “ver-
des”, que deverão ser sustentáveis a longo prazo. Um novo termo demográfico, 
LOHAS (Lifestyle of Health and Sustainability), surgiu para designar um grupo cres-
cente de pessoas que se interessam por um estilo de vida sustentável. Cada vez mais 
estudantes universitários estão entrando nesse segmento de mercado e adotando 
comportamentos associados à responsabilidade social. Esses consumidores estão 
provocando mudanças em várias áreas, inclusive na indústria alimentícia. A Slow 
Food Nation, por exemplo, é uma organização sem fins lucrativos que se dedica a 
criar uma matriz de aprofundamento da nossa conexão com o meio ambiente em 
termos alimentares, para inspirar e incentivar os norte-americanos a implantar um 
sistema de alimentação sustentável, saudável e gostoso.
Alimentos diretamente do produtor
Nesses tempos em que mais gente está interessada em conhecer a origem de seus 
alimentos, as prateleiras das mercearias abrem espaço para os produtos que vêm 
“diretamente do produtor”. Os consumidores exigem cada vez mais transparência 
dos fornecedores de alimentos, e há serviços de apoio que dão informações sobre 
a origem dos alimentos e como eles foram produzidos. Os varejistas usam o rótulo 
“diretamente do produtor” para atender ao desejo dos consumidores de comprar 
produtos frescos e seguros, além de apoiar os pequenos produtores rurais e proteger 
o meio ambiente. Os itens que vêm “diretamente do produtor” são mais frescos e 
não carregam os custos do transporte de longa distância, por isso contribuem para 
diminuir o uso de combustíveis fósseis. Os restaurantes também têm procurado dar 
prioridade aos produtos de origem local, valorizando o modo como foram cultiva-
dos e manuseados.
PARA REFLETIR
Stephanie, sua colega de faculdade, é radical 
– só consome alimentos orgânicos. Frequen-
temente, ela diz que os alimentos cultivados e 
processados por métodos convencionais são 
pouco saudáveis, cheios de substâncias quí-
micas nocivas e praticamente desprovidos de 
nutrientes. Sabendo que você está estudando 
Nutrição, Stephanie lhe fala sobre essas cren-
ças e pede a sua opinião. Quais seriam suas 
possíveis respostas?
� O movimento locávoro se baseia na premissa 
de que produtos locais são mais nutritivos e 
mais saborosos e incentiva os consumidores a 
comprar nas feiras ou a produzir seus próprios 
alimentos.
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Nutrição Contemporânea 555
O interesse nesse tipo de alimentos se tornou um fenômeno tão difundido 
que o termo “locávoro” foi indicado como Palavra do Ano de 2007 no New Oxford 
American Dictionary. Locávoro se define como alguém que só consome alimentos 
cultivados ou produzidos na própria localidade, ou a pouca distância do consumi-
dor (pode variar entre 50, 100 ou 150 km). O movimento locávoro ganhou des-
taque graças às preocupações dos consumidores com sua segurança alimentar e 
também pela busca de alimentos sustentáveis. Ele se baseia na premissa de que 
produtos locais são mais nutritivos e mais saborosos, e incentiva os consumidores 
a comprar nas feiras, ou a produzir seus próprios alimentos.
Não há evidências, contudo, de que esses alimentos comprados diretamente 
do produtor sejam mais seguros. Embora muitos pequenos produtores rurais apli-
quem boas práticas de cultivo, frequentemente eles não passam pelas inspeções, 
de custo elevado, que são feitas nos grandes produtores. As inspeções de segurança 
alimentar determinam, por exemplo, se há evidências da presença de insetos nos 
produtos e se as fazendas ou indústrias têm instalações sanitárias adequadas para 
os trabalhadores. Além disso, surtos não detectados de doença transmitida por ali-
mentos são mais prováveis com produtos “locais” distribuídos em pequenas quan-
tidades e vendidos em uma área restrita. Produtos locais não são necessariamente 
isentos de pesticidas e podem ser mais caros, devido à desvantagem dos pequenos 
produtores em relação às grandes fazendas.
Diferentemente dos produtos orgânicos, não há normas que especifiquem o 
que significa “diretamente do produtor”. Whole Foods Market, Inc. é o maior varejis-
ta de alimentos orgânicos e naturais nos Estados Unidos e, provavelmente, o que 
mais vende e compra produtos locais. Whole Foods considera que seja “local” tudo 
o que é produzido a uma distância de até sete horas de suas lojas – a maioria dos 
fornecedores estão a cerca de 300 km da loja. Wal-Mart, maior rede de varejo do 
mundo, também se tornou um grande comprador de frutas e vegetais diretamente 
dos produtores e considera “local” qualquer produto agrícola cultivado no mesmo 
estado em que é vendido. Atualmente, os compradores, restaurantes, distribuidores 
e consumidores podem consultar bases de dados como o MarketMaker (http://na-
tional.marketmaker.uiuc.edu/), que contêm informações sobre esse assunto. Esse 
tipo de portal facilita a busca das pessoas que querem comprar e vender produtos 
de origem local.
Agricultura de base comunitária
Os consumidores não só estão se sentindo mais confortáveis por saberem de onde 
vêm seus alimentos, mas também estão buscando contato, via comunidade, com 
produtores rurais locais/regionais. A partir desse interesse em alimentos adquiridos 
diretamente do produtor, aumentou o nível de apoio nacional às cooperativas de 
alimentos e à agricultura de base comunitária. Os programas de agricultura comu-
nitária (CSA, do inglês Community Supported Agriculture) pressupõem uma par-
ceria entre os produtores e consumidores locais. Durante cada safra, os produtores 
rurais participantes desses programas oferecem parte dos alimentos às pessoas, fa-
mílias ou empresas que deram apoio ao programa, seja financeiramente e/ou traba-
lhando para o programa CSA.
Outro exemplo de parceria produtor-comunidade é o National Farm to School 
Program (http://www.farmtoschool.org/), projeto sem fins lucrativos que conec-
ta os produtores locais às cantinas das escolas. Entre 1997 e 2009, esse programa 
cresceu, de apenas seis projetos locais para 2.051 programas em 41 estados, que 
resultaram em 8.864 escolas que incorporaram à merenda os produtos da região. 
Os administradores do programa acreditam que, se as crianças puderem conhecer o 
produtor rural que forneceu o alimento que comem na merenda, terão mais incen-
tivos para se alimentar na escola.
locávoro Pessoas que só consomem alimentos 
produzidos na própria localidade ou dentro de 
um raio de 50, 100 ou 500 km.
� Os produtores rurais participantes dos 
programas de agricultura comunitária (CSA) 
oferecem parte dos alimentos de cada safra às 
pessoas, famílias ou empresas que deram apoio 
ao programa, seja financeiramente e/ou traba-
lhando para o CSA.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
Na Dica do professor, você vai conhecer um pouco mais sobre a agricultura ecológica e os métodos 
alternativos ao uso de agrotóxicos. E mais: você sabia que o Brasil é o país que mais consome 
agrotóxicos na América Latina?
Apontea câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c2241f0ba32b3b2cb3ca3cc468090686
Exercícios
1) 
O uso de pesticidas na produção de alimentos pode ter efeitos benéficos e efeitos 
indesejáveis. Dentre as alternativas a seguir, qual NÃO representa um efeito indesejados 
dos pesticidas?
A) Intoxicação aguda.
B) Toxicidade crônica.
C) Criação de novas pragas.
D) Contaminação do lençol freático.
E) Destruição do habitat de espécies selvagens.
2) 
Dentre as atitudes a seguir, qual NÃO é eficiente na redução do consumo de pesticidas em 
alimentos?
A) Consumo de alimentos orgânicos.
B) Desprezar a gordura aparente de carnes.
C) Lavar vegetais e frutas com hipoclorito.
D) Descascar os alimentos.
E) Consumir alimentos variados.
3) 
Possíveis contaminantes ambientais e outras substâncias presentes nos alimentos são 
potenciais causadores de câncer. Qual substância a seguir pode ser classificada como 
carcinogênica?
A) Acrilamida.
B) Cádmio.
C) Dioxina.
D) Chumbo.
E) Mercúrio.
4) 
Os alimentos orgânicos têm esta nomenclatura devido ao modo como são cultivados. Dentre 
as características a seguir, qual NÃO representa uma prática agrícola dos alimentos 
orgânicos?
A) Compostagem.
B) Uso de esterco.
C) Controle biológico de pragas.
D) Utilização de pesticidas.
E) Rotação de culturas de plantio.
5) 
Sobre alimento orgânicos, assinale a alternativa correta.
A) São mais saudáveis porque possuem mais vitaminas e minerais.
B) Alimentos orgânicos e naturais são sinônimos.
C) Possuem menos calorias e gorduras do que produtos convencionais.
D) São produzidos por meio da agricultura sustentável.
E) São cultivados por meio da agricultura convencional.
Na prática
Os alimentos produzidos ecologicamente podem receber um selo de identificação emitido por 
organismos certificadores. Para obter o selo de produto orgânico, o produtor deve atender às 
normas de:
 
O produtor orgânico brasileiro deve participar do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, 
certificando-se a partir de um dos três seguintes mecanismos:
▪ Certificação por Auditoria; 
▪ Sistema Participativo de Garantia; 
▪ Controle Social na Venda Direta.
No exterior, as certificadoras são credenciadas pela IFOAM (International Federation of Organic 
Agriculture Movements), que é o órgão internacional que unifica os movimentos relacionados à 
agricultura orgânica. A Certificação é uma das garantias da qualidade do produto e que ele está 
regulamentado de acordo com processos éticos de produção.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O veneno está na mesa II
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Dossiê Abrasco: Um alerta sobre o impacto dos Agrotóxicos na 
Saúde. Parte 1 - Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Saúde
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Perfil do consumidor e oscilações de preços de produtos 
agroecológicos
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Alimentos orgânicos e saúde humana: Estudo sobre as 
controvérsias
https://www.youtube.com/embed/fyvoKljtvG4
http://www.abrasco.org.br/dossieagrotoxicos/wp-content/uploads/2013/10/DossieAbrasco_2015_web.pdf
https://www.scielo.br/pdf/pat/v41n4/a06v41n4.pdf
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Decreto no 7.794, de 20 de agosto de 2012. Política Nacional de 
Agroecologia e Produção Orgânica
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Sobre o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar)
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https://scielosp.org/pdf/rpsp/v31n6/v31n6a10.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7794.htm
http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-apresentacao

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