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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC-AFYA Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) Como é a história natural da infeção pelo HIV? Nara Ramos Dourado Medicina 4º período Montes Claros 2023.1 Como é a história natural da infeção pelo HIV? A história natural da infecção pelo HIV é o conjunto de eventos que ocorrem desde a exposição ao vírus até o desenvolvimento da AIDS. Essa história pode ser dividida em quatro fases: fase aguda, fase assintomática, fase sintomática inicial e fase de AIDS. A fase aguda é o período logo após a infecção, quando o vírus se multiplica rapidamente no organismo e pode causar sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, dor de cabeça, mal-estar e linfadenopatia. Essa fase dura cerca de duas a quatro semanas e é acompanhada por uma queda na contagem de linfócitos CD4+ e um aumento na carga viral. Muitas pessoas não percebem que estão infectadas nessa fase e podem transmitir o vírus para outras pessoas. A fase assintomática é o período em que a pessoa infectada não apresenta sintomas da infecção pelo HIV, mas o vírus continua se replicando no organismo e causando danos ao sistema imunológico. Essa fase pode durar de alguns meses a vários anos, dependendo da resposta imune da pessoa e de outros fatores. Nessa fase, a contagem de linfócitos CD4+ se estabiliza em um nível mais baixo que o normal e a carga viral se mantém em um nível intermediário. A fase sintomática inicial é o período em que a pessoa infectada começa a apresentar sinais e sintomas relacionados à infecção pelo HIV ou a outras infecções oportunistas que se aproveitam da baixa imunidade. Essa fase pode durar de alguns meses a alguns anos e é caracterizada por uma queda progressiva na contagem de linfócitos CD4+ e um aumento na carga viral. Alguns dos sintomas mais comuns nessa fase são: febre persistente, perda de peso, diarreia crônica, candidíase oral ou vaginal, herpes zoster, tuberculose, pneumonia e sarcoma de Kaposi. A fase de AIDS é o estágio final da infecção pelo HIV, quando a pessoa desenvolve uma ou mais doenças definidoras de AIDS, que são infecções ou neoplasias graves que afetam vários órgãos e sistemas do corpo. Essa fase é marcada por uma contagem de linfócitos CD4+ inferior a 200 células/mm3 e uma carga viral muito alta. Algumas das doenças definidoras de AIDS são: pneumocistose, toxoplasmose cerebral, criptococose, citomegalovirose, retinite por CMV, leucoencefalopatia multifocal progressiva, linfoma não Hodgkin, complexo Mycobacterium avium e demência associada ao HIV. A história natural da infecção pelo HIV pode ser modificada pelo uso da terapia antirretroviral (TARV), que consiste no uso combinado de medicamentos que inibem a replicação do vírus e reduzem a carga viral. A TARV melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida das pessoas vivendo com HIV/AIDS, além de diminuir o risco de transmissão do vírus para outras pessoas. A TARV deve ser iniciada o mais cedo possível após o diagnóstico da infecção pelo HIV e deve ser mantida por toda a vida. Referências: 1- DUARTE, Geraldo et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: hepatites virais. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, 2021. 2- TRIGO, Diva; DA COSTA, João Borges. Infeção VIH: epidemiologia, história natural e diagnóstico. Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology, v. 74, n. 4, p. 371-374, 2016.
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