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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Semiologia Aplicada à Fisioterapia NOME DO ALUNO: Filipe Abrahão Paz Ramalho de Mello R.A: 2280790 POLO: Campinas – Swift – Polo Próprio DATA: 30/03/2023 2 TÍTULO DO ROTEIRO: Semiologia Aplicada à Fisioterapia INTRODUÇÃO: Foram ministradas quatro aulas práticas pelo professor Claudenir Leonel Aere. Durante as aulas realizadas nos dias 18 e 25 de Março de 2023, pudemos rever de forma muito prática e didática aspectos e conhecimentos da Anatomia previamente estudados que nos possibilitaram o estudo mais assertivo e aprofundado da Semiologia, visto que sem o conhecimento das estruturas anatômicas, não é possível realizar uma avaliação precisa, a fim de traçar um plano de tratamento bem definido e direcionado. Fomos instruídos primeiramente acerca de como realizar uma boa anamnese, colhendo um máximo de informações possíveis do paciente, bem como a realização das palpações necessárias, tanto de estruturas ósseas, tecidos moles para identificar possíveis pontos de dor, deformidades e tonicidade muscular, além da localização das articulações propostas em Roteiro, sendo elas: complexo articular do ombro e cotovelo, complexo articular do punho e da mão, articulação do quadril, complexo articular do joelho, do tornozelo e do pé e o complexo articular da coluna vertebral e da articulação temporomandibular. Dividimos a turma em pequenos grupos para que após cada trecho da explicação, pudéssemos praticar as atividades propostas, realizando as devidas observações das estruturas por meio da palpação, avaliações de Perimetria, bem como os testes de mobilidade articular por meio da Goniometria, testes de força muscular aplicando movimentos ativos resistidos, além dos testes especiais, que nos permitem avaliar o comprometimento da função do músculo ou estrutura articular. “Semiologia é a arte de examinar, sendo através dela que os profissionais conseguem examinar, avaliar e organizar suas metas e planos de tratamento, facilitando a tomada de decisão clínica.” (Campanholi, Larissa Louise, 2018, p. 77) Um ponto importante da aula foi a explicação em relação à classificação do grau de força dos músculos que varia de 0 a 5, sendo: 3 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES: AULA 1 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Semiologia do Complexo articular do ombro e do cotovelo 1. Região articular do Ombro A articulação do ombro além de ser a que apresenta a maior mobilidade dentre todas as outras é também a mais instável, visto que cavidade glenoide, onde se encaixa o úmero é rasa, necessitando de uma rede bastante complexa de tendões e músculos que promovem a sua estabilidade, como por exemplo os músculos do manguito rotador. Durante a aula aprendemos, por meio de palpação identificar as três articulações que compõem a região articular do ombro, são elas: articulação glenoumeral, acromioclavicular e esternoclavicular. Figura 1 – Articulações do Ombro Fonte: https://www.todamateria.com.br/articulacoes-do-ombro/ Realizamos a palpação nas principais estruturas que compreendem o complexo articular do ombro, começando desde a articulação esternoclavicular, passando pela clavícula, acrômio, cabeça do úmero, tendão da cabeça longa do https://www.todamateria.com.br/articulacoes-do-ombro/ 5 bíceps, espinha da escápula, borda medial e lateral da escápula, ângulo superior e inferior da escápula. Ao participar da cintura escapular, a articulação glenoumeral permite uma ampla gama de movimentos no membro superior: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa e circundução. Realizamos cada um destes movimentos com os colegas utilizando o goniômetro e pudemos perceber que algumas pessoas apresentaram arcos de movimento dentro do esperado, enquanto outras apresentaram restrições de movimento articular. Citando meu caso como exemplo, tive dificuldade de realizar abdução de ombro direito, atingindo apenas 140°. Diferente do ombro esquerdo que atingiu 180° ao realizar o mesmo teste. Figura 2 Roteiro UNIP 6 Além da goniometria, aprendemos também a realizar a perimetria, utilizando a fita métrica e medindo bilateralmente o braço, tomando como ponto de referência o acrômio bem como os epicôndilos. Avaliamos também de forma ativa resistida, a função e força muscular dos músculos responsáveis por realizar flexão de ombro, adução e abdução, rotação interna e externa. Posteriormente, avançamos para os testes conhecidos como “Testes Especiais”. a. Teste de apreensão Esse teste é feito para avaliar a estabilidade da articulação glenoumeral. O paciente é colocado em decúbito dorsal, mantendo o cotovelo fletido em 90º, o ombro em abdução de 90º e rotação externa. É importante ressaltar: “O examinador deve então realizar uma compressão na região posterior do úmero proximal no sentido de anteriorizá-lo, observando a reação do paciente. Ao perceber a iminência de deslocamento articular, o paciente demostrará apreensão, indicando que o teste é positivo.” https://ortopediaonline.med.br/teste-de-apreensao-do-ombro/ b. Teste de Rockwood Esse teste é uma variação do teste de apreensão, e é utilizado para avaliar sintomas de instabilidade anterior. É importante destacar que essa avaliação não apresenta valores claros na literatura quanto à sensibilidade e à especificidade. 7 Para realizar o exame o paciente precisa ficar sentado com cotovelo fletido a 90°. Por meio dessa o fisioterapeuta tem como objetivo testar a integridade da banda anterior do ligamento glenoumeral inferior e a cápsula anterior. Para o teste ele avalia as rotações externas até a tolerância do paciente em quatro amplitudes de abdução: 0°, 45°, 90° e 120°. FONTE: Semiologia Aplicada à Fisioterapia, Autores: Prof. Claudio Cazarini Júnior, UNIP,Prof. Diego Galace Freitas, Colaboradoras: Profa. Roberta Pasqualucci Ronca, Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano c. Teste de deslizamento acromioclavicular O teste é realizado com o paciente sentado e os braços ao lado do corpo. Posicionamos as mãos sobre o ombro do paciente, sendo que a mão posterior fica sobre a espinha da escápula e a mão interior sobre a articulação acromioclavicular. Então, com os dedos entrelaçados realizamos pressão sobre o ombro do paciente aproximando as mãos. O objetivo é perceber se existe um movimento anormal desta articulação, a fim de detectar uma possível patologia acromioclavicular. 8 FONTE: Semiologia Aplicada à Fisioterapia, Autores: Prof. Claudio Cazarini Júnior, UNIP,Prof. Diego Galace Freitas, Colaboradoras: Profa. Roberta Pasqualucci Ronca, Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano d. Teste de Yergason Este teste tem por finalidade avaliar a integridade do ligamento umeral transverso, que tem como função manter o tendão da cabeça longa do bíceps no sulco intertubercular. Além disso, este teste também pode ser usado para identificar tendinite na cabeça longa do bíceps. Para esse teste o paciente ficará em pé com o cotovelo fletido a 90º e antebraço pronado. O fisioterapeuta segura o punho do paciente com uma das mãos ao mesmo tempo que palpa o tendão da cabeça longa do bíceps com a outra mão. Pede-se então que o paciente tente realizar o movimento de supinação do antebraço e rotação externa tentando vencer a resistência aplicada pelo examinador. O teste é positivo caso o tendão da cabeça longa do bíceps salte do sulco intertubercular durante o movimento. e. Teste de speed Essa avaliação é feita para testar tendinite bicipital. Ela é usada normalmente no exame de ombro doloroso. O teste é simples, mas valeressaltar que é preciso, embora o tecido que produz a dor não seja necessariamente óbvio. 9 Para a realização do teste de Speed as estruturas envolvidas são: cabeça longa do tendão do bíceps, lábio glenóide e Bursa sub-acromial. Para realizar esse teste o especialista coloca o ombro do paciente flexionado a 90º e antebraços supinados. O examinador faz força para baixo enquanto o paciente tentar resistir. O teste é considerado positivo se o paciente acusar dor na região do tendão da cabeça longa do bíceps. f. Teste de jobe Aprendemos que o teste de supraespinhal de Jobe avalia a lesão do músculo supraespinhal e a síndrome do impacto. Se o resultado do teste for negativo, a tendência é excluir a chance de ser síndrome do impacto e de lesões do supraespinhal. Já quando é positivo, com dor e fraqueza, pode a indicar a presença de impacto ou lesão do supraespinhal. Para fazer o teste o paciente precisa permanecer em pé com ambos os braços flexionados a 90°, com rotação interna dos braços e polegares apontando para baixo, adução horizontal de 30° a 35º. Para fazer a avaliação o examinador fica parado na frente do paciente e aplica uma força com objetivo de direcionar os braços para baixo buscando por perda de força e/ou dor. Se o paciente demonstrar muita dor, o teste pode ser feito com os polegares para cima, tirando o tubérculo maior da parte de baixo do acrômio, sendo assim, reduzindo o impacto mecânico. É importante destacar que esse segundo posicionamento é defendido por alguns autores, eles julgam que essa seja a melhor forma para avaliar a força do supraespinhoso. g. Teste de Hawkins-Kennedy Este teste serve para identificar uma possível síndrome do impacto subacromial. Para a realização do mesmo o examinador coloca o ombro do paciente a 90º de flexão com o cotovelo flexionado a 90º, em seguida faz rotação interna do braço. O teste é considerado como positivo se o paciente sentir dor com a rotação interna. http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2013/03/sindrome-de-conflito-articular-do-ombro.html http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2013/03/sindrome-de-conflito-articular-do-ombro.html 10 2. Região articular do Cotovelo Nessa parte da aula focamos nos pontos primordiais da região articular do cotovelo, por meio de palpação pudemos identificar cinco pontos importantes dessa área, são eles: epicôndilo medial; epicôndilo lateral; olécrano, sulco do nervo ulnar e tendão do tríceps braquial; Realizamos a perimetria em duas regiões do antebraço, sendo uma cinco centímetros abaixo do epicôndilo e outro cinco centímetros acima do processo estiloide. Para um resultado mais preciso é importante que realizemos esta medição bilateralmente. Fizemos avaliação de mobilidade articular, que é realizada de maneira passiva. O cotovelo possui quatro movimentos articulares flexão e extensão de cotovelo e pronação e supinação de antebraço. Goniometria de Cotovelo A goniometria de cotovelo é importante para medir a amplitude de movimento. Segue uma planilha com especificação dos teste e valores normativos para cada movimento. 11 No caso dos cotovelos são realizados dois testes de força voltados para os flexores e extensores. No caso dos flexores testamos o músculo braquial e o bíceps braquial, o paciente pode ficar sentado ou deitado com o cotovelo dobrado a 90º. O avaliador coloca força para estender o cotovelo, enquanto o paciente aplica força contrária. Já os extensores o teste é feito da seguinte fora: Os músculos testados são o ancôneo e o tríceps braquial e método utilizado neste caso é o oposto do flexores, ou seja, o fisioterapeuta aplicará força para flexionar o cotovelo do paciente, enquanto ele tenta resistir. Na aula aprendemos diversos tipos de testes especiais, alguns deles são: a. Teste de estresse em valgo A avaliação em valgo é feita para medir a instabilidade do ligamento colateral medial do cotovelo. b. Teste de estresse em varo Já o teste de estresse em varo tem como objetivo detectar a integridade do ligamento colateral lateral ulnar. c. Teste de Cozen A avaliação é realizada como opção para avaliação da epicondilite lateral. d. Teste de epicondilite lateral Esse teste também é conhecido como teste de Mill e ajuda identificar a presença de tendinite dos músculos que se inserem no epicôndilo lateral, os extensores do punho e dos dedos. Essa lesão é popularmente conhecida como cotovelo de tenista. e. Teste de epicondilite medial A avaliação de epicondilite medial é bem parecida com a epicondilite lateral. Neste caso a lesão é conhecida como cotovelo de golfista. 12 RESULTADOS E DISCUSSÕES: AULA 2 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Semiologia do Complexo articular do punho e da mão Já de início o professor nos apresentou as principais estruturas da região articular do punho e da mão, as quais pudemos identificar através do processo de palpação, como: o tensão dos flexores do punho/túnel do carpo, processo estiloide do rádio e da una, a tabaqueira anatômica e artéria radial. Também aprendemos avaliar passivamente a mobilidade do punho com os movimentos de flexão de punho, extensão de punho, desvio radial e desvio ulnar. Goniometria do Punho e da Mão 13 Fizemos ainda os testes em modo ativo resistido dos grupos, flexão de punho, extensão de punho, desvio radial, desvio ulnar, flexores dos dedos e teste em modo ativo livre da musculatura intrínseca da mão. Nessa aula pude participar na prática dos testes de força e mobilidade do punho, servindo como modelo para o professor. O interessante que pude compreender que realmente meu punho está curado, já que em 2020 sofri uma lesão por esforço repetitivo que causou além de derrame articular, perda da mobilidade, força e dor na articulação do punho. Com os testes confirmei que o tratamento que realizei na ocasião foi bem-sucedido. Para identificar possíveis lesões vários teste foram demonstrados em sala de aula, dentre ele: a. Teste Finkelstein Sua finalidade é avaliar, uma inflamação dos tendões do abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar chamada de tenossinotive de De Quervain. Ele é realizado com o paciente permanecendo com o braço estendido e segurando o polegar embaixo dos outros dedos, enquanto realiza desvio ulnar. É positivo, caso o paciente acuse dor na tabaqueira anatômica. https://institutosalutesp.com.br/especialidades/mao-e- microcirurgias/tenossinovites/tenossinovite-de-de-quervain/ https://institutosalutesp.com.br/especialidades/mao-e-microcirurgias/tenossinovites/tenossinovite-de-de-quervain/ https://institutosalutesp.com.br/especialidades/mao-e-microcirurgias/tenossinovites/tenossinovite-de-de-quervain/ 14 b. Teste de Phalen A importância desse teste é para identificar a presença de síndrome do túnel do carpo. “Teste de Phalen: os punhos são posicionados em flexão, com dedos estendidos, e faces dorsais das mãos em contato. Ocorre dor e parestesia na área inervada pelo nervo mediano.” https://www.cenbrap.edu.br/Blog/ergonomia-prova-titulo-medicina-do- trabalho https://www.cenbrap.edu.br/Blog/ergonomia-prova-titulo-medicina-do-trabalho c. Teste de Pinça Ele é importante para Indicar a compressão ou lesão do nervo interósseo anterior (mediano). Nesta avaliação o paciente é orientado a fazer uma pinça com o dedo indicador e o polegar. Quando o paciente não consegue realizar a pinça com a ponta dos dedos citados acima é o sinal de positivo. O professor fez uma colocação extremamente relevante, acerca deste teste. Ele explicou que uma folha de papel pode ser coloca entre os dedos durante a pinça e o avaliador puxa esse papel, a ideia é verificar se o paciente possui força suficiente para segurar o papel. https://www.cenbrap.edu.br/Blog/ergonomia-prova-titulo-medicina-do-trabalhohttps://www.cenbrap.edu.br/Blog/ergonomia-prova-titulo-medicina-do-trabalho https://www.cenbrap.edu.br/Blog/ergonomia-prova-titulo-medicina-do-trabalho 15 https://www.ufrgs.br/semiologiaortopedica/Modulo_16.pdf https://www.ufrgs.br/semiologiaortopedica/Modulo_16.pdf 16 AULA 2 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Semiologia da Região Articular do Quadril Ainda nesta aula aprendemos sobre o Complexo Articular do Quadril e vimos, que esta região do nosso corpo é uma das mais importantes por sua função que nos permite a locomoção e também a segunda maior articulação de suporte de peso do corpo, após a articulação do joelho. “A articulação do quadril é do tipo bola e soquete e seus movimentos requerem rolamento da cabeça femoral no acetábulo.” (VOLPON, 2016) https://www.scielo.br/j/rbort/a/CyccB3HJX3NCDvMnJ3v4bwB/?lang= pt As suas funções do quadril são fundamentais para a independência das pessoas, pois ele é essencial para que possamos caminhar sozinhos, quando temos algum problema nessa articulação, ocorrem alguns sintomas, principalmente dor, nas seguintes regiões: crista ilíaca; tuberosidade isquiática; espinha ilíaca anterossuperior; tubérculo púbico e proximal da coxa. A avaliação no quadril não é tão simples de ser feita, visto que, as articulações dessa região não são tão palpáveis, ou seja, vários testes e manobras provocativas precisam ser realizados para conseguirmos avaliar e identificar alterações intra-articulares ou extra-articulares. Apesar da dificuldade de avaliação é possível fazer a exame no quadril e assim desenvolver um plano de tratamento adequado. Quando isso não é feito os problemas nessa região podem ocasionar distúrbios secundários. Para a melhor avaliação, é importante ressaltar que o histórico do paciente precisa ser levantado. E em muitos casos a causa pode ter mais de um fator. O professor explicou diversos casos de avaliações englobando de maneira geral os diferentes tipos de problemas que podem dificultar no diagnóstico nessa https://www.scielo.br/j/rbort/a/CyccB3HJX3NCDvMnJ3v4bwB/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rbort/a/CyccB3HJX3NCDvMnJ3v4bwB/?lang=pt 17 região do nosso corpo. Mas também explicou que apesar das dificuldades com uma avaliação eficaz é possível sim chegar a 98% do diagnóstico correto. Dentro da temática vimos o processo de palpação, que neste caso é mais utilizado para mais avaliar potenciais de dor no quadril do que na própria articulação. As estruturas que palpamos foram: Crista ilíaca; Tuberosidade isquiática; Espinha ilíaca anterossuperior; Tubérculo púbico. Fizemos testes passivos de mobilidade articular para os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril. Ao avaliar estes movimentos realizamos também os testes de goniometria. Depois testamos a força muscular, de modo ativo resistido dos mesmos movimentos citados acima. Testes Especiais a. Sinal de Trendelenburg O sinal de Trendelenburg indica fraqueza do músculo glúteo médio durante a sustentação de peso unilateral. O teste ~e positivo se durante a sustentação de peso unilateral do membro inferior a pelve pender em direção ao membro não sustentado. 18 b. Teste de Fadir O exame é feito para indicar a presença de patologia intra-articular. O teste é positivo quando o paciente se queixa de dor na virilha. c. Teste de Patrick/Fabere Esse teste significa flexão, abdução e rotação externa. É feito para realizar triagem para disfunção em muitos lugares, mas principalmente da articulação sacroilíaca e também para disfunções do quadril ou espasmo do iliopsoas. Quando positivo o membro do paciente pode não ter mobilidade para que o joelho encoste na mesa de avaliação e o paciente pode referir dor na região sacroilíaca ou na região inguinal. d. Teste log roll É o teste mais específico para avaliar uma patologia de quadril. e. Teste de Thomas Esse teste foi desenvolvido para examinar a flexibilidade do complexo do iliopsoas. Quando positivo percebe-se flexibilidade reduzida dos músculos reto femoral, iliopsoas ou ambos. f. Teste de Ober Serve para avaliar a rigidez do trato iliotibial e do tensor da fáscia lata. Quando o paciente não consegue abaixar a perna o exame é considerado positivo. 19 AULA 3 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Semiologia do Complexo articular do joelho, do tornozelo e do pé Joelho O joelho é essencial para a execução de todas as nossas atividades do dia a dia. Ele tem como articulação o tipo gínglimo ou dobradiça. E tem uma importante interação dinâmica entre os ósseos do fêmur distal e da tíbia proximal, formando a articulação tibiofemoral, bem como a ligação entre a tróclea do fêmur e a face articular da patela, que formará a articulação patelofemoral. Sobre o seu funcionamento podemos dizer que ele trabalha em dois planos, pelos movimentos de flexão e extensão, rotação medial e rotação lateral. Em vivência em sala de aula, durante a avaliação vimos que uma aluna apresentava joelhos em valgo, também conhecido como joelho em x, esse diagnóstico indica que os joelhos estão desalinhados voltados para dentro. Para analisar o profissional pede para o paciente ficar em pé com os pés juntos, se os joelhos encostarem um no outro e os pés ficarem afastados mostra que a pessoa possui o joelho valgo. E o contrário é chamado de joelho varo. No caso dos joelhos a anamnese é de extrema importância no processo de avaliação. No teste o fisioterapeuta precisa observar as inúmeras condições que o paciente pode apresentar e sugestionar no início de um raciocínio clínico. Nesta avalição também é preciso coletar o histórico do paciente e ficar atento a possíveis mecanismos de traumas. Além de observar se os sintomas pioraram ou melhoraram. Ao fazer o exame físico o ponto inicial é a verificação da articulação envolvida, além de estruturas anatômicas e possíveis características que possam estar fora do que é considerado normal. alterações de coloração, hematomas, edema e até mesmo aspectos cicatriciais, são pontos que devem ser também avaliados e junto com isso verificando o trofismo muscular e as demais características anatômicas. Esta avaliação pode ser feita de maneiras diferentes, tais como: decúbito dorsal, vistoriando a região anterior e as extremidades do joelho e decúbito ventral, com o objetivo de verificar toda a região posterior da articulação. 20 Por fim, a avaliação pode ser feita em ortostatismo, para avaliar tanto a região anterior e posterior quanto a lateral e medial do joelho. No caso dos joelhos a palpação faz parte do início do processo de avaliação e é de extrema importância para ajudar no diagnóstico cinético funcional e facilitar o início do entendimento clínico em questão. Para a execução o profissional pode começar sua palpação pelo ponto ou trajeto doloroso e depois ir para áreas adjacentes. Para facilitar no processo avaliatório é sugerido uma ordem, sendo ela: fêmur distal (lateral e medial), planalto tibial (lateral e medial), polo inferior e superior da patela, linha articular do joelho E, tuberosidade da tíbia e margem medial e lateral da patela. Em relação os tecidos moles, é preciso estar atento, pois devemos levar em consideração as circunstâncias dolorosas que tal articulação está apresentando, visto que, se a palpação for feita, em alguns casos, pode acentuar o quadro sintomatológico. Testes especiais de Joelho Utilizamos três testes especiais para avaliar a integridade do Ligamento Cruzado Anterior(LCA). São eles: Teste de Gaveta Anterior, Teste de Lachman e Pivot Shift. Teste de Gaveta Anterior Teste de Lachman 21 Já para avaliar a integridade do Ligamento CruzadoPosterior(LCP) e do Complexo Postero- Lateral(CPL), utilizamos testes como Gaveta Posterior, Sinal de Godfrey, Lachman Posterior, Pivot Shift e Dial Test. 22 23 24 Tornozelo e pé No caso do tornozelo e dos pés, as dores, edemas, marca fora do padrão, rigidez, deformidade, são as principais queixas dos pacientes que procuram ajuda do fisioterapeuta. Existem duas formas de avaliar os pés e tornozelos, por meio da a inspeção estática e da inspeção dinâmica. Aprendemos durante a aula os diversos pontos de palpação da região do tornozelo e dos pés são eles: Calcâneo, Cuboide, Base do quinto metatarso, Tubérculo medial do calcâneo, Tibial anterior e Tendão do tríceps sural. No tornozelo existem quatro avaliações passivas, voltadas para os tipos de movimentos que o tornozelo realiza, flexão plantar, dorseflexão, inversão e eversão. Para esses mesmos movimentos também avaliamos de forma ativa resistida. Para avaliar a força muscular dos flexores plantares, dorseflexores, inversores e eversores. 25 AULA 4 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Semiologia do Complexo articular da coluna vertebral e da articulação temporomandibular A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, sendo sete cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco vértebras fundidas, que formam o sacro e de três a quatro vertebras fundidas formando o cóccix. A principal função da coluna vertebral é a sustentação do nosso corpo e proteger a medula espinhal. Realizamos a palpação dos processos espinhosos, das vértebras C2, C7, T1, T7, L4, L5. Foi possível perceber as diferenças anatômicas dos processos espinhosos das diferentes regiões da coluna vertebral. Durante a palpação na coluna cervical o examinador deve ficar atento a presença de pontos-gatilhos, alteração de sensibilidade, espasmos musculares e outros sinais que podem indicar alguma patologia. Aprendemos também a localizar a vértebra T7 tomando como referência o ângulo inferior da escápula. Avaliamos a mobilidade articular e realizamos os testes de músculos e funções de forma ativa resistida para os seguintes movimentos: flexão de cervical e tronco, extensão de cervical e tronco, rotação de cervial e tronco e inclinação lateral de cervical e tronco. Testes especiais a. Teste de compressão Ao realizar o teste, deve-se observar se o paciente relate apresentação dos sintomas previamente relatados ao profissional. Caso isto ocorra, consideramos o teste positivo. 26 b. Teste de Spurling Nesse teste o paciente poderá manifestar dor irradiada para o membro superior do lado da inclinação da cabeça, o que será um indício de compressão radicular e sofrimento neural. Realizar esse teste com inclinação tanto para o lado direito como para o lado esquerdo e observar a reação do paciente. c. Teste de Adson No teste de Adson, palpa-se o pulso da artéria radial com o braço do doente em abdução e com o cotovelo estendido. Solicita-se então para o doente fazer uma inspiração profunda e virar a cabeça para o lado sintomático. Mantendo o braço do paciente nessa posição, o examinador deverá observar se o pulso se apresenta igual ou diminuído. 27 O teste, quando positivo, é indicativo de síndrome do desfiladeiro torácico. d. Sinal de Lhermitte Em pacientes portadores de Esclerose Múltipla esse teste poderá provocar uma reação semelhante a um “arrepio” e desconforto do tipo parestesia. Em pacientes com suspeita de meningite a manobra de Lhermitte poderá provocar uma forte dor do tipo “ardência ou agulhada”. Também nesse teste fique atento a reação de proteção neural que todos os pacientes manifestam que é o de flexão dos joelhos, a fim de minimizar o estiramento neural provocado pela flexão da coluna. e. Sinal de Lasègue (teste de elevação da perna estendida): É uma manobra semiológica importante, em que o paciente em posição supina eleva a perna acometida com o joelho estendido, segurando pelo tornozelo até que a dor apareça no território do nervo ciático. 28 Articulação temporomandibular (ATM) Esta articulação pertence a um complexo denominado de sistema estomatognático, composto por subsistemas como a fala, a mastigação, o sistema respiratório e a deglutição. A ATM é extremamente complexa, pelo fato de ter uma relação direta com a coluna cervical, por meio de estruturas que influenciam direta e indiretamente a postura mandibular, devemos considerar também a participação estrutural e mecânica da cabeça e do pescoço. Ela é considerada interdependente e é uma articulação do tipo sinovial, condiliano e gínglimo, que corresponde às estruturas entre a fossa articular do osso temporal bilateralmente e os côndilos mandibulares. Tivemos a experiência em aula durantes os exemplos práticos com os estudantes, pois um alunou apresentava disfunção na articulação sofrendo desvios e estalos ao abrir e fechar a boca. Devido a sua complexidade, por estar dentro de um conjunto de subsistemas, o exame para identificar as disfunções temporomandibulares, bem como o tratamento específico vigente, pode ser necessário uma equipe macro, com profissionais de diferentes áreas. 29 No exame clínico por meio de inspeção e observação, avaliamos marcadores anatômicos, são eles: osso frontal; osso temporal; osso parietal; occipital; zigomático; maxilar; mandíbula; côndilo; nasal. Durante a palpação aprendemos sobre as estruturas ósseasÇ • Mandíbula e suas subdivisões, sendo elas côndilos, colo, ramo, ângulo e mento. Do Zigomático, composto pelo arco zigomático • Hioide: • Osso temporal • Osso frontal • Ossos parietais: direito e esquerdo; pode-se averiguar discrepâncias nas alturas através da sutura. • Osso occipital • Articulação temporomandibular • Tecidos moles: dividido musculo masseter, Músculo temporal, — Músculo pterigoideo medial, Músculos supra-hioideos: Já os Movimentos ativos dá-se o comando verbal para que o paciente realize de forma ativa os movimentos de abertura e fechamento, a lateralização direita e esquerda, a protusão e a retração. O objetivo é o avaliador observa se há assimetrias entre os lados, restrição e qualidade dos movimentos analisados e presença de desconforto, estalido ou dor. Testes especiais a. A Sinal de Chvostek São espasmo dos músculos periarticulares da articulação temporomandibular. Esse sinal está presente em até 10% dos indivíduos normais. 30 b. Teste para sinovite Teste realizado por meio do polegar nos molares, é realizado uma pressão para a direção posterior. c. Teste para capsulite Pegando pelo polegar os molares, é feita uma pressão para a direção lateral aos molares. d. Teste para tendinopatia Também com o polegar nos molares, o fisioterapeuta realiza uma pressão para a direção anterior 31 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. Dutton, M. (2008). Ortopédica: Exame, avaliação e intervenção (2ª ed.). Nova Iorque: The McGraw-Hill Companies, Inc. 2. Fisioterapeutas. Teste de velocidade ⎟ Patologia do bíceps. https://www.youtube.com/watch?v=gbG_O9Gv8aQ 3. Holtby, R., Razmjou, H. (2004). Exatidão do teste de Speed e Yergason na detecção da patologia dos bicipos e lesões SLAP: comparação com os achados artroscópicos. Artroscopia: O Jornal de Cirurgia Artroscópica e Relacionada, 20 (3), 231-236 4. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es- intoxica%C3%A7%C3%A3o/les%C3%A3o-nos-esportes/epicondilite-medial 5. Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT); Prova de Título em Medicina do Trabalho. 6. Guia Prático de Testes Especiais e Funcionais do Aparelo Locomotor - 3 Edição. Autores: Demóstenes Moreira , Allan Keyser de Souza Raimundo Levy Aniceto Santana 7. https://www.ufrgs.br/semiologiaortopedica/Modulo_16.pdf8. https://blog.artmed.com.br/fisioterapia/como-mensurar-grau-forca-muscular https://www.youtube.com/watch?v=gbG_O9Gv8aQ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/les%C3%A3o-nos-esportes/epicondilite-medial https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/les%C3%A3o-nos-esportes/epicondilite-medial https://www.ufrgs.br/semiologiaortopedica/Modulo_16.pdf https://blog.artmed.com.br/fisioterapia/como-mensurar-grau-forca-muscular
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