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Hueder Paulo Moisés de Oliveira hueder.paulo@ufabc.edu.br LIGAÇÕES QUÍMICAS: Teoria de Lewis, Ressonância e VSEPR 1 2 Ligações Químicas Revisão O que é uma ligação química? É uma força que mantém átomos unidos que leva à formação de estruturas maiores como por exemplo, moléculas ou estruturas cristalinas. Como identificar a ocorrência de uma ligação química??? -60,60 x 102 kJ/mol -40,02 x 10 4 kJ/mol-39,37 x 104 kJ/mol + → E A E B E A B -39,98 x 104 kJ/mol 3 Energia Potencial do H2 V = Ven + Vee + Vnn Usando a função de energia potencial eficaz, Veff ou V(RAB) - Em grandes RAB, Veff → 0, e os átomos não interagem. - Como RAB diminui, Veff deve se tornar negativo por causa da atração. - Em RAB muito pequeno, Veff deve se tornar positivo e grande quanto Veff → ∞. IMAGEM QUÂNTICA DA LIGAÇÃO QUÍMICA 4 E0 : energia de ponto zero para a molécula pelo princípio da incerteza Energia de dissociação : Do ou De 5 - Os núcleos são muito mais massivos do que os elétrons, os núcleos das moléculas se movem muito mais lentamente do que os elétrons. (A) Considere os núcleos a serem fixados em um conjunto específico de posições. Em seguida, resolva a equação de Schrödinger para os elétrons se movendo e obtenha os níveis de energia e funções de onda. Em seguida, mova os núcleos um pouco e repita o cálculo. Continue este procedimento em etapas. a: o conjunto adequado de números quânticos) → desacoplamento dos movimentos dos núcleos e dos elétrons Cada nível de energia eletrônica (E(el)a) está relacionado com as coordenadas nucleares, RAB. Aproximação de Born-Oppenheimer: Núcleos lentos, Elétrons rápidos 6 (B) Considere a função Ea (el)(RAB) como a parte atrativa. Adicione a interação repulsiva para obter a curva de energia potencial efetiva. Repulsiva Atrativa 7 - Visualização de um grupo de elétrons movendo-se rapidamente em torno dos núcleos lentos, para estabelecer uma distribuição dinâmica da densidade eletrônica. Movimento rápido dos elétrons funções eficazes de energia potencial 8 Mecanismo de Formação de Ligações Covalentes - Quando RAB → ∞, Átomo de H independentes e- Primeira fase O valor médio de 9 - À medida que os dois átomos se aproximam, (As energias da 'partícula em uma caixa' diminuem conforme o tamanho da caixa aumenta) e- Segunda fase aumenta; a atração coulômbica reduz entre cada elétron e o próton ao qual estava originalmente ligado diminui; cada elétron se torna menos confinado 𝑇 𝑉 𝑉𝑒𝑓𝑓Diminuição de 10 - À medida que a formação de ligações continua, e- Terceira fase 𝑉𝑒𝑓𝑓Diminuição de diminui; a atração coulômbica simultânea de cada elétron a dois prótons diminui a energia potencial média aumenta; o confinamento do elétron na região internuclear menor aumenta sua energia cinética. 𝑉 𝑇 11 e- Fase final O mínimo em e o comprimento da ligação de equilíbrio da molécula são determinados pela competição entre o aumento da energia cinética média e o decréscimo da energia potencial média em pequenos valores de separação internuclear. 𝑉𝑒𝑓𝑓 12 repulsão atração Para a ligação iônica, energia potencial sozinha é essencial. Para a ligação covalente, a distribuição de carga e a energia cinética dos elétrons também são importantes. 13 Ligação Covalente • As estruturas de Lewis e o modelo de RPENV (Repulsão do Pares Eletrônicos no Nível de Valência) nos auxiliaram a escrever as fórmulas e as geometrias de espécies que não envolviam elementos não metálicos. • Entretanto, nesses modelos, os elétrons ligantes estão localizados na região da ligação química. E, apresentam, falhas para explicar como a ligação covalente é formada. Modelo RPECV ou VSEPR O modelo da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência (modelo RPECV ou VSEPR) amplia a teoria da ligação química de Lewis para explicar as formas das moléculas, adicionando regras que explicam os ângulos de ligação. Primeira regra: as regiões de altas concentrações de elétrons se repelem e, para reduzir ao máximo essa repulsão, elas tendem a se afastar o máximo possível, mantendo a mesma distância do átomo central. 14 15 Ligações Químicas Revisão Teoria de Lewis Explica a formação da ligação química através do emparelhamento de elétrons, usando como base a regra do octeto: “Uma espécie fica estável quando adquire uma configuração com oito elétrons em sua camada de valência”. Essa teoria consegue explicar a formação de moléculas bem simples: Gilbert Newton Lewis (1875-1946) 16 Ligações Químicas Revisão Mas como explicar a formação de ligação em moléculas mais complexas??? Teoria de Lewis Diagrama de Pauling No estado fundamental de um átomo multieletrônico, os elétrons tendem a ocupar os orbitais de menor energia, porém respeitando o princípio da exclusão de Pauli: “Nenhum orbital atômico pode conter mais do que dois elétron (spin opostos).” 17 Ligações Químicas Linus Carl Pauling (1901-1994) Nobel (Química): 1954 Nobel (Paz): 1962 Revisão Como representar os orbitais no espaço??? 18 Ligações Químicas Revisão Distribuição eletrônica Forma e Estrutura das Moléculas Segunda regra: tendo identificado o arranjo que localiza os pares de elétrons na posição “mais distante” (ligações e pares isolados do átomo central), que é chamado de arranjo dos elétrons na molécula, determinamos a posição dos átomos e identificamos a forma da molécula, dando-lhe um nome de acordo com as formas. 19 Terceira regra: não existe distinção entre ligações simples ou múltiplas. Quarta regra: quando existe mais de um átomo central, as ligações de cada átomo são tratados independentemente. Exemplos: Forma e Estrutura das Moléculas 20 AMETAL ou H + AMETAL ou H ligação covalente: " fusão" da nuvens eletrônicas dos dois átomos molécula de HCl H Cl compartilhamento de elétrons e-e- H — Cl nuvem eletrônica H Cl HCl 21 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Representação de Lewis e a Regra do Octeto Regra do octeto: os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que eles estejam rodeados por 8 elétrons de valência (4 pares de elétrons). 22 Ligações Químicas: Ligações Iônicas Gilbert Newton Lewis (1875-1946) 23 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados; O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons; Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão mais próximos a um átomo do que a outro; O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares. As ligações covalentes podem ser representadas pelos símbolos de Lewis dos elementos: Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma ligação é representado por uma única linha: Nos casos mais simples, a regra do octeto é seguida. Cuidado: há inúmeras exceções à regra do octeto. Cl + Cl Cl Cl Cl Cl H F H O H H N H H CH H H H Estruturas de Lewis 24 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Desenhando Estruturas de Lewis • Regras para desenhar estruturas de pontos de Lewis : 1. Some os elétrons de valência de todos os átomos. 2. Escreva os símbolos dos átomos para mostrar quais átomos estão ligados a quais e conecte-os com uma ligação simples. **Para saber como os átomos serão arranjados, use as dicas a seguir. Às vezes, a fórmula é escrita na ordem em que os átomos estão ligados. Exemplo: HCN. Se houver um único átomo, geralmente está no meio. Ex: SO4 2-. 3. Octetos completos em torno de todos os átomos ligados ao átomo central. (Exceção: o hidrogênio só precisa de 1 ligação, então nenhum elétron extra deve ser adicionado.) 4. Coloque quaisquer elétrons restantes no átomo central. 5. Se não houver elétrons suficientes para dar ao átomo central um octeto, tente ligações múltiplas. EscrevendoEstruturas de Lewis • Então atribua cargas formais. – Para cada átomo, conte os elétrons em pares isolados e metade dos elétrons que ele compartilha com outros átomos. – Subtraia isso do número de elétrons de valência desse átomo: a diferença é sua carga formal. • A melhor estrutura de Lewis… – … é a que tem menos cargas. – … coloca uma carga negativa no átomo mais eletronegativo. -2 0 +1 -1 0 0 0 0 -1 É a carga que um átomo teria se os pares de elétrons fossem compartilhados igualmente. As estruturas de Lewis com baixas cargas formais geralmente têm a menor energia. f = V – L – ½ P onde: V = no. de elétrons de valência do átomo livre; L = no. de elétrons presentes nos pares isolados; P = no. de elétrons compartilhados. Geralmente a estrutura de menor energia é aquela com: (1) A menor carga formal nos átomos; (2) A estrutura na qual ao elemento mais eletronegativo é atribuída uma carga formal negativa e ao elemento menos eletronegativo é atribuída uma carga formal positiva. Carga formal 29 Ligações Químicas: Ligações Covalentes • A estrutura de ressonância dominante mais importante de uma molécula é aquela com cargas formais o mais próximo possível de 0. Carga Formal • A carga formal de um átomo em uma molécula é a carga que o átomo teria se todos os átomos da molécula tivessem a mesma eletronegatividade. (**Lembre-se de que cargas formais não são cargas reais!) Carga formal = elétrons de valência – elétrons na estrutura de Lewis Carga formal: a carga que reside em um átomo dentro de uma estrutura de pontos de Lewis • Calculado para cada átomo em uma estrutura. C.F. = (Elétrons de valência) – (pontos + bastões) Cl = (7) – (6 + 1) = 0 I = (7) – (4 + 4) = -1 Cl I Cl: : .. .. .. .. .. Cl | | Cl.. :: : : Calcular cargas formais em ICl4-1. Onde está a carga -1? Calcular cargas formais no monóxido de carbono. C O :: C = (4) – (2 + 3) = - 1 O = (6) – (2 + 3) = + 1 Carga Formal • Quando mais de uma estrutura de Lewis pode ser desenhada para uma molécula, cargas formais podem ser usadas para escolher a estrutura mais aceita. 1. Geralmente escolhemos a estrutura de Lewis na qual os átomos carregam cargas formais mais próximas de zero. 2. Geralmente escolhemos a estrutura de Lewis na qual quaisquer cargas negativas residem nos átomos mais eletronegativos. Carga formal 33 Ligações Químicas: Ligações Covalentes 34 Observe que os valores que se aproximam mais de zero é o da primeira possibilidade. Assim, concluímos que o monóxido de dinitrogênio possui a estrutura 1 e não a 2. Usando carga formal para prever a estrutura Quando existem várias estruturas de Lewis para uma molécula, qual é a melhor ou mais apropriada? A molécula com menos / menores cargas formais é a melhor escolha porque seu estado de energia é menor. Qual é a “melhor” estrutura para o dióxido de carbono? Qual é a "melhor" estrutura para o íon tiocianato (-1)? Estrutura Carga formal Estrutura Carga formal O óxido nitroso, N2O, é comumente conhecido como gás hilariante. Qual é a estrutura ótima para o óxido nitroso? Qual é a "melhor" estrutura para o íon nitrito (NO2 -1)? -1 +1 0 -1 +2 -1 -1 +1 -1 0 0 -1 Carga Formal e Ressonância • Calcule a carga formal dos átomos em qualquer estrutura de Lewis. • Use a carga formal para identificar as estruturas de Lewis mais razoáveis para uma dada molécula. • Explique o conceito de ressonância e desenhe as estruturas de Lewis que representam formas de ressonância para uma dada molécula. 38 04 - (1/ 2) (8) - 0 = 6 - (1 / 2) (4) - 4 = 0 Dióxido de carbono, CO2 No OXIGÊNIO O C O • • • • • • • • No CARBONO 39 A carga do átomo C é 0. 6 - ( 1 / 2 ) ( 6 ) - 2 = +1 6 - ( 1 / 2 ) ( 2 ) - 6 = -1 Dióxido de carbono, CO2 (2) O C O • • • • • • • • Uma estrutura de Lewis alternativa é: E a correspondente forma de ressonância + O C O • • • • • • • • + 40 • REALIDADE: Cargas parciais calculadas por modelagem molecular usando sistema CAChe. +1.46 -0.73 -0.73 Dióxido de carbono, CO2 (3) Qual é a estrutura de ressonância predominante? O C O • • • • • • • • OU O C O • • • • • • • • O C O • • • • • • • • + + Responder? Fórmula sem cargas formais é MELHOR - sem carga + elétrons de valência no O 41 Trifluoreto de Boro, BF3 F •• • • •• F F B •• •• • • • • • • • • E se formarmos uma ligação dupla B—F para satisfazer o octeto do átomo B? 42 Trifluoreto de Boro, BF3 (2) • Ter carga +1 em F, com sua afinidade eletrônica muito alta, não é bom. cargas - ev melhor colocadas em átomos com alta A.E.. • Da mesma forma, carga -1 no B é ruim • Estrutura de Lewis NÃO importante cf = 7 - 2 - 4 = +1 Flúor F •• •• F F B •• •• • • • • • • • • cf = 3 - 4 - 0 = -1 Boro + Exercício Exemplo • Desenhe a estrutura de Lewis para o tricloreto de fósforo, PCl3. Exercicio prático • Quantos elétrons de valência devem aparecer na estrutura de Lewis do CH2Cl2? • Desenhe a estrutura de Lewis. Exercício Exemplo • Desenhe a estrutura de Lewis para o HCN. Exercício prático • Desenhe a estrutura de Lewis para a. Íon NO+ b. C2H4 Exemplo de Exercício • Desenhe a estrutura de Lewis para o íon BrO3 -. Exercicio prático • Desenhe a estrutura de Lewis para a. Íon ClO2 - b. Íon PO4 3- Exemplo de Exercício • A seguir estão três possíveis estruturas de Lewis para o íon tiocianato, NCS-: a. Determine as cargas formais dos átomos em cada estrutura. [:N – C ≡ S:]- [N = C = S]- [:N ≡ C – S:]- b. Qual é a estrutura preferida? .. .. .. .. .. .. .. .. Exercicio prático O íon cianato (NCO-) tem três estruturas de Lewis possíveis. Desenhe todas as três estruturas de Lewis, marque as cargas formais nos átomos e indique a estrutura preferida. Na e Cl K e O Na e N Ca e F Mg e O Ca e P Fe e Br Al e O Al e N Exercício: Estrutura de Lewis Escrever as estruturas de Lewis dos compostos formados pelos elementos abaixo: 51 Ligações Químicas: Ligações Iônicas Exceções à Regra do Octeto • Existem 3 categorias principais de exceções à regra do octeto : 1. Número ímpar de elétrons 2. Menos de um octeto 3. Mais de um octeto Exceções à regra do octeto Existem três classes de exceções à regra do octeto: i. Moléculas com número ímpar de elétrons; ii. Moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto, ou seja, moléculas deficientes em elétrons; iii. Moléculas nas quais um átomo tem mais do que um octeto, ou seja, moléculas com expansão de octeto. 53 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Número ímpar de elétrons Embora relativamente raros e geralmente bastante instáveis e reativos, existem íons e moléculas com um número ímpar de elétrons. • Exemplo: NO N O .. .. .. . Para que serve o óxido nítrico? N O.. .. .- + .. As espécies que têm elétrons com spins não emparelhados são chamadas de radicais. Eles são, em geral, muito reativos. CH3 Exceções à regra do octeto: radicais 55 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Número ímpar de elétrons • Quando ocorre um número ímpar de elétrons, o átomo central geralmente recebe o elétron desemparelhado. • Se não houver átomo central, cargas formais podem ser usadas para escolher a estrutura correta. Menos de um octeto • Moléculas com menos de um octeto normalmente ocorrem com boro e berílio. Menos de oito elétrons Desenhe a estrutura de Lewis para o BF3 • Considere o BF3: – Dar ao boro um octeto preenchido coloca uma carga negativa no boro e uma carga positiva no flúor. – Esta não seria uma imagem precisa da distribuição de elétrons no BF3. Portanto, as estruturas que colocam uma ligação dupla entre o boro e o flúor são muito menos importantes do que aquela que deixa o boro com apenas 6 elétrons de valência. Ligações duplas com halogênios não acontecem. + + + - - - A lição é: se o preenchimento do octeto do átomo central resultar em umacarga negativa no átomo central e uma carga positiva no átomo externo mais eletronegativo, não preencha o octeto do átomo central. Mais que um octeto • Moléculas com mais de um octeto só podem ocorrer para átomos no terceiro período e além por causa dos orbitais d. • Elementos comuns que possuem mais de um octeto são S, P, As, alguns halogênios e alguns gases nobres. Espécies as quais demandam a presença de mais do que um octeto de elétrons ao redor de um átomo, são denominadas hipervalentes. Para ter octeto expandido, o átomo deve possuir orbitais d vazios na camada de valência e ter grande raio atômico. PCl3(l) + Cl2(g) PCl5(s) Exceções à regra do octeto: octeto expandido 61 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Expansão do Octeto • P, S, halogênios e gases nobres (sim, eu sei - vamos explicar por que mais tarde) com maior massa que Br (Br, I, At, Kr, Xe, Rn) • Expandir para caber… • Tipicamente 5 ou 6 pares de elétrons, e estes são adicionados como pares solitários, não como pares ligados. Adicione pares solitários no átomo central até que o número de elétrons necessários seja atingido. • Ex: PCl5, I3, SF4, XeF3 Mais de oito elétrons Desenhe a estrutura de Lewis para o PCl5 • A única maneira de PCl5 existir é se o fósforo tiver 10 elétrons ao seu redor. • átomos na 3ª linha ou abaixo podem ultrapassar um octeto de elétrons – Presumivelmente, os orbitais d nesses átomos participam da ligação. • Desenhe a estrutura de Lewis para o fosfato PO4 -3 Embora possamos desenhar uma estrutura de Lewis para o íon fosfato que tem apenas 8 elétrons ao redor do fósforo central, uma estrutura de Lewis comum coloca uma ligação dupla entre o fósforo e um dos oxigênios. • Isso elimina a carga do fósforo e a carga de um dos oxigênios. • A lição é: quando o átomo central está na 3ª linha ou abaixo e a expansão de seu octeto elimina algumas cargas formais, você pode fazê-lo. • Mas, você não precisa. • Isso elimina a carga do fósforo e a carga de um dos oxigênios. • A lição é: quando o átomo central está na 3ª linha ou abaixo e a expansão de seu octeto elimina algumas cargas formais, você pode fazê-lo. • Mas, você não precisa. Exceções à regra do octeto: octeto expandido 66 Ligações Químicas: Ligações Covalentes http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/Xenon_tetrafluoride.gif http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/Xenon_tetrafluoride.gif • O conceito do Octeto Expandido ocorre em qualquer sistema que tenha um átomo com mais de quatro pares de elétrons conectados a ele. • Mais comumente, os átomos expandem seus octetos para conter um total de cinco ou seis pares de elétrons, no total. Em teoria, é possível expandir além desses números. • As grandes quantidades de carga negativa concentradas em pequenos volumes de espaço impedem a formação desses octetos expandidos maiores. • Quando um átomo expande seu octeto, ele faz isso usando orbitais d vazios que estão disponíveis no nível de valência do átomo que está se expandindo. • Átomos que não possuem orbitais vazios de nível de valência d não serão capazes de expandir seus octetos. O átomo que expande seu octeto em uma estrutura, geralmente estará localizado no centro da mesma e, o sistema não utilizará nenhuma ligação múltipla ao ligar átomos ao átomo central. • O processo de expansão dos octetos é estritamente um último recurso por parte dos átomos. • http://www.bcpl.net/~kdrews/molegeo/molegeo.html#Expanded Expansão do Octeto http://www.bcpl.net/~kdrews/molegeo/molegeo.html#Expanded • "Octeto expandido" refere-se às estruturas de Lewis, onde o átomo central termina com mais de um octeto, como em PCl5 ou XeF4. Ao desenhar a estrutura de Lewis para PCl5, há um total de 40 elétrons de valência para colocar (5 + 5x7 = 40). Pode-se ver facilmente que, se o átomo central, P, deve ser unido a cinco átomos de Cl, P teria 10 elétrons em vez do octeto. (Lembre-se que um não encadeia os elementos para parecer assim: P-Cl-Cl-Cl-Cl-Cl. ← Não !!) • Claramente, há uma violação da “Regra do Octeto”. • Como sabemos sobre esta violação? É simplesmente isto: PCl5 existe. Nossas regras precisam ser revisadas para acomodar observações. Se PCl5 existir, então essa violação deve ser permitida, já que não há outra maneira de explicá-la. Mais uma vez, os químicos não te odeiam. A natureza apenas faz coisas que não planejamos quando usamos as explicações mais fáceis. • http://www.towson.edu/~yau/ExpandedOctet.htm Expansão do Octeto http://www.towson.edu/~yau/ExpandedOctet.htm Exceções continuam ... • Uma palavra de cautela: Isso significa que podemos violar a regra do octeto a qualquer momento que desejamos? Não! Nós podemos violar a regra do octeto somente quando não houver outra maneira de explicá-la. • Limitações ao “octeto expandido”: • Isso não pode ocorrer com elementos que não contêm orbitais d! Quais elementos seriam? Elementos menores que o neônio (número atômico 10) possuem elétrons apenas nos dois primeiros níveis principais de energia (n = 1 e n = 2), e esses níveis de energia não contêm orbitais d. Expansão do Octeto Mais sobre exceções ... • Segundo, os octetos expandidos geralmente ocorrem quando há muitos elétrons para se adaptar. Como as duplas ligações e triplas ligações ocorrem somente quando há número insuficiente de elétrons, você normalmente não aplicaria o “octeto expandido” aos átomos centrais com múltiplas ligações. Em outras palavras, os elétrons extras devem ser adicionados como pares solitários e NÃO como ligações duplas ou triplas! Expansão do Octeto Resumo das limitações da aplicação do “octeto expandido”: • O átomo central com um octeto expandido • DEVE ter um número atômico maior que 10 (além do Ne) (isto significa que tem orbitais d disponíveis para expandir). • Os elétrons extras devem ser colocados primeiramente nos átomos externos para cumprir seus octetos. • Depois disso, ainda há elétrons extras, comece colocando-os como pares solitários no átomo central. • Se o átomo central não tiver uma carga formal positiva, não prossiga. Você tem a estrutura correta de Lewis. • Somente se o átomo central tiver uma carga positiva, você deve mover um par solitário dos átomos externos para compartilhar (para neutralizar a carga positiva formal) • NÃO faça ligações duplas ou triplas indiscriminadamente! Expansão do Octeto Vamos fazer o XeF4 • Primeiro Passo: Conte o número total de elétrons de valência. 8 do Xe + 4Fx (7e por F) = 36e ou 18 pares. • Segundo Passo: O primeiro elemento é geralmente o átomo central, e então você agrupa os outros átomos ao redor dele. • Terceiro Passo: As 4 ligações covalentes apresentadas acima representam 4 pares. À medida que você coloca pares solitários no F circundante, você conta com mais 12 pares, dando a você um total de 16 pares. Onde você vai colocar mais dois pares? O único lugar seria no átomo central (em Xe) como pares solitários. Xe teria, portanto, 4 átomos e 2 pares solitário (AX4E2). Expansão do Octeto • Xenônio agora tem doze elétrons em vez do octeto! Isso é chamado de “octeto expandido”. • Note que não colocamos uma ligação dupla entre o Xe e um dos F. Um erro que os alunos cometem com frequência. Na estrutura mostrada acima, Xe tem uma carga formal de zero, então não há razão para fazer mais com a estrutura. Expansão do Octeto • Esta estrutura é incorreta porque Xe agora tem uma carga formal 2+ (6 elétrons em vez de 8) e os dois F com ligações duplas têm uma carga formal de -1 (8 elétrons em vez de 7). Em comparação com a estrutura acima, que não tem encargos formais, isso certamente não é o preferido. • Além disso, em termos da Regra do Octeto, F excede o Octeto e o mesmo não pode exceder a Regra (número atômico menor que 10). Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Expansão do Octeto Mais prática• Desenhe as estruturas de Lewis para: • SO4 -2, CO3 -2, CHCl3, CN3H6 + (H ’ s estão ligados aos N’s). SO2, PO3 3-, NO2 -1, BrO3 -, ClO4 -, .. SO4 -2, CO3 -2, CHCl3, CN3H6 + (H’s nos N’s). SO2, PO3 1-, NO, BrO3 -, ClO4 -, S O O O O .. .... .. .. .. :: : : : : - - - - +2 C O: : O .. : : -O .. : : - C Cl .. : ..Cl: ..Cl: .. : H C N H H N H H ..N.. H H + S OO .... .. :: -..+ N O.. .. :. C l O O O O .. .... .. .. .. :: : : : : - - - - +3 Exercício • Desenhe a estrutura de Lewis para ICl4 -. Exercicio prático a. Qual dos seguintes átomos nunca é encontrado com mais de um octeto de elétrons de valência ao seu redor: S, C, P, ou Br? b. Desenhe a estrutura de Lewis para XeF2. Múltiplas Estruturas • Em geral, uma estrutura de pontos de Lewis onde a regra do octeto é satisfeita sem o uso de ligações múltiplas será preferida. Ex: PO4 3- Ligações Covalentes Coordenadas 89 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Ligações Múltiplas É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): A. Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); B. Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); C. Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N 90 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Comprimentos de Ligação 91 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Energias de Ligação 92 Ligações Químicas: Ligações Covalentes H H N N O O O C O S O O N H H H N O O SO O O 2- P O O O O 3- S O O O O 2- Cl O O O O - - Compostos Iônicos e Covalentes 93 Ligações Químicas: Ligações Covalentes X- X2- X3- M+ MX M2X M3X M2+ MX2 MX M3X2 M3+ MX3 M2X3 MX Estequiometrias Comuns dos Compostos Iônicos 94 Ligações Químicas: Ligações Iônicas Deslocalização de elétrons e Ressonância • Elétrons localizados = restritos a uma região particular • Elétrons deslocalizados não pertencem a um único átomo ou exclusivamente a uma ligação entre 2 átomos Ressonância ou Mesomerismo • A representação da estrutura de uma molécula como uma média ponderada de duas ou mais estruturas hipotéticas, que diferem apenas pelo arranjo dos elétrons, mas com as mesmas posições para os átomos, é chamada de ressonância ou mesomerismo ou deslocalização. • A média da distribuição de elétrons sobre duas ou mais estruturas contribuintes hipotéticas (formas canônicas) para produzir uma estrutura eletrônica híbrida é chamada de ressonância. • A ressonância é um fenômeno que ocorre dentro de uma espécie que tem duas ou mais estruturas de Lewis válidas. • Cada estrutura válida é chamada de estrutura de ressonância ou contribuinte de ressonância ou estrutura canônica. • As estruturas de ressonância são apenas imaginárias e a estrutura real da molécula é considerada como o híbrido de todas as estruturas de ressonância válidas. Ressonância do Benzeno • O benzeno é uma molécula orgânica aromática (anel) com a fórmula C6H6. • A ressonância do benzeno é representada de várias maneiras. • O composto orgânico benzeno, C6H6, possui duas estruturas de ressonância. • É comumente representado como um hexágono com um círculo dentro para significar os elétrons deslocalizados no anel. • O composto orgânico benzeno, C6H6 é um hexágono de átomos de carbono com 6 H/s. Desenhe a estrutura de Lewis para o benzeno. • Cada C é hibridizado sp2 • Cada C tem um orbital p não hibridizado perpendicular ao plano do anel • Os orbitais 6 p se sobrepõem para formar uma nuvem Ligação no Benzeno • Benzeno C6H6 – Equilíbrio rápido entre 2 estruturas – Proposto por Fredrich Kekule (1865 químico alemão) Estrutura de Kekule Equilíbrio rápido Híbrido de ressonância Híbrido de ressonância: A média de todas as estruturas contribuintes é conhecida como híbrido de ressonância. É considerada como a estrutura real Deslocalização eletrônica 103 Conjugação Orbitais Em sistemas poli-insaturados os orbitais “p” paralelos e adjacentes podem estar em fase formando um orbital molecular mais estável. A Energia de ressonância do but-1,3-dieno (ao lado) é de 4kcal mol-1. Deslocalização eletrônica 104 Conjugação Orbitais Em sistemas poli-insaturados os orbitais “p” paralelos e adjacentes podem estar em fase formando um orbital molecular mais estável. A Energia de ressonância do but-1,3-dieno (ao lado) é de 4kcal mol-1. Existem quatro elétrons π, logo, teremos dois orbitais π ligantes e dois orbitais π* antiligantes!!! Deslocalização eletrônica 105 Conjugação Orbitais – caso do but-1,3-dieno E n er g ia π HOMO LUMO π π* π* Deslocalização eletrônica 106 Conjugação Orbitais – caso do Cátion alílico E n er g ia HOMO LUMO π π* + Orbital não ligante + + Deslocalização eletrônica 107 Conjugação Orbitais – caso do prop-2-enal (Acroleína) E n er g ia π HOMO LUMO π π* π* O O O O Deslocalização eletrônica 108 Conjugação Orbitais – caso do prop-2-enal (Acroleína) E n er g ia π HOMO LUMO π π* n π* O O O O O Deslocalização eletrônica 109 Conjugação Sistemas muito conjugados Transparente Laranja Deslocalização eletrônica 110 Conjugação Sistemas muito conjugados Deslocalização eletrônica 111 Conjugação Sistemas muito conjugados ΔE(LUMO-HOMO) = 60,8 kcal.mol -1; 470 nm (Azul) Deslocalização eletrônica 112 Conjugação Sistemas muito conjugados ΔE(LUMO-HOMO) = 60,8 kcal.mol -1; 470 nm (Azul) Deslocalização eletrônica 113 Conjugação Sistemas muito conjugados O O n Ψ3* Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Carbocátions Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade de carbocátions Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade de carbocátions C+ H H H C + H H C H H H Carbocátion não estabilizado Orbital p vazio do carbocátion estabilizado por uma doação de carga oriunda do orbital σCH (σCH → pC) Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade de carbocátions C + H H C H H H E n er g ia pC σCH σCH pC “Antes” de interagir “Depois” de interagir Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Exercício: Justifique a ordem de estabilidade dos carbocátions abaixo: CC+RCCHH2 +C> +> + ++ > Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade de radicais Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Cabânions C- R RR sp3 sp3 sp3 sp3 O - O- Deslocalização eletrônica Aromaticidade Benzeno - Isolado em 1825 - Sua fórmula (C6H6) foi proposta em 1834 - Kekulé propõe que sua estrutura seja hexagonal em 1865 - Em 1901 Sabatier descobre uma maneira de hidrogenar duplas ligações utilizando pós finos de metais. Esta reação não funciona com o benzeno. - Em 1930, estudos de difração de Raio-X comprovam que o benzeno possui uma estrutura hexagonal. Suas ligações C-C possuem a mesma distância (1,39 Å). Paul Sabatier Friedrich August Kekulé Deslocalização eletrônica Aromaticidade Benzeno Deslocalização eletrônica Aromaticidade Benzeno Deslocalização eletrônica Aromaticidade Benzeno Deslocalização eletrônica Aromaticidade Benzeno Deslocalização eletrônica Aromaticidade Deslocalização eletrônica Aromaticidade Deslocalização eletrônica Deslocalização eletrônica Aromaticidade Regra de Hückel - O composto deve ser planar. - A cadeia deve ser fechada. - Apenas orbitais π, p e pares eletrônicos participam. - Deve possuir 4n+2 elétrons deslocalizados no sistema para ser aromático. Erich Armand Arthur Joseph Hückel 130 131 132 Base da regra de Hückel • Porque é que o número de elétrons determina se um composto é aromático? • A base de aromaticidade pode ser melhor entendida considerando orbitais e a ligação. 133 • Até o momento, nós usamos "ligação de valência" paraexplicar como ligações entre os átomos são formadas. • Ligação de valência é insuficiente para descrever sistemas com muitos orbitais p adjacentes que se sobrepõem, como é o caso em compostos aromáticos. • Teoria do Orbital Molecular permite uma melhor explicação da ligação em sistemas aromáticos. • Teoria do Orbital Molecular descreve ligações como a combinação matemática de orbitais atômicos que formam um novo conjunto de orbitais chamados orbitais moleculares (OMs). • Um orbital molecular ocupa uma região de espaço em uma molécula, onde são prováveis de serem encontrados os elétrons. Base da regra de Hückel • Teoria do Orbital Molecular complementa as contribuições das estruturas de ressonância para a estabilidade. • Como energia de ressonância, a teoria OM descarta a ideia de que os pares de elétrons da ligação estão localizados entre os átomos específicos em uma molécula. • Teoria OM descreve elétrons como sendo distribuídos entre um conjunto de orbitais moleculares de energias discretas. 134 Base da regra de Hückel 135 • A combinação de dois orbitais p pode ser construtiva - isto é, com fases interagindo - ou destrutiva, isto é, com fases opostas interagindo. • Quando dois orbitais p de fase semelhante se sobrepõem lado a lado, um orbital molecular ligante é formado. • Quando dois orbitais p de fase oposta se sobrepõem lado a lado, um orbital molecular antiligante * é formado. Base da regra de Hückel 136 • O OM * antiligante é maior em energia, porque resulta de uma desestabilização no nó, que empurra núcleos distantes quando orbitais de fase oposta se combinam. Combinação de dois orbitais p para formar orbitais moleculares π e π* Base da regra de Hückel 137 Considere o benzeno. Uma vez que cada um dos seis átomos de carbono no benzeno possui um orbital p, seis orbitais p atômicos se combinam para formar seis OM . Os seis orbitais moleculares do benzeno Base da regra de Hückel 138 • As características mais importantes dos seis OM do benzeno: Quanto maior o número de interações ligantes, mais baixo em energia o OM. Quanto maior for o número de nós, maior energia no OM. Três OM são mais baixos em energia do que os orbitais p iniciais, tornando-os OM ligante, enquanto três OM são mais elevados em energia do que os orbitais p, tornando-os OM antiligante. Dois pares de OM com a mesma energia são chamados orbitais degenerados. O orbital de mais alta energia que contém elétrons é chamado de orbital molecular ocupado mais alto (HOMO). O orbital de mais baixa energia que não contém elétrons é chamado de orbital molecular não ocupado mais baixo (LUMO). Base da regra de Hückel 139 Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel Quatro critérios estruturais devem ser satisfeitos para um composto ser aromático. [1] Uma molécula deve ser cíclica. Para ser aromático, cada p orbital deve sobrepor-se a orbitais p em átomos adjacentes. 140 [2] Uma molécula deve ser planar. Todos os orbitais p adjacentes devem estar alinhados para que a densidade de elétrons possa ser deslocalizada. Dado que ciclooctatetraeno é não-plana, não é aromático, e é submetido a reações de adição como aqueles outros alcenos. Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel 141 [3] Uma molécula deve ser completamente conjugada. Compostos aromáticos devem ter um orbital p em cada átomo. Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel 142 [4] A molécula deve satisfazer a regra de Hückel, e conter um determinado número de elétrons . O benzeno é aromático e especialmente estável porque contem 6 elétrons . Cyclobutadiene é antiaromático e e especialmente instável porque contem 4 elétrons . Regra de Huckel: Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel 143 Note-se que a regra de Hückel refere-se ao número de elétrons , não ao número de átomos num anel em particular. Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel 144 1. Aromático - Um cíclico, planar, composto completamente conjugados com 4n + 2 elétrons . 2. Antiaromático - Um cíclico, planar, composto completamente conjugados com 4n elétrons . 3. Não aromático - Um composto que carece de um (ou mais) dos seguintes requisitos para aromaticidade: ser cíclico, planar e completamente conjugado. Considerando aromaticidade, um composto pode ser classificados em uma das três vias: Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel Hidrocarbonetos monocíclicos com ligações simples e duplas alternadas são chamados de anulenos. Ciclobutadieno não é aromático pois tem um número par de pares de elétrons π. Ciclooctatetraeno não é aromático pois não é planar. O ciclopropeno e o ânion ciclopropenila não são Aromáticos. O cátion ciclopropenila é aromático. sp3 sp3 Ciclo-heptatrieno Ciclopentadieno nuvem não ininterrupta não aromático 2 pares de elétrons não aromático Essas substâncias são aromáticas: Substâncias Heterocíclicas Aromáticas Uma substância heterocíclica é uma substância cíclica na qual pelo menos um dos átomos do anel é um átomo diferente do carbono. A Piridina é Aromática O Pirrol é Aromático O Furano é Aromático Uma substância é antiaromática se for uma substância cíclica planar com um anel ininterrupto de átomos o qual contém orbitais p, e a nuvem π deve conter um número par de pares de elétrons π. 154 • Espectroscopia de 1H NMR indica facilmente se um composto é aromático. • Os prótons nos carbonos sp2 hibridizados em hidrocarbonetos aromáticos são altamente desblindados e absorvem entre 6,5 - 8 ppm, enquanto que os hidrocarbonetos que não são aromáticos absorvem entre 4.5 - 6 ppm. Os Critérios para Aromaticidade - Regra de Hückel Deslocalização eletrônica Aromaticidade Exercício: Classifique os compostos como aromáticos (4n+2 e- π) ou anti- aromáticos (4n e- π) + - + + + Deslocalização eletrônica Antiaromaticidade Alguns compostos cíclicos, quando possuem 4n elétrons π, e um número elevado de carbonos fogem da planaridade para evitar a desestabilização da anti-aromaticidade. Um bom exemplo é o ciclooctatetraeno. Deslocalização eletrônica Antiaromaticidade Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos LSD Pirimicarb (inseticida) Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Viagra Omeoprazol Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Como acontece? - Possibilidade 1: O par eletrônico isolado do heteroátomo não interage com os orbitais p dos demais átomos do sistema. Neste caso o átomo se hibridiza de forma que o par eletrônico fique para fora do sistema em um orbital sp2 e um orbital p contendo um elétron entre no sistema aromático. - Exemplo: Piridina Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Como acontece? - Possibilidade 2: Um dos pares isolados (ou o par isolado) do heteroátomo ajusta-se para interagir ao máximo com os orbitais p dos demais átomos do sistema. Isto significa que, no geral, o par eletrônico participante ficará em um orbital p e as demais ligações (ou pares isolados) estarão em orbitais sp2. - Exemplos: Pirílium (6 membros), Pirrol, furano, tiofeno (5 membros) Pirílium Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Como acontece? - Possibilidade 2: Um dos pares isolados (ou o par isolado) do heteroátomo ajusta-se para interagir ao máximo com os orbitais p dos demais átomos do sistema. Isto significa que, no geral, o par eletrônico participante ficará em um orbital p e as demais ligações (ou pares isolados) estarão em orbitais sp2. - Exemplos: Pirílium (6 membros), Pirrol e furano (5 membros) Pirrol Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Como acontece? - Possibilidade 2: Um dos pares isolados (ou o par isolado) do heteroátomo ajusta-se para interagir ao máximo com os orbitais p dos demais átomos do sistema. Isto significa que, no geral, o par eletrônico participante ficará em um orbital p e as demais ligações (ou pares isolados)estarão em orbitais sp2. - Exemplos: Pirílium (6 membros), Pirrol e furano (5 membros) Furano Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Como acontece? - Possibilidade 3: O heteroátomo já possui um orbital p vazio e interage com os outros orbitais p do sistema. - Exemplo: Borepin (7 membros) B H B H B H - + B H - + B H - + B H - + B H - + B H - + Deslocalização eletrônica Compostos heteroaromáticos Cuidado!!! As vezes os compostos cíclicos policonjugados contendo heteroátomos podem ser anti-aromáticos. B H B H Muito rápido B O Pense no assunto. O oxireno (abaixo) existe! Qual seria a hibridização mais adequada para o oxigênio? Qual ângulo deve ser maior, o COC, ou o CCO? 166 Exemplos de Anéis Aromaticos • Anéis completamente conjugados maiores que benzeno também são aromáticos se forem planares e possuirem 4n + 2 eletrons . • Hidrocarbonetos contendo um único anel com a alternância de ligações simples e duplas são chamados anulenos. 167 • [10]-Anuleno tem 10 eletrons , que satisfaz a regra de Hückel, mas uma molécula planar colocaria os dois átomos de H dentro do anel muito próximos uns dos outros. Assim, o anel contrai-se para aliviar esta tensão. • Dado que o [10]-anuleno não é planar, os 10 elétrons não podem ser deslocalizados ao longo de todo o anel e não é aromático. Exemplos de Anéis Aromaticos 168 • Dois ou mais anéis de seis membros com alternância de ligações simples e duplas podem ser fundidos em conjunto para formar hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs). • Como o número de anéis condensados aumenta, o número de estruturas de ressonância aumenta. Exemplos de Anéis Aromaticos 169 • Heterociclos contendo oxigênio, nitrogênio ou enxofre, também podem ser aromáticos. • Com heteroátomos, devemos determinar se o par de elétrons livres se localiza no heteroátomo ou parte do sistema deslocalizados. • Um exemplo de um heterociclo aromático é piridina. Exemplos de Anéis Aromaticos 170 • Pirrol é um outro exemplo de um heterociclo aromático. Ele contém um anel com cinco membros com duas ligações e um átomo de nitrogenio. • Pirol tem um orbital p em cada átomo adjacente, de modo que é completamente conjugado. • Pirrol tem seis elétrons - quatro das ligações e dois do par de elétrons. • Pirrol é cíclico, planar, completamente conjugado, e possui 4n + 2 elétrons , então é aromático. Exemplos de Anéis Aromaticos 171 • Histamina é uma amina biologicamente ativa formada em muitos tecidos. Ela é um heterociclo aromático com dois átomos de N - um que é semelhante ao átomo N da piridina, e o outro, que é semelhante ao átomo de N do pirol. Exemplos de Anéis Aromaticos 172 Ambos os íons negativamente e positivamente carregadas pode ser aromáticos se eles possuírem todos os elementos necessários. Podemos traçar cinco estruturas de ressonância equivalentes para o ânion ciclopentadienil. Exemplos de Anéis Aromaticos 173 • Das três espécies abaixo, apenas o ânion ciclopentadienil satisfaz a regra de Hückel. Exemplos de Anéis Aromaticos 174 • Ciclopentadieno é mais ácido do que muitos hidrocarbonetos porque a sua base conjugada é aromática. • O pKa de ciclopentadieno é 15, muito mais baixo (ácido) do que o pKa de qualquer ligação C-H discutida até agora. • O ânion ciclopentadienil é ao mesmo tempo aromático e estabilizado por ressonância, por isso é uma base muito estável. • Ciclopentadieno em si não é aromático, porque não é totalmente conjugado. Exemplos de Anéis Aromaticos 175 • O íon tropilio é um carbocátion planar com três ligações duplas e uma carga positiva contida em um anel de sete membros. • Por causa que o cátion tropilio ter três ligações e não há outros pares de elétrons não ligados, ele contém seis elétrons , satisfazendo assim a regra de Hückel. Exemplos de Anéis Aromaticos Íons Aromáticos 6 elétrons deslocalizados ao longo de 7 carbonos carga positiva dispersa pelos 7 carbonos carbocátion muito estável também chamado de cátion tropílio Cátion Ciclo-heptatrienila H H HH H H H + Cátion Ciclo-heptatrienila H H HH H H H + + H H HH H H H Ânion Ciclopentadieneto H H H H H •• – 6 elétrons p deslocalizados ao longo de 5 carbonos carga negativa dispersa sobre 5 carbonos ânion estabilizado Ânion Ciclopentadieneto H H H H H •• – H H H H H – Deslocalização Eletrônica no Ânion Ciclopentadieneto •• – H H H H H H H H H H ••– H H H H H – •• •• H H H H H – H H H H H •• – Acidez de Ciclopentadieno H H H H H H H H H H H •• – H+ + pKa = 16 Ka = 10 -16 Ciclopentadieno é um hidrocarboneto cuja acidez é incomum. Esse incremento na acidez deve-se à estabilidade do ânion ciclopentadieneto. Comparando a Acidez de Ciclopentadieno e Ciclo-heptatrieno H H H H H H pKa = 16 Ka = 10 -16 pKa = 36 Ka = 10 -36 H H HHH H H H H H H H H H •• – Comparando a Acidez de Ciclopentadieno e Ciclo-heptatrieno Ânion Aromático 6 elétrons Ânion Antiaromático 8 elétrons H H HH H H H •• – n = 2 4n +2 = 10 elétrons Diânion Ciclooctatetraeneto H H H H HHHH H H H H HHHH 2– •• •• – – Também representado como Algumas moléculas têm estruturas que não podem ser expressas corretamente por uma única estrutura de Lewis. híbridos de ressonância A ressonância entre estruturas de Lewis reduz a energia calculada da molécula e contribui para a distribuição da ligação sobre toda a molécula. Ressonância 186 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Estruturas de Ressonância • Estruturas de ressonância nas quais a posição dos átomos é a mesma, mas a colocação dos elétrons é diferente. • Nenhuma das estruturas é correta por si só e a estrutura não oscila entre as duas. • A verdadeira estrutura é um híbrido das duas estruturas porque as evidências experimentais mostram que as ligações O-O no O3 são de igual comprimento. Ressonância Desenhe a estrutura de Lewis para o ozônio, O3. Desenhe a estrutura de Lewis para o ozônio, O3. Mas por que um O deveria ser diferente do outro? - + • Está em desacordo com a verdadeira estrutura observada do ozônio, – … ambas as ligações O—O têm o mesmo comprimento. – … ambos os oxigênios externos têm uma carga de -1/2. • Uma estrutura de Lewis não pode representar com precisão uma molécula como o ozônio. • Usamos estruturas múltiplas, estruturas de ressonância, para descrever a molécula. + - - + Assim como o verde é uma síntese do azul e do amarelo … … ozônio é uma síntese dessas duas estruturas de ressonância. Não é pular entre os dois. Uma única estrutura de Lewis para molécula de benzeno, C6H6, não explica todas as evidências experimentais: - Reatividade: O benzeno não sofre as reações típicas de compostos com ligações duplas. - Comprimento de ligação: Todas as ligações carbono-carbono têm o mesmo comprimento. - Evidência estrutural: Só existe um dicloro-benzeno no qual os dois átomos de cloro estão ligados a carbonos adjacentes. Evidências experimentais da ressonância 193 Ligações Químicas: Ligações Covalentes • Diz-se que um composto com e- deslocalizado tem ressonância – contribuidor de ressonância – estrutura de ressonância – estrutura de ressonância contribuinte Híbrido de ressonância • Benzeno – estruturas de ressonância contribuintes Híbrido de ressonância Contribuidores de ressonância e híbrido de ressonância da Uréia Desenhando híbridos de ressonância • 1) Somente movimento dos e- (não átomos) • 2) Somente e- e não ligantes movem • 3) e- totais permanecem os mesmos (assim como e- não pareado) Híbridos de Ressonância e- pode ser movido apenas por… e- move em direção a posição + ou em direção a ligação Híbridos de Ressonância e- pode ser movido apenas por… Par de e- não ligante em direção a uma ligação Híbridos de Ressonância e- pode ser movidoapenas por… e- único não ligante em direção a uma ligação Híbridos de Ressonância Regras para desenhar contribuidores de ressonância: Em todos os contribuidores de ressonância, as posições dos átomos permanecem as mesmas Somente os elétrons e os elétrons não ligantes podem se mover entre os átomos O número total de elétrons na molécula não muda Cada um dos contribuintes de ressonância para um determinado composto deve ter a mesma carga líquida Um contribuinte de ressonância deve ser uma estrutura de Lewis válida, se possível, todos os átomos devem ter um octeto Maior o n. de ligações covalentes, maior é a contribuição para o híbrido de ressonância A estrutura com menos separação de carga é mais estável Os elétrons podem ser movidos de uma das seguintes maneiras: 1. Mova elétrons em direção a uma carga positiva ou em direção a uma ligação 2. Mova os elétrons de par isolado em direção a uma ligação 3. Mova um único elétron não ligante em direção a uma ligação Observação • Os elétrons se movem em direção a um carbono sp2, mas nunca em direção a um carbono sp3 • Os elétrons não são adicionados nem removidos da molécula quando os contribuintes de ressonância são desenhados •Os radicais também podem ter elétrons deslocalizados se o elétron desemparelhado estiver em um carbono adjacente a um átomo sp2 Regras empíricas para estabelecer estruturas de ressonância de moléculas e íons: 1. Estruturas de ressonância não envolvem troca de posições de núcleo, apenas alteração na distribuição da posição relativa de elétrons. 2. Estruturas nas quais todos os átomos da primeira fila (segundo período) possuem octetos cheios são importantes; contudo, diferenças nas cargas formais e na eletronegatividade podem resultar em estruturas de octeto incompleto, comparativamente importantes. H H H C N H H C N H H H C F F F F F C F mais importante menos importante Carbono c/ 6e- Carga + no F C H H O H O HH H C comparativamente importantes H O C H O H O C H O N H H C N N H H C N BF F F F F BF mais importantes menos importantes eletropositivo c/ carga eletronegativo c/ carga 3. As estruturas mais importantes são aquelas que envolvem uma menor separação de cargas, principalmente entre átomos de eletronegatividade comparável. mais importantes menos importantes eletropositivo c/ carga eletronegativo c/ carga C H H N N C H H N N diazometano C H H H C N O + _ C C H H H N O + _ óxido acetonitrila mais importante menos importante carga sobre o elemento mais eletropositivo Elementos além do segundo período formam estruturas com expansão de seus octetos. P Cl Cl Cl Cl Cl 2,19 A 2,04 A o o Cl Cl Cl Cl P Cl Cl P Cl Cl Cl Cl contribuições "não-ligantes" C CH H H N O C CH H H N O mais importante menos importante carga sobre elemento mais eletropostivo óxido de acetonitrila S OO O O HH S OO O O HH S OO O O HH S OO O O HH NO O O H NO O O H NO O O NO O O NO O O Estrutura híbrida para o íon nitrato N O O O -2 1.45 Å H3N OH N OO + + íon nitrônio íon hidroxilamônio 1,15 Å Contribuidores de ressonância inválidos Não é estrutura válida porque a valência do nitrogênio é excedida para 5 Deslocalização eletrônica Tautomerismo São isômeros estruturais que podem se interconverter na presença de ácidos. Todo composto carbonilado possui uma forma cato(aldo) e enólica. Contribuidores de ressonância inválidos Estes são tautômeros, mas não contribuintes de ressonância. As posições dos átomos são alteradas. Deslocalização eletrônica Tautomerismo O O 2 N O H O 2 N F H O F H O H Contribuidores de ressonância inválidos menos estável, carbono com sexteto e menor número de ligações covalentes mais estável, todos os átomos estão com octeto e maior número de ligações covalentes Contribuidores de ressonância inválidos O átomo mais eletronegativo deve carregar a carga dos elétrons de valência • Desenhando híbridos de ressonância Híbridos de Ressonância Contribuidores de ressonância e o híbrido de ressonância Contribuidores de ressonância são imaginários, mas o híbrido de ressonância é real os elétrons não podem se deslocalizar em moléculas não planares Desenhando Contribuidores de Ressonância Contribuidores de ressonância são obtidos movendo elétrons em direção a uma carga positiva : CH3CH CH CHCH3 CH3CH CH CHCH3 CH3CH CH CHCH3 ++ CH3CH CH CH CH CH2 CH3CH CH CH CH CH2 CH3CH CH CH CH CH2 CH3CH CH CH CH CH2 + + + CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 + + + + híbrido de ressonância híbrido de ressonância híbrido de ressonância Movendo elétrons em direção a uma ligação Movendo um par de elétrons não ligantes em direção a uma ligação A diferença entre elétrons deslocalizados e localizados CH2 CH CHCH3 CH2 CH CHCH3 CH2 CH CH2CHCH3 X an sp3 hybridized carbon cannot accept electrons elétrons deslocalizados elétrons localizados Contribuidores de ressonância com cargas separadas são menos estáveis R C O OH R C O- OH+ R C O O- R C O- O Mais estável igualmente estável Os elétrons sempre se movem em direção ao átomo mais eletronegativo Quando há apenas uma maneira de mover os elétrons, porque a deslocalização de elétrons torna uma molécula mais estável CH2 CH OCH3 CH2 CH OCH3 o movimento dos elétrons para longe do átomo mais eletronegativo é melhor do que nenhum movimento Híbridos de Ressonância Estruturas de ressonância SO2 HNO3 HCHO Ressonância Observe que as duas estruturas possíveis para o íon nitrito (NO2 -1) são estruturas de ressonância: idênticas, exceto pela colocação de ligações ou elétrons. A partir dessas estruturas, você pode imaginar que o NO2 -1 tem dois comprimentos de ligação N-O diferentes, pois as ligações simples são mais longas que as ligações duplas. Cada ligação N-O no híbrido tem 1,5 ligações de comprimento. • No entanto, experimentos mostram que existe apenas um comprimento de ligação N-O e que está entre os comprimentos de uma ligação simples e dupla: o híbrido de ressonância ou médio. 1,3-butadieno híbrido de ressonância Estruturas de Ressonância • Ao escrever estruturas de ressonância, os mesmos átomos estão ligados uns aos outros, de modo que a única diferença está no arranjo dos elétrons. • As estruturas de ressonância são separadas por uma seta de duas pontas. () • O que faz com que uma estrutura de ressonância diminua a estabilidade? – 1) um átomo com um octeto incompleto – 2) uma carga negativa que não está no átomo mais eletronegativo – 3) uma carga positiva que não está no átomo mais eletropositivo – 4) separação de carga Exemplos para examinar B é menos estável que A Estabilidade Igual • 1) Quanto maior a estabilidade prevista de um contribuinte de ressonância, mais ele contribui para o híbrido de ressonância. • 2) Quanto maior o número de contribuintes de ressonância relativamente estáveis, maior a energia de ressonância. • 3) Quanto mais equivalentes forem os contribuintes de ressonância, maior será a energia de ressonância. Energia de Ressonância Energia de Ressonância Quanto mais equivalentes forem os contribuintes de ressonância, quanto maior a energia de ressonância 237 Estabilidade do Benzeno • Considere os calores de hidrogenação de ciclo-hexeno, 1,3-ciclohexadieno e benzeno, os quais dão ciclohexano quando tratados com excesso de hidrogênio na presença de um catalisador metálico. • Ciclo-hexeno e 1,3-ciclohexadieno podem ser hidrogenados à temperatura ambiente, no entanto, benzeno requer condições mais enérgicas. 238 • O baixo calor de hidrogenação do benzeno significa que o benzeno é especialmente estável, até mais do que polienos conjugados. • Esta estabilidade incomum é uma característica dos compostos aromáticos. • Comportamento anormal de benzeno não está limitado a hidrogenação. A reaçãocom Br2 requer a presença de um catalisador ácido de Lewis. Estabilidade do Benzeno Estabilidade de dienos • Cátions alílicos tem e- deslocalizados • Eles são mais estáveis devido aos contribuintes de ressonância : Cátions alílicos • Os cátions benzílicos têm e- deslocalizados • Eles são mais estáveis devido aos contribuintes de ressonância: Cátions benzílicos • Por que esse álcool é tão ácido assim? – -OH está em um C hibridizado sp2 – No fenol, alguns contribuintes de ressonância têm uma carga + no O – 3 das estruturas do fenol têm cargas separadas Fenol A estrutura eletrônica do NO2Cl é na verdade uma composição ou uma média das duas estruturas de Lewis, ou seja, é um híbrido de ressonância de duas estruturas de ressonância hipotéticas. No híbrido de ressonância, a ligação nitrogênio-oxigênio é dita ter uma ordem de ligação 1 1/2. Cl N O O Cl N O O Cl N O O O O NCl Cl N O O 1/2 _ 1/2 _ híbrido de ressonância estruturas de ressonância estruturas de ressonância Íon formiato: ordem de ligação 1 1/2 H C O O H C O O H C O O __ _ _O O H C O O H C 1/2 1/2 _ _ 1,26 A o híbrido de ressonância estruturas de ressonância estruturas de ressonância HO CH3 C O H H 1,20 A oo 1,43 A Íon Carbonato: ordem de ligação 1 1/3 Estruturas que contribuem menos para o híbrido de ressonância, podem ser desprezadas: apresentam átomos com octeto incompleto H C O O _ _ Cl N O O íon formiato cloreto de nitrila __ O C O O _ _ _ _ _ _ O O COO C O OO O CO o 1,28 A HO CH3 C O H H 1,20 A oo 1,43 A C H H O C O H H formaldeído O H H C O H H C C H H O H H H H C OH OHC H H OHC H H híbrido de ressonância formaldeído protonado C H H O H OH H H Estrutura íon oxônio íon hidrônio C H H O H C H H H estrutura carbocátion cátion metila Qual estrutura representa mais adequadamente o formaldeído protonado? H2C OH 1,27 A o C O o 1,20 A C OH o 1,43 A Resposta: H2C=OH + pode ser melhor descrito como tendo uma estrutura íon oxônio do que de carbocátion. Mas, nem estrutura oxônio nem carbocátion propicia uma descrição acurada para o H2C=OH +. Cátion trifluorometila CF3 + C F F F F F F C C F F F C F F F C F 1,38 A o C F FF o 1,27 A híbrido de ressonância estrutura íon fluorônio Metilenoimina protonada (H2CNH2) + C N H H H H H H C N H H C N H H H 1,27 A o metilenoimina o 1,29 A metilenoimina protonada C H H H N H H o 1,47 A metilamina C N H H H H híbrido 1,29 A o • A Teoria dos Orbitais Moleculares também pode ajudar a explicar o aumento da estabilidade Teoria do Orbital Molecular Uma descrição orbital molecular de estabilidade • O.M. ligante: sobreposição construtiva (em fase) • O.M. antiligante : sobreposição destrutiva (for a de fase) Os orbitais moleculares do 1,3- butadieno Simetria em Orbitais Moleculares y1 e y3 no 1,3-butadieno são orbitais moleculares simétricos y2 e y4 no 1,3-butadieno são orbitais totalmente assimétricos • HOMO = the highest occupied molecular orbital - o orbital molecular ocupado mais alto (de maior energia) • LUMO = the lowest unoccupied orbital - o orbital desocupado mais baixo (de menor energia) • O orbital molecular de maior energia do 1,3-butadieno que contém elétrons é y2 (HOMO) • O orbital molecular de menor energia do 1,3-butadieno que não contém elétrons é y3 (LUMO) Considere os orbitais moleculares do 1,4-pentadieno : Este composto tem quatro elétrons que estão completamente separados um do outro Os Orbitais Moleculares do Sistema Alilo Sem sobreposição entre os orbitais : o O.M. não ligante y2 é o O.M. não ligante Estruturas de ressonância do cátion alilo, radical alilo, e o ânion alilo CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 + + CH2 CH CH2 . . CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 - - Os Orbitais Moleculares do 1,3,5-Hexatrieno Benzeno tem seis orbitais moleculares O benzeno é extraordinariamente estável devido à grandes energias de deslocalização O benzeno é estabilizado pela deslocalização de elétrons Resumo • Quanto maior a estabilidade prevista de um contribuidor de ressonância, mais ele contribui para o híbrido de ressonância • Quanto maior o número de contribuintes de ressonância relativamente estáveis, maior é a energia de ressonância • Quanto mais equivalentes forem os contribuintes de ressonância, maior será a energia de ressonância Controle Termodinâmico vs. Cinético • Se o produto cinético e o produto termodinâmico diferirem, o produto principal dependerá das condições da reação. • Se realizada em condições amenas (baixa temperatura), a reação será irreversível e o produto cinético será favorecido. • Se realizada em condições suficientemente vigorosas (alta temperatura), a reação será reversível e o produto termodinâmico será favorecido. Estruturas de ressonância para o radical alílico e para o radical benzílico Cátions Estabilizados por Ressonância Estabilidades relativas de cátions alílicos e benzílicos Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade relativa de carbocátions Deslocalização eletrônica Hiperconjugação Estabilidade relativa de radicais Efeito de ressonância ou efeito mesomérico • O fluxo de elétrons de uma parte do sistema conjugado (espécies com ligações duplas alternadas) para a outra, causado pelo fenômeno da ressonância, é chamado de efeito de ressonância ou efeito mesomérico • Isso é de dois tipos : (i) + R ou efeito +M (ii) – R ou efeito –M + R ou efeito +M • Se um grupo doa elétrons para o sistema conjugado - por meio de ressonância, diz- se que ele tem efeito +R ou +M C C OH — C — C – O H (+M or +R effect of –OH group) + +R ou efeito +M ι ι – R ou efeito –M • Grupos que atraem elétrons para si mesmos por meio de ressonância são ditos como tendo efeito –R ou –M –R ou efeito –M C C CH O — C — C CH — O – (–R effect of –CHO group) + ι – R ou efeito –M Efeito - R do grupo – CHO Efeito - R do grupo – CN Acidez dos ácidos carboxílicos Os ácidos carboxílicos recebem esse nome porque podem doar um hidrogênio para produzir um íon carboxilato. Os ácidos carboxílicos dissociam-se em água para formar o íon carboxilato e o íon hidrônio. O íon carboxilato formado é estabilizado por ressonância por deslocamento efetivo da carga negativa. Acidez dos ácidos carboxílicos Acidez dos ácidos carboxílicos (-) Um grupo de retirada de elétrons (efeito -R) garante a deslocalização efetiva da carga negativa na base conjugada (íon carboxilato) por meio de ressonância ou efeito indutivo, portanto, aumenta sua estabilidade Acidez dos ácidos carboxílicos Ex:- >C=O, -CHO, -NO2, -CN etc Acidez dos ácidos carboxílicos Um grupo doador de elétrons (efeito +R) desestabiliza a base conjugada (íon carboxilato) formada e, portanto, diminui a acidez dos ácidos carboxílicos Ex: Cl, OH, NH2, Br, I, OCH3 etc; O ácido etanóico é um ácido mais forte que o álcool etílico Nenhuma ressonância possível no íon etóxido, portanto, é menos estável Reatividade do benzeno Efeito –M do -NO2 -Ativa a substituição nucleofílica Efeito +M do -NH2 - ativa a substituição eletrofílica Reatividade do benzeno Efeito + M do -OH O fenol é mais reativo para reações de substituição eletrofílica nas posições orto e para perguntas e respostas 1. Qual estrutura de ressonância é estável? estrutura II (a carga está no átomo de O) 2. Qual é mais forte ácido fórmico ou ácido acético? Ácido fórmico Exemplo • Qual é previsto para ter as ligações de enxofre- oxigênio mais curtas, SO3 ou SO3 2-? Exercício prático • Desenhe duas estruturas de ressonância equivalentes para o íon formato, HCO2 -. Compostos poliatômicos comuns 285 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Praticar desenho de ressonância Prática Prática Prática Ressonância: comprimentos de ligação287 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Ressonância Desenhe estrutura de ressonância para: HCO2 - Ressonância Desenhe a estrutura de Lewis para: HCO2 - Mas por que os dois oxigênios seriam diferentes? Ressonância • Na verdade, os elétrons que compõem a dupla ligação não estão localizados, mas sim deslocalizados. Ressonância • Desenhe a estrutura de Lewis do NO3 - • Desenhe a estrutura de Lewis do NO3 - N O OO .. .... .. .. .. ..- + N O OO .. .... .. .. .. .. - + N O OO .. .... .. .. .. .. - + ....- - .. - Ressonância 293 A. S=C=N Íon tiocianato, (SCN)- Qual das três possíveis estruturas de ressonância é o mais importante? -0.52 -0.32 -0.16 Cargas parciais calculadas Resposta: C > A > B C. S-C N B. S=C - N (a) Desenhe uma estrutura de Lewis do íon carbonato, CO3 -2. (b) Desenhe todas as outras estruturas de ressonância. (c) O que determina o número de estruturas de ressonância? (d) Desenhe o híbrido de ressonância. (a) e (b) acima (c) O número de átomos idênticos na estrutura. (d) Todas as ligações C a O são ligações 1,5 (uma sólida e uma tracejada). Mais de um átomo central • Muitas moléculas têm mais de 1 átomo central • Você apenas lida com cada um separadamente • Exemplo: • Estrutura de Lewis para acetato: • CH3CO2 - Polaridade de ligações covalentes H Cl Em algumas moléculas, os elétrons não estão "igualmente" distribuídos entre os dois átomos; "Distorção" da nuvem eletrônica: elétrons são atraídos para o lado do elemento mais eletronegativo. HCl H H H2 formação de cargas parciais + - 296 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Exemplos: Cl — Cl : H — Cl : H — O : H — C: H — H : apolar polar fortemente polar fracamente polar (momento de dipolo é muito pequeno) apolar 297 Polaridade de ligações covalentes Ligações Químicas: Ligações Covalentes Moléculas Polares e Apolares 298 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Determinar a polaridade de cada ligação e da molécula como um todo: CCl4 HCCl3 C2H6 299 Exercício: Polaridade escala de eletronegatividade Ligações Químicas: Ligações Covalentes Geometria molecular e polaridade de moléculas geometria planar pirâmide trigonal ligação B — F é polar vetor momento dipolar resultante = 0 ligação N — H é polar vetor momento dipolar resultante ≠ 0 molécula é POLAR molécula é APOLAR 300 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Forma espacial das moléculas Para prevermos a forma molecular, supomos que os elétrons de valência se repelem e, conseqüentemente, a molécula assume a geometria 3D que minimize essa repulsão. Denominamos este processo de teoria de Repulsão do Par de Elétrons no Nível de Valência (RPENV) ou VSEPR (do inglês Valence Shell Electron Pair Repulsion). 301 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Forma espacial das moléculas 302 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Efeito dos pares isolados de elétrons no modelo VSEPR Os pares de elétrons isolados do átomo central de uma molécula são regiões de densidade de elétrons elevada e devem ser considerados na identificação da forma molecular. 303 Ligações Químicas: Ligações Covalentes O ângulo de ligação H-X-H diminui ao passarmos do C para o N e para o O: (tetraédrica) (piramidal) (angular) Conseqüentemente, os ângulos de ligação diminuem quando o número de pares de elétrons não-ligantes aumenta. 104.5O107O N HHH C H HHH 109.5O O HH 304 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Efeito dos pares isolados de elétrons no modelo VSEPR C O Cl Cl 111.4o 124.3o Efeito de ligações múltiplas no modelo VSEPR 305 (trigonal planar) Ligações Químicas: Ligações Covalentes 306 Formas espaciais de moléculas (bipirâmide trigonal) (octaédrica) Ligações Químicas: Ligações Covalentes Para moléculas maiores... 307 Ligações Químicas: Ligações Covalentes O O HH H H C2H4O2 Tetraédico Trigonal plano Angular 308 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Mais formas espaciais de moléculas ... 309 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons 310 Moléculas com pares de elétrons isolados no átomo central: Fórmula Geral: AXnEm onde: A = átomo central; X = átomo ligado; E = par isolado. Os pares de elétrons isolados do átomo central de uma molécula são regiões de densidade de elétrons elevada e devem ser considerados na identificação da forma molecular. Ligações Químicas: Ligações Covalentes 311 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes 312 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes 313 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes 314 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes 315 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes 316 Geometrias de moléculas polares e apolares Ligações Químicas: Ligações Covalentes Exemplo: SF4 Geometria “gangorra” é mais estável. 317 Fórmula Geral: AX4E Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons Ligações Químicas: Ligações Covalentes 318 Exemplo: ClF3 Geometria em “T”. Fórmula Geral: AX3E2 Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons Ligações Químicas: Ligações Covalentes Moléculas do tipo AX4E2 quadrado planar 319 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Estruturas de moléculas com pares isolados de elétrons 320 Ligações Químicas: Ligações Covalentes Exercícios Escreva as estruturas de Lewis para os seguintes compostos e indique, em cada caso, o formato espacial das moléculas: a) metanal ou formaldeído, H2CO; b) metanol, CH3OH; c) fosfina, PH3 Muito obrigado a todos(as) pela atenção durante as aulas. Bons estudos e que Deus abençoe vocês! 321
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