Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Química Ácido-Base e Doador-Aceptor Hueder Paulo Moisés de Oliveira hueder.paulo@ufabc.edu.br COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico: – Uso. • Templos bíblicos – complexos de alizarina. – Síntese casual. • 1597 – Alchemia (Libavius) – íon tetramin cobre (II). • 1704 – Diesbach – azul da prússia (KCN.Fe(CN)2.Fe(CN)3). – Estudo sistemático. • 1822 a 1856 – Diversos pesquisadores – Researches on the Ammonia-Cobalt bases (Gibbs e Genth) – 35 compostos amino- cobálticos são reportados. 2 • Breve Histórico (cont.): – Teoria da Cadeia de Blomstrand – Jørgensen: • Segunda metade do séc. XIX, até início do séc. XX; • Moléculas de amônia poderiam ligar-se umas as outras; – Influência da Química Orgânica, em pleno desenvolvimento; – (-NH3-NH3-NH3-) semelhante a (-CH2-CH2-CH2-); – Proposta para o composto amino-cobáltico CoCl3.6NH3: 3 ClNHNHNHNH ClNH ClNH Co 3 3 3 3 3 3 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Teoria de Werner (1893): • Conceito de átomo central; • Conceito de número de coordenação; • Conceito de valência primária e secundária; • Antecipação dos conceitos de ligações Iônica e Covalente; • Sugere arranjo octaédrico da espécie química CoCl3.6NH3. 4 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Bases empíricas da Teoria de Werner: • Na síntese de compostos amino-cobálticos, a variação da proporção CoCl3 : NH3 levava a formação de substâncias complexas com características diferentes. • Exemplo: CoCl3 : 6 NH3 e CoCl3 : 5 NH3 5 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Bases empíricas da Teoria de Werner: • Além da variação das características organolépticas, ocorriam variações de propriedades físico-químicas. • Condutividade elétrica das soluções: 6 Composto Condutividade Molar (ohms.mol-1) Composição Iônica CoCl3.6NH3 432 3:1 CoCl3.5NH3 262 2:1 CoCl3.4NH3 150 1:1 CoCl3.3NH3 3,5 0:0 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Bases empíricas da Teoria de Werner: • Número de íons Cl- ionizáveis precipitados do CoCl3.nNH3, como AgCl, por AgNO3. 7 Composto Número de íons Cl- Composição Iônica CoCl3.6NH3 3 3:1 CoCl3.5NH3 2 2:1 CoCl3.4NH3 1 1:1 CoCl3.3NH3 0 0:0 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Postulados da Teoria de Werner: 1. Os átomos dispõem, nos complexos, de dois tipos de valência – principal e auxiliar. A valência auxiliar se manifesta na esfera interna ou de coordenação; a principal na esfera externa ou de ionização. 2. A valência auxiliar tem caráter direcional. 3. A valência principal pode ser convertida em auxiliar e vice- versa. 4. Quando um íon negativo estiver situado na esfera interna ele atende a valência auxiliar, quando estiver na esfera externa atende a valência principal. 8 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Breve Histórico (cont.): – Cloretos Amino-cobaltícos: 9 [Co(NH3)6]Cl3 [Co(NH3)5Cl]Cl2 [Co(NH3)4Cl2]Cl [Co(NH3)3Cl3] COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – Composição das espécies coordenadas: • Átomo Central – Ácidos de Lewis – Aceptores de elétrons; – Geralmente elementos metálicos na forma catiônica; – Algumas vezes podem apresentar estado de oxidação zero ou negativo; – Muito raro casos de átomos centrais ametálicos. • Grupos periféricos – Bases de Lewis – Doadores de elétrons; – Também chamados de LIGANTES; – Podem ser aniônicos, moleculares, radicalares – Muito raramente são catiônicos. 10 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – Composição das espécies coordenadas: • Pode-se entender a formação de uma espécie coordenada como uma reação de neutralização ácido-base de Lewis. • A formação dos complexos está relacionada à acidez (de Lewis), logo o desempenho do ligante frente a um determinado íon central depende de sua basicidade (de Lewis). 11 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – Definição das Esferas de Coordenação e Ionização: • Esfera de Coordenação (Esfera Interna): – Caracterizada pela valência auxiliar – capacidade do íon central em formação de ligações coordenadas com bases de Lewis. • Esfera de Ionização (Esfera Externa): – Caracterizada pela valência principal do íon central – estado de oxidação do íon central após formação da esfera de coordenação. 12 [Co(NH3)6]Cl3 Esfera interna ou de coordenação: • valência auxiliar 6 atendida pelas seis amônias. Esfera externa ou de ionização: • valência principal 3+ atendida pelos três cloretos. [CoCl(NH3)5]Cl2 Esfera interna ou de coordenação: • valência auxiliar 6 atendida pelas cinco amônias e o cloreto. Esfera externa ou de ionização: • valência principal 2+ atendida pelos dois cloretos. COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – O Íon Central: • Condições para o íon central formar complexos : – raio pequeno; – carga ou nox elevado; – disponibilidade de orbitais para acomodar os pares eletrônicos cedidos pelo ligante. – O Ligante: • Qualquer molécula ou ânion (ou até mesmo cátions) com disponibilidade de par eletrônico não compartilhado. • Moléculas com elétrons (eteno, benzeno) podem compartilhá-los com íon central. 13 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – O Ligante (cont.): • Ligantes Monodentados: – Apenas um par não compartilhado apto a formar a ligação coordenada. – Exemplos: NH3, CN -, R-NH2, H2O, etc. • Ligantes Bidentados: – Dois pares não compartilhados disponíveis para coordenação, geralmente em átomos diferentes da espécie (por efeito estérico). – Exemplos: etilenodiamina (en) 2,2-bipiridina (bipy) acetilacetonato (acac) 14 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – O Ligante (cont.): • Ligantes Multidentados: – Mais de dois pares não compartilhado aptos a formar a ligação coordenada. – Exemplos: EDTA4- (etilenodiaminotetraacetato ) - hexadentado. 15 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – O Ligante (cont.): • Efeito Quelato: – Ligantes polidentados (mais de um par de elétrons isolado) podem formar compostos de coordenação com estruturas anelares envolvendo o íon (átomo) central e os ligantes. 16 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Fundamentos da Química de Coordenação: – O Ligante (cont.): • Efeito Quelato: • Exemplo [Co(en)3] 3+ octaédrico é um complexo de en típico. 17 A diminuição do número de moléculas de um agente monodentado necessárias a estabilização do íon central faz com que sobrem mais ligantes em solução, aumentando a entropia do processo: [Co(NH3)6] 3+ + 3 en [Co(en)3] 3+ + 6 NH3 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Potencial Iônico (Φ): – Relaciona os fatores carga e raio iônico, de forma que quanto maior Φ maior a tendência a formação de complexos. 18 raio carga Íon Φ Íon Φ Be2+ 6,45 Cu2+ 2,78 Al3+ 6,00 Fe2+ 2,63 Mg2+ 3,08 Fe3+ 4,69 Li+ 1,67 Co3+ 4,76 Na+ 1,05 Pt2+ 3,85 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: • Potencial Iônico (Φ): – Pode-se observar claramente que: • Metais alcalinos: Φ - pouca tendência a formação de complexos. • Be2+, Al3+, Mg2+: Φ, mas pouca disponibilidade de orbitais em sua configuração eletrônica. • Metais de Transição: Φ intermediário e boa disponibilidade de orbitais em sua configuração eletrônica. 19 COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO: 20 Definição de Arrhenius para Ácido e Base • Ácido: Toda substância que produz íons H+ em solução. • Base: Toda substância que produz íons OH- em solução. HCl(aq) H + (aq) + Cl - (aq) NaOH(aq) Na + (aq) + OH - (aq) Ácido Adstringente 21 Reação Ácido-Base segundo Arrhenius É uma reação de neutralização. Limitada ao comportamento em soluções aquosas! H+(aq) + OH - (aq) H2O(aq) HCl(g) + NH3(g) NH4Cl(s) 22 • Ácido: Toda substância que tende a doar um próton (H+) quando em solução. • Base: Toda substância que tende a aceitar um próton (H+) quando em solução.HCl(aq) + H2O(l) H3O + (aq) + Cl - (aq) Ácido 1 Base 2 Ácido 2 Base 1 NH3(l) + H2O(l) NH4 + (aq) + OH - (aq) Base 1 Ácido 2 Ácido 1 Base 2 Definição de Brönsted-Lowry para Ácido e Base Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 23 Svante August Arrhenius Johannes Nicolaus Brønsted Arrhenius: - Um ácido é uma substância que ao reagir com a água produz íons hidrogênio (H+). - Uma base é um composto que reage com a água produzindo íons hidróxidos (OH-). Thomas Martin Lowry Brønsted-Lowry: - Um ácido é doador de prótons (H+). - Uma base é receptor de prótons. Definições Ácidos de Arrhenius formam íons hidrônio em água, e bases formam íons hidróxido. Esta definição pressupõe que a água é o solvente. Brønsted e Lowry expandiram as definições de Arrhenius e definiram ácidos como doadores de prótons e bases como receptores de prótons. Eles também introduziram o conceito de pares ácido-base conjugados. Outros Solventes Para qualquer solvente que possa se dissociar em um cátion e um ânion, o cátion é o ácido, e o ânion é a base. Qualquer soluto que causa um aumento na concentração do cátion é um ácido, aqueles que aumentam a concentração do ânion são bases. 26 Envolve a competição de um próton entre duas bases. • Introduz o conceito de pares conjugados. • Se o ácido é forte, a base conjugada é fraca. Se a base é forte, o ácido conjugado é fraco. • Um ácido tem comportamento ácido independente do solvente, e uma base tem comportamento básico independente do solvente. Reação Ácido-Base segundo Brönsted-Lowry 27 As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry A força de um ácido, ou seja, seu grau de ionização em solução, é indicada através da magnitude de sua constante de ionização ácida (ou constante de atividade). ][ ]][[ 3 )()(3)(2)( HF FOH K FOHOHHF a aqaqlaq Ka>>1 ácido forte Ka << 1 ácido fraco 28 As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry A força de uma base, ou seja, seu grau de dissociação em solução, é indicada através da magnitude da sua constante de basicidade. ][ ]][[ 3 4 )()(4)(2)(3 NH OHNH K OHNHOHNH b aqaqlaq Kb>>1 base forte Kb << 1 base fraca Tendências Periódicas em Acidez de Brönsted-Lowry Ácido HCl HBr HI Força do ácido Base Conjugada Cl- Br- I- Força da base Ácido HNO2 HNO3 Força do ácido Base Conjugada NO2 - NO3 - Força da base Raio iônico maior, a base conjugada é mais polarizável. Maior número de estruturas de ressonância, mais estável é a base conjugada. 30 Tendências Periódicas em Acidez de Brönsted-Lowry • Aquo-ácido, é um ácido no qual o próton ácido está em uma molécula de água coordenada a um íon metálico central. OH2 Fe OH2 H2O OH2 OH2H2O 3+ +H2O -H3O + OH Fe OH2 H2O OH2 OH2H2O 2+ Estado de oxidação mais alto do metal têm interação maior com átomos do oxigênio, deixando o hidrogênio mais disponível. ÁCIDOS E BASES FRACOS A grande maioria dos ácidos e das bases é fraca. CONSTANTE DE EQUILÍBRIO: A força relativa de um ácido ou de uma base que pode ser expressa quantitativamente. Ka – constante de equilíbrio para ácidos fracos Kb – constante de equilíbrio para bases fracas Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 32 33 Ácido Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 34 Base Ácido Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 35 Ácido conjugadoBase Ácido Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 36 Ácido conjugadoBase Ácido Base conjugada Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry 37 A água é anfiprótica, isto é, tanto recebe (base) como doa (ácido) prótons. O produto iônico da água (KW) é: As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry 38 A água é anfiprótica, isto é, tanto recebe (base) como doa (ácido) prótons. O pH depende da concentração do ácido!!! O produto iônico da água (KW) é: As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry 39 pKa Como a concentração de H2O (solvente) não varia significantemente, temos 𝑝𝐾𝑎 = −𝐿𝑜𝑔𝐾𝑎 As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry 40 As Forças dos Ácidos de Brönsted-Lowry 41 Analogamente ao pKa, a força das bases pode ser descrita pelo pKb. 𝑝𝐾𝑎 + 𝑝𝐾𝑏 = 𝑝𝐾𝑤 = 14 Porém, para a química orgânica, é mais fácil (e intuitivo) descrever a força de uma base através do pKa de seu ácido conjugado. Essa constante leva o nome de pKaH. As Forças das Bases de Brönsted-Lowry 42 Força das bases conjugados pelo pKaH. As Forças das Bases de Brönsted-Lowry Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 43 Estabilidade da base/ácido conjugado: Quanto mais estável a base conjugada, mais forte é o ácido e quanto mais estável o ácido conjugado, mais forte é a base. Exemplo: O ácido conjugado do metano é muito instável, logo, o metano é uma base muito fraca. Por outro lado, a base conjugada do metano também é muito instável (pKaH ≈ 48) tornando-o um ácido muito fraco. H C H H H + H+ C+H H H H H H C H H H + H+ H C- H H 44 Eletronegatividade Quanto maior a eletronegatividade de um átomo, maior é a estabilidade de seus orbitais de valência, logo, quanto mais eletronegativo for o elemento melhor mais estável será a base conjugada. HF H+ + F- 3,98 3,2 H2O H + + OH- 3,44 15,7 NH3 H + + NH2 - 3,04 ca.36 CH4 H + + CH3 - 2,55 ca.48 Eletronegatividade pKa Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. HF H+ + F- 42 3,2 Raio atômico (pm) pKa HCl H+ + Cl- 79 -7 HBr H+ + Br- 94 -9 HI H+ + I- 115 -10 45 Tamanho do átomo Quanto maior o átomo, mais difuso é seu orbital de valência e melhor ele pode acomodar (distribuir) uma carga. Ou seja, quanto maior o átomo, mais estável é a base conjugada. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 46 Eletronegatividade de orbitais híbridos: Para um mesmo elemento, quanto maior o caráter s do orbital ligado ao hidrogênio, mais estável será a base conjugada. C2H6 H + + C2H5 - sp3 ca. 42 Hibridização pKa C2H4 H + + C2H3 - sp2 ca. 40 C2H2 H + + C2H - sp ca. 25 Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 47 Efeito indutivo Alguns átomos (ou grupos de átomos) tem a capacidade de retirar (sacar) ou doar elétrons para a cadeia carbônica influenciando na estabilidade dos orbitais do átomo ligado ao hidrogênio em questão. Quanto mais próximo o átomo estiver do hidrogênio (ou por eletrônico), maior será o efeito deste na acidez (ou basicidade). Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 48 Efeito indutivo Alguns átomos (ou grupos de átomos) tem a capacidade de retirar (sacar) ou doar elétrons para a cadeia carbônica influenciando na estabilidade dos orbitais do átomo ligado ao hidrogênio em questão. Quanto mais próximo o átomo estiver do hidrogênio (ou por eletrônico), maior será o efeito deste na acidez (ou basicidade). Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 49 Efeito indutivo Alguns átomos (ou grupos de átomos) tem a capacidade de retirar (sacar) ou doar elétrons para a cadeia carbônica influenciando na estabilidade dos orbitais do átomo ligado ao hidrogênio em questão. Quanto mais próximo o átomo estiver do hidrogênio (ou por eletrônico), maior será o efeito deste na acidez (ou basicidade). Fatores queInfluenciam na Força dos Ácidos e Bases. 50 Conjugação Muitas vezes a base conjugada pode ser estabilizada ao ser deslocada pelo sistema. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 51 Conjugação Muitas vezes a base conjugada pode ser estabilizada ao ser deslocada pelo sistema. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 52 Conjugação Muitas vezes a base conjugada pode ser estabilizada ao ser deslocada pelo sistema. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 53 Conjugação Muitas vezes a base conjugada pode ser estabilizada ao ser deslocada pelo sistema. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 54 Conjugação Muitas vezes a base conjugada pode ser estabilizada ao ser deslocada pelo sistema. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 55 Conjugação Substituintes em um sistema conjugado podem afetar a força do ácido/base tanto pelo efeito indutivo quanto pela habilidade doar ou retirar elétrons por conjugação. Este segundo caso é conhecido como efeito mesomérico. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 56 Complementos A carbonila retira elétrons do sistema tanto por ressonância como por efeito indutivo, com isso os hidrogênios α-carbonilas são considerados mais ácidos do que os hidrogênios de hidrocarbonetos. R O H R CH2 - O R CH2 O- + H+ E o efeito indutivo da vizinhança destas carbonilas continua atuando! Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 57 Complementos A basicidade das aminas tende a aumentar com o efeito doador dos grupo R e diminuir com o efeito sacador. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 58 Complementos A basicidade das aminas tende a aumentar com o efeito doador dos grupo R e diminuir com o efeito sacador. Porém, isto ocorre apenas em fase gasosa, pois quando um solvente é adicionado, as ligações de hidrogênio (entre o ácido conjugado da amina – íon amônio – e o solvente) estabilizam melhor a carga positiva aumentando o pKaH das aminas. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 59 Complementos Para exemplificar. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 60 Complementos Aminas, anilinas e iminas. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 61 Efeito do solvente O solvente influencia a acidez e basicidade dos compostos orgânicos. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 62 Efeito do solvente O solvente pode tanto estabilizar uma base conjugada quanto um ácido conjugado. HCl(aq) + NH3(aq) Cl - (aq) + NH4 + (aq) A base conjugada (Cl-) é estabilizada por solvatação. O ácido conjugado (NH4 +) é estabilizado por solvatação. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 63 Efeito do solvente Aminas terciárias protonadas são pouco estabilizadas por solvatação. Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. 64 Efeito do solvente O ácido ou base conjugada podem ser estabilizados por complexação. Note que uma base fraca (dietilamina) é suficiente para abstrair o próton do 1,3- ciclopentadieno. 2 C5H6 + 2 (CH3CH2)2NH + FeCl2 → Fe(C5H5)2 + 2 (CH3CH2)2NH2Cl Fatores que Influenciam na Força dos Ácidos e Bases. Teoria de Bronsted e Lowry para o comportamento ácido-base, anos 20, opera bem para soluções em água. Anos 30: Gilbert N. Lewis (1875-1946) Desenvolveu uma teoria mais geral. Compartilhamento do par de elétrons entre um ácido e uma base e não na transferência de um próton. Ácidos e Bases de Lewis ÁCIDO DE LEWIS É uma substância que pode receber um par de elétrons de outro átomo para formar uma nova ligação. BASE DE LEWIS É uma substância que pode ceder um par de elétrons para outro átomo formar uma nova ligação. Ácidos e Bases de Lewis 67 Definição de Lewis para Ácido e Base • Ácido: Toda substância receptora de par de elétrons. • Base: Toda substância doadora de par de elétrons. B H H H N H H H + B N H H H H Ácido Base Formação de uma nova ligação covalente coordenada H H 68 68 Reação Ácido-Base segundo Lewis Toda reação entre um ácido e uma base de Lewis envolve a formação de um nova ligação covalente coordenada. É uma teoria mais abrangente. • Os conceitos de Arrhenius e Brönsted-Lowry são aplicáveis somente à reações em soluções aquosas. 69 Definição Gilbert Newton Lewis (sim, é o mesmo das estruturas de Lewis) Lewis propôs uma teoria sobre ácidos e bases mais abrangente do que a proposta por Brønsted-Lowry. Para Lewis, - Um ácido é um receptor de par de elétrons. - Uma base é um doador de par de elétrons. Notem que por essa definição, todo ácido/base de Brønsted é também um ácido/base de Lewis, mas o contrário não é necessariamente verdade. Um exemplo de reação de ácido e base de Lewis: B FF F + O O B F F F - + Ácidos e Bases de Lewis A + B B A Uma reação ácido-base no sentido de Lewis só pode ocorrer se houver uma molécula (ou um íon) com um par de elétrons que possa ser cedido e uma outra molécula (ou um íon) que possa receber este par de elétrons: Ácido Base Aduto ou complexo (Ligação covalente coordenada) Ácidos e Bases de Lewis H+ + O H H O H H H + H+ + NH H H NH4 + Ácidos e Bases de Lewis ÁCIDOS DE LEWIS CATIÔNICOS Cátions metálicos: são ácido de Lewis potenciais (orbitais vazios). BeCl2(s) + 4 H2O(l) [Be(H2O)4]2 + (aq) + 2 Cl - (aq) OH-: é uma excelente base de Lewis e liga-se facilmente a cátions metálicos formando hidróxidos. Al(OH)3(s) + OH - (aq) [Al(OH)4] - (aq) Al(OH)3(s) + 3 H3O + (aq) Al3 + (aq) + 6 H2O(l) Ácido de Lewis Base de Lewis Base de Bronsted Ácido de Bronsted Ácidos e Bases de Lewis ÁCIDOS DE LEWIS MOLECULARES Óxidos dos não-metais: comportamento ácido. O C O - - + O H- O C O O H - Base de Lewis Íon bicarbonato Ca(OH)2(s) + CO2(aq) CaCO3(s) + H2O(l) Base de Lewis Ácido de Lewis Ácidos e Bases de Lewis 74 Exemplos de Reação Ácido-Base de Lewis 1) Base de Lewis que doa elétrons para um cátion metálico. 2) Ácido de Lewis com octeto incompleto. 2 )(63)(3 2 )( ])([6 aqaqaq NHNiNHNi 3333 NHBXNHBX Força da acidez dos haletos de B BF3 BCl3 BBr3 75 Exemplos de Reação Ácido-Base de Lewis 3) Moléculas com octeto completo. 4) Moléculas com octeto completo, mas que podem sofrer expansão. 32 HCOOHCO 264 2 SiFFSiF 5) Transferência de densidade eletrônica de uma base de Lewis para orbitais * de um ácido de Lewis (Retro-doação). ])([6 6COWCOW Esta definição inclui as reações ácido-base “padrão” de Brønsted-Lowry: H+(aq) + :NH3(aq) NH4 + (aq) Inclui também as reações de íons metálicos ou átomos com ligantes para formar compostos de coordenação: Ag+(aq) + 2 :NH3(aq) Ag(NH3)2 + (aq) Ácidos e Bases de Lewis Além disso, compostos deficientes em elétrons, como o boro trivalente, são categorizados como ácido de Lewis. B(CH3)3 + :NH3 (CH3)3B←NH3 O HOMO na base de Lewis interage com o par de elétrons no LUMO do ácido de Lewis. Os OMs do aduto são mais baixos em energia. Ácidos e Bases de Lewis • Conceito de Lewis – Uma base é um doador de pares de elétrons e um ácido é um aceptor de pares de elétrons. O produto é frequentemente chamado de aduto. – BF3 + NH3 F3BNH3 • Tratamento de OMs (interação HOMO-LUMO) • O boro tem quase uma geometria tetraédrica no aduto. – Orbitais de fronteira são aqueles na fronteira ocupada e desocupada (comumente o HOMO-LUMO). • Na maioria das reações ácido-base, uma combinação HOMO-LUMO forma novos orbitais HOMO e LUMO do produto. – Comumente, os pontos de ebulição aumentam significativamente após a formação do aduto. – Adutos envolvendo íons metálicos são chamados de compostos decoordenação. Ácidos e Bases de Lewis • NH3 + H + NH4 + (C3v Td). – O HOMO do NH3 tem simetria A1 e o LUMO do H + pode ser assumido como tendo simetria A1. • HOMO (NH3) = -10,4 eV, LUMO (H +) = -11,3 eV – Após a formação do aduto, NH4 +, a simetria muda de C3v para Td e um novo conjunto de orbitais é formado. • O orbital a1 do NH3 (anteriormente não ligante) é estabilizado por essa interação. Torna-se parte do conjunto orbital triplo-degenerado t2. • 4 orbitais ligantes e 4 orbitais anti-ligantes são produzidos a partir do conjunto mínimo de bases (conjuntos a1 e t2). – Há uma redução líquida na energia quando o aduto se forma desde que a1 em grande parte não-ligante se torna um ligante t2. Ácidos e Bases de Lewis O LUMO e HOMO são chamados de orbitais de fronteira. Se houver um abaixamento líquido de energia, o aduto é estável. Ácidos e Bases de Lewis BF3 + NH3 O LUMO do ácido, o HOMO da base e o aduto são mostrados abaixo: Ácidos e Bases de Lewis Existe a possibilidade de caminhos de reação concorrentes, dependendo de quais reagentes estão presentes e as energias relativas de produtos possíveis. Como resultado, um composto tal como a água pode servir como um ácido, uma base, um agente oxidante (com metais do Grupo IA e IIA) ou um agente redutor (com F2). Ácidos e Bases de Lewis Uma base de Lewis tem um par de elétrons em seu orbitais moleculares ocupados mais altos (HOMO) de simetria adequada para interagir com o LUMO do ácido de Lewis. Quanto mais próximos os dois orbitais estiverem em energia, mais forte será a ligação no aduto. Ácidos e Bases de Lewis 84 Dureza e Moleza O equilíbrio de um ácido de Lewis depende de quatro fatores: A força do ácido e da base envolvidos na reação e a dureza do ácido e da base no equilíbrio. Ácidos e Bases de Lewis 85 Dureza e Moleza Ácidos e Bases de Lewis 86 Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” • A estabilidade de complexos metálicos está relacionada com a preferência por alguns metais em formar ligações com determinados ligantes. • Experimentalmente, obteve-se para um dado ligante, que a estabilidade dos complexos formados para cátions bivalentes é: 2222222222 ZnCuNiCoFeMnMgCaSrBa Série de Estabilidade de Irving - Willians 87 Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” (Classificação de Pearson) • Ácidos “duros”: Cátios pequenos, com alto estado de oxidação e são menos polarizáveis. Ex.: Cátions do 1º período de transição: Fe3+, Mn7+ e Cr3+. • Ácidos “macios”: Cátios grandes, com baixo estado de oxidação e são mais polarizáveis. Ex.: Cátions do 3º período de transição: Au+ e Pb2+. • Bases “duras”: Átomos pequenos, que apresentam alta eletronegatividade e baixa polarizabilidade. Ex.: Átomos de F, O e N. • Bases “macias”: Átomos grandes, que apresentam baixa eletronegatividade e alta polarizabilidade. Ex.: Átomos de P, S, Br e I. 88 Dureza e Moleza Os orbitais de fronteira (HOMO-LUMO) definem a dureza ou moleza dos ácidos e bases. Ácidos moles possuem o LUMO baixo (próximo do HOMO) o que favorece o entrosamento com o HOMO da base. Ácidos duros possuem o LUMO alto (distante do HOMO), logo, o entrosamento com o HOMO da base não é tão significativo quanto as interações eletrostáticas decorrentes da reação. Ácidos e Bases de Lewis 89 Dureza e Moleza Os orbitais de fronteira (HOMO-LUMO) definem a dureza ou moleza dos ácidos e bases. Bases moles possuem o HOMO alto, o que favorece o entrosamento com o Lumo do ácido. Bases duras possuem o HOMO baixo, logo, o entrosamento com o LUMO da base não é tão significativo quanto as interações eletrostáticas decorrentes da reação. Ácidos e Bases de Lewis 90 Dureza e Moleza De forma geral: - Átomos ou moléculas com um centro doador/receptor de pares de elétrons pequenos (pouco polarizável) favorecem interações eletrostáticas e são considerados ácidos (receptores) ou bases (doadores) duros. - Átomos ou moléculas com um centro doador/receptor de pares de elétrons grandes (muito polarizável) favorecem interações orbitalares (HOMO-LUMO) e são considerados ácidos (receptores) ou bases (doadores) moles. - Interações entre ácidos duros e bases duras, ou ácidos moles e bases moles são geralmente mais fortes (geram complexos mais estáveis) do que a interação entre ácidos moles e bases duras ou ácidos duros e bases moles. Ácidos e Bases de Lewis METAIS DO INÍCIO DA SÉRIE DE TRANSIÇÃO MI METAIS DO FINAL DA SÉRIE MF aumenta eletronegatividade diminui energia dos orbitais eletrófilo DURO eletrófilo MACIO nucleófilo DURO nucleófilo MACIO aumenta eletronegatividade diminui energia dos orbitais Tabela Periódica: Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” 92 Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” Os conceitos de ácidos-bases duros e macios são relativos. Em uma situação de competição entre diferentes espécies a tendência é: • Ácidos “duros” tendem a ligarem-se a bases “duras” • Ácidos “macios” tendem a ligarem-se a bases “macios”. “Duros” Fronteira “Macios” Ácidos H+, Li+, Na+, K+ Fe2+, Co2+, Ni2+ Cu+, Ag+, Au+, Tl+, Hg+ Be2+, Mg2+, Ca2+ Cu2+, Zn2+, Pb2+ Pd2+, Cd2+, Pt2+, Hg2+ SO3, BF3 SO2, BBr3 BH3, M 0(metais não oxidados) Bases F-, OH-, H2O, NH3 NO3 -, SO3 2- H-, R-, CN-, CO, I- CO3 2-, NO3 -, O2- N3 -, N2 SCN -, R3P, C6H6 SO4 2-, PO4 3-, ClO4 - C6H5N, SCN - R2S, RSH Tabela 1: Classificação de ácidos e bases de Lewis. 93 NaBr + AgF NaF + AgBr CH3HgF + HSO3 - CH3HgSO3 - + HF • Ligantes ambidentados podem coordenarem-se por diferentes átomos dependendo do íon metálico. Ag+(aq) + 2 CN - (aq) [Ag(CN)2] - (aq) Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” Como a acidez e a basicidade são afetados pela interação dos orbitais de fronteira? caráter iônico pronunciadocaráter covalente pronunciado Nucleófilos duros reagem mais rapidamente com eletrófilos duros e Nucleófilos macios reagem mais rapidamente com eletrófilos macios. Ácidos e Bases “Duros” e “Macios” - TOM ∆E ∆E Ácidos duros ou bases são pequenos e não polarizáveis; Ácidos macios e bases são maiores e mais polarizáveis; Os haletos aumentam em maciez: fluoreto <cloreto <brometo <iodeto As interações duro-duro ou macio-macio são mais fortes (com sais menos solúveis) que as interações duro-macio (que tendem a ser mais solúveis). Ácidos e Bases Duros e Macios Ácidos e Bases Duros e Macios • Outros fatores que não a força ácido / base determinam a reatividade ácido / base. – Solubilidade de Haleto de prata; • Ksp’s: AgF=205, AgCl=1,810-10, AgBr=5,2 10-13, AgI = 8,3 10-17 • Solvatação: F- é muito melhor solvatado. • O grau de interação Ag-X também desempenha um papel. • Teoria de ácido e base duros e macios (HSAB) pode ajudar a explicar os dados – Ácidos duros e bases duras são pequenos e não-polarizáveis. – Ácidos macios e bases macias são grandes e polarizáveis. – Interações duro/duro e macia/macia são mais favoráveis. • Polarizável - facilmente distorcido por outros íons carregados. )aq(X)aq(Ag)s(AgX OH2 • Dados AgX – Ag+ é grande e polarizável. – Maciez de haletos; I-> Br-> Cl-> F- – AgI tem a interação mais forte e, portanto, a menor solubilidade. • A maciez também está associada à ligação covalente. • A cor dos compostos AgX depende da diferença de energia HOMO-LUMO. – Grande diferença - a energia está na faixa UV. O composto seria incolor ou branco. • AgCl e AgF envolvem íons duros. Transferências eletrônicas entre níveis de energia muito diferentes. Ácidos e Bases Duros e Macios Teoria Ácidos e Bases Duros e Macios (HSAB) • A cor dos compostos AgX depende da diferença de energia HOMO-LUMO. – Pequena diferença - transição de baixa energia move a absorção para a região visível. • AgI e AgBr envolvem interações moles e covalentes. A covalência geralmente implica compartilhamento de elétrons entre orbitais de energias semelhantes. Estes compostos são geralmente coloridos. – Cor e baixa solubilidade geralmente provem com interações mole-mole; Compostosincolores e com alta solubilidade geralmente vão com interações duras-duras (nem sempre). Uma exceção são os compostos de haleto de lítio (próximo slide). Os Haletos de Lítio • Tendência de solubilidade; LiBr>LiCl>LiI>LiF – Li+ e F- podem ser considerados como íons duros. Prevê-se que a interação entre eles seja estável, produzindo um composto iônico e solúvel. – Interações duras-duras superam a solubilidade. – LiBr e LiCl são mais solúveis devido às interações menos favorecidas. – LiI está fora de ordem devido à má solvatação. A propriedade de solubilidade é usada em alguns casos para suportar o HSAB. Uma tendência esperada na solubilidade não indica necessariamente que a teoria do HSAB é inválida. A interação LiF ainda é a mais forte entre os haletos de lítio. Muitos fatores devem ser considerados ao interpretar a solubilidade. A maioria dos metais é classificada como ácidos ou aceptores duros (Classe a). Exceções mostradas abaixo: os metais aceitadores (marcados em vermelho) são sempre moles (Classe b). Outros metais são moles em estados de baixa oxidação e são indicados pelo símbolo. Classe (b) ou sempre macio Solubilidades: AgF > AgCl > AgBr >AgI Mas…… LiBr > LiCl > LiI > LiF Explicação de Chatt metais macios Classe (b) têm d elétrons disponíveis para ligação Estados de oxidação mais altos dos elementos à direita dos metais de transição têm mais caráter de classe b já que existem elétrons fora da camada d. Ex. Tl (III)> Tl (I), tem dois elétrons do 6s fora do 5d, tornando-os menos disponíveis para ligação π) Para os metais de transição: estados de alta oxidação e posição à esquerda da tabela periódica são duros estados de baixa oxidação e posição à direita da tabela periódica são macios Moléculas doadores macias ou íons que são facilmente polarizáveis e têm orbitais d ou π* disponíveis para ligação π e reagem melhor com metais macios classe (b). Modelo: Base doa a densidade eletrônica ao metal aceitador. A doação de volta, do ácido à base, pode ocorrer dos elétrons d do ácido metálico para os orbitais vazios na base. Ácidos e Bases Duros e Macios Ácidos e Bases Duros e Macios Tendência a complexar com íons de metal duro N >> P > As > Sb O >> S > Se > Te F > Cl > Br > I Tendência a complexar com íons de metal macio N << P > As > Sb O << S > Se ~ Te F < Cl < Br < I Ácidos e Bases Duros e Macios A distinção duro-macio está ligada à polarizabilidade, o grau em que uma molécula ou íon pode ser facilmente distorcida pela interação com outras moléculas ou íons. Ácidos duros ou bases são pequenos e não polarizáveis Ácidos macios e bases são maiores e mais polarizáveis Ácidos duros são cátions com alta carga positiva (3+ ou maior), ou cátions com elétrons d não disponíveis para ligação π Ácidos macios são cátions com uma carga positiva moderada (2+ ou menor), ou cátions com elétrons d prontamente disponível para ligação π Quanto maior e mais massivo é um íon, mais macio (grande número de elétrons internos protege os externos tornando o átomo ou íon mais polarizável) Para bases, um grande número de elétrons ou um tamanho maior estão relacionados ao caráter macio. Ácidos e Bases Duros e Macios Os ácidos duros tendem a reagir melhor com bases duras e ácidos macios com bases macias, a fim de produzir combinações duras- duras ou macias-macias Em geral, combinações dura-dura são energeticamente mais favoráveis do que macia-macia Um ácido ou uma base pode ser duro ou macio e ao mesmo tempo pode ser forte ou fraco Ambas as características devem sempre ser levadas em conta por exemplo. Se duas bases igualmente macias competem pelo mesmo ácido, aquela com maior basicidade será a preferida mas se elas não são igualmente macias, a preferência pode ser invertida Ácidos e Bases Duros e Macios Regras de Fajans 1. Para um dado cátion, o caráter covalente aumenta com o aumento do tamanho do ânion. 2. Para um dado ânion, o caráter covalente aumenta com tamanho decrescente de cátions. 3. O caráter covalente aumenta com carga crescente em qualquer íon. 4. O caráter covalente é maior para cátions com configurações eletrônicas de gás não nobre Um maior caráter covalente resultante de interações macia-macia está relacionado Com menor solubilidade, cor e curtas distâncias interionicas, Considerando que as interações dura-dura resultam em compostos incolores e altamente solúveis Ácidos e Bases Duros e Macios Ácidos e Bases Duros e Macios Medidas Quantitativas 2 AI 2 AI Dureza absoluta (Pearson) Eletronegatividade absoluta de Mulliken (Pearson) 1 Maciez EHOMO = -I ELUMO = -A Ácidos e Bases Duros e Macios Níveis de energia para halogênios e relações entre , e energias HOMO-LUMO Ácidos e Bases Duros e Macios Ácidos e Bases Duros e Macios
Compartilhar