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Morfofuncional | UC XXII | SP 1 Pancreatite crônica Relembrando Pâncreas → É uma situação de pancreatite crônica, o paciente pode fazer compressão da veia esplênica e começar a fazer trombose de veia esplênica; temos alguns vasos que drenam para esplênica, ex: veias gástricas curtas; se elas estão drenando para local que tem trombo, onde ter uma hipertensão segmentar; os vasos do fundo gástrico não conseguem drenar, ficar enturgecidos e então podemos ter varizes de fundo gástrico isoladas → Paciente com quadro de hematêmese; pela história não tem nada a ver com possível úlcera; se o paciente é etilista, pode ser cirrose, que pode desenvolver varizes e isso sangra; na endoscopia, o esôfago é limpo, mas no fundo gástrico temos varizes → varizes isoladas de fundo gástrico HIPERTENSÃO SEGMENTAR - CAI NA PROVA DE RESIDÊNCIA!!! Paciente chega com hematêmese, não tem varizes esofágicas, mas tem varizes isoladas em fundo gástrico, provavelmente é um problema na veia esplênica - Se eu tenho um cálculo, posso ficar ictérico; - Se eu tiver um tumor de cabeça de pâncreas, também posso ficar ictérico; nesse caso, ao examinar a vesícula, sente-se ela palpável (sinal de Courvoisier-Terrier) → penso em tumor periampular, ou de cabeça de pâncreas que obstrui a via biliar; → Por que o paciente que tem cálculo não tem sinal de Courvoisier e o que tem tumor tem o sinal? sendo que os dois levam ao acúmulo de bile…. R: o simples fato de ter cálculo na vesícula, tenho inflamação - se ela fica o tempo todo inflamada, ela fica escleroatrófica, é como se já fosse uma vesícula doente; por isso quando temos câncer de cabeça de pâncreas ou outro, não tem cálculo causando inflamação, a vesícula distende normalmente Tumor na papila, colédoco, etc→ posso fazer Sd colestática Questão de prova Um paciente tem quadro de hematêmese e melena. Na investigação, a EDA revela a presença isolada de varizes de fundo gástrico, com sinais recentes de sangramento A patologia de base mais frequentes associada, nesse caso: R: pancreatite crônica OBS: → cirrose paciente tem hipertensão portal, logo tem varizes de esôfago Diagnóstico anatômico: estômago, duodeno acima da papila duodenal maior, esôfago Diagnóstico etiológico: úlcera péptica, varizes esofágicas, varizes de fundo gástrico Gabriela de Oliveira | T3 | 8º período 1 Morfofuncional | UC XXII | SP 1 Função pancreática Quando me alimento, tenho o bolo alimentar, e em volta dele o ácido, que vai cair no duodeno; o duodeno para se proteger desse bolo com ácido, estimula células S a liberar secretina, libera HCO3- e protege o duodeno dessa acidez → o bolo alimentar quando bate na parede do duodeno, libera célula I, que estimula CCK, que faz contração da vesícula, pâncreas e relaxamento de esfíncter de Oddi → pâncreas libera o tripsinogênio e é clivado em tripsina que é ativa; que destrói proteína, e além disso temos amilase e lipase; amilase destrói amido e lipase lipídios; o pâncreas tem gordura e proteína, mas não tem amido; frente a uma pancreatite aguda, a amilase não é usada para digerir o próprio pâncreas, não tem amido dentro dele; ela então acaba indo pra corrente sanguínea. POR ISSO O QUE AUMENTA PRIMEIRO É AMILASE; lipase aumenta depois, porque aquele excesso é usado para digerir o próprio pâncreas; é igual ao mesmo raciocínio da tripsina, mas na prática ela não é dosada - amilase aumenta primeiro na pancreatite; a lipase está sendo usada para digerir meu pâncreas PANCREATITE - São os processos inflamatórios que comprometem o pâncreas associados a lesão de células acinares - No pâncreas fazemos rolhas proteicas que obstruem os canalículos e ductos principais; faz processo inflamatório mais localizado, hemorragia, etc - Pancreatite crônica é algo de anos, vai acometendo focos isolados a longo prazo Patogenia - Obstrução ductal (pequenos ductos) → ativação precoce de enzimas , NECROSE GORDUROSA E HEMORRÁGICA (pequenos focos) → FIBROSE OBS → síndrome dislipidêmica com valores acima de 500…. trata primeiro alteração do triglicerídeo; paciente tem risco de fazer pancreatite aguda; cuidado com associação de fibrato com estatina, algumas associações estão proscritas Gabriela de Oliveira | T3 | 8º período 2 Morfofuncional | UC XXII | SP 1 Etiologia - Etilismo - Doença do trato biliar - Hipercalcemia - Hiperlipidemia - Fibrose cística - Idiopático Quadro clínico → Tríade clássica - esteatorreia - porque não consegue liberar suco pancreático e consequentemente não consegue absorver; fezes gordurosas, que boiam, que grudam no vaso, cheiro mais forte - DM - calcificação pancreática Em estados iniciais não tenho esteatorreia e DM; → Outros sintomas - “Dor abdominal” - é em faixa;; essa dor deve ser muito bem tratada; principal indicação cirúrgica do paciente com pancreatite crônica é a dor da pancreatite crônica com dor intratável clinicamente, semmelhora com tratamento otimizado já; a cirurgia não é a primeira opção, é para dor intratável! - Emagrecimento - por desabsorção e também porque o paciente para de comer porque associa que tem dor quando come - Icterícia Suspeita - clínica - imagem TC: calcificações RX: presença de calcificações Complicações - Forma pseudo cisto - não chega a ser uma cápsula fibrosa - DM Secundária - Formação de cálculos - Obstrução do ducto biliar e duodeno - Diminuição da absorção de vitamina K - porque preciso absorver gordura, já que ela é lipossolúvel Gabriela de Oliveira | T3 | 8º período 3 Morfofuncional | UC XXII | SP 1 Caso clínico EXTRA Paciente de 76 anos, masculino, hipertenso controlado em uso de captopril, queixa-se de dor abdominal em andar superior tipo cólica há 6 meses, com piora progressiva da dor nos últimos dois meses, associado à perda ponderal de cerca de 6 kg nos últimos 40 dias. Notou que ficou ictérico e relata presença de fezes esbranquiçadas e urina mais escurecida. Apresentou, nas últimas semanas, vômitos com restos alimentares e procura hospital com piora da icterícia e da dor abdominal. Ao exame físico, encontra-se em regular estado geral, afebril, ictérico 2+/ 4+, descorado, ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações. Abdome globoso, pouco doloroso à palpação em hipocôndrio direito, ausência de irritação peritoneal (descompressão brusca negativa) e vesícula palpável abaixo do rebordo costal à direita, com sinal de Murphy negativo. Em relação ao caso exposto, o exame para esclarecimento diagnóstico e sua principal hipótese diagnóstica → ao escolher o antihipertensivo, prefere-se IECA ao BRA; uso o BRA quando tenho efeito colateral do IECA (tosse e angioedema); quando diminui eca, aumenta bradicinina; bradicinina é um vasodilatador → paciente chega ictérico, peço bilirrubina total e frações; vejo que a total está alta e aí BI é insolúvel BD é solúvel - sai no xixi, por isso o paciente pode ter a colúria → Colúria → pensar em sd colestática → cólica é dor que vai e vem - dor de víscera oca (fígado, baço e pâncreas não são ocos) → paciente sem febre - sem infecção → febre + icterícia + dor : tríade de charcot → paciente pode fazer a pêntade de Reynolds; → confusão mental, febre, icterícia, dor, hipotensão quando chegar, leva pra emergência, faz ATB, ele pode fazer colangite, choque séptico e parar → vesícula palpável indolor: courvoisier terrier HD - síndrome consumptiva - síndrome colestática - síndrome ictérica → Tumor de cabeça de pâncreas? Tumor de papilar? Quais exames pedir? TC Gabriela de Oliveira | T3 | 8º período 4
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