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MANDADO DE SEGURANÇA

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AO JUÍZO DA… VARA CÍVEL DA COMARCA DE…
(espaço de 10 linhas)
João..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa…, com escritório..., endereço que indica para os fins do art.77, V, do CPC/15, com fundamentos no art. 5°, LXIX, da CRFB/88 e da Lei n° 12.016/09, vem impetrar. 
MANDADO DE SEGURANÇA
Em face do PREFEITO MUNICIPAL, nacionalidade..., estado civil..., profissão...,portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., vinculado à PESSOA JURÍDICA, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ de nº ..., com endereço eletrônico ..., com sedena Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ..., por meio de seus representantes judiciais, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - DOS FATOS
João, pessoa de muita fé, com estrita observância das regras legais vigentes, construiu um templo para que pudesse realizar as reuniões de oração afetas à religião que professava.
 Em razão da seriedade de sua atividade, as reuniões passaram a ser frequentadas por um elevado quantitativo de pessoas, as quais também passaram a organizar, no interior do templo, no intervalo das orações, as denominadas “reuniões de civilidade”. Nessas reuniões, eram discutidos temas de interesse geral, especialmente a qualidade dos serviços públicos, daí resultando a criação de um “boletim”, editado pelo próprio João, no qual era descrita a situação desses serviços, principalmente a respeito de suas instalações, do nível do atendimento e do tempo de espera. 
Na medida em que tanto as reuniões como o boletim passaram a ter grande influência junto à coletividade, ocorreu o aumento exponencial das cobranças sobre as autoridades constituídas. Em razão desse quadro e da grande insatisfação de alguns gestores, o Prefeito Municipal instaurou um processo administrativo para apurar as atividades desenvolvidas no templo. Por fim, decidiu cassar o alvará concedido a João, que deverá paralisar imediatamente todas as atividades, sob pena de aplicação de multa. Ao fundamentar sua decisão, ressaltou que: (i) o alvará de localização somente permitia a realização de atividades religiosas no local; (ii) as reuniões não foram antecedidas de autorização específica; e (iii) o boletim não fora legalizado junto ao Município, sendo, portanto, ilícito.
II - DOS FUNDAMENTOS
II -I. DA COMPETÊNCIA
O Foro Competente e o Juíz da vara civil X, pois no caso não há foro privilegiado previsto na Constituição.
II.II. DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa de João decorre do fato de ser o titular do direito de cuja proteção postula. A legitimidade passiva do Prefeito Municipal, por sua vez, é justificada pelo fato de ser o responsável pela decisão que afronta o direito de João.
II.III. DO CABIMENTO
De acordo com o art.5°, incis LXIX, da CRFB conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
II.IV. PARTICULARIDADES
O direito líquido e certo está lastreado em prova pré-constituída, decorrente da notificação formal de João, realizada pelo Prefeito Municipal, restringindo atividades religiosas, reuniões e a publicação de boletins. O requisito de pré-constituída está previsto no art. 6º, caput da Lei 12.016/09, e está preenchido pela notificação formal a João, a qual foi devidamente anexada.
II.V. DO DIREITO 
A Constituição Federal de 1988 consagra em seu art. 5º LXIX o mandado de segurança como remédio adequado para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
A decisão proferida pelo Prefeito Municipal é inconstitucional, pois afrontou diversos direitos garantidos pela CF/88.
Primeiro, afrontou o livre exercício dos cultos religiosos, amparado pelo art. 5º, inciso VI, da CRFB/88, pois foi determinado o fechamento do templo.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VI - E inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Da mesma forma, o ato municipal restringiu a liberdade de reunião, garantida no art. 5º, inciso XVI, da CRFB/88, a qual independe de qualquer autorização para a sua realização.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Além disso, violou a liberdade de expressão, prevista no art. 5º, inciso IX, da CRFB/88, pois independe de autorização.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
E, por fim, violou a liberdade de publicação de veículo impresso de comunicação, nos termos do art. 220, § 6º, da CRFB/88, que não é condicionada à licença de autoridade
Art. 220.  A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
A) a concessão da cautelar para para que João possa continuar a desenvolver as suas atividades e a autoridade coatora se abstenha de aplicar-lhe multa, nos termos do art.7°, III, da Lei nº 12.016/09;
B) ao final, procedência do pedido, com confirmação da concessão da ordem, atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;
C) a notificação do Prefeito Municipal para que preste as informações que entender pertinentes do caso, nos termos do art.7°,I, da Lei nº 12.016/09;
D) a ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, nos termos do art. 7º, II, da Lei nº 12.016/09;
E) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 12 da Lei nº 12.016/09;
F) a condenação do Impetrado em custas processuais, nos termos do Art. 82, § 2º, do CPC/15;
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local... dia... mês… ano...
Advogado...
....................................
OAB nº 
……………………..

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