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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1° JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE JACAREPAGUÁ – RJ
Processo n° 0041782-87.2021.8.9.0203
	ROMILDO CASTRO, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem presença deste juízo, através de seu advogado abaixo assinado, inconformado com a sentença proferida pelo juízo a quo, que julgou extinto o processo sem resolução do mérito, vide fls. ____, com fundamento no artigo 41 da Lei 9099/95, interpor Recurso Inominado, na ação que move em face de BANCO SAFRA, pelas razões de fatos e fundamentos que passa a expor.
	Portanto, requer o recorrente a certificação dos preenchimentos dos requisitos intrínsecos e extrínsecos no recurso interposto, e logo após, caso este juízo entenda, que seja recorrido a apresentar suas contrarrazões, e, por conseguinte, que seja remetido este a Egrégia Turma Recursal em seus efeitos de praxe.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF
Egrégia Turma Recursal,
Colendo Julgadores.
Recorrente: Romildo Castro
Recorrido: Banco Safra
Processo n°: 0041782-87.2021.8.9.0203
I. BREVE SÍNTESE FÁTICA
O Recorrente ingressou com uma ação judicial no 1° Juizado Especial Cível de Jacarepaguá relatando que possui um cartão de crédito vinculado ao Banco Safra.
Em novembro de 2020, seu cartão foi bloqueado na tentativa de efetuar um compra em uma loja de construção no valor de R$1500,00 (mil e quinhentos reais). Na época do fato, o Recorrente entrou em contato com a financeira e a mesma informou que o cartão havia perdido a validade e que diante do fato, enviaria um motoboy na sua residência para recolher o cartão e que futuramente chegaria um novo pelo Correios.
De fato, o motoboy foi até a residência e recolheu o cartão, sem a senha. O Recorrente afirma ainda que nesse mesmo dia foram efetuadas compras não reconhecidas no valor de R$7000,00 (sete mil reais).
Diante de tal situação, entrou em contato com o Recorrido que informou que o mesmo havia sido vítima de um golpe, já que não envia nenhum motoboy.
Ocorre que mesmo juntando todos os documentos para a propositura da ação, o juízo ad quem entendeu que o Recorrente não logrou êxito por tratar-se de caso “fortuito externo”.
O douto juízo julgou extinto o processo nos seguintes termos, in verbis:
Sentença _____________________
Como se depreende da análise processual, o Recorrente juntou todos os documentos que comprovam a entrega do cartão, não sendo plausível a sentença, nos termos acima descritos, devendo ser REFORMADA por esta Egrégia Turma.
II. DAS RAZÕES DO MOTIVO DA REFORMA DA SENTENÇA
	Vejamos que a improcedência dos pedidos não está correta, uma vez que o Recorrente juntou todas as provas e nessa relação de consumo ele seria a parte mais frágil do contrato como podemos ver no artigo 14, CDC, onde fica claro a responsabilidade do fornecedor, independente da existência de culpa.
O Recorrente demonstrou na sua inicial a entrega do cartão ao motoboy.
	O fato em questão trata-se de caso fortuito interno, pois o dano extrapolou o próprio serviço proposto pela empresa e acontece dentro da atividade do fornecedor de serviço. Não há que se falar em caso fortuito externo nesse caso.
	Nesse caso, devemos trazer ao caso a inversão do ônus da prova, para a facilitação da defesa dos direitos do Recorrente, conforme previsto no artigo 6°, VIII do CDC.
	Vejamos Excelência que a Súmula 479 do STJ deixa claro que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
	Sendo assim, inexiste causa de excludente de responsabilidade civil, pois há sim uma conduta, um resultado e um nexo causal previstos no nosso ordenamento jurídico.
	Nesse caso, entende o Judiciário:
	0174691-87.2020.8.19.0001 - APELAÇÃO
	 
	Des(a). ALCIDES DA FONSECA NETO - Julgamento: 20/05/2021 - DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
	 
	
	APELAÇÃO CÍVEL. RELAÇÃO DE CONSUMO. USO NÃO RECONNHECIDO PELO CONSUMIDOR DE SEUS CARTÕES DE CRÉDITO PARA PAGAMENTO DE COMPRAS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA LEGITIMIDADE DASOPERAÇÕES. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. TEORIA DO RISCO DO EMPREENDIMENTO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA PARCIAL DOS PEDIDOS. ACERTO DO DECISUM, QUE SE MANTÉM.Preliminar. Ilegitimidade passiva ad causam. Rejeição. Compras questionadas que foram feitas em cartões de crédito com bandeiras dos 2º e 3º apelantes e administrados pelo 1º apelante. Teoria da Asserção. Eventual irresponsabilidade no caso que conduziria à improcedência da pretensão em relação a si, e não em extinção do feito sem resolução de mérito por ilegitimidade. Mérito. Consumidora que não reconheceu a legitimidade das compras objeto da lide e fez prova do fato constitutivo de seu direito. Senhora com 88 anos de idade que foi vítima de fraude conhecida como "golpe do motoboy". Prestadores de serviço que, por seu turno, não fizeram prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito invocado pela parte contrária, tal como era seu ônus (art. 373, inc. II, do CPC, e art. 14, § 3º, do CDC). Fraude que constitui fortuito interno e não tem o condão de eximir o fornecedor do dever de indenizar(Súmulas nº 479/STJ e 94/TJRJ).Compras que fugiram ao perfil de uso da apelada. Regras de experiência comum (art. 375 do CPC) que evidenciam que, em situações análogas, as administradoras procedem ao bloqueio dos cartões por segurança, o que não ocorreu na espécie. Responsabilidade solidária de administradoras de cartões e instituidoras de arranjos de pagamento, porquanto se inserirem na mesma cadeia de prestação de serviços (arts. 7º, parágrafo único, 25, § 1º, e 34, do CDC). Falha na prestação de serviços caracterizada. Dano material. Obrigação de restituição integral dos valores indevidamente pagos pela consumidora.Dano moral configurado in re ipsa. Quantum reparatório. Utilização de método bifásico para arbitramento do dano. Valorização do interesse jurídico lesado e das circunstâncias do caso concreto. Valor fixado em sentença, de R$ 5.000,00, que é até mesmo inferior a precedentes desta Corte - porém, à mingua da existência de recurso doa consumidora, não pode ser exasperado pelo tribunal. Majoração dos honorários, pela sucumbência recursal, para 15% sobre o valor da condenação. DESPROVIMENTO DOS RECURSOS.
	
Diante dos fatos, caberá a esta Turma Recursal, REFORMAR a sentença, já que o entendimento do juízo a quo não está de acordo com os dispositivos legais.
III. DOS PEDIDOS
	Diante do exposto requer o recorrente:
	Que seja recebido o presente recurso, concedendo a justiça gratuita ao recorrente, com observância da Lei 1060/50. E no mérito, que seja REFORMADA a sentença a fim de determinar o prosseguimento do feito, com a devida citação da parte contrária para que responda a demanda, sob pena de revelia.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF

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