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8 Raiva

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Aula 8 – 25/04/2023RAIVA
Introdução
· Morcego hematófago tem anticoagulante na saliva
· Principais reservatórios para a raiva humana no Brasil 
· São Paulo morcegos frugivoros e insetívoros
· Nordeste canídeos e silvestres
· Variantes mais comuns encontrados nos morcegos frugivoros e insetívoros
· Principal reservatório para a raiva dos herbívoros no Brasil Desmodus rotundus
· Hidrofobia 
· Doença infecciosa aguda 
· Acomete mamíferos (homens e animais)
· Propagação: via nervos periféricos
· Contagiosa 
Distribuição
· Atualmente erradicada em algumas ilhas, como Japão, Reino Unido, Havaí e algumas ilhas do pacífico.
· O único continente livre da doença é a Oceania.
· Nos Estados Unidos e Canadá, é encontrada em animais silvestres.
· Na América Latina, Caribe, África e Ásia, o ciclo predominante é o urbano, onde o cão é o principal transmissor
Etiologia
· Rhabdoviridae: uma grande diversidade de hospedeiros
· Rhabdos = Bastão
· Gêneros
· EPHEMEROVIRUS (ARTRÓPODES, MAMÍFEROS)
· CYTORHABDOVIRUS (PLANTAS)
· NUCLEORHABDOVIRUS (PLANTAS!)
· NOVIRHABDOVIRUS (PEIXES)
· VESICULOVIRUS (ARTRÓPODES, MAMÍFEROS)
· LYSSAVIRUS (MAMÍFEROS)
· RNA vírus
· Ordem: Mononegavirales;
· Família: Rhabdoviridae;
· Gênero: Lyssavirus;
Resistência viral
· Inativação
· Agentes físicos e químicos 
· Radiação ultravioleta
· Detergentes
· Agentes oxidantes 
· Álcool 70
· Compostos iodados
· Ácidos com pH < 4 bases com pH > 10
· Inativado pelo calor (sobrevive 35seg a 60ºC, 4 horas a 40º e vários dias a 4ºC)
Morfologia
· Envelopado, Baciliforme, formato de “projétil”
· Várias linhagens, associáveis a diferentes variantes de mamíferos: variantes antigênicas / genéticas
· Variante cão
· Variante racoon
· Variante morcego hematófago
· Variante (s) morcegos insetívoros 
· O vírus da raiva não é espécie – específico 
Epidemiologia
Principais reservatórios da raiva humana no brasil
DESMODUS ROTUNDUS
Modo de transmissão
· Saliva de animais raivosos (acidentes – mais comum)
· Mordeduras
· Lambeduras
· Arranhaduras 
· Transplante de órgãos
· Via aerossóis
· Via transplacentária
· Aleitamento materno 
Patogênese
1. Quando tem inoculação viral, terá a primeira replicação em células musculares e esses vírus irão entrar nos axônios (replicação em neurônios motores)
2. Transporte intra-axonal dependendo de microtúbulos
3. Transporte intra-axonal centrífugo (a partir dos nervos cranianos) acomete os órgãos
· O animal transmite antes e durante a manifestação clínica
Sintomas no hospedeiro infectado
· 1º período de incubação de semanas a meses (incubação muscular + incubação nervosa)
· Depende de:
· Local de inoculação 
· Dose viral
· Estado imunitário
· Variante viral 
· Hospedeiro 
· 2º período prodrômico: 2 a 10 dias – sintomas inespecíficos 
· Prurido (local de inoculação)
· Alterações de comportamento 
· Dores de cabeça 
· Alucinações
· 3º fase neurológica aguda
· Coma
· Morte
· Letalidade de 100%
Período de incubação
Epidemiologia
· Período de transmissibilidade
· Antes dos sintomas
· Durante a doença 
· Cão e gato: inicia de 5 a 3 dias antes dos sintomas
· Duração da doença 
· Homem: 4 a 10 dias
· Cão: 3 a 7 dias
· Herbívoros: 3 a 5 dias
· Animais silvestres: variável, entre 5 a 10 dias 
Sintomatologia clínica – cães e gatos
Sintomas
· Prodômico 2-3 dias
· Alteração comportamento, febre, hiperreflexia ocular
· Furiosa: 2-4 dias
· Irritabilidade, excitação, insônia, latido freqüente, agressividade
· Paralítica: 2-4 dias
· Paralisia músculo mandibula, salivação, latido bitonal, depressão, convulsão, coma e morte
· Período de incubação: 10 a 6 meses (média de 60 dias)
· Transmissão: cão, animais silvestres, morcegos, mordeduras e arranhaduras 
Sintomatologia clínica de bovinos
Sintomas
· Paralítica
· Isolamento, mugido frequente,excitação, tremores musculares, salivação
· 2-3 dias paresia, andar cambaleante, decúbito ventral, morte
· Período de incubação: 25 a 150 dias
· Transmissão: morcego hematófago, cão, mordedura 
Sintomatologia clínica de equinos
· Paralítica 
· Alerta e tensão, anorexia e ou apetite depravado, andar cambaleante.
· Prurido intenso (auto-mutilar)
· Fase furiosa presente (morder)
· Pode também na fase paralítica
· PI 30-90 DIAS
Sintomatologia clínica em suínos
· Tipo paralitico 
· Isolamento, Midríase, pelos arrepiados, Tenesmo, mugidos. Após 2-3 dias, incoordenação motora e contrações tônico-clônicas, Andar cambaleante, decúbito esternal e morte
· Furiosa
· Mordem , grunhidos constantes
· PI 70 dias em média
Sintomatologia clínica em ovinos e caprinos
· Tipo paralitico 
· Isolamento, midríase, pêlos arrepiados, excitação, salivação, mordem os lábios.
· Após 2-3 dias, incoordenação motora, decúbito esternal e morte
· Agressividade
· PI 19 – 27 dias
Sintomatologia clínica em morcegos
· Alteração de comportamento
· Comportamento violento raro 
· Encontrados no solo
· Paralisia aparente
· PI 6 – 177 dias
Morcegos hematófagos
· Apenas na américa latina (México a patagônia)
· Exclusivamente hematófagos
· Alimenta-se de outros mamíferos (também em aves)
· Tem 3 espécies: 
· Diaemus youngi
· Dyphilla ecaudata
· Desmodus rotundus
Manutenção viral na natureza
· Infecção subclínica
· Eliminação viral secreções respiratórios e saliva por meses a anos
· Transmissão transplacentária
· Transmissão transmamária
· Redução título viral – maior PI
· Comportamento violento raro 
Sintomatologia no homem
· 2 estágios:
· 1° (2 a 4 dias): febre, cefaléia, mal estar, anorexia, náusea, dor de garganta, aumento de sensibilidade no local da mordedura;
· 2° (4 a 10 dias): hipersalivação, fasciculação muscular e hiperventilação, quadro de paralisia ascendente e coma no final da evolução
Diagnóstico, controle e prevenção
· Programa nacional de controle da raiva dos herbívoros – PNCRH
· Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento
Diagnóstico direto
· Imunofluorescência direta em impressões de SNC: “Corpúsculos de Negri”
· Prova biológica em camundongos (inoculação de fragmentos de SNC) ou cultivo de células
· Outras técnicas possíveis:
· PCR: amostras em decomposição / autólise mal conservadas
· Sequenciamento de DNA: determinação de variantes e fontes de infecção 
Diagnóstico indireto
· Virusneutralização: pesquisa de anticorpos para mensuração de soroconversão vacinal 
Controle da raiva em cães e gatos
· Campanha de Vacinação contra raiva
· Controle de população
· Registro, resgate e adoção
· Controle de natalidade
· Guarda responsável
· Observação animal
· Vacinação de rotina
· Vigilância ambiental de fatores biológicos
· Envio de material para o laboratório
· Investigação de casos
· Bloqueio de foco
PREVENÇÃO E CONTROLE
Casos de agressões por carnívoros domésticos a seres humanos
1. Assepsia no local da agressão 
2. Manter o cão / gato isolado e em observação por 10 dias (se fosse assintomático no momento da agressão e se estivesse já eliminando raiva, sinais em menos de 10 dias)
3. Se o animal for sintomático: imunoprofilaxia pós-exposição humana e eutanásia com colheita de amostras do agressor
4. Em caso de sinais se desenvolverem, imunoprofilaxia pós-exposição humana e eutanásia com colheita de amostras do agressor 
Controle da raiva em herbívoros
· Vacinação animal – pecuarista
· Notificação de agressões por Desmodus rotundus aos herbivóros
· Notificação de abrigos de morcegos hematófagos
· Envio de material para diagnóstico laboratorial
· Controle da população de morcegos hematófagos – poder público
· Captura (abrigo e currais) – aplicação de anti-coagulante nos morcegos
· A vacinação é importante em áreas onde a raiva é endêmica 
Controle da raiva em morcegos não hematófagos
PODER PÚBLICO
· Comunicação social
· Todos os morcegos são susceptíveis à raiva
· Sinais indicativos da raiva em morcegos
· Voando durante o dia
· Desorientação
· Caídos, com dificuldade de voar
· Atender às solicitações da população
· Envio de morcegos para o laboratório
· Diagnóstico da raiva
· Identificação das espécies
· Manejo de morcegos frenteaos casos positivos
· Casos de agressões por morcegos e outros silvestres
· Assepsia no local da agressão
· Imunoprofilaxia pós-exposição humana
Tratamento antiviral
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