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Adaptações celulares O QUE É ? - É uma resposta celular ao estresse fisio- lógico ou patológico. ALTERAÇÕES QUANTO AO TAMANHO CELU- LAR HIPERTROFIA - Aumento do tamanho da célula e volume do órgão. - Ocorre por causa do aumento de síntese de componentes estruturais e conteúdo de DNA nos núcleos é maior. - Pode ser por processo fisiológico ou pato- lógico. - É reversivel Fisiológico - Exercicio físico, miométrio durante a ges- tação. Patológico - Aumento do Ventriculo E cardíaco por hi- pertensão arterial sistêmica. MECANISMO - Fatores de crescimento (aumento da ex- pressão de genes promotores de cresci- mento), Transcrição (aumento do RNAm e RNAr e proteína), e Agentes vasoativos esti- mulam os genes. - Estimulos de síntese de várias proteínas celulares. - As células não se replicam e pode haver alteração do genoma (se tornam poliploide - duplicação do genoma). HIPOTROFIA/ATROFIA - Redução do tamanho das células e volu- me do órgão. - Pode chegar a morte celular. - Pode ser de ordem fisiológica ou patológi- ca - Reversivel Fisiológica - Comum durante as fases iniciais do de- senvolvimento Patológica - Localizada ou generalizada CAUSAS - Desuso - Redução de suprimento sanguíneo (isque- mia) - Desnervação - Inflamação crônica - Insuficiência de nutrientes - Compressão - Envelhecimento MECANISMO - Resulta da síntese proteica diminuída e da degradação proteica aumentada - Diminuição da síntese proteica ocorre por causa da redução da atividade metabólica (degradação ocorre pela via ubiquitinapro- teossoma) * Deficiencia de nutrientes e o desuso ati- vam as ligases de ubiquitina - Autofagia com diminuição de organelas - Diminuição de função e de volume ALTERAÇÕES QUANTO AO NÚMERO CELU- LAR HIPERPLASIA - Aumento do número de células acompa- nhado de hipertrofia - Ocorre em células com capacidade de mi- tose - Reversivel após cessar o estímulo causa- dor - Pode ser fisiológica ou patológica Fisiológica Hormonal - Aumenta a capacidade funcional de um tecido quando necessário (epitélio glandu- lar da mama feminina) Fisiológica Compensatória - Aumenta a massa tecidual após dano ou ressecção parcial (nefrectomia unilateral) Patológica - Crecimento celular não é autônomo, ou seja, cessa após retirada de estímulo - Causada pela estimulação excessiva das células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento - Pode ser hormonal ou congênita MECANISMO - Produção local de fatores de crescimento - Aumento dos receptores de fatores de crescimento nas células - Ativação de determinadas vias de sinali- zação intracelular, isso faz com que haja produção de fatores de transcrição: - Ativam genes celulares - Receptores para os fatores de cresci- mento - Reguladores do ciclo celular -> prolife- ração celular METAPLASIA - Derivam de doenças crôni- cas - Um tipo de célula adulta é substituido por outro tipo de célula adulta. - Só acontece em células da mesma linha- gem. - É uma substituição adaptativa = Células + sensiveis ao estresse são substituídas por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. - Prejudica a parte funcional do órgão, uma vez que a célula especializada é substituida por outra que não possui a mesma função. METAPLASIA EPITELIAL - Desencadeada por irritações de baixa in- tensidade e com longa duração: - Agressão mecânica constante - Calor - Inflamações crônicas - Agentes químicos Esôfago de Barret - Suco gastrico e células do esôfago se tor- nam estomacais METAPLASIA MESENQUIMAL - Cartilaginosa (fibroblasto -> condroblas- to), Óssea (fibroblasto -> osteoblasto) MECANISMO - Estresse contínuo -> morte celular -> cé- lula germinativas que vão repor estão ama- durecendo se diferenciam em outro tipo. - Via direta: célula madura que muda de forma e função sem precisar morrer. - Via indireta: célula madura que sofre retrocesso na maturação e volta a amadu- recer como outra célula. - Reprogramação de células tronco. Lesões celulares O QUE É? - Ocorre quando o limite da capacidade adaptativa é ultrapassada - Reversível ou Irreversível que causa mor- te celular - Sua extensão depende: - Intensidade do estimulo - Duração do estimulo - Tipo celular - Necrose e apoptose CAUSAS - Hipoxia - Agentes físicos - Agentes químicos e drogas - Infecções - Imunológicas e anomalias genéticas TIPOS REVERSSIVEIS HIDRÓPICA - Acumulo de água na célula CAUSA - Redução de ATP - Patogenia: desrregulação do controle do volume celular MECANISMO - Baixa de ATP causa o baixo funcionamen- to da Bomba Na+/K+, que resulta em acu- mulo de Na+ na célula e por osmose a água entra na célula que causa sua degenera- ção. Consequências - Tumefação celular, perda de microvilosi- dades, bolhas, aumento do RE e condensa- ção da cromatina. Características - Palidez do órgão, aumento do volume e do peso, tumefação (perda de brilho) e es- pessamento cortical. Ex: Infarto renal ESTEATOSE - Acumulo de triglicerídeos - Agente que interfere no metabolismo dos ácidos graxos - Aumenta a síntese ou dificultando a uti- lização, transporte ou excreção - Ocorre principalmente no fígado - estea- tose hepática - Fibrose é o marcador de evolução CAUSA - Toxinas - Desnutrição proteíca - Diabetes - Abuso de álcool - Aumenta a produção de TG e dificulta a formação de lipoproteínas. - NASH = esteatose hepática não alcoolica MUCOIDE - Acumulo de mucina - Transformações malignas MECANISMO - Hiperprodução de muco pelas células mu- cíparas dos tratos digestivos e respirató- rios - Acumulo de mucina - Morte celular LOCAL - Estômago, intestino grosso, vesícula bili- ar, prostata e pâncreas Ex: Adenocarcinoma, observado no estoma- go, originado do epitélio gástrico, forma pa- drão em anel de sineti. HIALINA - Acumulo de proteína na célula - Compromete rins, fígado, músculos e cé- lulas inflamatórias CARACTERISTICA - Forma massas mais avermelhadas ao re- dor do núcleo - Encontrada em vários tipos de agressões a hepatócitos Hialina de Mallory - Ocorre pela cirrose hepática Corpúsculo de Russel - Acúmulo e cristalização de imunoglobuli- na GLICOGÊNICA - Acumulo de glicogênio na célula CAUSAS - Doenças genéticas: deficiência de enzi- mas que degradam o glicogênio Síndrome de Von Gierke (hepática) - Doença recessiva - Enzima deficiente: glicose-6-fosfatase MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Hepatomegalia e hipoglicemia PIGMENTOS - Acumulo de pigmentos endógenos ou exó- genos Endógenos - Melanina: Melanomas - Lipofuscina: Radicais livres e peroxidação lipídica - Acumulo de grânulos acastanhados, fi- nos no citoplasma - Presente no miocárdio de idosos e pes- soas que possuem doenças degenerativas - Pigmento de desgaste - Hemossiderina: Pigmento derivado da HB - Agregados de ferritina - Grânulo irregular amareli-doura- do/marrom no parenquima e no sistema re- ticuloendotelial - Medula ossea, fígado e baço Exógenos - Antrose: acúmulo de carvão - Fagocitado por macrófagos - Septos e lifáticos - Comprometimento de linfonodos hilares - Tatuagem: Pigmento inoculado artificial- mente - Fagocitado por macrófagos e deposita- do no local Calcificações - Depósito de sais de Ca+ em tecidos frou- xos não osteóides que leva ao enrijecimen- to dos mesmos DISTRÓFICO - Aumenta alcalinidade local -> tecido ne- crótico provoca uma diminuição da solubili- dade da CaCo3 - Hipercalcemia pode exacerbar a calcifica- ção distrófica Fosfatase alcalina - Liberação aumenta nos tecidos lesados, facilita a formação de cálcio Presença de proteínas extracelulares - Em tecidos necrosados elas estão mais li- vres para se associarem com o cálcio METASTÁTICA - Ocorre devido ao aumento da calcemia - Mais disseminado, pode ocorrer em qual- quer local, mas atinge principalmente o es- toma dos rins. - Nefrocalcinose: Pode causar dano renal Decorrencia - Absorção aumentada de cálcio por exces- so de calcitrol - Condição que determina a hipercalcemia é mais importante que a calcificação em si. CAUSA - Alcalinidade do órgão - Aumento da concentração de CO2 - Menor solubilidade dos sais de cálcio.Morte celular - Resultado final da lesão celular progres- siva NECROSE - Tumefação celular - Perda da integridade das membranas - Liberação de enzimas lissômicas - Estravasamento do conteúdo celular - Inflama o local afetado - Sempre é patológico ALTERAÇÕES NUCLEARES - Picnose: Intensa contração e condesação de cromatina - Cariólise: Ausência de núcleos visiveis nas células - Cariorrexe: Fragmentação nuclear CAUSAS E TIPOS - Redução de energia, por obstrução vascu- lar - Geração de radicais livres - Ação direta sobre enzimas, inibindo pro- cessos vitais - Agressão direta a membrana celular NECROSE COAGULATIVA - Causa mais comum é a isquemia - Desnaturação proteica - Forma de necrose tecidual na qual arqui- tetura básica dos tecidos mortos é preser- vado por dias CARACTERÍSTICA - Textura firme, área palida com bordas de- finidas NECROSE LIQUEFATIVA - Observada em infecções bacterianas fo- cais - No núcleo pode ser encontrado pus - Digestão completa das células mortas ge- ra massa viscosa e liquida DOENÇAS - Infarto cerebral - Pus da espinha - Pneumonia purulenta NECROSE CASEOSA - Comum em focos de infecção tuberculosa - Sua arquitetura é destruída - A área afetada é frequentemente encer- rada dentro de uma borda inflamatória níti- da - Essa aparência é carcterística de um foco de inflamação - Granuloma CARACTERÍSTICA - Aspecto de “queijo”, aparencia friável, branco-amarelada da área de necrose - Massa amorfa, acidófila que perde seus contornos - Microscópicamente na massa amorfa é possivel é possivel observar que em sua composição predomina proteína. NECROSE GORDUROSA - Áreas focais de destruição gordurosa, re- sultante da liberação de lipases pancreáti- cas atividas na substância do pâncreas e na cavidade peritoneal - É uma das causas mais comuns da pan- creatite aguda CARACTERÍSTICA - Grandes áreas brancas são visíveis ma- croscópicamente - calcificação da gordura NECROSE GANGRENOSA - Necrose isquêmica - Tecido necrótico sofre modificações cau- sadas por agentes externos - Sofre perda de água para o ambiente - Existe a gangrena úmida e gasosa tam- bém CARACTERÍSTICA - Aspecto seco e retraído (mumificado) - Ocorre em extremidades EXEMPLO - Fisológica no cordão umbilical APOPTOSE - Conhecida também como morte progra- mada - Altamente regulado por enzimas denomi- nadas caspases - usa ATP VIAS DE ATIVAÇÃO - Caspases: Enzimas que possuem cisteína que clivam proteínas em resíduos - Produzidas como pró-caspases (forma inativa, ficam esperando o momento para serem recrutadas para clivagem proteolíti- ca) - Ativadoras: 8, 9 e 12 - ativam caspa- ses que efetuam clivagem protelítica - Efeturadoras: 3, 6 e 7 - morte - Proteínas citosólicas: Reguladoras da morte programada - Familia de proteínas BCL2 - Anti-apoptótico: Bcl-2, Bcl-xl (impede a resposta suicida) - Fazem parte da membrana mito- condrial externa - Pró-apoptótica: Bax (Induz a apopto- se) - Citoplasma FISIOLÓGICA - Destruição programadas durante a embri- ogênese - Involução dependente de fatores homo- nais (Regressão da mama) - Morte de neutrófilos e linfócitos - Mecanismo para manter o numero celu- lar do tecido PATOLÓGICA - Lesão do DNA por radiação, drogas ou câncer podem lesar a célula - Injuria celular sem separação - Acumulo anormal de proteína podem cau- sar mutações genicas devido a fatores ex- tríncicos - Ocasiona extresse do RE que leva a morte por apoptose
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