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SAÚDE DO TRABALHADOR

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Definição 
Serve para fornecer o conhecimento de qualquer mudança em relação a saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças. 
Não constitui como objetivo monitorar dados econômicos e sociais. 
CONTROLAR DOENÇAS Coletar dados para ações de prevenção e controle NOTIFICAÇÃO 
Fonte de 
Dados 
Laboratórios, Sistemas de informação (SIM, SINASC, SIH,...), investigação epidemiológica, 
imprensa, população, estudos epidemiológicos e a notificação 
SIM =Sistema de informação sobre mortalidade; Sistema de informação de agravos e notificação = 
SINAN; Sistema de informações ambulatorial = SAI; SIH= Sistema de informações hospitalares 
Funções Coleta, processamento, analise e interpretação de dados de saúde; recomendação e promoção de 
ações de controle indicadas; avaliação da efetividade das medidas eventualmente adotadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notificação 
1. É Obrigatória? SIM 
2. Quem pode fazer? Todos, mas alguns tem obrigação 
3. Existe notificação negativa? SIM – varíola por ex 
4. Existem critérios para notificação? SIM 
Critérios: Magnitude, potencial de disseminação, transcedencia, vulnerabilidade, compromisso 
internacionais, regulamento sanitário internacional, epidemias, surtos ou agravos inusitados. 
 Magnitude – frequência/ importância 
 Disseminação – fonte de infecção 
 Transcendência – consequência/ gravidade 
 Vulnerabilidade – é controlável? 
 Internacionais – são as VIPS .. 
 Eventos inusitados – epidemia/ condição nova .. 
NOTIFICAÇÃO: comunicar um agravo à autoridade de saúde 
Quem? Qualquer cidadão !! NA SUSPEITA .. 
Como? Normal (semanal)/ Imediata (em até 24 horas) 
O que? Agravos Nacionais (e Internacionais)/ Agravos Estaduais e Municipais/ Agravos 
desconhecidos. 
INTERNACIONAIS: VIPS Varíola, Influenza (H5N1), Poliomielite e SARS (coronavírus) 
 
5. Há necessidade de confirmação laboratorial? Não, mas... 
Portaria 104 de 25 de janeiro de 2011: Hanseníase, TB, LTA, AIDS, esquistossomose em área 
não endêmica, sífilis congênita e em gestante  ainda pode cair em prova 
Portaria 1271 de 6 de junho de 2014: Sem conclusão ( a portaria atual não coloca nada em 
relação a conclusão  NA SUSPEITA JÁ PODE NOTIFICAR) 
6. Sigilosa? COM CERTEZA 
7. Deve ser feita em quanto tempo? Normal (semanal) x Imediata (24 horas) 
8. Quais são as doenças? 
Portaria 1271 de 06 de junho de 2014 (penúltima) x Portaria 104 de 25 de janeiro de 2011 
(antepenúltima) 
Doenças acrescentadas: HIV em qualquer situação, varicela em casos graves, internados e óbitos, 
tentativas de suicido, febre hemorrágicas emergentes e reemergentes (marburg, arenavírus, ebola, 
febre purpúrica brasileira), óbitos funcionais e maternos e Chickungunya 
Doenças Modificadas: Dengue (será imediata só com óbitos), febre maculosa e outras 
Riquetisioses, febre do Nilo ocidental e OUTRAS ARBOVIROSES, acidente por animal 
potencialmente transmissor de raiva 
Retiradas: meningite (ficou como doença meningocócica e doença invasiva por hemofilos), 
rotavirus, pneumonia, toxoplasmose e síndrome do corrimento uretral masculino 
 
Portaria 204 e 205 de 17 de fevereiro de 2016 (ATUAL) 
Acrescentadas: Doença aguda pelo vírus da Zika (S); Doença aguda pelo vírus da Zila em gestante 
(I); Óbito com suspeita de doença pelo virs da Zika (S); Toxoplasmose gestacional e congênita (S); 
Modificadas: Doenças meningocócica E OUTRAS MENINGITES; Febre de Chickungunya (S); Febre 
de Chickungunya em áreas sem transmissão (I); Óbitos com suspeita de febre de Chickungunya(I) 
 
Portaria 1984 de 12 de setembro de 2014 x Portaria 205 de 17 de fevereiro de 2016 
(ATUAL) 
Acrescimo: Síndrome neurológica pos infecção febril exantemática 
 
Doenças Emergentes: doenças novas que ate então eram desconhecidas da população 
Reemergente: Doenças já conhecidas, mas controladas e que voltaram a representar perigo 
 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: 
Doenças internacionais (VIPS) 
 Varíola 
 Influenza 
 Poliomielite/ paralisia flácida aguda 
 SARS (coronavírus) 
Vacinas (Ministério da Saúde) 
 Tuberculose 
 Hepatites virais 
 Difteria 
 Tétano 
 Coqueluche 
 Hemófilo “invasivo” 
 Rotavírus* (diarreia aguda/SHU) 
 Doença pneumocócica “invasiva”* 
 Síndrome gripal* 
(*) apenas em unidades de saúde sentinelas 
 Doença meningocócica 
 Febre amarela 
 Sarampo 
 Rubéola 
 Varicela (se grave ou óbito) 
 Evento adverso grave pós-vacinal 
Síndromes febris 
 Dengue 
 Chikungunya 
 Zika vírus 
 Malária 
 Leptospirose 
 Hantavirose 
 Febre tifoide 
 Febre maculosa/ Riquetisioses 
 Febre do Nilo Ocidental/ Arboviroses 
 Febre hemorrágica E-Reemergentes 
(Febre purpúrica brasileira, Arenavírus, 
Lassa, Ebola, Marburg) 
Endêmicas 
 Doença de Chagas (apenas casos agudos) 
 Hanseníase 
 Esquistossomose 
 Leishmaniose 
 Acidente de trabalho (biológico/ grave/ 
doenças*) 
 Óbito materno e infantil 
(*) Doenças do trabalho: somente em unidades de 
saúde sentinelas 
Doenças relacionadas ao terrorismo – ABT 
 Antraz 
 Botulismo 
 Tularemia 
 Violência 
Bichos “loucos” 
 Doença de Creutzfeldt-Jacob 
 Peste 
 Peçonhentos (cobra, aranha,..) 
 Raiva/acidente com animal 
 Toxoplasmose (congênita/ gestante) 
Exógenas 
 Agrotóxicos 
 Metais pesados 
 Gases tóxicos 
Doenças que começam com “si...” 
 Sífilis 
 SIDA/HIV 
 Síndrome do corrimento uretral 
masculino* 
 Síndrome neurológica pós ”febre”* 
 “Sinistra” cólera 
(*) Apenas em unidades de saúde sentinelas 
Risco à saúde pública 
 
Mnemônico: 
B Bichos loucos 
E Endêmicas 
S Síndromes febris 
T Terrorismo 
E Exógenas 
I Internacionais 
R Risco de saúde pública 
A Anticorpo 
S Si 
 
Questões: 
1. Há 4 doenças provocadas pro protozoários, mas 
só a forma aguda de uma dessas é de notificação 
obrigatória: Chagas 
 
2. Das doenças abaixo, aquela que não é de 
notificação compulsória: 
a) Intoxicação por agrotóxicos 
b) Criptosporiodise 
c) HIV 
d) Febre tifoide 
 
3. São de notificação: 
a) AIDS, febre reumática, hantavirose, hepatite A e 
B 
b) Doença de chagas, caxumba, hepatites A e B, 
malária 
c) Cólera, febre amarela, dengue, hantavirose 
d) Febre maculosa, hepatites A,B e C, poliomielite, 
gonorreia 
e) Varíola, escarlatina, difteria, pediculose, 
meningite 
 
4. Não faz parte: 
a) Febre tifoide e brucelose 
b) Hepatites virais e hidatidose 
c) Peste e mucormicose 
d) Leishmaniose tegumentar americana e 
criptococose 
e) Difteria e leptospirose 
 
 
 
CAXUMBA 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA: 
 Internacionais (VIPS) 
 Internacionais antigas (CPF): cólera, peste e 
febre amarela 
 Vacinas: exceção – BK e hepatites virais 
 Síndrome febris – todas (obs.: dengue, 
chikungunya e zika: óbito ou zika em gestante/ 
malária: se na região extra-amazônica) 
 Terrorismo – antraz, botulismo, tularemia e 
violência (sexual e suicídio) 
 Mata “todos”: raiva/ acidente por animal 
transmissor 
 Outros acidentes: acidente de trabalho grave ou 
por animais peçonhentos 
 Doença de Chagas aguda 
 Eventos de risco à saúde pública 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mnemônico: 
I Internacionais 
M Mata todos 
E Eventos 
D Doença de Chagas aguda 
I Internacionais antigas 
A Acidentes 
T Terrorismo 
A Anticorpo 
S Síndromes febris 
Obs  todo caso suspeito de microcefalia por Zika 
deve ser registrado no formulário de Registro de 
Eventos em Saúde Pública. 
Esse tema tem sido muito abordado nas provas de 
residência medica. Breve resumo: dengue tem que ter 
febre + mialgia, artralgia, dor retro orbicular, 
cefaleia, náusea, vomito, diarreia etc. Chikungunya 
da muita artralgia que pode ficar como artralgia 
residual. Zika da febre BAIXA, exantema importante 
com prurido, e vermelhidão ocular sem exsudato. 
Lembrar que vírus da Zika é transmitido por relação 
sexual, assim, orientar gravida a usar preservativo 
ou abster-se de sexo durante a gravidez.
 
O PROCESSO EPIDÊMICO 
 
 
EPIDEMIA 
Número de casos acima do esperado de certo 
agravo em uma localidade 
Epidemia Incidência (CASOS NOVOS) 
Tipos 
Rápida (explosiva ou maciça): fonte comum 
como a pontual e persistente (ar – legionela, 
água – cólera, alimento – maionese) 
Lenta (progessiva ou propagada): pessoa a 
pessoa, vetor... (ex.: respiratória, sexual: gripe, 
meningite, BK, DST; mosquito: dengue, febre 
amarela) 
 
EXPLOSIVA/ MACIÇA: 
 Fonte pontual Fonte persistente 
(exposição múltipla) 
 
 
 
Casos secundários 
 
 
 
 
ENDEMIA Número DE casos esperados de determinado agravo em uma localidade e em um momento 
Dentro do padrão esperado Frequência constante, com variações cíclicas ou sazonais 
Do ponto de 
vista 
Geográfico 
SURTO: Epidemia de proporções reduzidas em uma pequena comunidade ou em pessoas com 
alguma relação  Restrita (mais localizada – casos com relação entre si ou área geográfica 
pequena) 
PANDEMIA: Epidemia de grandes proporções, sem que haja uma delimitação física dos casos - 
Ampla (atinge vários países/ mais de um continente) 
Variação Variação Sazonal de casos: variações de incidência ocorrendo mesmo período, seja do ano 
(estações), mês, semana ou dia 
Variação cíclica: Repetição de um padrão de variação através de tempo e em freqüência de 
casos 
 
Transmissão 
Indireta: Necessita de vetores ou hospedeiros intermediários 
Direta mediata: Usa algum meio para se propagar, sendo um substrato vital 
Direta imediata: Contato direto (sexo, beijo, mordida) 
Prevenção - Modelos Clínico X Leavell & Clark 
Primordial Antes do fator de risco (evita que o fator de risco exista) 
 
 Clínico 
Primária No fator de risco 
 Leavell E Clark Secundária Diagnostico e tto para evitar complitação 
(combate a prevalência) 
Terciária Reabilitação 
Quaternária Iatrogenia – Primum non nocere = Avaliar as ansiedades do 
paciente (entender o paciente a fim de evitar medidas 
desnecessárias) 
 
 
 
Epidemia x Endemia 
 A diferença não depende do número de casos 
 Depende do padrão esperado (olhar para a 
doença nos últimos 10 anos) 
 Gráfico que expressa a incidência média de uma 
doença = diagrama de controle 
 
 
 
 
 
 
 
CURVA ENDÊMICA 
 
VARIAÇÃO DA INCIDÊNCIA: 
 DENTRO: ENDEMIA 
 ACIMA: EPIDEMIA 
 ABAIXO: DECRÉSCIMO ENDÊMICO 
 
A duração de uma epidemia é chamada de: EGRESSÃO 
 Fase de progressão epidêmica 
 Fase de regressão epidêmica 
 
Quando passa do LSE Progressão  Incidência 
máxima  Regressão  Decréscimo endêmico 
(quando passa de volta pelo LSE) 
 
SAÚDE DO TRABALHADOR 
Limite superior endêmico (limiar 
epidêmico) 
NORMAS REGULAMENTADORAS PRINCIPAIS 
NR-7 Programa de controle médico de saúde ocupacional, que visa a prevenção, o rastreamento e o 
diagnostico precoce dos gravos a saude dos trabalhadores, devendo preservar o instrumental 
cliníco-epidemiológico 
NR-5 Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), que visa a prevenção de acidentes e 
doenças: Deve haver uma por estabelecimento; não tem completa autonomia; atas de reuniões são 
obrigatorias; semana de prevenção deve ser anual 
NR-4 Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho 
NR-9 Programa de prevenção de riscos ambientais, que visa reconhecer, avaliar e controlar os riscos 
ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente de trabalho. 
NR-25 Programa de controle de resíduos industriais, que estabelece os critérios para eliminação dos 
resíduos industriais dos locais de trabalho 
NR-6 Equipamento de proteção individual. Fornecimento pelo empregador; Cuidado pelo empregado 
 
ACIDENTES DE TRABALHO 
Definição É aquele que ocorre durante o trabalho, Lesão, doença ou morte ... redução temporária ou 
permanente, seja trabalho informal ou formal. O informal hoje acaba sendo ate prioridade do MS, 
porque ele esta em risco maior por ser informal, não usa EPIs, tem menos orientações, etc. 
Acidente 
típico 
Corresponde ao acidente que acontece em decorrência das características da atividade 
profissional desempenhada 
Acidente 
de trajeto 
Acidente ocorrido em trajetos que tenham relação com o trabalho. Como entregador de pizza, 
indo de trem para o trabalho; 
Diferença Doença profissional (a profissão tem relação, como a silicose) 
Doença do trabalho (não são todos os trabalhadores que tem, mas um pode ter pelas condições 
do trabalho) 
 
 
 
CAT 
Comunicação de acidentes de Trabalho: Maneira de comunicar ao INSS os acidentes de trabalho 
Quantas vias? QUATRO : uma para o INSS, uma ao segurado, uma ao sindicato e uma para 
empresa 
Quem preenche? Empresa, trabalhador, seus dependentes, entidade sindical, medico ou 
autoridade legal 
Quem tem direito? Trabalhadores com carteira assinada ou autônomos que contribuam com o 
INSS 
SAT Beneficio em caso de doença, acidente, que o mantenha afastado por mais de 15 dias. 
SEMST (serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho)  promoção da 
saúde do trabalhador e do meio ambiente de trabalho, envolvendo engenharia do trabalho. NR4 é a 
norma dos serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho! 
Pcmso A responsabilidade é do médico do trabalho coordenador que ira desempenhar e ordenar exames 
admissionais, demissionais ou de mudança de setor. NR7 é o programa de controle medico e saúde 
ocupacional! 
 
LEMBRAR DE NOTIFICAR: NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (forma e informal) + CAT – COMUNICAÇÃO DO 
ACIDENTE DE TRABALHO (somente para formais – benefício previdenciário) 1º. Dia útil após o 
acidente 
ACIDENTE FATAL: notificação e investigação IMEDIATA 
Doenças degenerativas, endêmicas* e que não incapacitem NÃO serão consideradas acidentes 
(*) caso a pessoa só tenha sido exposta a uma condição de maior risco para a doença devido ao trabalho – 
nesse caso, houve uma relação com o trabalho e poderá ser considerado como acidente de trabalho. 
Se o trabalhador é informal , ele entra nas estatísticas do MS? Sim! Ele também será considerado como 
acidente de trabalho. 
Devemos adequar o trabalho ao trabalhador ou o contrário? Devemos adequar o trabalho à capacidade que 
aquela pessoa tem de exercer! 
Qualquer médico pode preencher os dados médicos da CAT e ela é exclusiva de trabalhadores formais 
Direitos previdenciários 
1) Aposentadoria por Invalidez  pra quem contribuiu no mínimo 12 meses, pra quem teve invalidez devido 
acidente de qualquer causa etc. A cada 2 anos faz pericia medica para comprovar invalidez. 
2) Auxilio doença  trabalhador que ficar afastado por mais de 15 dias. Direito quem contribuiu no mínimo 12 
meses ou quando resultar de acidente de qualquer causa. 
3) Auxilio acidente  reduz capacidade laborativa após acidente 
4) Pensao por morte  cônjuge, filho não emancipado, menor de 21 anos. 
5) Salario maternidade  para contribuintes. 120 dias sendo 28 antes do parto e 91 dias após parto. Existe 
condição facultativa que pode aumentar beneficio para 180 dias. 
 
Auxílio 
Auxílio acidente: recebe pelo INSS que tenha sequela permanente 
Auxílio doença: recebe se ele ficar do trabalho por um motivo de doença 
MP 664  lei nº13135 de 17 de junho de 2015 ( o empregador ia ter que pagar até 30 dias e so 
depois o INSS assumia depois do 31º dia, mas quando virou LEI foi vetada – so paga ate o 15º dia 
e o INSS assume) 
Riscos - Temos 5 tipos de risco ocupacionais: 
1) Biologico  contato com agente infeccioso (Bacteria, fungo, vírus, etc) 
2) Quimico  substancia que possa penetrar no organismo (pela pele, pulmão, respiração, trato 
gastrointestinal etc) 
3) Acidentes  maquina, explosão, incêndio, animal peçonhento picar etc 
4) Risco ergonômico  levantar muito peso, repetitividade, postura incorreta 
5) Risco físico  vibração, ruído, radiação ionizante etc 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHO 
Schilling 1. Causa necessária (O trabalho é a causa )Ex.: pneumoconioses, benzenismo, saturnismo, 
chumbo 
2. Trabalho é fator aditivo, mas não necessário (fator de risco). Ex: HAS, varizes, câncer, doençaslocomotoras 
3. Trabalho piora uma condição já existente (agravante). Ex: asma, dermatite alérgica, 
transtornos mentais 
Ramaz-
zini 
Grupo I: doenças provocadas pela nocividade do material 
Grupo II: Doenças produzidas pelas condições do trabalho 
DOENÇAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHO 
Cromo 
Alergia e irratacao de pele 
Pode levar a CA de pulmão 
Cimento, galvanoplastia, ligas 
metálicas, fotografias 
 
CÁDMIO: enfraquece os ossos = 
osteoporose (fraturas) 
É encontrado em alguns solos 
contaminados 
 
Asbestose 
Causa câncer de pulmão e 
mesotelioma de pleura 
Caixas d’agua e tecidos a prova de 
fogo 
 
ARSÊNICO: queimadura (às vezes 
com necrose de extremidades)/ 
odor de alho 
 
Saturnismo 
Acomete SNC, sistema hematológico e 
renal. Clínica: dor abdominal intensa, 
gota (chumbo: aumenta reabsorção 
de Na+, água – e, juntamente com o 
Na+, é reabsorvido também o urato), 
HAS, linha gengival (linhas de 
Burton), anemia., vit D baixa piora 
Leva a porfíria 
Mineração, refinação, fundição, 
fabricação de pilhas e baterias 
Hidragirnismo 
Intoxicação por mercúrio 
Pneumonite, bronquite, sintomas 
neurológicos, diarréia e gengivite 
Garimpos, produção de cloro, 
soda fabricação de termômetros 
Clínica: rim (síndrome nefrótica) 
e alterações neurológicas 
Benzeno 
Mielotóxico 
Causa LMA, LLC, LMC 
Setor siderúrgico e petróleo 
Via de lesão: inalatória (gás 
toxico); Investigação: história 
ocupacional + HMG (já em fase 
inicial mostra alteração 
plaquetária 
Silicose 
Doença causada pela deposição de 
sílica no pulmão 
Principal pneumoconiose no Brasil 
Achado no rx: linfonodos em casca de 
ovo 
Associado a TB pulmonar 
Areia, serralheira, pedreiras, 
cerâmica 
 
Esgotamento 
profissional 
Burn-out 
 Mulher, idade de cerca de 40 anos 
 Maior em profissões que lidam com pessoas 
 Schilling II 
 Prevalência em torno de 4% da população geral (entre profissionais de saúde: 40-50%) 
 Tríade: exaustão emocional/ despersonalização/ diminuição do envolvimento 
 Fadiga crônica, cefaleia, alterações do sono,.. 
 Consumo excessivo de café, álcool e drogas,.. 
 Bom: horário rígido destinado ao trabalho e horários destinados ao lazer: atividade social, 
esportiva 
LER e DORT Dor crônica, parestesias, fadiga muscular. É mais comum em mulheres. Envolvem aspectos 
biomecânicos cofnitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho 
- Movimentos repetitivos, monótonos, ritmo intenso, pressão por produção 
- Vibração e frio intensificam dor 
- Ideal é fazer pausa de 10 minutos a cada hora 
- Tratamento com afastamento do trabalho + fisioterapia + AINE 
PAIR Perda auditiva induzida por ruído: Sempre neurossensorial, irreversível, não progride na 
ausência do estimulo e é bilateral 
- Perda das frequências 3, 4 e 6 Khz (padrão em gota  audiometria) 
- Piorada por diabetes/medicamentos ototóxicos 
Intoxicação *Intoxicação por agrotóxicos 
**Inseticidas 
- Organoclorados DDT. Ação no SNC. Acumula no meio ambiente (quase não usados) 
-Organofosforados/carbamatos (malathion/propuscur). Inibem a acetilcolinesterase (síndrome 
colinérgica). Inibição irreversível. Antagonista: atropina 
- Piretroides (permetrina - dedetizadores – baygon). Usados dem dedetização. Causam alergia, 
irritação e raramente neuropatia. 
** Herbicidas (paraquat) – lesão pulmonar direta 
 
 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
História natural das doenças 
Interação entre: agente/ suscetível e meio ambiente 
2 períodos 
PRÉ-
PATOGÊNICO 
Não houve ainda a interação 
São fatores (ambientais, sociais, genéticos) que podem propiciar essa interação 
PATOGÊNICO Interação estímulo-suscetível – ex.: elevação colesterol 
Alterações bioquímicas, fisiológias, histológicas -> período de incubação 
Manifestação de sinais e sintomas 
Defeitos permanentes/ cronicidade 
 
 
 
 
PREVENÇÃO 
 Pré-patogênico: prevenção primária 
 Período patogênico: prevenção secundária 
 Desenlace: prevenção terciária 
 
PRÉ-PATOGÊNICO – PRIMÁRIA 
Promoção à saúde (primordial), moradia, alimentação, higiene / proteção específica (ex.: uso de 
capacetes – prevenção de acidentes)/ vacina, controle de vetores 
PATOGÊNICO – SECUNDÁRIA 
DESENLACE 
Diagnóstico e tratamento precoce  exames periódicos, inquéritos, isolamento de casos 
Limitação da invalidez  evitar seqüelas 
DESENLACE – TERCIÁRIA 
Reabilitação, fisioterapia 
EVITAR A IATROGENIA – QUATERNÁRIA 
OBS – Qual a diferença entre erradicação e eliminação? Quando erradica extingue o agente e torna-se 
desnecessária a manutenção de quaisquer medidas de prevenção. Eliminaçao é quando cessa transmissão, mas 
persiste o risco de reintrodução. 
 
DECLARAÇÃO DE ÓBITO 
O que é? Corresponde ao formulário que atesta a morte. Preenchê-lo é um ato medico, sendo, o 
mesmo, responsável pelas informações nele contidas 
Quantas vias? 3 (branca, amarela e rosa). A primeira para secretaria de saúde, 2 via para 
familiar e 3 via na unidade. 
Atestado x 
Certidão 
Atestado/declaração é mesma coisa. Certidao quem emite é o cartório para que possa liberar 
o corpo e ter o funeral 
A declaração preenchida pelo médico não é o documento definitivo. A via amarela que fica 
com familiar, é levada até o cartório para que seja registrado o óbito. O cartório emite a 
certidão de óbito – que é o documento definitivo, com isso é possível sepultar/ cremar o 
corpo. Se a família definir o desejo de cremar, é necessário que 2 médicos assinem (em caso 
de sepultamento, apenas 1). 
A declaração de óbito e certidão pode ser feita no local da morte. Mas a 
contabilização/estatística do óbito é feito na cidade de residência. Se eu contabilizasse 
os óbitos por local de ocorrência, as localidades com melhor facilidade medico-hospitalar 
estarão superestimadas. 
É obrigatório? Sim, a exceção de 3 casos. Exceto se: feto morto, <20 semanas E peso<500g E estatura <25cm 
Peças anatômicas amputadas – pode-se emitir um relatório (em papel timbrado do hospital) 
do que ocorreu, caso o paciente queira, p. ex. fazer o sepultamento do membro 
Morte por 
causa Natural 
Com assistência: médico assitente ou médico substituto ou plantonista 
Sem assistência: SVO (serviço de verificação de óbitos) ou medico de serviço publico 
próximo  se ninguém prestava -> SVO (caso não tenha SVO -> o médico do serviço público 
mais próximo ou qualquer médico da localidade realizará o preenchimento -> caso não haja 
médico: 2 testemunhas + responsável em cartório). 
Morte por 
causa externa 
Lesão por violência ou morte suspeita 
Direto para o IML ou qq medico com autoridade judicial 
Parte I Doenças ou agravos que levaram ao óbito do paciente com o tempo percorrido ate o evento. 
A última é considerada como CAUSA BÁSICA. Preencher de baixo para cima até chegar na 
CAUSA TERMINAL. 
 
 
 
 
Questões 
 
Paciente, 74ª, foi internado às pressas para 
correção cirúrgica de fratura de colo de fêmur após 
queda há 7 dias. Seis dias após desenvolveu dor e 
edema em panturrilha direita, seguida de dispneia 
súbita com instabilidade hemodinâmica vindo a 
falecer de insuficiência respiratória um dia após o 
quadro. 
 
PARTE I 
a. Tromboembolismo pulmonar 1 dia 
b. Cirurgia ortopedia 7 dias 
c. Fratura de colo fêmur 7 dias 
d. Queda  CAUSA BÁSICA 7 dias 
Obs.: evitar termos vagos (ex.: falência de múltiplos 
órgãos). 
 
A partir da causa básica, iremos saber quem 
preenche a declaração – o primeiro raciocínio é 
saber se a morte foi natural ou violenta  todas as 
mortes por causas externas (morte violenta) que 
deve preencher o atestado de óbito é o médico 
legista do IML. 
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Dr. X é o único médico em um raio de 300km. 
Durante o intervalo de almoço é chamado para 
atender um paciente em PCR, após as medidas de 
reanimação, sem sucesso, ele constata o óbito. 
 Verificar se a causa é natural ou violenta: 
o Morte violenta  IML 
o Morte natural  ele preenche 
 Se houver evidencias de morte suspeita, qual 
deve ser a conduta visto que na localidade não 
há IML: 
Comunicar à autoridadecompetente. 
Ele será declarado perito. 
 
Obs.: são 3 vias de declaração de óbito (branca, 
amarela e rosa; a banca vai para a Secretaria de 
Saúde – para que seja registrada no SIM, a amarela 
fica com o familiar e a rosa fica na instituição na 
qual o paciente faleceu). 
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Paciente, 98ª, acompanhado pelo Dr. X, em uso de 
16 medicamentos diários, apresenta mal súbito em 
casa e é levado as pressas por uma ambulância sem 
médico até a UBS que Dr. X atende. Não resiste e 
vem a falecer durante o trajeto. Não havia sinais de 
violência. 
 Morte natural ou violenta? 
 Alguém prestou assistência no momento do 
óbito? 
 Alguém prestava assistência? 
Nesse caso, que preencheria o atestado, seria o 
médico X que o acompanhava na UBS 
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Paciente, 54anos, trabalhador rural, recebeu 
diagnóstico de ca de pâncreas há 5 meses e desde 
então vem apresentando perda de peso e dor 
absmoninal progressiva. Impossibilitado de 
comparecer à UBS, vinha recebendo atendimento 
domiciliar pelo Dr. X. 2 sem após a ultima visita, a 
família comunica que o paciente apresentou 
insuficiência respiratória e veio a falecer. 
Quem preenche o atestado: 
Médico da UBS 
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Caso o médico da UBS, nesse caso, por exemplo, não 
esteja presente, quem deve preencher o atestado: 
Responsável + duas testemunhas registram em 
cartório 
 
Resumo... 
Com assistência médica Não se pode cobrar para o atestado de óbito. Pode-se 
cobrar pela consulta para averiguar se realmente o 
paciente faleceu? Sim – não há valor limite. 
 
Morte suspeita/ violenta 
 IML 
 Sem IML: médico “perito” eventual 
MÉDICO PREENCHE 
Sem assistência médica 
Se ninguém prestava 
SVO 
Sem SVO: médico público ou qualquer médico 
Sem médico: 2 testemunhas + responsável (cartório) 
 
Código de Ética Médica 
Uso de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro para fins de pesquisa é permitido desde que 
estes embriões sejam inviáveis 
CID em atestados médicos: Obrigatoriedade é incorreta, se o paciente autorizar pode pedir para colocar, a 
empresa é proibida de pedir o CID.

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