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COONDENADOR 
DE PRODDUÇÃO 
 Samuel Wesley 
 
PROFESSOR 
CONTEÚDISTA 
 Jackson Luiz 
Jarzynski 
 
 
DESIGNER 
EDUCACIONAL 
 Emanuelle Freire 
 
 
REVISOR DE 
TEXTO 
Christiane Tavares 
3 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
2. AVALIAÇÃO DA CENA .............................................................................................. 4 
3. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA ............................................................................................ 7 
4. RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)....................................................... 12 
5. CHOQUE ................................................................................................................. 14 
6. HEMORRAGIA ........................................................................................................ 16 
7. FRATURAS ............................................................................................................. 17 
8. FERIMENTOS ......................................................................................................... 18 
9. Queimados .............................................................................................................. 20 
10. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS ..................................................................................... 22 
11. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 25 
 
4 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Objetivo do curso 
Neste curso, você adquirirá os conhecimentos fundamentais necessários para 
realizar um atendimento de atendimento Pré Hospitalar Básico tendo como escopo a 
proteção da vida. Você será treinado e capacitado para atuar no atendimento a 
pacientes vítimas doenças clínicas como o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente 
Vascular Encefálico, popularmente conhecido como AVC, pacientes vítimas de trauma 
como o que ocorre em acidentes automobilísticos, quedas, agresões entre outras 
comorbidades e além disso, você estudará os principais serviços de emergência 
disponíveis em sua localidade e quando se faz necessário acioná-los. 
Esperamos que este aprendizado e treinamento seja agradável e de fácil 
compreensão para você. Bons Estudos!. 
 
2. AVALIAÇÃO DA CENA 
 
 
2.1 Definição 
O Atendimento Pré Hospitalar Básico, tem como 
principal objetivo a realização de cuidados imediatos ao 
indivíduo que sofreu algum dano físico e minimizar ao 
máximo o sofrimento do mesmo, procurando mantê-lo em 
condições de aguardar o atendimento médico, transporte e 
hospitalização em centros de referência e, para isso, deve-se mante-lo em máxima 
segurança, sendo protegido contra novos ou maiores riscos durante a cena da ocorrência. 
Para que isso aconteça, foi desenvolvida uma série de protocolos básicos que buscam 
5 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
garantir um pronto atendimento com qualidade e destreza aos pacientes. 
É necessário ter habilidade técnica, controle emocional e conhecimento para poder 
colocar em prática cada passo deste protocolo. Dessa forma, independentemente do local 
de atuação, existe a necessidade ter conhecimentos básicos de atendimento para saber o 
que fazer em situações de risco e ajudar de forma eficaz qualquer indivíduo. 
 
2.2 Fundamentos do Trauma 
Define-se trauma toda lesão provocada por causas externas. Essa lesão leva a um 
conjunto de perturbações acarretadas por um agente físico ou não, sua etiologia pode ter sua 
origem física ou psicológica, a natureza e as extensões são variadas e podem estar situadas 
em diferentes partes do corpo. 
 
2.3 Avaliação do acidente 
 Avaliar a cena é o primeiro aspecto que se deve levar em consideração ao chegar 
em um local ou presenciar uma situação de acidente. Com isso, ao fazer a avaliação, pode-
se identificar quais são os possíveis riscos do cenário. Vejamos um passo a passo: 
 Ter dimensionamento do acidente, ou seja, saber qual é o número de vítimas no 
local; 
 Sempre ao se aproximad da cena questionar às pessoas presentes o que 
aconteceu; 
 Sinalizar o local do acidente; 
 Evitar pânico e se necessário e possível pedir ajuda aos demais dando ordens breves, 
claras e objetivas; 
 Garantir a segurança do ambiente, verificando a existência de riscos para quem 
está realizando atendimento, para a vítima e para os terceiros (curiosos e familiares 
6 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
da vítima); 
 Alguns exemplos de riscos a serem observados são a existência de corrente 
elétrica, presença de chamas ou faíscas, vazamento de gás, alagamentos, entre 
outros fatores que podem colocar a vida em risco; 
 Evacuar imediatamente a aérea que apresenta risco iminente de explosão ou 
desmoronamento; 
 Chamar o serviço de emergência especializado para a situação. Os principais 
serviços de emergência podem ser vistos no quadro a seguir, incluindo o número e 
as especialidades de cada um. 
 
2.4 Cinemática do trauma 
A cinemática do trauma é o processo de avaliação da cena do acidente, onde determinará 
as lesões resultantes das forças e dos movimentos envolvidos na situação. É, portanto, a análise 
das condições em que ocorreu o acidente. 
Nesse caso, é necessário se atentar para alguns fatos que serão encontrados na cena, 
como por exemplo, um acidente de carro, onde é preciso verificar se existem marcas de freios 
no asfalto, qual o número de carros envolvidos, a velocidade aproximada em que trafegavam no 
momento da colisão, o número de vítimas no local e a idade aproximada de cada uma delas, as 
condições climatológicas no momento da ocorrência, entre outros. 
 Uma das principais finalidades dessa análise é a identificação de possíveis lesões que não 
são visíveis, como a presença de hemorragias internas, fraturas, entre outras situações que 
podem agravar o estado da vítima. 
 Aproximadamente 90% das lesões podem ser sugeridas por meio da observação e 
interpretação dos mecanismos envolvidos na ocorrência. O responsável pelo atendimento deve 
ter a consciência de que um detalhe salva uma vida, realizando uma análise crítica das 
7 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
informações obtidas. 
 
3. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA 
 
3.1 Avaliação Primária da vítima 
 O atendimento deve obedecer aos protocolos e ser realizado de maneira sequencial. Os 
passos não devem ser ultrapassados sem a solução completa, pois afetam diretamente as 
condições de sobrevida do paciente, independentemente do tipo de atendimento (clínico ou 
trauma). 
 Existe uma sequência lógica que tem como objetivo principal identificar e manejar de 
imediato as situações que ameaçam a vida da vítima. É primordial redobrar a atenção aos 
detalhes durante todo o atendimento, pois eles poderão agravar o estado da vítima ao passarem 
despercebidos ou auxiliá-lo na eficácia do atendimento. 
A sequência estabelecida dentro do protocolo internacional adotado determina os 
seguintes passos 
 
8 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
A aproximação da pessoa que vai realizar o atendimento deve acontecer pelo lado em que a 
face da vítima está voltada, evitando assim um movimento voluntário desta, buscando visualizar 
o socorro que está indo ao seu encontro. 
X – Controle de hemorragias exsanguinantes: 
Contenção de hemorragia externa grave, essa abordagem deve ser antes mesmo 
do manejo das vias aéreas e depois de estabelecidas todas as condições de segurança no 
atendimento e analisada a cinemática do trauma, deve ser realizado o controle das 
hemorragias. Para os sangramentos de extremidades (braços, antebraços, coxas e 
pernas), o principal recurso é o torniquete, colocado o mais próximo possível da axila ou 
virilha, assim, contendo a hemorragia do membro afetado, outra técnica utilizada é a 
compressão direta sobre o ferimento, mas o ideal é nãoretardar a colocação do torniquete 
visando à melhor resposta em menor tempo para estes casos. Para hemorragias venosas, 
principalmente as de vasos sanguíneos calibrosos, couro cabeludo ou em regiões de tórax 
e abdome, o mais indicado é a realização da técnica de pressão direta sobre o ferimento, 
ela mostra-se efetiva no controle da mesma. O próprio nome já diz: “pressão direta sobre 
o ferimento”, quer dizer que deve ser pressionado em cima da lesão, no ponto onde 
apresenta o sangramento e se possível com um dedo em cima do primeiro ponto de pulso, 
as mãos com um curativo de gaze ou compressa, de forma firme e eficaz pelo período de 
3 a 10 minutos. O tempo vai depender do material utilizado para curativo e a resposta do 
paciente. Durante este período, quem estiver fazendo a compressão não deve soltar para 
ver se a hemorragia estancou. Deve ser levado em consideração a quantidade de sangue 
no local e a possibilidade da hemorragia interna, portanto quanto mais rápida e eficiente 
for a abordagem, maiores serão as chances de sobrevida da vítima. 
 
9 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
A – Vias aéreas e controle de coluna cervical: 
Deverá ser realizado uma avaliação nas vias aéreas eliminando qualquer possibilidade de 
obstrução. Existem manobras que deverão ser utilizadas para a manutenção da via aérea, até a 
aplicação de um método mecânico. 
Levando em consideração que, no momento da 
sua aproximação, antes mesmo de tocar a vítima, 
deve ter com uma boa base de apoio. Por exemplo, 
num atendimento a uma vítima que esteja caída no 
asfalto deitada de barriga para cima, deverá estar com 
os dois joelhos no chão, e o controle da coluna cervical 
deve ser realizado no sentido gravitacional (de cima para baixo) utilizando estruturas ósseas, 
como por exemplo a testa ou o queixo. 
Primeiramente o indivíduo que realiza o atendimento deve produzir um estímulo tátil no 
ombro oposto ao que se encontra em relação à vítima (seu braço servirá como defesa em caso 
de agressão) mantendo a estabilização da coluna cervical e buscando uma comunicação verbal, 
onde deverá cumprimentar a vítima, informando seu nome e função por exemplo. 
As vias aéreas devem ser avaliadas neste momento, se a vítima estiver consciente e 
comunicativa é possivel avaliar se existe algum objeto obstruindo vias aéreas no momento em 
que ela fala e articula a boca , solicite que ela abra a boca e questione sobre possíveis causas 
de obstruções parciais e peça que ela cuspa o que estiver solto dentro da boca. Em vítimas 
desacordadas deve ser realizado a abertura das vias aéreas para avaliação e desobstrução, 
utilizando as técnicas de elevação do queixo em vítimas clínicas ou tração da mandíbula no 
trauma e se a obstrução for líquida o profissional deve proceder com rolamento de 90º, sempre 
mantendo a proteção e estabilização da coluna cervical em pacientes indicativos de lesão em 
coluna. 
10 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
B – Ventilação e Respiração: 
A respiração nos indica que há funcionamento adequado dos pulmões, portanto existe a 
troca gasosa e a oxigenação sanguínea. Os valores de referência para um correto 
funcionamento dos pulmões são de 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto. 
Devemos realizar uma rápida avaliação do 
funcionamento do sistema respiratório através de um método 
simples: ver, ouvir e sentir. 
VER: você deve estar com a face voltada para o tórax da vítima, 
observando a expansão e movimentação; 
OUVIR: Com o seu rosto próximo ao da vítima, poderá ouvir 
possíveis ruídos (causas de obstruções parciais); 
SENTIR: Nesta avaliação poderemos ter uma ideia da temperatura interna do 
organismo; 
 
C – Circulação, Perfusão e Controle de outras Hemorragias 
Neste passo, você deve avaliar rapidamente o estado hemodinâmico da vítima, 
obtendo informações através dos sinais e sintomas relacionados à capacidade do 
organismo em manter as funções do sistema circulatório. 
Pulso: a palpação do pulso é um excelente parâmetro para verificação do sistema circulatório, 
que deve ser verificado sempre no mesmo lado em que você se encontra em relação à vítima, 
usando a região digital do dedo indicador e médio, exercendo uma leve pressão na artéria até 
sentir a pulsação. 
 Em vítimas conscientes preferencialmente verifica-se o pulso radial (antebrabraço, região 
próxima ao dedo polegar), porém em casos em que a pressão arterial do paciente esteja baixa, 
o pulso pode não ser palpável de forma fácil, nestes casos a preferência é a palpação do pulso 
11 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
carotídeo (região de pescoço, abaixo da mandibula) ou femoral (próximo da virilia). 
O valor esperado em um indivíduo adulto está contido entre 60 a 100 batimentos cardíacos 
por minuto (BPM), mas durante a avaliação orimária o brigadista deve se atentar também a 
qualidade do pulso, como por exemplo, se ele está forte e cheio ou se está fino e fraco ou mesmo 
se ele existe ou está ausente. 
Após a verificação do pulso, é necessário a avaliação do preenchimento capilar, este teste 
é realizado para avaliar a possivel existência de hemorragias. Deve apertar a ponta do dedo da 
vítima até que ele fique esbranquiçada (sem presença de sangue) e esperar retomar a coloração 
normal (com presença de sangue), esse retorno da coloração deve se dar em tempo máximo de 
dois segundos. Em casos onde o tempo é maior, deve se suspeitar de hemorragias. 
D – Estado Neurológico 
Ao iniciar esta etapa, deverá ser realizada novamente a apresentação com o estímulo tátil, 
buscando uma reação diferente da inicial. O objetivo do passo D é realizar uma avaliação de 
possível lesões cerebrais, através de estímulos realizados pelo brigadista, consciência e 
tamanho das pupilas. 
Em busca de informações rápidas, confiáveis e eficientes, 
deve ser analisado os resultados por meio dos seguintes estímulos: 
ocular, verbal, motor, a dor e análise das pupilas. Na realização dos 
exames deve-se observar sempre a face da vítima, buscando 
possíveis reações. Neste momento o brigadista deve conversar 
com a vítima novamente realizando perguntas como por exemplo 
o nome dela e outras que identifiquem a memória, como por 
exemplo: de onde você estava vindo? Para onde estava indo? Lembra o que aconteceu? 
Realizará estímulo motor (apertando a mão da vítima e aguardando resposta) e a pressão se 
necessário (apertando de forma firme, mas não com força para machucar o músculo trapézio 
12 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
que está localizado na região entre o pescoço e o ombro da vítima) e também a análise das 
pupilas (se estão do tamanho normal e se reagem a luz). 
 
4. RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) 
 
4.1 Definição de Parada Cardiorespiratória 
De acordo com Thomas et al. (2000), em artigo da revista americana especializada em 
medicina Archives of Internal Medicine, a parada cardiopulmonar é a cessação da circulação, 
que é reconhecida pela ausência de batimentos cardíacos e respiração de um paciente 
inconsciente. 
 A parada cardiorrespiratória é o momento em que o coração 
deixa de funcionar e o indivíduo deixa de respirar, sendo 
necessário fazer uma “massagem cardíaca” para fazer com 
que o coração volte a bater. 
 A interrupção súbita das funções cardiopulmonares constitui 
um problema que sempre foi desafio para a medicina: 
representa uma emergência médica extrema, cujos resultados serão a lesão cerebral irreversível 
e a morte, caso as medidas adequadas para restabelecer o fluxo sanguíneo e a respiração não 
forem tomadas de forma imediata. Inicialmente, ocorre uma dificuldade respiratória (fadiga ou 
respiração agônica), causando, na sequência, a parada cardíaca (clinicamente se reflete pela 
ausência de pulso). 
 A RCP (Reanimação cardiopulmonar) somente com compressão é recomendada para 
brigadistas treinados, pois é relativamente fácil. 
• adultos: identificada pela ausência de pulso carotídeo (no pescoço); 
• bebês: identificada pela ausênciade pulso braquial. 
Com a interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, há um quadro de hipóxia (falta de 
13 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
oxigênio) que provoca a perda repentina de consciência, de 30 a 45 segundos após a parada 
cardiorrespiratória (PCR). Assim, ela se caracteriza pelo aspecto geral da vítima (imobilidade, 
palidez e cianose de extremidades), pela falta de resposta aos estímulos e pela ausência de 
pulso. No processo ainda ocorre a midríase, cuja identificação imediata não é mais prioritária, 
pois demora e pode vir a prejudicar o início do atendimento. As manobras de ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP) precisam ser rápidas e eficazes, pois, após quatro minutos de 
interrupção da circulação cerebral, inicia-se o processo irreversível das células da região. 
 
4.2 Compressões torácicas 
 Posicionar-se de Joelhos próximo a Vítima, sendo que a mesma deve estar em um local 
rígido, caso esteja em uma cama/sofá, providenciar com que a vítima não seja reanimada nesse 
local devido a movimentação, pode ser colocado uma tábua em baixo do tronco da vítima para 
otimizar o tempo e realizar compressões neste local. Localizar o Osso Externo, que fica no meio 
do Tórax, entrelaçar uma mão sobre a outra e iniciar as compressões. 
 Durante a RCP manual, o socorrista deve aplicar compressões torácicas até uma 
profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na 
profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm). Realizar ciclos de 
100 a 120 Massagens por minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
5. CHOQUE 
 
5.1 Definição 
 O estado de choque pode surgir por diversas causas e, para cada caso, o choque tem 
uma definição específica, como choque anafilático, séptico ou hipovolêmico. 
Os 5 principais tipos de choque são: 
1. Choque séptico 
 Este tipo de choque surge quando uma infecção, que estava localizada em apenas um 
local, consegue chegar até o sangue e se espalha por todo o corpo, afetando vários órgãos. 
 Os principais sinais são febre acima de 40ª C, convulsões, frequência cardíaca muito 
elevada, respiração rápida e desmaio. 
2. Choque anafilático 
 O choque anafilático acontece em pessoas que têm uma alergia muito grave a alguma 
substância, como acontece em alguns casos de alergia a nozes, picadas de abelha ou pêlo de 
cachorro, por exemplo. Este tipo de choque provoca uma resposta exagerada do sistema imune, 
gerando inflamação do sistema respiratório. 
 É comum sentir a presença de uma bola presa na garganta, assim como apresentar 
inchaço exagerado do rosto, dificuldade para respirar e aumento dos batimentos cardíacos. 
3. Choque hipovolêmico 
 O choque hipovolêmico surge quando não existe sangue suficiente para levar o oxigênio 
até aos órgãos mais importantes como o coração e cérebro. Normalmente, este tipo de choque 
aparece após um acidente quando existe uma hemorragia grave, que tanto pode ser externa 
como interna. 
 Alguns sintomas incluem dor de cabeça leve, cansaço excessivo, tonturas, náuseas, pele 
pálida e fria, sensação de desmaio e lábios azulados. 
 
15 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
4. Choque cardiogênico 
 Este tipo de choque acontece quando o coração deixa de ser capaz de bombear o sangue 
pelo corpo e, por isso, é mais frequente após um caso de infarto, intoxicação por medicamentos 
ou infecção generalizada. 
 Normalmente surge palidez, aumento dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão 
arterial, sonolência e diminuição da quantidade de urina. 
 
5. Choque neurogênico 
 O choque neurogênico aparece quando existe uma perda repentina dos sinais nervosos 
do sistema nervoso, deixando de enervar os músculos do corpo e os vasos sanguíneos. 
Normalmente, este tipo de choque é sinal de problemas graves no cérebro ou na medula 
espinhal. 
 Apresentam dificuldade para respirar, diminuição do batimento cardíaco, tonturas, 
sensação de desmaio, dor no peito e diminuição da temperatura corporal, por exemplo. 
 
5.2 Conduta 
 Realizar a abordagem primária na vítima, identificando o real estado que ela se encontra, 
mantê-la em repousos, sem agitações, chamar serviços necessários (apoio médico Pré 
Hospitalar), mantê-la aquecida, reavaliar a vítima até que o suporte chegue e em caso de parada 
cardiorespiratória iniciar compressões torácicas. 
16 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
6. HEMORRAGIA 
 
6.1 Definição 
Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de 
sangue por algum orifício, ou corte, para dentro ou para fora 
do corpo. Sempre que um indivíduo for identificado com uma 
hemorragia de maior volume e que não ceda espontaneamente, recomenda-se levá-lo ao 
hospital o mais rápido possível. 
A hemorragia pode ser classificada como: 
Hemorragia Interna: ocorre quando não a vemos sem exames específicos ou quando há um 
pequeno sangramento no nariz ou nos ouvidos, ou hematomas grandes em região abdominal e 
presença de abdome tábua. 
Hemorragia Externa: ocorre quando o sangue pode ser visto externamente, com presença de 
poça de sangue e pode ser avaliado a coloração e quantidade no local da cena. 
É necessário a avaliação da quantidade de sangue no local, tendo em vista que um adulto 
médio (70 kg) tem aproximadamente 5 litros de sangue corporal, é necessária a estimativa de 
quantidade de volume perdido para que a abordagem seja mais precisa, principalmente se o 
paciente apresentar outros sinais e sintomas caraterísticos como pele fria e pegajosa e sudorese, 
desorientação, vômito, extremidades frias e cianóticas 
 
6.2 Sinais e Sintomas 
Os sinais e sintomas das hemorragias podem ser gerais, pela deficiência de sangue 
ocasionada por toda hemorragia, ou específicos, dependentes do tipo de sangramento. 
17 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
O mecanismo compensatório do sistema circulatório à perda aguda de sangue é uma 
vasoconstrição generalizada para tentar manter o fluxo sanguíneo para órgãos importantes 
como rins, coração e cérebro. A taquicardia tenta manter o débito cardíaco e costuma ser o 
primeiro sinal de um choque hipovolêmico, a pessoa vai ficando pálida, com o coração 
disparado, pulso fino e difícil de palpar. 
Pessoas com perdas sanguíneas importantes e que demoram a receber socorro 
médico podem ter isquemias temporárias dos tecidos, com a liberação de substâncias 
típicas do metabolismo anaeróbico. Não sendo revertido o processo, finalmente ocorre a 
morte. 
6.3 Conduta 
 Pressão direta sobre o ferimento; 
 Elevação do membro no nível do coração; 
 Aplicação de gelo no local; 
 Em casos de hemorragias exsanguinantes em membros, como em casos de amputações, 
realizar torniquete. 
 
7. FRATURAS 
 
7.1 Definição 
Fratura caracteriza-se pela ruptura da continuidade do osso e perda da integridade da 
estrutura esquelética. 
Imobilização é utilizada para controlar ou abolir movimentos de um membro fraturado e 
obtenção do reparo da lesão, sendo importante a sua eficácia. 
 
7.2 Tipos de Fraturas 
Fraturas Abertas: 
18 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 Fratura aberta é toda aquela em que ocorre comunicação do seu foco com o meio 
externo, isso ocorre devido ao rompimento da pele. 
Fraturas Fechadas: 
 Fratura fechada é quando existe o romprimento ou trincamento ósseo, onde não 
existe rompimento da pele e pode ser identificado pelo inchaço local, deformidade do membro, 
dor intensa e coloração arrocheada. 
 
7.3 Conduta 
No caso da ocorrência de fraturas, é essencial procurar imediatamente auxílio médico. 
Para isso, é importante imobilizar o local e não tentar nunca voltar o osso para o local de 
origem. 
Em casos de fraturas expostas, deve-se imobilizar em tala rígida ou superfície onde não 
movimente o membro, mantê-lo na posição conforme encontrado (não tentar alinhar), 
procurando movimentar o menos possível para não causar maiores lesões na vítima, se 
possível cobrir com pano limpo e seco. 
 
8. FERIMENTOS8.1 Definição 
 Ferimento é qualquer lesão ou perturbação produzida 
em qualquer tecido por um agente externo, físico ou 
químico. 
 
8.2 Classificação 
1 – Ferimentos fechados ou contusões 
 São lesões produzidas por objetos contundentes que 
19 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
danificam o tecido subcutâneo com extravasamento de sangue, sem romper a pele; 
 Equimose – sinal arroxeado na pele, consequência de uma contusão, sem inchaço no 
local. Exemplo, olho roxo; 
 Hematoma – sinal arroxeado com inchaço no local. Exemplo, 'galo' na cabeça; 
2 – Ferimentos abertos ou feridas 
 Quando rompe a pele, expondo tecidos internos, geralmente com sangramento. 
 Feridas incisivas ou cortantes – provocadas por bisturi, faca, estilete; 
 Feridas contusas – provocadas por paus, pedras, soco; 
 Feridas perfurantes – provocadas por arma de fogo e arma branca; 
 Feridas penetrantes – o objeto atinge uma cavidade natural do corpo (tórax, abdômen); 
 Feridas transfixantes – variedade de ferida perfurante ou penetrante. O objeto penetra e 
atravessa os tecidos ou determinado órgão em toda a sua espessura; 
 Escoriações ou abrasões – produzidas pelo atrito de uma superfície áspera e dura contra 
a pele. Atinge somente a pele, exemplo, cinza, graxa, terra; 
 Avulsão ou amputação – parte do corpo é arrancada ou cortada. Exemplo, membros ou 
parte dos membros, orelha, nariz; 
 Laceração – o mecanismo de ação é a pressão ou tração exercida sobre o tecido, 
causando lesões irregulares. 
 
8.3 Conduta 
 O brigadista precisa realizar essas três condutas principais: 
 Proteger a ferida contra o trauma secundário; 
 Conter sangramentos; 
 Proteger contra infecção. 
 
20 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
9. QUEIMADOS 
 
9.1 Definição 
Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes 
térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo 
humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir 
camadas mais profundas, como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos. 
 As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo 
geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida. 
 
Queimadura 1º grau: 
 Também chamada de queimadura superficial, são aquelas que envolvem apenas a 
epiderme, a camada mais superficial da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, 
mas com palidez na pele quando se toca. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz 
bolhas. Geralmente melhoram no intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam 
sequelas. 
21 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
Queimadura de 2° grau: 
Atualmente é dividida em 2º grau superficial e 2º grau profundo. A queimadura de 2º grau 
superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme. Os sintomas 
são os mesmos da queimadura de 1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma 
aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas, não costuma 
deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ser mais claro. 
As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo 
semelhantes às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas 
da pele, este tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos doloroso que as 
queimaduras mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem 
ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais 
que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes 
Queimadura de 3° grau: 
Queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com 
destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneas, 
podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões 
esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio 
cirúrgico, necessitando de enxertos. 
9.2 Conduta 
1° e 2° grau: Lavar imediatamente o local com água corrente e proteger com curativo limpo 
e seco e que não tenha aderência na região afetada. Evitar romper as bolhas que tenham se 
formado. 
22 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
3° grau: Deve ser avaliada a região afetada, realizar curativo seco e não aderente e 
encaminhar imediatamente ao hospital de referência mais próximo. 
10. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 
 
10.1 Síncope 
É a diminuição da atividade cerebral, desencadeando em perda de consciência de curta 
duração. 
10.1.1 Conduta 
Ajude a vítima a deitar em uma 
superfície plana no chão até que a tontura 
tenha passado completamente, caso a 
vítima continue tonta, levante suas 
pernas um pouco acima do nível do 
coração e mantenha-as elevadas até que 
a pessoa não sinta mais tontura; assim 
que ela não sentir mais tontura, ajude-a a 
sentar-se e que permaneça por alguns 
instantes. 
10.2 Convulsões 
Desordem cerebral, onde são enviados estímulos desordenados para o resto do corpo. 
10.2.1 Conduta 
• Avaliar a cena; 
• Procurar sinais de consumo de drogas ou envenenamento; 
• Verificar nível de consciência e se ainda está convulsionando; 
23 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
• Solicitar auxílio. 
• Iniciar o atendimento após a fase de contração; 
• Nunca introduzir nenhum objeto na boca da vítima enquanto ela está em crise, 
isso pode quebrar dentes ou machucar o brigadista. 
10.3 Acidente vascular cerebral (AVC) 
É uma desordem no sistema cardiovascular, ocorrendo oclusão ou ruptura de um vaso 
no cérebro. 
 
10.3.1 Sinais e sintomas 
 Cefaleia; 
 Rigidez de pescoço; 
 Sensibilidade na luz; 
 Vômito; 
 Convulsões; 
 Liberação de urina e fezes; 
 Dormência em membros; 
 Falta de força muscular; 
 Andar com dificuldade; 
 Fraqueza; 
 Fala arrastada; 
 Sangramento nasal; 
24 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 Não conseguir formar frases simples. 
10.3.2 Conduta 
 Tranquilizar a vítima; 
 Avaliar nível de consciência; 
 Manter a vítima aquecida lateralizada ou em posição semi sentada; 
 Chamar serviço especializado; 
 Não oferecer alimentos ou bebidas durante o episódio para que não se afogue. 
 
10.4 Infarto agudo do miocárdio (IAM) 
 É a necrose do miocárdio devido falta de oxigênio, por estreitamento ou oclusão 
da artéria coronária. 
 
10.4.1 Sintomas 
 Dor fixa no peito; 
 Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia; 
 Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços; 
 Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento. 
10.4.2 Conduta 
 Coloque a vítima na posição mais confortável para ela; 
 Tranquilize-a; 
 Libere vestimentas que estejam apertadas; 
 Não permita qualquer esforço da vítima ou qualquer deslocamento sem apoio; 
 Se a vítima estiver em parada cardiorrespiratória, inicie manobras de reanimação. 
25 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
11. REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2003. 
FISHER, V. M. R. et al nurses in the pre-hospital care: an approach on ethical healthcare. Reme 
– Revista Mineira de Enfermagem, v. 10, n. 3, p. 253-258, jul./set., 2006. 
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Atendimento Pré-
hospitalar ao traumatizado. 9. ed. Boston: Burlington Jones & Bartlett Learning, 2020. 
OLIVEIRA, B. F. M. Trauma: atendimento pré-hospitalar. 4. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2021 
PRINCÍPIOS e diretrizes do SUS. Enfermagem Florence, S.d. Disponível em: 
<https://enfermagemflorence.com.br/principios-e-diretrizes-do-sus/>. Acesso em: 20 abr. 2022. 
COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES – CAC. Suporte avançado de vida no trauma para 
médicos. 9. ed. Chicago: ATLS, 2014. 
 
 
 
 
 
 
	1. INTRODUÇÃO
	2. AVALIAÇÃO DA CENA
	3. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
	4. RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
	5. CHOQUE
	6. HEMORRAGIA
	7. FRATURAS
	8. FERIMENTOS9. QUEIMADOS
	10. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
	11. REFERÊNCIAS

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