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São exames que vão ajudar a complementar as suspeitas/informações para construir o diagnóstico; só podem ser solicitados após o exame clínico e a anamnese. Tipos: · Exames Laboratoriais Estudo dos eritrócitos; dos leucócitos; da hemostasia; e da bioquímica do sangue. Hemograma: avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue; avaliação da série vermelha, série branca, e das plaquetas. Importância do sangue: transporte de nutrientes e metabólitos; transporte de substâncias químicas (hormônios); transporte de células especializadas (diapedese); distribuição do calor; regula temperatura, pH e pressão sanguínea; proteção (coagulação sanguínea e imunidade). Estudo dos eritrócitos: capacidade do sangue em transportar oxigênio e dióxido de carbono através da hemoglobina; anemia – deficiência dessa função traduzida clinicamente por palidez, fraqueza e fadiga. 1)Contagem dos eritrócitos: contagem do valor absoluto de eritrócito por mm3 (número de hemácias); Homem – 4,5 a 6,o miilhões/mm3 e mulher – 4,2 a 5,5 milhões/mm3. 2)Hematócrito (Hct): volume total das hemácias (células compactadas pós centrifugação) ocupados em 100 ml de sangue; Homem – 40 a 50% e mulher – 38 a 40%. Hemossedimentação: velocidade que os eritrócitos se sedimentam/depositam no fundo do tubo de ensaio (citrato sódio); Homem – 0 a 15 mm em 60min e mulher – 0 a 2º mm em 60min. 3)Concentração de Hemoglobina (Hgb): indicação relativa do conteúdo da hemoglobina e seu número nos eritrócitos; Homem – 14 a 18 g% e mulher – 12 a 16 g%. Significado clínico do Hct e Hgb: valores baixos – indicam anemia sem especificar a causa relativa do conteúdo da hemoglobina e seu número nos eritrócitos; valores altos – policitema (multiplicação clonal). 4) Esfregaço de sangue periférico: revela a morfologia eritrocítica e pode propiciar uma indicação do tipo de anemia. Pesquisa de anemia: -Hemograma; -Dosagem de ferro sérico; - Dosagem de ácido fólico sérico; -Dosagem de vitamina B12 sérica; -Dosagem de ferritina sérica; -Saturação de transferrina sérica. Estudo dos leucócitos: capacidade do sistema imunológico do paciente; contagem de leucócitos e contagem diferencial de leucócitos. Leucograma: avaliação quantitativa dos leucócitos (4.000 a 10.000/mm3); desvio à direita (+ neutrófilos segmentados/ células maduras) = infecção crônica; desvio à esquerda (+ neutrófilos jovens) = infecção aguda. Leucocitose: resposta imunológica perante vários agentes etiológcos; processos infecciosos e inflamatórios; leucemias. Leucopenia: associada à variedade de infecções, em geral virais;resulta de maior consumo, menor produção ou menor sobrevida intravascular. Neutrofilia: Trama; doenças neoplásicas; necrose tecidual;amigdalite; infecções bacterianas; pneumenia; meningite; doenças reumáticas e autoimunes; Neutropenia: Leucemia; medicamentos, produtos químicos, radiação; febre tifoide; viroses; anemia alásica; infecções intestinais por Salmonelas. Basofilia: Infecções virais; condições inflamatórias (sinusites); outras causas (irradiações); Basofilopenia: sem interesse clínico. Eosinofilia: Parasitoses; alergias; radioterapia; colagenoses; doenças mieloproliferativas; Eosinopenia: Estresse; infecções agudas; corticosteroides. Monocitose: Endocardite bacteriana subaguda; tuberculose; leishmaniose; Monocitopenia: incomum. Linfócitos B: defesa humoral – produção de anticorpos (imunoglobulinas); ativados transformam-se em plasmócitos e células de memória. Linfócitos T: defesa celular – secreção de citocinas ou indução direta de morte celular; Divisão: Linfócitos CD8+, T8 ou citotóxicos -> célula Killer; Linfócitos CD4+, T4 ou auxiliares -> T helper; Linfócitos T supressores; Linfócitos T reguladores. OBS.: os linfócitos Natural Killer participam da imunidade celular mediada, resposta rápida e não específica, efeito modulador na adaptação imunitária e hematopoiese. Leucemia: doença que acomete os leucócitos (perdem a função de defesa); produção descontrolada de leucócitos (reduz o espaço na medula óssea para a fabricação das células sanguíneas; leucócitos imaturos e anormais. Tipos: leucemia aguda e crônica. Anemia: redução na capacidade de transportede oxigênio pelo sangue; redução da massa de eritrócitos, medida pelo hematócrito, ou uma redução da concentração sanguínea de hemoglobina para valores abaixo dos limites normais. Hemostasia: mecanismo de defesa do organismo frente a uma agressão vascular com extravasamento de sangue; fases: vascular, plaquetária e de coagulação. Trombocitopenia: uso abusivo de drogas, deficiência de vitamina B12, neoplasias, doenças hereditárias; anemia, leucemia, grande hemorragia, viroses, septicemias. Trombocitose: resposta a infecções, inflamações e hemorragia; anemia ferropriva, hemorragias, distúrbios mieloproliferativos. Mecanismo da hemostasia: Coagulograma: contagem de plaquetas; tempo de coagulação (TC – mensura formação de coágulo); tempo de sangramento (TS – avalia alterações plaquetárias); prova do laço (fragilidade capilar: capacidade dos vasos de resistirem a uma pressão); retração do coágulo; tempo de protrombina ativada (TP – via extrínseca); tempo de tromboplastina parcialmente ativada (TTPa – via intrínseca); velocidade de hemossedimentação; índice de normalização internacional (INR). Tempo de sangramento: avalia a capacidade de se processar a hemostasia após o vaso ter sido lesado; depende da função plaquetária e da integridade funcional do vaso; indica as alterações numéricas e funcionais das plaquetas. Tempo de coagulação: mede o tempo necessário para que o sangue coagule “in vitro”, formação do coágulo; a alteração indica dificuldade na formação da fibrina. · Exames de provas funcionais (órgãos) Função hepática: dosar as enzimas hepáticas (TGO, TGP, Fosfatase alcalina, Gama-GT). TGO/AST: aumento em lesão hepática aguda; está presente também nas hemácias, músculos esqueléticos e cardíacos. TGP/ALT: aumento apenas em lesão hepática (aguda); presente nos hepatócitos. Fosfatase alcalina: presente nas células que delineiam os ductos biliares do fígado e aumenta em grandes obstruções do ducto biliar ou doenças infiltrativas do fígado. Gama GT: aumentados em caso de toxicidade alcoólica e em pequenos níveis subclínicos de disfunção hepática. Bilirrubina no sangue: principal produto do metabolismo do heme da hemoglobina do sangue; o fígado é responsável por sua limpeza. Bilirrubina conjugada – problema na bile; não conjugada – problema no fígado. Função renal: Uréia: mais rápido e mais específico. Creatinina: melhor estimativa da filtração glomerular que a ureia. Clearance ou prova de depuração: avalia a velocidade de remoção de uma substância do sangue durante a passagem pelos rins. · Bioquímica do sangue É um auxílio ao diagnóstico de doenças hepáticas, renais e metabólicas. Classificação: moléculas metabólicas; proteínas do soro; enzimas intracelulares; testes sorológicos. Sorologia: técnica para detecção e/ou a quantificação de antígenos (Ag) e anticorpos (Ac), ou outras substâncias que venham a desempenhar o papel do antígeno no ensaio (drogas, hormônios, ácidos nucleicos, proteínas, citocinas). OBS.: é mais comum na rotina do cirurgião-dentista a solicitação dos testes sorológicos da sífilis e da tuberculose. · Exames por Imagem Engloba uma série de técnicas e modalidades, algumas que envolvem radiação ionizante (os Raios X) e outras não. E o profissional-paciente podem se beneficiar de quaisquer delas. Vale a corretaindicação e a relação custo-benefício para o paciente. Objetivos: identificar a presença ou ausência de doença ou agravo; fornecer informações da natureza e da extensão da doença; possibilitar a formação de diagnósticos diferenciais. Radiografias Radiografia periapical: procura visualizar de forma mais detalhada o ápice radicular e possíveis patologias associadas a ele, além do espaço do ligamento periodontal e a crista óssea alveolar. Radiografia interproximal: útil na investigação de cáries e outras patologias relacionadas às coroas dos dentes; relação da crista óssea e o dente; profundidade da cárie; infiltração das restaurações. Radiografia oclusal: útil na investigação de patologias intraósseas e posicionamento de dentes inclusos, por exemplo; ortodontia; fraturas; sialolitos; estudo das fendas palatinas. Radiografia panorâmica: é a mais apropriada para se obter uma imagem “geral” da maxila e da mandíbula. Usada na avaliação das dentições, acusa a ausência de elementos dentários, serve como auxílio na avaliação do suporte ósseo periodontal, demonstra o posicionamento de terceiros molares inclusos / retidos /impactados, etc. Tomografia computadorizada: análise tridimensional (altura, largura e profundidade); softwares (cortes axiais/coronais/sagitais); diversas especialidades. Ressonãncia magnética: não utiliza radiação ionizante, é uma espectroscopia, indicada para a observação de tecidos moles. Sialografia: exame radiográfico das glândulas salivares maiores após a injeção de substância (contraste); estudo anatômico e funcional; usado nas sídromes de Sjogren, sialodenites e tumores. Ultrassonografia: é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações das glândulas salivares. · Biópsia e Citologia (ver documento) Citologia esfoliativa: método laboratorial que consiste basicamente na análise de células que descamam fisiologicamente da superfície; aspectos microscópicos individuais das células; fácil execução, não invasivo; valor limitado no diagnóstico das lesões bucais. Contraindicações: lesões profundas cobertas por mucosa normal; lesões com necrose superficial; lesões ceratóticas. Resultado da citologia esfoliativa é fornecido de acordo com o código de classificação de esfregaço apresentado por Papanicolaou & Traut e modificado por Folson e col.: Classe 0 - material inadequado ou insuficiente para exame; Classe I - células normais; Classe II - células atípicas, mas sem evidências de malignidade; Classe III - células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade; Classe IV - células fortemente sugestivas de malignidade; Classe V - células indicando malignidade. Biópsia: É um procedimento cirúrgico simples, rápido e seguro, em que parte da lesão ou toda a lesão de tecido mole ou ósseo é removida, para estudo de suas características microscópicas. A biópsia permite fazer uma correlação entre os achados clínicos e histopatológicos determinando, na grande maioria dos casos, o diagnóstico definitivo. Excisional: margem de segurança lateral e em profundidade. Incisional: lesões grandes e de difícil acesso; fragmento.
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