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na Odontologia Hemograma completo: eritrograma, leucograma e plaquetograma; Coagulograma: └ Tempo de Sangramento (TS); └ Tempo de Protrombina (TP, INR); └ Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa); Glicemia em jejum; Hemoglobina glicada; Infecciosas e imunológicas. Avaliação de diversas situações: INDICAÇÃO Recomendado em avaliações pré- operatórias; Condições a serem observadas: └ Complexidade cirúrgica e intervenções odontológicas de médio e grande porte; └ Suspeita clínica de anemia ou policitemia; └ Presença de doenças crônicas como: nefropatias, hepatopatias, lúpus eritematoso sistêmico, AIDS, neoplasias; └ Radio ou quimioterapia recentes; └ Uso de anticoagulantes; └ Presença de infecção; └ Paciente acima de 60 anos ou crianças pálidas e hipoativas; └ Déficit de peso/idade e má alimentação MEDULA ÓSSEA E TECIDO HEMATOPOIÉTICO Hematopoiese e medula óssea – células- tronco hematopoiéticas da medula óssea se diferenciam em qualquer célula no sangue periférico: Citocinas e fatores e crescimento ajudam a orientar a diferenciação na direção que o corpo exigir naquele momento: Biópsias Exames por imagem Hematológicos Testes sorológicos Testes bioquímicos Cultura e antibiograma • Anemias e Eritrocitose • Autoimunes • Alterações genéticas • Neoplásicos Hemácias • Leucopenia e Leucocitose • Autoimunes • Neoplásicos Leucócitos • Plaquetopenias • Trombocitoses • Neoplásicos Plaquetas └ Agem nas células do estroma: IL-1 e TNF; └ Agem nas células-tronco pluripotentes: SCF, FLT3-L; └ Agem nas células progenitoras multipotentes: IL-3, GM-CSF, IL-6, G- CSF, Trombopoetina. └ Agem nas células progenitoras comprometidas: G-CSF, M-CSF, IL-5, Eritropoetina, Trombopoetina; OBS: a trombopoetina é produzida no fígado, enquanto que 90% da eritropoetina é produzida nos rins. ERITROGRAMA Relata alterações nos eritrócitos (hemácias), ajudando o diagnóstico de anemias e policitemias; Eritrócitos: └ Produzidas na medula óssea através de células tronco hematopoiética pluripotente; └ A principal função da hemácia é o transporte de hemoglobina, que por sua vez transporta oxigênio para os tecidos; └ Sua produção é regulada pela concentrações de oxigênio e dependente do hormônio eritropoietina; Contagem de eritrócitos (hemácias): quantidade desta célula em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total; └ Normal: 4-6 milhões/mm³; └ Policitemia: quando aumentado; └ Anemia: quando diminuído; Dosagem de hemoglobina – Hb: para conclusão se o paciente está anêmico; Valor do hematócrito: é o percentual do sangue que é ocupado pelos eritrócitos; representa a proporção entre a parte sólida e a parte líquida do sangue. Os três primeiros dados acima são analisados em conjunto e avaliam a presença de anemia ou policitemia no paciente; Volume corpuscular médio – VCM: avalia o tamanho dos eritrócitos; └ Hemácias macrocíticas (grandes): VCM elevado; └ Hemácias microcíticas (diminuídos): VCM reduzido; └ Hemácias normocíticas: VCM dentro do padrão; • Contagem de eritrócitos; • Hemoglobina (Hb); • Hematócrito (Hct). PARÂMETROS LABORATORIAIS: • Volume Corpuscular Médio (VCM); • Hemoglobina Corpuscular Média (HCM); • Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM); • RDW: índice de anisocitose ÍNDICES HEMATOMÉTRICOS: Em atendimento odontológico cirúrgico, o valor do hematócrito deve ser, no mínimo, de 28%, enquanto que o valor da hemoglobina deve ser de 9 g/dl. Hemácias macrocíticas: anemias por carência de ácido fólico e vitamina B12, e o alcoolismo; Hemácias microcíticas: anemias por deficiência de ferro. Hemoglobina Corpuscular Média – HCM: é o peso da hemoglobina dentro das hemácias; └ Hipocrômicas: pouca hemoglobina; └ Normocrômica: dentro do padrão; └ Hipercrômica: muita hemoglobina; Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média – CHCM: avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia; OBS: o VCM, o HCM e o CHCM são mais usados para diferenciar os vários tipos de anemia; RDW - Red Cell Distribution Width: é o índice que revela anisocitose, ou seja, presença de hemácias de tamanhos variados na amostra examinada; └ Quando maior que 15%: muitas hemácias de tamanhos diferentes, isto é, hemácias com problemas de morfologia; └ RDW elevado: comum na carência de ferro, pela deficiência na formação da hemoglobina normal, formando hemácias de tamanho reduzido. OBS: hemodiluição é quando há aumento do volume plasmático na gravidez, insuficiência cardíaca ou renal, enquanto que desidratação é quando há uma diminuição isolada do volume plasmático. ANEMIAS: Diminuição da taxa de hemoglobina abaixo de níveis mínimos, arbitrados pela OMS em: └ 13 g/dL: para homens; └ 12 g/dL: para mulheres e crianças entre 6 e 12 anos; └ 11 g/dL: para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos de idade. Tipos: └ Por deficiência na síntese de hemoglobina: anemia ferropência e talassemia; └ Por deficiência na síntese de nucleoproteínas: anemia perniciosa e anemia por deficiência de folato; └ Hemolíticas: anemia de células falciformes. Características bucais: └ Palidez tecidual e aftas recorrentes; └ Síndrome de Ardência da Mucosa Bucal; └ Despapilação lingual (Glossite atrófica). Anemia e odontologia: └ Causa e grau da anemia; └ Avaliar a necessidade de transfusão; └ Risco de síncope e sangramento excessivo; └ Risco de necrose isquêmica tecidual; └ Ter suporte de urgência (O²). LEUCOGRAMA Analisa os leucócitos, células de defesa do nosso organismo, responsáveis pela imunidade inata e adquirida, participando ativamente do processo inflamatório; Consiste na contagem total de leucócitos e na contagem individual e diferencial dos leucócitos presentes no sangue; Alterações na contagem total: └ Leucocitose: quando elevada, indicando uma infecção; └ Leucopenia: quando diminuída, sugere um depressão da medula óssea; Contagem diferencial de neutrófilos: └ 45% a 75% dos leucócitos circulantes e responsáveis pelo combate às bactérias; └ Neutrofilia: concentração elevada em infecções bacterianas, como em infecções e abcessos de origem dentária; └ Neutropenia: concentração reduzida, comum em pacientes debilitados e com baixa resistência; risco de infecção pós- operatória; Segmentados ou bastões: são neutrófilos jovens, comum de infecções, devido a produção rápida de neutrófilos imaturos para a corrente sanguínea; Contagem diferencial de eosinófilos: └ Combate de parasitas e mecanismo da alergia, com concentração de 1 a 5%; └ Eosinofilia: concentração elevada, comum em alergias, asmáticas, doenças do colágeno, linfoma de Hodgkin ou em infecções intestinais por parasitas; └ Eosinopenia: quando há redução do número de eosinófilos, comum em trauma e infarto do miocárdio. Contagem diferencial de basófilos: └ 0 a 2%, sendo os menos comuns; └ Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica; └ Envolvidas em respostas alérgicas agudas: hipersensibilidade (basofilia) e em estresses agudos (basopenia); Contagem diferencial de linfócitos: └ 15 a 45%, sendo as principais linhas de defesa contra infecções virais e surgimento de tumores, responsáveis pela produção dos anticorpos; └ Linfocitose: concentração elevada, comum em processo viral (hepatite A, HIV, rubéola, sarampo), sífilis, infecções crônicas; └ Linfocitopenia: redução do número de linfócitos, comum em doença cardíaca congestiva, linfomas, lúpus eritematoso, HIV. Monócitos: └ 3 a 10% da concentração, ativados em processos virais e bacterianos; └ Se transformam em macrófagos, capazes de fagocitar microrganismos invasores.└ Monocitose: em infecções crônicas, doenças inflamatórias e neoplasias; └ Monocitopenias: anemia aplástica e em uso de corticoides. LEUCOCITOSE – CAUSAS: Infecciosa: bacteriana (neutrofilia), viral (linfocitose) e fúngica e parasitária (eosinofilia); Neoplásica: └ Leucocitose afuncional: geral e específica; └ Leucemias e linfomas; Alérgica e autoimune: └ Alérgica: eosinófilos e linfócitos; └ Doenças autoimunes crônicas; └ Radioterapia: eosinofilia. LEUCOPENIA – CAUSAS: Medicamentosa e terapêutica: tratamentos oncológicos e imunossupressores; Neoplásica: síndromes mielo-displásicas, leucemias e linfomas; Autoimune: hepatoesplenomegalia e idiopática; Infecciosa: infecção por HIV (LTCD4+) avançada; CUIDADOS NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: Controle de infecções orais: deficiência na cicatrização; Cobertura ou profilaxia antibiótica; Controle de infecções virais e fúngicas; LEUCEMIA (LEUCOCITOSE): Manifestações clínicas: └ Tumefação gengival e palatina; └ Sangramento gengival; └ Púrpuras, petéquias e úlceras; └ Fatores locais irritativos; └ Linfadenopatia generalida, febre e anemia. PLAQUETOMETRIA Plaquetas – participam do processo de coagulação sanguínea e liberam fatores importantes nesse processo; Contagem normal de plaquetas: 150.000 a 450.000/mm³; Trombocitopenia: nº de plaquetas inferior a 140.000, no qual abaixo de 100.000, pode resultar em um sangramento trans e pós-operatório anormal; └ Causas: fisiológica (gravidez, hemorragias); infecções viróticas (Hepatite C, AIDS, Dengue); Neoplasias (Leucemias e Linfomas); Fármacos (Diuréticos de alça, anti-hipertensivos, antibióticos) e aplasia da medula óssea; COAGULAÇÃO SANGUÍNEA: Cascata de coagulação: COAGULOPATIAS: EXAMES PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO: Tempo de sangramento (TS): └ Avaliação qualitativa das plaquetas; └ Mede o tempo em que o sangramento provocado por incisão cutânea leva até parar pela formação do tampão hemostático temporário (coagulação em estágios iniciais; Fase vascular Fase plaquetária Fase de coagulação Fase fibrinolítica Interação medicamentosa com a coagulação: └ Heparina: interage com a antitrombina, formando um complexo ternário que inativa várias enzimas da coagulação (via intrínseca); └ Varfarina: inibe a ação das redutases, inibindo a síntese de vitamina K1 e vitamina KH2 (via extrínseca) └ Realizado em pacientes que utilizam antiplaquetários (AAS); └ Valores de referência: 2 a 8 minutos para o teste de Ivi; 1 a 3 minutos para o teste de Duke. Tempo de Protrombina (TP): └ Avalia a via extrínseca e comum da coagulação (fatores II, VII e V, X); └ É realizado para medir o tempo que o plasma leva para formar o coágulo; └ Dependentes de vitamina K, sendo realizado em pacientes que utilizam varfarina; └ O TP normal é geralmente de 11 a 15 segundos; Índice de Normalização Internacional (INR): └ Padronização mundial, avaliando os mesmos dados que o TP; └ O valor de INR para indivíduos normais é de 1; enquanto que o valor terapêutico do INR indicado para a maioria das condições tromboembólicas deve estar entre 2,0 e 3,0; └ INR normal – 0,9 A 1,0; └ INR menor que 2,0 – Baixo risco; └ INR entre 2,0 e 3,0 – Médio risco; └ INR maior 3,0 – Alto risco. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA): └ Avaliação da via intrínseca e comum da coagulação na mediação da formação do coágulo de fibrina (fatores VIII, IX, XI, XII e V, X); └ Melhor teste para avaliação isolada de distúrbios de coagulação; └ O TTPa normal é geralmente de 25 a 35 segundos; └ Realizado em pacientes que utilizam heparina. HEMOFILIA Desordens da hemofilia: └ Hemofilia A (fator VIII): sangramentos prolongados, principalmente em musculatura profunda (hematomas), em articulações (hemartroses) e após procedimentos cirúrgicos na cavidade bucal; └ Hemofilia B (fator IX): Doença de Christmas – 1 a cada 100.000 nascimentos do sexo masculino; manifestações clínicas semelhantes à Hemofilia A. TROMBOCITOPATIAS Adquiridas: Induzida por drogas – AAS e AINEs (ibuprofeno, naproxeno, indometacina, piroxican); Congênitas: Doença de von Willebrand Manifestação orais: petéquias e equimoses, sangramento espontâneo e hematomas CUIDADOS NO TRATAMENTO ODONTLÓGICO: Medidas hemostáticas locais: └ Compressão com gaze; └ Suturas adequadas; └ Esponjas de Colágeno; └ Agentes anti-fibrinolíticos; └ Colas especiais (Cianoacrilato); └ Orientações Pós-cirúrgicas; └ AINES: contra indicados. Medidas Hemostáticas Sistêmicas: └ Infusão de plaquetas; └ Infusão de análogos do fator de coagulação; └ Fatores de coagulação liofilizados; └ Infusão de plasma fresco congelado └ Administração de vitamina K. Em pacientes hepatopatas, atender com INR até 2,5; enquanto que em pacientes cardíacos que utilizam marevan, atender com INR até 3,5.
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