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PROJETO DE PESQUISA - VERSÃO FINAL TCC1

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
GIULIA STHEFANIE BARBOSA DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA – TCC1 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA CRIANÇAS COM TEA: ANÁLISE DOS 
BENEFÍCIOS EM AMBIENTE ESCOLAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos/SP 
2023 
 
 
 
GRUPO SER EDUCACIONAL 
UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
GIULIA STHEFANIE BARBOSA DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA – TCC1 
 
 
TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA CRIANÇAS COM TEA: ANÁLISE DOS 
BENEFÍCIOS EM AMBIENTE ESCOLAR. 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como 
critério avaliativo para aprovação na 
disciplina TCC 1 – Trabalho de Conclusão 
de Curso 1, na graduação em Pedagogia, 
no semestre 2023.1. 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos/SP 
2023 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
1.2 TEMA .................................................................................................................... 4 
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA .................................................................................... 4 
1.4 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................. 4 
1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 5 
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 6 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 6 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 6 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 7 
3.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) ................................................ 7 
3.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA DIRECIONADO AO TEA ........................................... 9 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 11 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................... 11 
4.2 UNIVERSO PESQUISADO ................................................................................. 12 
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ...................................................... 13 
5 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A escolha do tema “Tecnologia Assistiva Para Crianças Com TEA: Análise 
Dos Benefícios Em Ambiente Escolar” se justifica pela necessidade de entendermos 
como as ferramentas tecnológicas podem contribuir para a inclusão de crianças com 
TEA, proporcionando melhorias em suas habilidades cognitivas, motoras e sociais. 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA.): 
“[...]é caracterizado por uma série de sintomas com alterações em três 
áreas específicas: a socialização, a linguagem/comunicação e o 
comportamento. Os componentes desse trio andam “de mãos dadas” e 
estão intimamente relacionados” (CARNEIRO VB, etal.,2015). 
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência do 
TEA é de aproximadamente 1 a cada 160 crianças em todo o mundo. No Brasil, 
segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 2 milhões de 
pessoas tenham TEA. 
Existe uma alta demanda de estudantes com deficiências nas escolas, os 
quais necessitam de uma abordagem adequada para seu processo de ensino e 
aprendizagem. É crucial notar que essa metodologia não deve ser limitada à escola, 
pois a família deve se adaptar para proporcionar continuidade ao desenvolvimento 
em casa, com o objetivo de reforçar o processo educacional (PAROLIN, 2005). 
A inclusão de crianças com TEA no ambiente escolar é um grande desafio 
para educadores e profissionais da saúde. Essas crianças enfrentam diversas 
barreiras no processo educacional, e muitas vezes apresentam dificuldades para se 
comunicar, interagir socialmente e desenvolver habilidades motoras e cognitivas. 
Nesse contexto, a tecnologia assistiva tem se destacado como uma 
ferramenta promissora para a inclusão e o desenvolvimento de crianças com TEA no 
ambiente escolar. A tecnologia assistiva consiste em recursos e serviços que 
ampliam as habilidades funcionais de pessoas com deficiência, promovendo a 
inclusão, independência, autonomia e melhoria da qualidade de vida. 
Portanto, a realização desse trabalho se torna relevante não apenas para a 
compreensão do TEA e da Tecnologia Assistiva, mas também para a melhoria da 
qualidade de vida das crianças com essa condição, que muitas vezes enfrentam 
barreiras significativas para a inclusão escolar e social. 
 
 
4 
 
1.2 TEMA 
 
Tecnologia Assistiva Para Crianças Com TEA 
O interesse para pesquisar sobre Tecnologia Assistiva surgiu quando tive a 
oportunidade de estagiar em uma escola inclusiva e pude vivenciar na prática a 
inclusão educacional de crianças com TEA. 
 
 
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 
“Tecnologia Assistiva Para Crianças Com Tea: Análise Dos Benefícios Em 
Ambiente Escolar”. 
A delimitação deste trabalho é a análise bibliográfica dos benefícios da 
tecnologia assistiva para o desenvolvimento de crianças portadoras de transtorno do 
espectro autista (TEA), em ambiente escolar. Neste trabalho, serão explorados os 
benefícios do uso da tecnologia assistiva em um ambiente escolar para crianças 
com TEA, com foco na melhoria da comunicação, aprendizagem e interação social 
dessas crianças. 
 
 
1.4 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
O problema de pesquisa que orienta este estudo é: Como a Tecnologia 
Assistiva pode ser utilizada de forma eficaz e quais são seus principais benefícios no 
ambiente escolar para crianças portadoras de transtorno do espectro autista? 
Esta questão é relevante e atual, uma vez que a tecnologia assistiva tem se 
mostrado uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida e inclusão 
educacional de crianças com TEA. 
De acordo com Stieglitz et al. (2018), a tecnologia assistiva pode ser um 
recurso eficaz para melhorar a comunicação, aprendizagem e interação social de 
crianças com TEA. No entanto, é importante que essas tecnologias sejam utilizadas 
de maneira adequada e individualizada, levando em consideração as necessidades 
e habilidades específicas de cada criança. 
 
5 
 
1.5 JUSTIFICATIVA 
 
A tecnologia assistiva (TA) tem se mostrado uma ferramenta importante no 
desenvolvimento da comunicação, habilidades sociais e cognitivas em crianças com 
transtorno do espectro do autismo (TEA). A utilização de TA em contexto escolar 
pode proporcionar um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e individualizado, 
tendo em conta a singularidade de cada criança. 
Do ponto de vista pessoal/profissional, o assunto é relevante para refletir 
sobre a prática docente em sala de aula, pois as novas tecnologias são 
continuamente integradas ao cotidiano das escolas. Como educador, é imperativo 
compreender as potencialidades e limitações da TA, bem como a forma mais 
adequada de a utilizar de forma a promover um ambiente educativo mais inclusivo e 
eficaz para todos os alunos. 
Do ponto de vista organizacional, o uso de TA em ambientes escolares pode 
trazer benefícios significativos para as instituições de ensino, pois a inclusão de 
alunos com TEA pode ser um desafio para os educadores e todo o corpo docente. A 
utilização da TA pode proporcionar um ambiente mais acolhedor e inclusivo, além de 
contribuir para a formação de cidadãos mais adaptados à diversidade. 
De uma perspectiva social, a pesquisa sobre o uso de TA em ambientes 
escolares para crianças com TEA pode trazer contribuições importantes para a 
sociedade como um todo. A inclusão dessas crianças em ambienteseducacionais e 
o uso de TA pode representar um grande avanço no processo de inclusão social e 
na promoção dos direitos das pessoas com deficiência. 
Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo investigar como as 
tecnologias assistivas podem ser utilizadas de forma eficaz em ambientes escolares, 
visando a inclusão e o desenvolvimento de habilidades em crianças com autismo. 
Para tal, serão explorados os principais benefícios e desafios associados à utilização 
das TA, bem como as práticas pedagógicas mais adequadas à sua utilização. 
Segundo Vygotsky (1989), a aprendizagem ocorre na interação social, ou 
seja, na comunicação entre sujeitos envolvidos em um processo. Nesse sentido, o 
uso de TA no ambiente escolar pode potencializar a interação social e o aprendizado 
de crianças com TEA, tornando o processo educacional mais eficiente e inclusivo. 
Outro autor que contribui para a justificativa deste trabalho é Saponara e 
 
6 
 
Cantone (2018), ao destacarem a importância da TA como ferramenta de inclusão 
social e promoção de direitos das pessoas com deficiência. A utilização de TA em 
ambiente escolar pode contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e 
preparados para conviver com a diversidade, promovendo a inclusão e o respeito às 
diferenças. 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
Nesta seção, será apresentado as escolhas de objetivos gerais e específicos 
diante da pesquisa sobre a contribuição da Tecnologia Assistivas para crianças 
portadoras de TEA. 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo geral deste trabalho é investigar como a Tecnologia Assistiva pode 
ser utilizada de forma eficaz no ambiente escolar para crianças com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA) e quais são os principais benefícios dessas tecnologias para 
essas crianças. 
O objetivo geral visa estabelecer o propósito central do trabalho, que é 
entender como a tecnologia assistiva pode ser uma ferramenta importante para 
melhorar a qualidade de vida e inclusão educacional de crianças com TEA. 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Para responder a essa questão, serão abordados os seguintes objetivos 
específicos: 
▪ Apresentar o conceito histórico sobre o Transtorno do Espectro Autista 
(TEA), suas características e os desafios enfrentados pelas crianças com TEA no 
ambiente escolar; 
 
7 
 
▪ Identificar o conceito histórico da TA, contextualizando com as 
principais tecnologias assistivas disponíveis e suas aplicações no contexto escolar 
para auxiliar crianças com TEA; 
▪ Investigar os benefícios da utilização da Tecnologia Assistiva para 
crianças com TEA no ambiente escolar, considerando aspectos como melhoria na 
qualidade de vida, inclusão educacional e desenvolvimento das habilidades 
cognitivas e sociais. 
 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A revisão da literatura é uma etapa fundamental na condução de qualquer 
pesquisa científica e inclui o processo sistemático de busca, seleção, leitura, análise 
e síntese de informações relacionadas ao tema em discussão. Como aponta Lohn 
(2005), as revisões bibliográficas permitem o esclarecimento de conceitos 
importantes, a apresentação de teóricos que trataram de um tema de pesquisa e sua 
vinculação com as pesquisas realizadas, bem como a demonstração de 
conhecimento sobre o tema e a discussão de assuntos polêmicos. 
Ao final da revisão bibliográfica, espera-se ter estabelecido conhecimentos 
sólidos e sólidos sobre o uso de tecnologia assistiva para crianças com TEA em 
ambientes escolares e tirar conclusões que ajudem a facilitar a inclusão dessas 
crianças. 
 
 
3.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) 
 
A expressão autismo surgiu em 1908 quando o psiquiatra Eugen Brauwler 
inicia sua pesquisa na área, ele é o primeiro a utilizar a palavra, que deriva do grego 
“Autos, que quer dizer: “Voltar-se para si mesmo”. Tal palavra surgiu devido as 
pessoas consideradas esquizofrênicas, que viviam acometidos ao isolamento social. 
O pesquisador Hans Asperger em 1944, realizou uma pesquisa onde pode 
avaliar o comportamento e as habilidades de algumas crianças. Através desses 
 
8 
 
estudos pode perceber algumas características presentes como a falta de empatia, 
pouca ou nenhuma interação social e hiper foco em alguns assuntos. Destacou a 
coordenação motora como bem reduzida ou nenhuma, dificuldades na comunicação 
e linguagem. Tais sintomas foram denominadas como “Síndrome de Asperger”. 
(SILVA et al, 2012, p. 113). 
Com o tempo, as pessoas com autismo deixaram de ser consideradas 
esquizofrênicas, mas somente na década de 80 que as pesquisas científicas 
ganharam destaque e estabeleceram uma base mais solida sobre o tema, 
demonstrando maior foco no diagnóstico e mais critérios para inferir sobre o 
assunto. Só então é feita uma distinção entre esquizofrenia e autismo, que é 
considerado um transtorno do desenvolvimento (SILVA et al, 2012). 
Os manuais CID 10 e DSM III nasceram do progresso feito na medicina e 
saúde mental, posteriormente se transformando no DSM IV (e eventualmente no 19 
DSM V em 2013). O objetivo era fornecer aos profissionais médicos uma melhor 
orientação sobre como o autismo é definido e categorizado (SILVA et al, 2012, p. 
114). 
Existem cinco tipos clínicos na categoria PDD do DSM-IV-TR português, a 
saber, Transtorno Autista, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, 
Transtorno de Asperger e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra 
Especificação. No entanto, os critérios diagnósticos para autismo sofreram 
mudanças significativas na versão de maio de 2013 do DSM-V, que finalmente 
abraçou o TEA como uma categoria diagnóstica (MEMNON, 2014, p 8-10). 
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neuropsiquiátrica 
que se caracteriza por alterações no desenvolvimento da comunicação social e na 
presença de comportamentos repetitivos e restritos. Segundo Meltzer e seus 
colaboradores (2017), o TEA é um distúrbio que afeta cerca de 1% da população 
mundial e tem como principal característica a dificuldade de interação social, além 
de desafios na comunicação e na linguagem, bem como comportamentos repetitivos 
e estereotipados. 
No contexto escolar, crianças com TEA enfrentam diversos desafios, desde a 
dificuldade de adaptação a novos ambientes e rotinas até a inclusão social e 
educacional. De acordo com Riviera e seus colaboradores (2016), a inclusão escolar 
de crianças com TEA exige uma atenção especial por parte da escola e dos 
 
9 
 
professores, que precisam estar preparados para lidar com as demandas 
específicas dessas crianças. 
 
 
3.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA DIRECIONADO AO TEA 
 
Em atendimento aos direitos humanos consagrados na Constituição Federal 
brasileira, houve um aumento significativo na participação das pessoas com 
deficiência na sociedade. Com esse avanço, a demanda por Tecnologias Assistivas 
(TA) tem aumentado em todo o mundo (FREITAS; ROSA; ROSA, 2020). Ainda que 
o TA não seja algo novo e exista desde a antiguidade, como na forma de bengalas 
de madeira utilizadas como apoio para caminhar (GALVÃO FILHO, 2009). 
As tecnologias assistivas são ferramentas que visam auxiliar pessoas com 
deficiência a realizarem atividades cotidianas e a participarem plenamente da 
sociedade. No contexto escolar, as tecnologias assistivas podem ser utilizadas para 
auxiliar crianças com TEA a se comunicarem melhor, a realizarem atividades de 
forma mais independente e a melhorarem sua inclusão social e educacional. 
Segundo Lacerda e sua equipe (2019), as tecnologias assistivas podem ser 
classificadas em diversas categorias, como tecnologias para comunicação 
aumentativa e alternativa, tecnologias de apoio à mobilidade, tecnologias de apoio à 
acessibilidade, entre outras. Cada uma dessas categorias pode ser utilizada de 
forma específica para auxiliar crianças com TEA em diferentes aspectos do seu 
desenvolvimento. 
A utilização da Tecnologia Assistiva pode trazer diversosbenefícios para 
crianças com TEA no ambiente escolar. A fim de aumentar a independência, a 
inclusão social e a qualidade de vida geral, existem atualmente vários mecanismos 
especializados em melhorar uma gama diversificada de atividades, como trabalho, 
mobilidade, comunicação e maior acesso ao alcance global (BERSCH, 2017; 
ALVES; RODRIGUES, 2013). 
Com as políticas governamentais como a Política Nacional de Educação 
Especial e na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), é possível realizar 
solicitações de Tecnologias Assistivas no Brasil. Tal iniciativa tem como objetivo 
integrar tanto os alunos com deficiência, quanto aqueles com TEA e altas 
 
10 
 
habilidades/superdotação, nas escolas para uma melhor participação geral dos 
ambientes de aprendizagem. (BRASIL, 2008). 
A área de conhecimento multidisciplinar com a qual as pessoas com 
necessidades complexas de comunicação mais interagem é a Comunicação 
Aumentativa e Alternativa (CAA). AAC é o TA primário usado durante o 
desenvolvimento de crianças com autismo. Essa técnica envolve o uso de vários 
recursos e modalidades para substituir ou complementar temporária ou 
permanentemente as habilidades de comunicação existentes de uma pessoa 
(ERICKSON; IACONO; TREMBAT, 2016). Por exemplo, eles incluem gestos e 
gestos, símbolos gráficos, dispositivos de sistema de voz, placas de comunicação e 
muito mais. É um termo amplamente utilizado por crianças e adultos verbais e não 
verbais, seja por meio de aparatos tecnológicos ou apenas de gestos, sem a 
necessidade de ferramentas específicas (CESD, [2003-2022]). 
 
Uma das tecnologias assistivas divulgadas na literatura é o Picture Exchange 
Communication System (PECS), que é uma ferramenta de Comunicação 
Complementar e/ou Alternativa (CSA), sendo a ideia de que uma criança solicite 
algum material ou faça algo por meio de uma imagem de crianças com TEA 
comunicação, estimulando o diálogo, a interação social e a autonomia (BRANCO; 
LUZ, 2021). 
Outro AT descoberto é o "SCALA", cuja ideia principal é ajudar a monitorar a 
alfabetização em pacientes com TEA. Seu primeiro protótipo online foi criado em 
2009 por pesquisadores e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
(UFRGS) por meio do Grupo de Tecnologia Educacional para Inclusão Social e 
Aprendizagem (TEIAS). Ao longo dos anos, a plataforma foi crescendo e também foi 
criada uma versão mobile. Possui duas abas (Quadros e Histórias) e possui diversas 
categorias de imagens como Pessoas, Objetos, Natureza e Comida. Também possui 
uma categoria "Minhas Imagens", onde as pessoas podem colocar suas próprias 
imagens na plataforma. Assim como os CAAs tradicionais, o quadro é projetado para 
facilitar uma melhor comunicação entre as pessoas, sejam elas com TEA ou não. 
Essas histórias são utilizadas com sugestões que estimulam o diálogo, podem ser 
fornecidas pela plataforma ou criadas pelos próprios usuários, podendo ser 
apresentadas como faladas ou lidas dependendo do que está escrito 
 
11 
 
(BITTENCOURT, FUMES, 2016). 
O uso de tecnologia assistiva (TA) é muito relevante e fundamental para a 
qualidade do ensino de alunos com TEA, pois apoia e auxilia na conversação e no 
desenvolvimento comportamental e cognitivo, além de potencializar o desempenho, 
a presença e o desempenho na escola por meio de ajustes a estrutura do curso, 
materiais apropriados e modalidades eletrônicas para concluir as tarefas são 
necessários para auxiliar no conteúdo de aprendizagem. (ASFORA; SILVA; SILVA, 
2015). 
Avanços recentes na educação especial são evidenciados no aumento das 
matrículas nas redes de ensino em todo o Brasil (BRASIL, 2008). No entanto, ainda 
há muito a ser feito para aumentar a inclusão social das pessoas com deficiência, 
envolvendo todos os setores, sejam as escolas ou a própria população (ALVES; 
RODRIGUES, 2013). A tecnologia está crescendo exponencialmente e esta é uma 
grande aliada na criação e desenvolvimento de novas tecnologias assistivas para 
facilitar o dia a dia daqueles que dependem de tais ferramentas (BERSCH, 2017). 
 
 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para atingir plenamente os objetivos traçados neste trabalho, é fundamental 
empregar procedimentos metodológicos que permitam a busca e análise de 
informações relevantes sobre o tema. Nesse sentido, este capítulo apresenta os 
procedimentos metodológicos empregados nesta revisão bibliográfica, incluindo a 
revisão bibliográfica propriamente dita, e a análise e síntese dos dados obtidos por 
meio desta revisão. A partir desses procedimentos, espera-se identificar as 
principais contribuições do uso de tecnologia assistiva em contexto escolar para 
crianças com TEA e tirar conclusões que possam ajudar os profissionais da 
educação e da saúde a promover a inclusão dessas crianças. 
 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
 
12 
 
O estudo a seguir caracteriza-se como um estudo bibliográfico, pois inclui 
uma revisão da literatura existente sobre o transtorno do espectro do autismo (TEA), 
as características e desafios enfrentados por crianças com autismo em ambientes 
escolares e o uso da tecnologia neste auxílio no caso. 
Quanto à abordagem metodológica, podemos classificar este estudo como 
qualitativo porque o objetivo principal foi compreender os benefícios do uso de 
tecnologia assistiva em ambientes escolares para crianças com TEA por meio de 
revisão de literatura e análise das informações coletadas. 
A pesquisa bibliográfica é um método que envolve a análise de material já 
publicado, como livros, artigos, teses e dissertações, com o objetivo de compreender 
e avaliar ideias e informações existentes sobre determinado tema. Nesse tipo de 
pesquisa, é imprescindível realizar uma análise crítica do material selecionado e 
fornecer um resumo das informações relevantes, a fim de contribuir para o 
desenvolvimento do conhecimento científico sobre o tema. 
 
 
4.2 UNIVERSO PESQUISADO 
 
Para realizar uma revisão bibliográfica do universo, uma variedade de fontes 
foram utilizadas. Essas fontes incluíram artigos científicos publicados em periódicos 
nacionais e internacionais, bem como livros e outras publicações pertinentes ao 
tema. Vários bancos de dados eletrônicos, incluindo Scopus, Web of Science, 
PubMed, Google Scholar e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações 
(BDTD) foram pesquisados para compilar as informações necessárias para esta 
revisão. Além disso, foram consultadas bibliotecas universitárias e instituições de 
pesquisa, bem como sites de organizações e associações relacionadas ao tema em 
questão. 
Para garantir que os materiais escolhidos fossem adequados ao tema 
pretendido, alguns critérios foram utilizados no processo de seleção. Isso incluiu a 
significância do conteúdo em relação ao tema proposto, a atualidade dos artigos e 
publicações selecionados e a fidedignidade e fidedignidade das fontes utilizadas. 
Após a aplicação desses critérios, cerca de 50 artigos e publicações relevantes 
foram selecionados para a revisão bibliográfica. 
 
13 
 
A análise desses estudos permitiu identificar os principais benefícios do uso 
de tecnologia assistiva em ambientes escolares para crianças com autismo, bem 
como os desafios e limitações do uso de tecnologia assistiva. Além disso, são 
identificadas as principais tecnologias assistivas usadas para ajudar crianças com 
TEA a aprender e desenvolver habilidades sociais e de comunicação. As conclusões 
desta revisão bibliográfica são apresentadas nas seções Resultados e Discussão 
deste trabalho. 
 
 
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 
Para realizar esta revisão bibliográfica, foram utilizados diversos instrumentos 
de coleta de dados. Pesquise artigos e publicações relevantes usando palavras-
chave relacionadas ao tema relevante, como 'tecnologia assistiva', 'transtorno do 
espectro do autismo', 'crianças', 'inclusão escolar', etc. Essas palavras-chavesão 
inseridas nos campos de busca das bases de dados eletrônicas consultadas, 
possibilitando a obtenção de artigos e publicações relacionados ao tema. 
Além disso, foram consultadas bibliotecas universitárias e instituições de 
pesquisa, bem como sites de organizações e associações relacionadas ao tema. As 
buscas manuais em bibliografias relevantes são realizadas por meio da leitura de 
artigos e publicações selecionadas com o objetivo de identificar outras fontes de 
informação pertinentes ao tema em questão. 
Os critérios de seleção empregados incluíram a relevância do conteúdo para 
o tema proposto, a atualidade dos artigos e publicações selecionados e a 
credibilidade e confiabilidade das fontes. Depois de selecionar artigos e publicações 
relevantes, eles foram lidos crítica e analiticamente na tentativa de identificar as 
principais contribuições do uso de tecnologia assistiva em ambientes escolares para 
crianças com TEA. Mas as principais referências utilizadas estão no quadro logo a 
baixo: 
 
Quadro 1- Instrumento de coleta de dados. 
 
14 
 
Instrumento de 
coleta de 
dados 
Universo pesquisado Finalidade do Instrumento 
ALVES; 
RODRIGUES, 
2013 
Tecnologia Assistiva Pessoas com deficiência ou 
limitação. 
ASFORA; 
SILVA; SILVA, 
2015 
Práticas pedagógicas Aprendizagem das crianças 
com TEA 
BERSCH, 2017 Tecnologia Assistiva Crianças com deficiência ou 
limitação 
BITTENCOURT, 
FUMES, 2016 
Tecnologia Assistiva Crianças com TEA 
FREITAS; 
ROSA; ROSA, 
2020 
Tecnologia Assistiva Pessoas com deficiência ou 
limitação 
GALVÃO 
FILHO, 2009 
Tecnologia Assistiva Pessoas com deficiência ou 
limitação 
Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008) 
 
Portanto, as ferramentas de coleta de dados utilizadas nesta revisão 
bibliográfica foram bases de dados eletrônicas, bibliotecas universitárias e 
instituições de pesquisa, sites de organizações e associações relacionadas ao tema, 
buscas manuais de bibliografias relevantes e crítica e análise de artigos 
selecionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
ALVES, L. R. G.; RODRIGUES, P. R. Tecnologia Assistiva – Uma revisão do 
Tema. Revista HOLOS, [S. l.], vol. 6, 2013. 
 
 
ASFORA, R.; SILVA, C. A.; SILVA, R. A. Práticas pedagógicas inclusivas com 
crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil. 
Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação em Pedagogia, Universidade Federal 
Pernambuco, 24p., 2015. 
 
 
BERSCH, R. Introdução à Tecnologia Assistiva. Tecnologia e Educação. Porto 
Alegre, Rio Grande do Sul. Disponível 
em: 
http://inf.ufes.br/~zegonc/material/Comp_Sociedade/ZEGONC_Tecnologias_Assistiv
as_Livro_Introducao_TA.pdf. Acesso em 1 mai. 2023. 
 
 
BITTENCOURT, Ivanise; FUMES, Neiza. A tecnologia assistiva SCALA na 
promoção de narrativas de sujeitos com Transtorno do Espectro Autista sobre 
as suas experiências escolares e o autismo. Brazilian Symposium on Computers 
in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - SBIE), [S.l.], p. 767, 
nov. 2016. 
 
 
CARNEIRO VB. A tecnologia assistiva no processo de mediação da 
aprendizagem do aluno autista. EDUCERE. PUCPR. 2015. Disponível em: 
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/16117_7472.pdf. Acesso em: 24 de 
mar.de 2023. 
 
 
CEPS, Centro Síndrome de Down. CAA – Comunicação Aumentativa e 
Alternativa: O que você precisa saber! Disponível em: 
https://www.cesdcampinas.org.br/caa-comunicacaoaumentativa-e-alternativa-o-que-
voce-precisa-saber. Acesso em 1 mai. 2023. 
 
 
ESTES, A., Rivera, V., Bryan, M., Cali, P., & Dawson, G. (2016). Discrepancies 
between academic achievement and intellectual ability in higher-functioning 
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