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Posse
DIREITO CIVIL
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POSSE
TEORIA DA POSSE
Sobre Direitos Reais, vamos dividi-lo em duas partes: Teoria da Posse e Teoria da Pro-
priedade, com todos os assuntos relacionados à propriedade, como concepção de proprie-
dade, atributos da propriedade, exclusividade, perpetuidade, multipropriedade imobiliária, 
elasticidade, condomínio, modos de aquisição da propriedade imobiliária, registro, sessão, 
usucapião, propriedade superficiária, direito real de laje, direitos reais sobre coisa alheia, 
usufruto, uso, direito real de habitação, servidão predial, propriedade resolúvel, propriedade 
ad tempus, direitos reais de garantia, propriedade fiduciária, hipoteca, penhor, anticrese.
Muitas vezes há dificuldade em compreender o fenômeno possessório porque deixamos 
de analisar o fenômeno possessório a partir de uma questão fundamental, uma premissa 
básica, que é compreender a posse a partir de questões fáticas “esquecendo um pouco do 
fenômeno possessório e das questões jurídicas”, pois tudo no mundo da posse gira em torno 
do que é fato, da análise fática. A posse pressupõe o exercício de poderes fáticos em relação 
a determinado objeto no mundo concreto, não do mundo do direito.
Exemplo básico: não adianta uma pessoa ter um título que diz que ela é possuidora se, 
no mundo concreto, ela não exerce atos possessórios, poderes de fato em relação à coisa. 
Portanto, não é o título, não é o direito, não é um documento que a torna possuidora, mas 
é como ela se comporta no mundo fático, no mundo concreto. O título e o documento dão o 
direito a se tornar um possuidor, mas, para ser possuidor, para que haja posse, é essencial a 
análise das questões fáticas do mundo concreto, no mundo real.
Para entender o fenômeno possessório, para entender posse, nós temos que dividir o 
assunto da posse em duas partes. Na primeira parte, nós vamos buscar compreender a 
posse e identificar, no mundo concreto, se há posse, se estamos diante de uma posse, ou 
seja, vamos verificar se estamos diante de um fenômeno possessório e para isso teremos 
que trabalhar com alguns elementos, algumas situações que buscam explicar que posse é 
essa e quando eu tenho posse. Para tanto, teremos que analisar essa situação a partir de 
duas ideias.
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Posse
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Primeiro, sob uma perspectiva estrutural, quais são os elementos que devem existir no 
mundo concreto para que haja posse, que são a estrutura, os elementos que integram a 
posse, como os elementos clássicos corpus e animus. Mas, além desses elementos estrutu-
rais, temos a devida funcionalidade, que é a função social da posse. Então, nessa primeira 
parte, vamos identificar a posse e o possuidor.
Segundo, precisamos qualificar essa posse. A qualificação da posse em nada interfere na 
concepção e na explicação do fenômeno possessório. Haverá posse se tivermos um corpus 
e um animus e atos possessórios com a devida função social.
 Por outro lado, a qualificação da posse, em justa ou injusta, de boa-fé ou de má-fé, qual-
quer que seja a qualificação, em nada altera o que nós concluímos como posse, pois, para 
qualificarmos uma posse, é necessário um pressuposto, que é estar diante de uma posse. A 
qualificação da posse, seja qual for, tem relevância e repercutirá nos efeitos da posse.
Identificar uma situação fática como posse ou detenção, é saber se poderemos qualificar 
essa situação fática para ter efeitos jurídicos. Porque, se estivermos diante de uma detenção, 
não há possibilidade de nenhum efeito jurídico, pois o detentor não tem direito aos interditos 
possessórios, não tem direito à indenização por benfeitorias, não tem direito a nada.
Qual a premissa fundamental para compreender posse?
Posse = Fato
Poder de fato que se manifesta e se exterioriza pelo exercício efetivo de poderes dominiais.
 
Como Sistematizar a Análise?
Separar a posse (concepção) da qualificação (efeitos):
• Posse/detenção (conteúdo) – Parte I
• Qualificação ou rótulo da posse (efeitos) – Parte II
O objetivo de rotular a posse é gerar efeitos jurídicos decorrentes da posse. A depender 
da qualificação, a posse terá esse ou aquele efeito jurídico.
Parte I – Como Caracterizar a Posse
Estrutura da posse (corpus e animus – elementos que caracterizam os poderes no 
mundo fático – teorias).
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Posse
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Hoje, para chegarmos à conclusão de que estamos diante de uma pose, e de um possui-
dor, temos que agregar duas ideias, uma estrutural e outra funcional. A estrutural é o que vai 
dar corpo para essa posse, que vai permitir identificarmos, no caso concreto, essa materia-
lização da posse. Essa visão estrutural se refere aos elementos que compõem e estruturam 
a posse, que são o corpus e o animus. Então, estruturalmente, para termos posse no mundo 
real, temos que ter corpus e animus.
Temos duas grandes teorias históricas que tentam explicar, a seu modo cada uma, o 
corpus e o animus. Ambas as teorias trabalham com os dois elementos. A diferença entre a 
Teoria Objetiva de Ihering a Teoria Subjetiva de Savigny é a concepção que cada um deles 
dá a cada um desses elementos.
O PULO DO GATO
Savigny trabalha com o corpus e o animus de maneira dissociada. Para ele, corpus é o 
sujeito ter contato direto com a coisa. Já animus é o elemento subjetivo, é a vontade de 
querer ter a coisa pra si.
Ihering estuda o corpus e o animus de maneira associada, não fazendo a separação. Para 
ele, o animus está integrado no corpus, ou seja, o animus não é a vontade de ter a coisa 
para si, mas é o comportamento no mundo fático como dono. É agir no mundo fático como 
o dono agiria.
Função social da posse (conteúdo, substância e finalidade – CF) – condiciona a legiti-
midade dos poderes fáticos.
Fato/Função
Estrutura da Posse (caracterização dos elementos – corpus e animus)
 As Teorias Subjetiva e Objetiva da Posse
Posse/Detenção Qualificação
Estrutura + Função Social = Posse Efeitos da Posse
Corpus/Animus → Teorias
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ATENÇÃO
Não se qualifica detenção, ou seja, a detenção é um estado de fato diferente da posse. 
Para diferenciarmos posse de detenção, vemos que o detentor não pode extrair dessa 
situação fática nenhum efeito jurídico, absolutamente nada.
A grande questão que envolve o fenômeno possessório é saber diferenciar posse de 
detenção nesse primeiro momento. Porque, se chegarmos à conclusão de que a situação 
fática é detenção e não é posse, essa situação fática jamais vai gerar qualquer tipo de efeito.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Daniel Eduardo Branco Carnacchioni. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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