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APS 1 - TRIBUTARIO II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA – UNISUAM 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
Nome do aluno: Karen Manso Monteiro e Millena Glória Faria 
Matéria: Direito Tributário II 
Turno: manhã 
Dia da Matéria: sexta-feira 
 
A EXTRAFISCALIDADE 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada 
apresentada à matéria Empresarial I, sob a 
orientação do Prof. JOÃO OLIVEIRA 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2023 
INTRODUÇÃO 
 
No presente trabalho iremos dissertar a respeito das informações e características 
da função fiscal e extrafiscal, suas garantias individuais e coletivas como também, a 
extrafiscalidade no poder de tributar a luz da Constituição Federal, de forma que se 
se observamos o Estado Democrático de Direito, não há dúvidas de que a função 
primordial dos tributos é financiar o Estado para que preste as atividades que lhe são 
atribuídas pela Constituição. A pesquisa, baseia-se na Doutrina, na legislação vigente, 
no desdobramento de princípios para sua aplicabilidade. É importante frisar que os 
princípios de direito tributário servem também para frear a ganância dos entes 
tributantes, os quais devem, para criar uma obrigação tributária e exigir uma prestação, 
observar estes princípios que são fundamentais para a isonomia. e que devem ser 
analisados sempre com ponderações para evitar a sua banalização. 
 
FUNÇÃO FISCAL E EXTRAFISCAL 
 
A função fiscal, é de extrema importância como função de tributo no nosso 
ordenamento jurídico brasileiro. Na qual, consiste no Estado arrecada os recursos 
necessários para que sobreviva, para que exerça suas atribuições e consiga gerir a 
máquina pública. Ocorre quando o dinheiro dos contribuintes é repassado ao Estado. 
 Ou seja, de forma mais simplificada, os tributos podem ou não ser vinculados a 
determinada finalidade, ou seja, quando um tributo é vinculado, o valor pago pelo 
mesmo deve ser destinado àquela finalidade, alguns exemplos de tributos fiscais são: 
• IR (Imposto de Renda) 
• ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) 
Ocorre que os tributos não possuem apenas a função limitada à manutenção da máquina 
pública. 
Uma outra função tributária, se denomina extrafiscal, consiste em que o 
Estado usa os tributos como meio de intervenção na sociedade e na economia. 
Deferentemente da função fiscal, a finalidade principal do Estado nesses tipos de 
tributos não é a de arrecadar, mas sim regular, buscar, em alguns casos, equilíbrio, 
incentivar etc. A função extrafiscal do imposto aparece nos momentos em que o 
Estado precisa reaquecer a economia, o que ocorreu, por exemplo, no começo do ano 
de 2014, quando houve a redução da alíquota do IPI, visando estimular a produção e o 
consumo. 
 Ainda que o governo sinta a redução na arrecadação, torna-se mais 
interessante essa estratégia, de modo a estabilizar a economia e restabelecer a alíquota 
quando a economia se estabiliza. Alguns exemplos de tributos Extrafiscais são: 
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
• IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) 
• IE (Imposto sobre Exportação) 
 
 Pode-se, ainda, ver a função extrafiscal na previsão de tratamento tributário 
diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte que se inscrevam no 
Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte; na previsão de incentivos e benefícios fiscais regionais; 
entre outros. 
EXTRAFISCALIDADE E OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
 
Quando o legislador institui uma lei de cunho extrafiscal, ocorre soluções no 
sentido de prestigiar algumas situações econômico-sociais. Assim, no caso da educação 
superior, pode-se verificar a preocupação estatal na consecução de valores sociais, 
conforme fundamenta o art. 6º da Carta Magna. Deve-se ressaltar, além disso, o direito 
à educação como fundamento prestacional do Estado. De acordo com a finalidade 
referida, a tendência moderna do cunho extrafiscal da legislação apoia-se em orientar os 
indivíduos no interesse coletivo, visando organizar a vida em termos de civilidade e 
nivelação dos tipos e modos de viver. 
O bem comum é o objetivo do Estado Democrático de Direito, e ele significa a 
concretização dos objetivos e princípios constitucionais, mediante realização dos 
direitos fundamentas. Assim, na medida que os Direitos fundamentais alcançam um 
grau satisfatório, com maximização do princípio da dignidade da pessoa humana, 
caminha-se em direção ao bem comum. 
No entanto, para fundamentar qualquer teoria social aplicada, é necessário 
analisar a importância do princípio do bem comum e do interesse público, aspecto no 
qual incide a finalidade extrafiscal da lei. De forma moderada, toda atividade legislativa 
tem se orientado para esse objetivo, que não é um objetivo meramente formal ou 
demasiadamente genérico e teórico, sem conteúdo determinado, mas um objetivo claro, 
decorrente da natureza prática das coisas em relação com o convívio social. 
A extrafiscalidade, portanto, fica adstrita ao interesse público, com a finalidade 
de ser aplicada em vários campos de atuação do homem, repousa no bem comum 
revestido de utilidade coletivos, trazendo efeitos extrafiscais da norma tributária 
utilizando-se do instrumento financeiro para a provocação de certos resultados 
econômico-sociais, como reprimir inflação e o desemprego, restaurar a prosperidade, 
proteger a indústria nacional, promover o desenvolvimento econômico ou o 
nivelamento das fortunas, como também a correção da iniquidade na distribuição da 
renda nacional, entre outros objetivos. 
 
IMPOSTOS QUE A CONSTITUIÇÃO AUTORIZA AO PODER DE 
TRIBUTAR SUA UTILIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE 
EXTRAFISCALIDADE 
 
 A extrafiscalidade pode se apresentar de várias maneiras e em mais de uma 
espécie tributária. Como já visto, a função extrafiscal significa que o tributo tem 
função diversa da arrecadação, e o que se passa a analisar aqui são essas diversas 
funções que o tributo pode ter. 
 A extrafiscalidade pode ter objetivos distintos, podendo intervir na economia 
privada, estimular atividades, desestimular consumo de bens, induzir a utilização da 
propriedade de acordo com sua função social, e interferir na economia. Assim, vale 
destacar a progressividade extrafiscal do Imposto sobre Propriedade Territorial 
Urbana, chamada de progressividade no tempo. 
 A alíquota do imposto vai aumentando enquanto o contribuinte insistir em não 
dar destinação social à sua propriedade. Assim, tal imposto, com esta característica, 
passa a ser extrafiscal, pois busca a estimular uma conduta determinada do 
proprietário. 
 Convém destacar que, embora elaboradas com propósitos extrafiscais, a norma 
tributária extrafiscal não pode fugir à competência tributária outorgada pelo 
constituinte, devendo necessariamente conformar-se à materialidade do tributo 
plasmada na Constituição Federal. 
 Observa-se, assim, que a citada norma não escapa ao regime jurídico próprio dos 
tributos, sendo-lhe aplicadas as limitações constitucionais ao poder de tributar. Caso 
contrário, seria a extrafiscalidade fundamento para que os entes estatais pudessem 
instituir tributo sem obediência aos ditames constitucionais. 
 Restou consignado que a norma extrafiscal sujeitar-se-á ao regime jurídico dos 
tributos. Em decorrência disso, em certos casos, ocorre a mitigação de alguns princípios 
tributários como forma de viabilizar a ação indutora da norma. A exemplo do exposto, 
está a autorização constitucional para que as alíquotas de alguns tributos possam ser 
alteradas por meio de decreto, tal como a do Imposto sobre Operações Financeiras. 
 No ordenamento jurídico vigente, o próprio constituinte excepcionou a imposição 
de alguns princípios tributáriosa alguns tributos. O princípio da anterioridade (art. 150, 
III, b da Constituição Federal de 1988) tem a sua aplicação mitigada aos empréstimos 
compulsórios, aos impostos aduaneiros, imposto sobre produtos industrializados e ao 
imposto sobre operações financeiras. 
 A capacidade contributiva relativa se aplica apenas aos tributos que desempenhem 
uma função predominantemente fiscal. Por essa via, a capacidade contributiva relativa 
seria afastada da tributação extrafiscal. De outro lado, a capacidade contributiva em seu 
sentido absoluto é aplicada aos tributos utilizados como instrumento para se atender às 
finalidades gerais, daí porque aplicável aos impostos e contribuições especiais. 
 Desta forma, em linhas gerais, embora as normas extrafiscais se submetam ao 
regime jurídico tributário, são realizadas algumas mitigações na aplicabilidade dos 
princípios constitucionais tributários com a finalidade de assegurar à norma extrafiscal o 
seu caráter regulatório. 
 A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece alguns 
princípios que devem ser observados no Direito Tributário, e consequentemente, na 
instituição e majoração dos tributos fiscais. Porém, ao estabelecer que determinados 
tributos possam ser exceção à tais princípios, consagra a função extrafiscal destes. 
 O art. 150 da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece os limites 
ao poder de tributar. Dentre eles, estabelece o princípio da legalidade e o da 
anterioridade. Porém, tal dispositivo, em seu parágrafo primeiro, permite que alguns 
impostos não observem o princípio da anterioridade. 
 Assim, no citado dispositivo constitucional, tem-se que o Imposto Extraordinário 
de Guerra e o Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa, 
podem ser cobrados imediatamente devido ao seu caráter emergencial. Já os demais 
impostos são aqueles considerados extrafiscais, e podem ser cobrados de imediato 
devido à necessidade de adequação imediata ao quadro econômico. 
 Já o art. 153 da Constituição Federal, em seu parágrafo primeiro, autoriza que o 
chefe do Poder Executivo Federal altere as alíquotas do Imposto sobre Importação, 
Imposto sobre Exportação, Imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto sobre 
Operações Financeiras mediante decreto. Tal possibilidade é a exceção ao princípio da 
legalidade, tendo como fundamentos o caráter extrafiscal destes tributos e a morosidade 
do processo legislativo. 
 Os impostos autorizados são: 
• ICMS (Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
prestações de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação) 
• IE (Imposto sobre Exportação) 
• IEG (Imposto Extraordinário de Guerra) 
• IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas) 
• II (Imposto sobre Importação de produtos estrangeiros) 
• IOF (Imposto sobre Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a 
títulos ou valores mobiliarios) 
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
• IPMF (Imposto Provisorio sobre a Movimentacao Fianceira) 
• IPTU (Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana) 
• IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) 
• IR (Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza) 
• ISS (Imposto sobre Serviços de qualquer natureza) 
• ITBI (Imposto sobre a Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato 
oneroso, de Bens Imóveis) 
• ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer 
bens ou direitos) 
• ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) 
 
CONCLUSÃO 
 A extrafiscalidade, seja nos chamados impostos extrafiscais ou seja nas 
contribuições de intervenção na ordem econômica, promovem o que muitos autores 
diriam ser uma funcionalidade consciente do tributo, uma valorização do Direito 
Tributário. 
 Divergem os autores, todavia, em determinar qual das figuras de tributos 
impostos ou contribuições são mais eficientes. Para muitos os impostos extrafiscais 
tem uma atuação muito mais eficaz e rápida mas escondem, por muitas vezes, 
propósitos arrecadatórios, no corpo de justificativas econômicas. As contribuições de 
intervenção na ordem econômica, por sua vez, têm um mecanismo muito mais lento 
por um lado, mas garantem menor desvio de seus propósitos pela aplicação 
direcionada dos recursos. 
 O Sistema Tributário Nacional estabelecido na Constituição da República 
Federativa do Brasil está conjugado de forma a utilizar os tributos extrafiscais como 
mecanismo de intervenção na economia, fazendo-se necessário que sejam exceções ao 
princípio da legalidade e da anterioridade, tendo em vista a necessidade de dinamismo 
na alteração desses impostos a fim de se adequar às rápidas variações da economia. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistas/curso-de-especializacao-em-direito-
tributario/edicoes/1_2014/pdf/ThaisBarretoReis.pdf 
https://jus.com.br/artigos/64665/a-funcao-extrafiscal-da-tributacao 
A EXTRAFISCALIDADE - FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES 
Medidas fiscais e políticas públicas em tempos de crises econômicas - Maria de Fátima 
Ribeiro 
EXTRAFISCALIDADE COMO MEIO DE REALIZAÇÃO DE POLÍTICAS 
PÚBLICAS: A BUSCA PELA CONCRETIZAÇÃO DO “BEM COMUM” NO 
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistas/curso-de-especializacao-em-direito-tributario/edicoes/1_2014/pdf/ThaisBarretoReis.pdf
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistas/curso-de-especializacao-em-direito-tributario/edicoes/1_2014/pdf/ThaisBarretoReis.pdf
https://jus.com.br/artigos/64665/a-funcao-extrafiscal-da-tributacao

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