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AULA 10- REVISA_O

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Enfª. Ingrid Ribeiro 
Esp. Terapia Intensiva Adulto e Neonatal 
 
Auditoria e Gestão de Qualidade em 
Instituição de Saúde 
 
REVISÃO 
Princípios éticos 
• Ao traçarmos uma linha histórica podemos evidenciar 
os primeiros códigos de ética que tiveram seu 
surgimento na Antiguidade e que nortearam as 
condutas para o exercício da Medicina. Alguns 
princípios éticos foram estabelecidos os quais 
atualmente ainda precedem as condutas relacionadas à 
ética, são estes, a saber: beneficência, não 
maleficência, autonomia e justiça. 
 
REVISÃO 
os princípios éticos podem ser conceituados por: 
• beneficência: 
- significa fazer o bem, sendo o primeiro princípio 
básico a todos os profissionais, e quando falamos em 
saúde significa exercer o alívio da dor e do sofrimento. 
O médico baseia-se nesse contexto nos princípios 
hipocráticos que estabelecem condutas para que o 
profissional possa “ajudar ou ao menos não causar 
dano”. Os demais profissionais também conduzem 
suas relações de trabalho permeados por esse 
princípio. Beneficência significa a busca da excelência 
em favor dos pacientes, princípios também aparentes e 
conceituados quando definimos qualidade em saúde e 
assistência; 
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• não maleficência: 
- pode ser entendida pela prevenção do dano, do 
prejuízo ao paciente. “Acima de tudo, não prejudicar”. A 
relação custo-benefício em relação à assistência 
terapêutica norteia-se por esse princípio. O médico 
poderá em suas condutas adequar a terapêutica 
analisando aquilo que menor causar dano ao indivíduo 
a fim de obter um objetivo maior, como em decisões 
cujo prognóstico do paciente não seja a “cura”, mas 
somente “paliativo” onde a decisão pelo alívio do 
sofrimento seja necessária, podendo, em muitos casos, 
abreviar a morte. 
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• autonomia: 
- está relacionada à liberdade das pessoas de decidir 
sobre si, sobre o que consideram o melhor para si 
como indivíduos racionais. Cabe aos profissionais de 
saúde salvaguardar o direito da autonomia do seu 
paciente, orientando-o, tornando-o consciente de seu 
estado geral, participando-o no processo decisório 
relacionado à sua terapêutica. O paciente deverá ser 
responsável em decidir em conjunto com a equipe de 
saúde, exceto pela legislação vigente no País, o direito 
do paciente em decidir sobre seu “direito de morrer” por 
meio da eutanásia. Nesse caso, há um conflito de 
princípios entre a autonomia e a não maleficência; 
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• justiça: 
- diz respeito à existência, dever, sistema legal 
que exerça o poder de proteção e garanta os 
direitos do cidadão. 
REVISÃO 
1. Auditoria prospectiva 
• É caracterizada pela autorização de um 
procedimento ou tratamento por uma operadora, 
excetuando-se os procedimentos que não 
necessitem de autorização (consultas). 
• Marco inicial da utilização do sistema de saúde 
pelo cliente. 
• Emissão de parecer técnico sobre a solicitação do 
tratamento para a operadora, recomendando ou 
não a autorização. 
• O auditor prospectivo é um componente da 
estrutura de atendimento ao cliente de uma 
operadora. 
 
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2. Auditoria concorrente 
• A auditoria enfoca todos os aspectos da utilização 
de recursos para um paciente hospitalizado. O 
auditor é peça fundamental: - averiguar 
necessidade do processo de internação; 
- duração da internação; 
- necessidade médica dos tratamentos prescritos; 
- órteses, próteses, materiais e medicamentos 
utilizados; 
- plano de tratamento; 
- racionalidade do uso de recursos 
 
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3. Auditoria retrospectiva 
• Historicamente, é a forma primária da auditoria. 
• Iniciada em 1965, nos EUA. 
• Assegura o pagamento dos serviços mediante 
revisão efetiva da fatura, com ou sem análise de 
documento comprobatório. 
 
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Auditorias de contas hospitalares 
• Avalia honorários. 
• Diárias. 
• Taxas de internação. 
• Materiais utilizados na prestação de serviços. 
• Exames complementares. 
• Prontuário: 
- Registro de admissão; 
- Evolução clínica; 
 
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- Descrição de operações; 
- Boletim anestésico; 
- Registros de consumo de materiais e 
medicamentos cirúrgicos; 
- Prescrições médicas; 
- Evolução de enfermagem; 
- Exames complementares. 
 
REVISÃO 
• Honorários médicos: 
- consistência entre diagnóstico, procedimento 
proposto e realizado; 
- compatibilidade entre diagnóstico e 
hospitalização; 
- confirmação do diagnóstico; 
- vias de acesso em procedimentos cirúrgicos; 
- código de cobrança utilizado; 
- autorizado x realizado; 
- pareceres e acompanhamentos. 
 
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• Glosas: 
- glosa: censura, crítica, cancelamento ou recusa, 
parcial ou total, de um orçamento, conta, verba, 
por ilegais ou indevidos; 
- glosa deve estar sempre fundamentada em 
contrato, regra acordada e referências científicas; 
- o motivo da glosa deve ser explicitado para 
permitir ao cooperado ou prestador a defesa e/ou 
o contraditório. 
 
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• Principais motivos de glosas: 
- falta de informação da empresa/entidade de 
saúde em relação às suas regras e contratos; 
- cobrança de materiais e medicamentos em 
quantidade superior ao esperado e sem 
justificativa; 
- cobrança de honorários sem registro em 
prontuário; 
- cobrança de itens de conta sem registro em 
prontuário; 
 
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- cobrança desdobrada de procedimentos 
cirúrgicos; 
- cobrança de auxiliares que não participaram da 
cirurgia; 
- permanência sem justificativa; 
 
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Auditoria de enfermagem 
• 1955 – Primeiros trabalhos de auditoria de enfermagem 
foram publicados. 
• Método de avaliação da qualidade do cuidado de 
enfermagem, mediante o exame dos registros de 
enfermagem, após a alta do paciente. 
• Exame oficial dos registros de enfermagem com o objetivo 
de avaliar, verificar e melhorar a assistência de enfermagem. 
• Objetivo: melhoria contínua da assistência que o serviço de 
enfermagem se propõe a oferecer buscando alcançar os 
padrões ideais desse atendimento. 
• Mensura e avalia a qualidade da assistência ao paciente. 
• Anotações em prontuário, referentes à assistência de 
enfermagem, observando a técnica de registro. 
 
REVISÃO 
• Elaboração de relatórios referenciais, validados 
junto ao hospital, para suporte de revisão de 
contas. 
• Auditoria de materiais, medicamentos, taxas e 
serviços hospitalares: auditoria retrospectiva. 
• Participação na auditoria concorrente como 
visitadora e/ou suporte para as visitas médicas. 
 
REVISÃO 
• Como essas instituições não eram impulsionadas 
pelo lucro, Drucker percebeu o que diferenciava as 
que tinham sucesso daquelas que não tinham. Ele 
descreveu um modelo de gerenciamento que, 
resumidamente, apresentamos em cinco etapas: 
1. declarar a missão da organização; 
2. delimitar metas com foco nos resultados; 
3. estabelecer prioridades e padrões de 
desempenho; 
4. definir medidas de desempenho; 
5. usar essas medidas como autocontrole por 
resultado. 
 
REVISÃO 
• Avedis Donabedian (1919-2000), médico armênio 
radicado nos EUA, é reconhecido como o 
precursor do método de avaliação (hoje, um 
clássico) de qualidade em saúde. Segundo esse 
teórico, o conceito de qualidade em saúde envolve 
vários componentes, bastante comuns quando se 
discute esse tema. O quadro 1 aponta esses 
componentes e suas respectivas definições. 
 
Componente Definição 
Eficácia Capacidade de alcançar resultados 
desejáveis. 
Efetividade Resultados desejáveis obtidos em 
condições reais da prática. 
Eficiência Capacidade de alcançar resultados 
desejáveis com menores custos 
Otimização Relação entre custos e benefícios na 
assistência. 
Aceitabilidade Relação positiva entre assistência 
prestada e expectativas do paciente e 
família. 
Legitimidade Concordância entre costumes, 
valores (éticos, morais), leis e 
regulamentos. 
Equidade Igualdade e justiça na distribuição de 
cuidados à população.REVISÃO 
O método de Donabedian prevê a definição de três elementos 
essenciais para avaliação: critérios, padrões e indicadores. 
• Critério: é um atributo da estrutura, processo ou resultado capaz 
de inferir uma conclusão sobre a qualidade. 
 
• Padrão: é uma medida quantitativa específica que define a 
qualidade desejada. 
 
• indicador: é uma medida quantitativa que pode ser usada para 
inferir uma avaliação dos serviços de saúde. 
 
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Assim, o processo de controle de qualidade 
envolve as seguintes etapas: 
• Etapa 1: estabelecer padrões 
• Etapa 2: avaliar indicadores 
• Etapa 3: comparar com padrões 
• Etapa: 4: adotar ações corretivas 
 
REVISÃO 
• Outro método de avaliar a qualidade é buscar a 
acreditação. Vale destacar que, se uma instituição de saúde 
busca acreditação, é porque está preocupada com a 
validação externa dos seus serviços, com base em padrões 
já estabelecidos, o que, por sua vez, irá agregar maior valor 
social. 
 
• Acreditação é um processo de avaliação externo pelo qual 
o desempenho de serviços de saúde é avaliado com base 
em padrões predeterminados, de maneira formal, 
estruturada, periódica. Tem caráter voluntário, porque a 
intenção não é fiscalizadora, mas sim educativa, uma forma 
de criar uma “cultura de qualidade” contínua. 
 
REVISÃO 
• Para cada subseção, foram definidos três níveis 
de padrão de qualidade, níveis 1, 2 e 3. Esses 
níveis são semelhantes aos componentes do 
modelo de qualidade de Donabedian. O nível 1, 
estrutura, está relacionado aos aspectos de 
infraestrutura e de segurança. O nível 2, processo, 
está relacionado ao atendimento, gerência e 
interação de processos. O nível 3, resultado, diz 
respeito ao desempenho dos processos e 
inovações. Esses três níveis atendem a uma 
hierarquia, isto é, a organização que pretende ser 
acreditada deve, inicialmente, atender a todos os 
padrões de nível 1 para, posteriormente, progredir 
para o nível 2 e 3. 
 
Obrigada!

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