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Semiologia do Sistema Reprodutor Feminino

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O exame do sistema reprodutor/genital possui 
vários objetivos na medicina veterinária, como 
avaliação da capacidade reprodutiva, avaliação do 
ciclo estral, diagnóstico de subfertilidade ou 
infertilidade, avaliação para inseminação artificial, 
diagnóstico de gestação, assistência obstétrica, 
diagnóstico de distúrbios puerperais (retenção de 
placenta, endometrite, etc.), entre outros. 
Sistema genital interno: ovários, ovidutos, cornos 
e corpo uterino, cérvix, vagina. 
Sistema genital externo: vulva, glândulas 
vestibulares, clitóris. 
 
Representação do aparelho reprodutor da vaca. Feitosa, 3ª ed. 
➤ Identificação 
Identificar espécie, raça, nome/número/registro, 
idade, peso e eventuais particularidades. 
➤ Histórico 
➤ Anamnese 
• Vacinas e controle parasitário? 
• Condição clínica: houve alguma doença 
prévia do animal? Avaliar como isso pode 
afetar o sistema reprodutivo e/ou a 
gestação do animal. 
• Medicações anteriores: algumas 
medicações podem causar surdez fetal. 
• Vida reprodutiva: buscar saber a idade ao 
primeiro parto, idade à puberdade, número 
de gestações prévias, quantos filhotes 
essa fêmea desmamou, se ela possui 
problemas com determinado reprodutor 
(infertilidade auto-imune), etc. 
• Lactação: avaliar produção média de leite, 
duração e número de lactações, controle 
de mastite subclínica, que tipos de 
mensuração são feitos, etc. 
• Nutrição: avaliar quantidade e qualidade do 
alimento ingerido, qualidade do sal mineral 
ingerido, acesso a água, etc. 
• Ambiência: o estresse térmico pode 
afetar a reprodução em grandes animais. 
É importante avaliar se há acesso a áreas 
sombreadas, principalmente durante o 
verão. 
• Fatores do rebanho: avaliar se a fêmea 
acompanha os índices de produção do 
rebanho (no caso de animais de produção). 
➤ Exame físico geral 
Nessa etapa há análise do comportamento sexual, 
estabulação, alimentação, manejo, pastagens e 
score corporal. 
É importante, nessa etapa, se atentar para o 
estado nutricional e eventuais distúrbios 
circulatórios, como edema localizado ou difuso. 
➤ Exame físico específico 
Nessa etapa realiza-se o exame interno e externo 
do sistema. 
♯ Vulva 
↬ Inspeção e palpação direta: 
• Integridade dos lábios (precisam estar 
fechados) 
• Secreções: viscosidade, coloração, fluxo 
• Edema: aumento de volume da vulva (pode 
ser normal no pré-parto ou estro de 
algumas espécies) 
• Posicionamento: o ideal é que esteja 
verticalizada. 
• Medidas: é ideal que cerca de 2/3 da vulva 
estejam abaixo de uma linha imaginária 
entre as tuberosidades isquiádicas. 
• Lesões: avaliar hematomas, feridas, 
aumento de volume, coaptação, etc. 
• Clitóris: inspeção direta geral. 
OBS.: Secreções vulvares 
→ Secreção vermelha: pré-parto ou lesão 
→ Secreção esbranquiçada: distúrbio uterino 
É importante realizar uma vaginoscopia para 
determinar a origem da secreção. 
♯ Vagina 
É importante realizar a higienização da vulva antes 
de prosseguir com o exame. 
↬ Inspeção indireta: 
• Coloração 
• Grau de umidade: possui correlação com o 
ciclo estral. 
• Presença de varizes vaginais: comum em 
fêmeas idosas e no final da gestação, 
porém pode haver sangramento. 
• Abertura cervical: só deve estar presente 
no estro. 
• Secreções: coloração, viscosidade, odor, 
fluxo, origem (vaginal ou uterina). 
♯ Cérvix 
↬ Inspeção indireta: 
• Mobilidade 
• Tamanho 
• Sensibilidade 
• Ausência: ocorre nas fêmeas freemartin 
(estéreis), devido a uma gestação gemelar 
com feto macho. 
OBS.: Instrumentos para o exame da vagina 
Pode-se usar o espéculo para abrir a vagina, 
facilitando o exame. Existe um espéculo para 
cada espécie. 
O endoscópio é um instrumento que permite uma 
profundidade maior do exame, possibilitando uma 
melhor análise do cérvix. 
♯ Útero 
↬ Inspeção direta ou indireta: 
→ Palpação transretal em equinos, bovinos e 
suínos (direta ou indireta) 
→ Ultrassom em pequenos animais (indireta) 
• Posicionamento 
• Tamanho 
• Mobilidade 
• Sensibilidade 
• Espessura do endométrio 
Cornos uterinos: 
↬ Inspeção direta: 
• Tamanho 
• Mobilidade 
• Diâmetro 
• Simetria entre os cornos: em vacas, os 
cornos estarão simétricos apenas na 
ausência de gestação. 
• Contratilidade/tônus 
• Conteúdo 
OBS.: na vaca, os cornos uterinos são flácidos na 
gestação e contraídos no estro, enquanto na 
égua os cornos são flácidos no estro e 
contraídos na gestação. 
♯ Ovários 
• Atividade ovariana: presença de folículos, 
corpo lúteo ou corpo atrésico. 
• Medidas: se atentar para as variações de 
acordo com a idade, raça, espécie, número 
de partos, estado nutricional e fase do 
ciclo estral. 
• Folículos ovarianos: presença, quantidade, 
diâmetro, consistência e flutuação. 
• Corpo lúteo: presença, quantidade, 
consistência e tamanho. 
♯ Glândulas mamárias 
Apesar de não necessariamente fazerem parte 
do sistema reprodutor, suas afecções afetam 
diretamente no funcionamento reprodutivo, e por 
isso devem ser examinadas. 
↬ Inspeção e palpação direta: 
• Tamanho 
• Formato do úbere e tetos 
• Integridade da pele 
• Coloração 
• Presença de nodosidades