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O ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO E A PROFISSÃO AULA 1 Prof. Ederson Cichaczewski 2 CONVERSA INICIAL A Engenharia de Computação é um curso que forma os profissionais capazes de construir as tecnologias do futuro. Nesse mundo altamente tecnológico, globalizado e com cada vez mais restrição de recursos (água, energia, alimento etc.), verificamos demandas por um uso consciente e racional desses recursos. Por isso, é importante que sejam desenvolvidos equipamentos e sistemas que aproveitem ao máximo as potencialidades com o menor consumo de recursos, e é nesse contexto que está a engenharia de computação. Esta é uma área que envolve tanto os conhecimentos científicos quanto os tecnológicos, voltados para a solução de problemas. Nesta aula, teremos a oportunidade de entender um pouco o que é essa engenharia e, em particular, o que faz o engenheiro de computação, seu papel na sociedade, seu perfil profissional, suas habilidades, suas competências e seu campo de atuação. TEMA 1 – PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 1.1 O que é a engenharia de computação? A Engenharia como se conhece hoje, começou a se formar há cerca de 400 anos, mas se acelerou com a Revolução Industrial. A primeira escola a ensinar engenharia formalmente foi a ENPC – École Nationale dês Ponts et Chausseés, fundada em Paris, em 1747, por iniciativa de Daniel Trudaine VI. No Brasil o primeiro curso de engenharia foi lançado em 17 de dezembro de 1792 pela Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. E a primeira escola de engenharia foi fundada em dezembro de 1810 por D. João VI. Engenharia é a arte de aplicar conhecimentos científicos e empíricos e certas habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos que se utilizam para converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas. (Ferlin; Carvalho; Eleutério, 2015, p. 2) O principal objetivo do engenheiro é resolver problemas, sejam problemas já existentes, sejam problemas novos ou que ainda não foram criados. O engenheiro, de forma geral, está associado a criações ou invenções dos diversos tipos, em sua área específica, entendendo as características e requisitos do problema para buscar a sua solução. A Figura 1 apresenta o símbolo da engenharia no Brasil. 3 Figura 1 – Símbolo da engenharia no Brasil Crédito: Crea. “A computação pode ser definida como a busca de uma solução para um problema a partir de entradas e tem seus resultados depois de processada por meio de um algoritmo” (Ferlin, 2015). O algoritmo pode ser representado em sua forma mais básica por uma sequência de ações, como em uma receita, em um conjunto de instruções ou em um fluxograma, conforme ilustrado na Figura 2. Figura 2 – Exemplo de um fluxograma que pode representar um algoritmo Crédito: Mr. Rashad/Shutterstock. O modelo conceitual de um sistema computacional, em sua forma mais genérica, compreende três elementos: entrada, processamento e saída, conforme ilustrado na Figura 3. 4 Figura 3 – Representação do modelo conceitual de um sistema computacional Fonte: Ferlin, 2015. “O engenheiro de computação é um profissional altamente capacitado para trabalhar com os fundamentos da engenharia juntamente com os conceitos computacionais” (Ferlin, 2015). É um profissional de nível superior especializado em identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento de equipe, assim como em desenvolver sistemas computacionais envolvendo hardwares e softwares, ou seja, soluções computacionais, considerando seus aspectos econômicos, socioambientais, éticos e humanísticos, em atendimento às demandas da sociedade. Figura 4 – Profissional atuando com as peças de hardware de um computador Crédito: Golubovy/Shutterstock. 5 1.2 Quais as características necessárias a um engenheiro de computação? O engenheiro de computação deve: ser um profissional criativo e flexível, ter espírito crítico, iniciativa, capacidade de julgamento e tomada de decisão, ser apto a coordenar e atuar em equipes multidisciplinares, ter habilidade em comunicação oral e escrita e saber valorizar a formação continuada, buscando se atualizar constantemente. Para ser um engenheiro de computação, é necessário que o profissional goste de lidar com máquinas, equipamentos e computadores, que se interesse pelo seu funcionamento e pelos fundamentos das tecnologias. Outras características interessantes são: responsabilidade, disciplina, metodologia, capacidade de observação, visão de projeto, capacidade de desenvolver raciocínio lógico e meticulosidade. 1.3 Qual a formação necessária a um engenheiro de computação? Para ser um engenheiro da computação, é necessário diploma de nível superior em Engenharia da Computação, curso que tem duração média de cinco anos e oferece ao aluno uma formação completa para trabalhar em todos os ambientes computacionais e lidar com máquinas e equipamentos, desde a elaboração, até a execução de projetos. Algumas das disciplinas que fazem parte da grade curricular do curso são: Eletrônica, Linguagens de Programação, Circuitos Elétricos, Circuitos Lógicos, Criação de Softwares, Redes de Computadores, Matemática Computacional, Matemática Aplicada, Sistemas Digitais, Cálculo, Física, Microeletrônica e Banco de Dados, entre outras. Por se tratar de uma área ligada às tecnologias, é interessante também que o profissional esteja sempre se atualizando no campo, por meio de cursos, treinamentos, especializações, participação em palestras etc. 1.4 Principais atividades Entre as principais atividades de um engenheiro de computação estão elaborar, construir, administrar, gerenciar, aperfeiçoar, manter e modificar sistemas e programas de computador (softwares), construir, consertar e manter máquinas, computadores, equipamentos e seus componentes (hardwares), trabalhar no tratamento e processamento da informação, realizar pesquisas e estudos em tecnologia, na área. 6 1.5 Áreas de atuação e especialidades A engenharia de computação é um campo muito amplo, e há diversas áreas onde o profissional pode se especializar, como por exemplo: automação industrial: projetar sistemas digitais, máquinas e equipamentos de automação para a indústria[;] desenvolvimento de softwares e aplicativos: desenvolver programas, sistemas operacionais, linguagens específicas e aplicativos de computadores em diversas áreas [...][;] pesquisa tecnológica: estudar, elaborar e criar novas tecnologias[;] construção e conserto de hardware: projetar e construir computadores e periféricos[;] venda de equipamentos e máquinas: comercializar equipamentos de informática[, de testes, de laboratório][;] suporte: dar suporte e assistência em redes de computadores e sistemas de grandes empresas. (Áreas, 2020) Outra área de atuação encontra-se na busca de soluções de computação em nuvem: projetar arquiteturas sob demanda de serviços em servidores, via internet. 1.6 Mercado de trabalho O mercado de Engenharia de Computação é o que desfruta da melhor situação. Os engenheiros de computação vêm conseguindo boas colocações no mercado em função do seu perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global. O mercado na área de informática e tecnologia da informação é bem amplo no mundo todo, e no Brasil, não seria diferente. Para profissionais formados em Engenharia de Computação está em alta e em constante crescimento. A tendência é que a demanda desse profissional aumente cada vez mais. Isso por que o profissional dessa área pode atuar em empresas do setor de tecnologia ou no departamento de Tecnologia da Informação de uma empresa de qualquer área.O estágio é muito importante no início da carreira, e é obrigatório estagiar durante o curso. O engenheiro de computação é um profissional bastante versátil e atua em vários setores. Algumas das principais empresas que contratam engenheiros da computação são do ramo: • Automobilístico • Industrial • Automação • Segurança • Comunicação • Militar • Informática • Farmacêutica • Telecomunicações • Medicina Este profissional encontra boas oportunidades de emprego também em bancos, instituições financeiras, empresas de comércio eletrônico e de consultoria tecnológica. (Ferlin, 2015, p. 5, grifo nosso) 7 Figura 5 – Ilustração da atuação profissional do engenheiro de computação em diversos setores Crédito: Everything Possible/Shutterstock. TEMA 2 – PAPEL DO ENGENHEIRO NA SOCIEDADE Como seu papel na sociedade, “o engenheiro deve conhecer sua capacidade e o que ele pode agregar de valor para a sociedade por meio de uma visão mais integral de suas ações” (Ferlin, 2015, p. 6), com base na inovação, na tecnologia e no conhecimento, em características de cunho ambiental, de sustentabilidade e de empreendedorismo. Figura 6 – Ilustração da atuação do engenheiro na sociedade, com responsabilidade ambiental e sustentabilidade Crédito: Laymanzoom/Shutterstock. “Com isso, podemos ter uma garantia maior de que suas ações serão mais bem planejadas, de forma a minimizar possíveis consequências ruins e garantir que a lacuna presente entre a inovação e a sociedade seja minimizada” 8 (Ferlin, 2015, p. 6). O engenheiro de computação deve, pois, buscar se utilizar de conhecimento, tecnologia e inovação para o desenvolvimento ou aprimoramento de soluções tecnológicas sustentáveis, com responsabilidade social e ambiental, espírito empreendedor e seguindo princípios éticos e morais. O mercado de trabalho para o engenheiro da computação é amplo e em constante ascensão. Com o crescimento da economia nacional, aliado à expansão do parque industrial brasileiro, induziu-se a indústria nacional a utilizar muitas máquinas automatizadas e operadas por sistemas computacionais. O engenheiro de computação é solicitado para gerenciar/desenvolver hardware e software; desenvolver e/ou aprimorar tecnologias como smartphones, tablets, computadores de bordo e equipamentos; desenvolver soluções computacionais para os mais variados setores. Uma área crescente é o desenvolvimento de aplicativos móveis baseada em sistemas embarcados. (Ferlin, 2015) Figura 7 – Aprimoramento da tecnologia de armazenamento de dados Crédito: Haroldguevara/Shutterstock. TEMA 3 – PERFIL PROFISSIONAL O engenheiro de computação deve ter uma sólida formação técnico- científica e profissional geral que o capacite a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos político-econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. (Ferlin, 2015, p. 7) O perfil profissional do engenheiro, de forma geral, deve contemplar entre seus principais aspectos: • atualizar-se permanentemente; • deter conhecimentos técnicos sólidos; • mostrar capacidade de adaptação a mudanças; • ter iniciativa e espírito empreendedor; • ter habilidade de trabalhar em equipe; 9 • cultivar bom relacionamento interpessoal; • demonstrar espírito de liderança; • ter capacidade de trabalhar sob pressão; • ter capacidade de negociação; • ser flexível; • desenvolver a capacidade de aprendizagem; • saber tratar problemas complexos; • ter ética; • saber tomar decisões. Durante sua formação o engenheiro da computação deve desenvolver, as seguintes habilidades e competências gerais para o pleno exercício de suas atividades profissionais: • capacidade de conceber e analisar sistemas, produtos e processos nas áreas de software e hardware, utilizando modelos adequados; • capacidade de planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos na área de engenharia da computação; • capacidade de leitura, interpretação e expressão gráfica; • capacidade de síntese, aliada à capacidade de compreensão e expressão oral e escrita em língua portuguesa; • capacidade de compreender os problemas administrativos, legais, socioeconômicos, culturais e do meio ambiente; • capacidade de gerenciamento, operação e manutenção de sistemas e processos da engenharia da computação; • domínio de conceitos, tecnologias e ferramentas necessárias ao exercício da prática da engenharia da computação; • capacidade de conduzir e interpretar resultados de atividades práticas e experimentais. O engenheiro da computação deve ter um senso crítico e de cidadania, que possibilite durante sua vida profissional a prática das seguintes atitudes: • compromisso com a ética profissional; • responsabilidade social, política e ambiental; • espírito empreendedor: postura proativa e empreendedora; • compreensão da necessidade da permanente busca da atualização profissional. De modo mais específico, o engenheiro de computação é um profissional com formação plena em engenharia, especializados em assuntos de computação e deve ter o seguinte perfil profissional, de acordo com a Comissão de Especialistas de Ensino de Engenharia – CEEEng/Sesu/MEC. O engenheiro da computação é um profissional com formação plena em engenharia, preparado em assuntos de computação para especificar, conceber, desenvolver, implementar, adaptar, produzir, industrializar, instalar e manter sistemas computacionais, bem como perfazer a integração de recursos físicos e lógicos necessários para o atendimento das necessidades informacionais, computacionais e da automação de organizações em geral. (Ferlin, 2015) 10 Figura 8 – Bancada de testes de engenharia de computação Crédito: Anyaivanova/Shutterstock. TEMA 4 – HABILIDADES E COMPETÊNCIAS As habilidades e competências para o engenheiro se dividem em disciplinares, conforme a Resolução do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior (CNE/CES) n. 11/2002; e multidisciplinares, conforme a Resolução CNE/CES n. 5/2016 (Ferlin, 2015; Brasil, 2002, 2016). 4.1 Habilidades e competências disciplinares As habilidades e competências disciplinares estão relacionadas com aspectos gerais da engenharia e envolvem: • aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à Engenharia; • projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; • conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; • planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; • identificar, formular e resolver problemas de engenharia; • desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; • supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; • avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; • comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; • atuar em equipes multidisciplinares; • compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; • avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; • avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; • assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. • habilidades para pesquisar, analisar e interpretar cenários econômicos e sociais, internos e externos à organização; • habilidades de identificar, modelar e resolver problemas; 11 • ter visão sistêmica organizacional; • promover o desenvolvimento de competências organizacionais e individuais; • habilidades de trabalhar em equipes multidisciplinares; • interpretar resultados de estudos de mercados, econômicos e/ou tecnológicos, utilizando-os no processo de gestão e na ampliação das competências organizacionais; • empregar o vocabulário técnico específico na comunicação com os diferentesprofissionais das diversas áreas de uma organização; • empregar a tecnologia adequada nos diversos processos organizacionais; • delegar e controlar; • possuir o embasamento teórico e prático necessário para atender às exigências da moderna gestão das organizações; • aplicar recursos para desenvolver um clima organizacional propício para a motivação; • possuir formação técnica, humanística e ética e os conhecimentos que caracterizam o indivíduo, como ser humano, diante da sociedade; domínio de técnicas computacionais. (Ferlin, 2015, p. 8) 4.2 Habilidades e competências multidisciplinares As habilidades e competências multidisciplinares estão relacionadas a aspectos específicos da engenharia de computação e envolvem: I - planejar, especificar, projetar, implementar, testar, verificar e validar sistemas de computação (sistemas digitais), incluindo computadores, sistemas baseados em microprocessadores, sistemas de comunicações e sistemas de automação, seguindo teorias, princípios, métodos, técnicas e procedimentos da Computação e da Engenharia; II - compreender, implementar e gerenciar a segurança de sistemas de computação; III - gerenciar projetos e manter sistemas de computação; IV - conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistemas de computação; V - desenvolver processadores específicos, sistemas integrados e sistemas embarcados, incluindo o desenvolvimento de software para esses sistemas; VI - analisar e avaliar arquiteturas de computadores, incluindo plataformas paralelas e distribuídas, como também desenvolver e otimizar software para elas; VII - projetar e implementar software para sistemas de comunicação; VIII - analisar, avaliar e selecionar plataformas de hardware e software adequados para suporte de aplicação e sistemas embarcados de tempo real; IX - analisar, avaliar, selecionar e configurar plataformas de hardware para o desenvolvimento e implementação de aplicações de software e serviços; X - projetar, implantar, administrar e gerenciar redes de computadores; XI - realizar estudos de viabilidade técnico-econômica. (Brasil, 2016) 12 4.3 Competência e currículo Este ideograma “CHA”, que serve para designar (Conhecimento, Habilidade e Atitude)[,] é uma maneira de se procurar definir o sentido de competência a partir de um referencial no qual ela possa ser mensurada, e até mesmo comparada a padrões internacionais. E é um dos modelos mais atuais com o quais as melhores empresas trabalham para avaliar o perfil de seus colaboradores. (Soalheiro, 2009) Conhecimento, habilidade e atitude estão associados, respectivamente, a teoria, prática e comportamento. O curriculum vitae retrata as habilidades e competências, além da formação e das atividades profissionais de um indivíduo. Contudo, o currículo não consegue demonstrar as atitudes desse indivíduo. Figura 9 – Currículo: habilidades e competências de um indivíduo Crédito: Studio_G/Shutterstock. TEMA 5 – CAMPO DE ATUAÇÃO O engenheiro da computação tem como área específica de conhecimento o desenvolvimento e a implantação de sistemas informatizados, o uso de métodos para melhoria da eficiência das empresas e a utilização de sistemas de controle dos processos organizacionais, a especificação e desenvolvimento de sistemas computacionais, o projeto de hardware e de software. (Ferlin, 2015, p. 11). O desenvolvimento dessas competências e habilidades conduz o engenheiro da computação ao desenvolvimento de atividades como: • desenvolver e implantar hardware e software; • definir requisitos e funcionalidade de ambientes computacionais fixos, embarcados ou móveis; 13 • projetar e especificar a arquitetura de ambientes computacionais complexos; • selecionar ambientes computacionais, modelos, técnicas e ferramentas de desenvolvimento de hardware e de software; • especificar e desenvolver hardwares, programas e componentes de equipamentos, sistemas e computadores; • administrar ambientes computacionais complexos e informatizados; • prestar suporte técnico de todos os níveis aos usuários de equipamentos computacionais e softwares; • elaborar documentação técnica e conduzir treinamentos; • estabelecer padrões, coordenar projetos e liderar equipes de desenvolvimento de hardware e de software. • propor soluções para ambientes computacionais completos e informatizados; • realizar pesquisas em infraestrutura, hardware, tecnologia e sistemas de informação. (Ferlin, 2015, p. 10) Figura 10 – Atividade de desenvolvimento de software Crédito: Redpixel.PL /Shutterstock. O profissional pode trabalhar em empresas de hardwares, softwares e de alta tecnologia, instituições de ensino e pesquisa, grandes indústrias, escritórios de prestação de serviços e consultoria, auditoria, treinamento, gestão, bancos, órgãos governamentais; ou mesmo montar a sua própria empresa, sendo um empreendedor. Entre as diversas áreas nas quais o engenheiro de computação pode atuar estão a automobilística, a militar, o agronegócio, a educacional, a aviação, a industrial etc. FINALIZANDO Nesta aula, foram abordados assuntos introdutórios sobre a engenharia de computação e sobre a engenharia de forma geral. A engenharia está na base do desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade, tendo um papel muito 14 importante, pois busca constantemente resolver problemas para os quais ainda não existem soluções, assim como aprimorar soluções já existentes, estando no centro das mudanças de produtos e processos. O engenheiro deve estar preparado para resolver problemas os quais ainda nem foram identificados e, por isso, deve ser um profissional em constante atualização e sempre atento ao mercado de trabalho. É importante considerar também a continuidade dos estudos em nível de pós-graduação, como as especializações, denominadas lato sensu, mais voltadas para o mercado de trabalho no ramo de indústrias e empresas especializadas; e também o mestrado e o doutorado, denominados stricto sensu, mais voltados para a área acadêmica e de pesquisa. 15 REFERÊNCIAS ÁREAS da engenharia: curiosidades. Lista dos Engenheiros, 2020. Disponível em: <http://www.listadosengenheiros.com.br/area-curiosidades/4>. Acesso em: 10 fev. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. 5, de 16 de novembro de 2016. Diário Oficial da União, Brasília, 17 nov. 2016. Disponível em: <https://abmes.org.br/arquivos/legislacoes/Res-CES-CNE-005-2016-11- 16.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2021. _____. Resolução n. 11, de 11 de março de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, p. 32, 9 abr. 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download &gid=15766&Itemid=>. Acesso em: 10 fev. 2021. FERLIN, E. P. Introdução à engenharia da computação. Curitiba: InterSaberes, 2015. Material didático. FERLIN, E. P.; CARVALHO, N. F.; ELEUTÉRIO, M. A. M. Os cursos de Engenharia na modalidade EAD: proposta de cursos na área de computação, produção e elétrica. In: CONGRESSO INTERNACIONAL ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 21., 2015, Bento Gonçalves. Anais... São Paulo: Abed, 2015. SOALHEIRO, B. O CHA da competência. Dicas Profissionais, 2 fev. 2009. Disponível em: <http://www.dicasprofissionais.com.br/o-cha-da-competencia/>. Acesso em: 10 fev. 2021. CONVERSA INICIAL 4.1 Habilidades e competências disciplinares FINALIZANDO REFERÊNCIAS