Buscar

Laudos e perícias em engenharia - Leitura Digital

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

W
BA
08
67
_V
1.
0
LAUDOS E PERÍCIAS 
EM ENGENHARIA
2
Julio Assis de Freitas
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2021
 LAUDOS E PERÍCIAS EM ENGENHARIA
1ª edição
3
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A 
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Camila Braga de Oliveira Higa
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Revisor
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Editorial 
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________ 
Freitas, Julio Assis de
Laudos e perícias em engenharia / Julio Assis de Freitas, - 
São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2021. 
33 p.
ISBN 978-65-89965-54-1
1. Conceito de laudos e perícia. 2. Perito judicial. 
 3. Assistente técnico. I. Título. 
CDD 620
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 8 SP-010289/O
F866l 
© 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
A perícia judicial e o papel do engenheiro de segurança _____ 05
Diligência, elaboração do laudo, esclarecimentos 
e impugnação ________________________________________________ 19
Cadastro on-line para peritos e conceitos de insalubridade e 
periculosidade _______________________________________________ 34
LAUDOS E PERÍCIAS EM ENGENHARIA
5
A perícia judicial e o papel do 
engenheiro de segurança
Autoria: Júlio Assis de Freitas
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Objetivos
• Apresentar a introdução e os conceitos gerais sobre 
laudos e perícias de engenharia de segurança do 
trabalho.
• Descrever o papel do engenheiro de segurança do 
trabalho como perito judicial ou assistente técnico. 
• Detalhar os dispositivos legais que regulam a 
atuação dos peritos judiciais e assistentes técnicos.
6
1. Introdução
Quando uma questão está sendo discutida no Judiciário, o juiz precisa 
de elementos probatórios para consolidar sua convicção, de modo 
que ele possa emitir uma sentença, fundamentada em evidências 
válidas. Porém, nem tudo pode ser aceito como prova para a justiça, 
como gravações de escutas telefônicas obtidas por meios ilegais, que 
são descartadas. No judiciário há uma máxima que diz que “o fruto da 
árvore podre é podre”, ou seja, uma prova ilegal é igualmente ilegal, não 
importa o seu teor.
O CPC (Código de Processo Civil Brasileiro) (BRASIL, 2015) discorre 
sobre provas no Capítulo XII dentro de sua parte especial, Livro I. Ali se 
encontram os tipos de provas admitidas pelo direito brasileiro, sendo 
elas:
• O depoimento pessoal previsto nos artigos 385 a 388.
• A confissão prevista nos artigos 389 a 395.
• A exibição de documento ou coisa prevista nos artigos 396 a 404.
• A prova documental prevista nos artigos 405 a 438.
• Os documentos eletrônicos previstos nos artigos 439 a 441.
• A prova documental prevista nos artigos 442 a 449.
• A prova testemunhal prevista nos artigos 450 a 463.
• A prova pericial, prevista nos artigos 464 a 480.
• A inspeção judicial, prevista nos artigos 481 a 484.
7
O Juiz é um indivíduo com notório saber jurídico, capaz de decidir 
segundo as regras e doutrinas do direito. Porém, quando se depara 
com matéria técnica, precisa de um auxiliar para lhe emitir parecer 
sobre o tema, de modo que ele, como leigo nessas pautas, tenha 
fundamentação para a sua tomada de decisão no processo.
É nesse cenário que o engenheiro de segurança do trabalho pode atuar 
como auxiliar da Justiça, produzindo a prova pericial de que tratam os 
itens 464 a 480 do CPC. Por exemplo, se há em um processo trabalhista 
a discussão sobre eventual direito à insalubridade ou periculosidade, o 
engenheiro de segurança do trabalho será requisitado para analisar as 
condições de trabalho do reclamante e emitir um laudo que servirá de 
prova técnica.
Para Beleze (2014, p. 19), a prova pericial “é a realização da perícia 
propriamente dita, que será realizada por profissional especializado 
com a finalidade de suprir a falta de conhecimento técnico do 
magistrado sobre determinado assunto”. Assim, se uma pessoa está 
reclamando um vício em um produto adquirido, como um carro, o Juiz 
pode solicitar a análise de um engenheiro mecânico; se a queixa for 
sobre manifestações patológicas em um imóvel por supostos defeitos 
na construção, o especialista a ser requisitado pela Justiça será o 
engenheiro civil ou arquiteto; se a questão envolver algum tipo de 
doença adquirida no exercício do trabalho, um médico será chamado 
para avaliar o caso; e assim por diante.
Há situações em que o engenheiro de segurança do trabalho será o 
profissional que vai atuar como perito judicial. Na maioria das vezes, 
esse acionamento será para avaliar questões envolvendo o pagamento 
de adicionais de insalubridade e periculosidade, ou na determinação da 
responsabilidade sobre acidentes do trabalho.
Neste material, vamos discorrer sobre esse universo, conhecendo 
os dispositivos legais que regulam a atuação do perito judicial e do 
8
assistente técnico, a fim de entender esses papéis e onde o engenheiro 
de segurança pode assumir.
2. Dispositivos legais que regulam a 
perícia técnica
A justiça se vale do apoio de alguns profissionais para que ela possa dar 
cargo de suas atribuições, sejam eles servidores públicos que integram 
o judiciário ou não, como é o caso dos peritos judiciais. O CPC lista os 
auxiliares da justiça, por meio do seu art. 149.
[...] Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições 
sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, 
o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o 
administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, 
o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. (BRASIL, 
2015)
O CPC (BRASIL, 2015) assegura, segundo o art. 156, que o Juiz será 
assistido por perito, quando a prova do fato depender de conhecimento 
técnico ou científico. O parágrafo 1º desse mesmo artigo determina que 
o perito judicial será profissional legalmente habilitado, o que significa 
que ele deve dispor da formação necessária para exercer a profissão 
ligada à especialização que a perícia técnica requer, ou seja, se o pleito 
jurídico em discussão for uma questão médica, o perito judicial deverá 
ser um médico.
Quando a pauta discutida em um processo judicial é insalubridade, 
periculosidade, ou ambas, apenas o engenheiro de segurança ou o 
médico do trabalho são os profissionais legalmente habilitados para a 
realização da perícia técnica, segundo o art. 195 da CLT (Consolidação 
das Leis do Trabalho).
9
[...] Art.195–A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (BRASIL, 1943)
Está implícito, portanto, que, se apenas engenheiro de segurança 
e médico do trabalho podem emitir laudos de insalubridade e de 
periculosidade, apenas essesprofissionais podem exercer o mister de 
perito judicial nesses temas. Além disso, dentro ou fora da atividade 
pericial, para exercício dessas profissões, esses profissionais devem 
estar devidamente regularizados a adimplentes em seus respectivos 
concelhos de classe, isto é, o CREA (Conselho Regional de Engenharia e 
Agronomia), no caso dos engenheiros, e o CRM (Conselho Regional de 
Medicina), no caso dos médicos.
Os artigos 156 a 158 do CPC (BRASIL, 2015) discorrem sobre a figura 
do perito. Nesse sentido, além da habilitação profissional já discutida, 
é possível verificar que o profissional que pretende atuar como perito 
deve estar previamente cadastrado para que possa ser nomeado 
pela Vara ou Secretaria para atuar em ações que demandem a sua 
especialidade profissional, devendo as perícias serem distribuídas 
aos profissionais cadastrados de forma equitativa, considerando a 
capacidade técnica e a área de conhecimento.
O perito judicial não é um funcionário público ou detentor de qualquer 
tipo de vínculo empregatício com o judiciário, mas sim um profissional 
liberal que se coloca à disposição para exercer o mister de perito, 
prestando auxílio à justiça quando nomeado. Diante disso, não seria 
correto o indivíduo responder “sou perito judicial” ao ser perguntado 
pela sua profissão, já que ele “está” perito quando nomeado e atuando 
em auxílio à justiça. Portanto, encerrado o ato pericial e havendo a 
entrega do laudo, ele volta a ser apenas engenheiro, médico, empresário 
ou qualquer outra profissão, mas não perito judicial.
10
A responsabilidade do perito judicial é máxima, visto que ele vai entregar 
à justiça um laudo que servirá de prova para decidir sobre uma questão 
técnica. Portanto, se o laudo for equivocado, o Juízo poderá ser induzido 
ao erro. Em função disso, o CPC prevê responsabilização e sansões ao 
perito judicial que prejudicar uma das partes de um processo em função 
de erros em seu laudo, sejam eles intencionais ou não. Vejamos o que 
diz o art. 158 do CPC nesse sentido.
[...] Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações 
inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará 
inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo 
o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das 
medidas que entender cabíveis. (BRASIL, 2015)
Além da suspensão, o artigo deixa claro que o perito poderá responder 
pelos prejuízos eventualmente causados pelo seu trabalho falho, 
independentemente de outras sanções previstas em lei. Isso significa 
que, por exemplo, se constatado que houve dolo, como a fraude do 
laudo pericial para favorecer uma parte, fica o perito sujeito a responder 
criminalmente, com base no art. 171 do Código Penal (BRASIL, 1940), 
relativo ao crime de estelionato, ou outros artigos e esferas judiciais 
aplicáveis a depender das infrações cometidas.
Essas são as principais referências legais que instituem o perito judicial 
como auxiliar da justiça e o laudo pericial como prova técnica. A área 
de segurança do trabalho é rica em oportunidades de atuação: o 
engenheiro de segurança pode compor o quadro da NR-04 de uma 
empresa; atuar na área de prevenção de incêndio; especializar-se em 
higiene ocupacional; empreender na área de consultoria de segurança 
emitindo laudos, programas e treinamentos; entre tantas outras 
possibilidades. Há ainda o meio judicial, que absorve o engenheiro de 
segurança tanto como perito judicial quanto como assistente técnico.
11
3. O perito judicial e o assistente técnico
Vamos agora conhecer melhor as figuras do perito judicial e do 
assistente técnico, entendendo as atribuições e os papéis de cada um 
deles dentro de um processo judicial.
Quando é necessário julgar matéria técnica, o art. 465 do CPC (BRASIL, 
2015) determina que o juiz deverá nomear perito especializado no 
objeto da perícia, e o inciso primeiro desse mesmo artigo prevê algumas 
ações das partes após a nomeação do perito. A primeira delas é arguir 
sobre o impedimento ou a suspeição do perito; por exemplo, se o 
profissional nomeado foi funcionário da empresa ré no processo há 
menos de cinco anos; se ele é credor ou devedor de uma das partes; se 
atuou como assistente técnico ou testemunha naquele processo; entre 
outras possíveis justificativas que comprometam a imparcialidade do 
perito. Já a segunda ação prevista para as partes após a nomeação do 
perito judicial é a indicação do assistente técnico, que é um profissional 
legalmente habilitado, de preferência com as mesmas competências 
técnicas sobre o objeto da perícia e que irá emitir um parecer técnico 
acerca dele.
No cenário, por exemplo, de uma ação trabalhista de periculosidade, 
tanto a parte reclamante (funcionário) quanto a parte reclamada 
(empresa) podem nomear assistentes técnicos, os quais irão 
acompanhar a perícia e expedir seus pareceres técnicos. Uma vez que 
a matéria é técnica, no caso da periculosidade, é regulamenta pela 
NR-16 (BRASIL, 2019), e espera-se que tanto o laudo pericial quanto os 
pareceres técnicos cheguem às mesmas conclusões. Porém, caso eles 
divirjam, servirão de contraprova técnica para que a parte que se sentir 
prejudicada pelo laudo pericial possa questioná-lo.
Assim como o juiz é leigo e precisa do laudo pericial como prova para 
julgar o mérito técnico, os advogados das partes também são leigos e 
12
não possuem habilitação legal para contestar a conclusão expedida por 
um engenheiro. Diante disso, o único meio eficaz para tentar reverter 
um laudo pericial desfavorável é demonstrando, por meio de uma 
contraprova igualmente técnica, que há algo de errado na conclusão 
pericial, o que deve ser observado pelo juiz.
O inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal (BRASIL, 1988) disciplina 
que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral, são assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes”. O parecer do assistente 
técnico é, portanto, o meio que as partes possuem para exercer o direito 
ao contraditório e à ampla defesa, caso se sintam prejudicadas pelo 
laudo pericial.
Tanto o perito judicial quanto o assistente técnico têm as mesmas 
prerrogativas e podem usar os meios disponíveis para analisar o objeto 
da perícia, vistoriando dependências do local de trabalho, registrando 
fotos, realizando medições, ou quaisquer outras ações pertinentes para 
que cheguem à conclusão necessária. Diante do exposto, o engenheiro 
de segurança do trabalho pode atuar em um processo como perito 
judicial ou como assistente técnico das partes.
4. O rito processual
O perito judicial pode atuar em todas as esferas judiciais, como a 
trabalhista, cível, previdenciária e outras, mas, para fins de ilustrar 
o funcionamento de um processo, usaremos o exemplo da esfera 
trabalhista. Antes de seguirmos, vale destacar algumas nomenclaturas 
pelas quais as partes são normalmente denominadas em um processo 
trabalhista. O empregado que ingressa com uma ação é conhecido como 
autor ou reclamante; a empresa por ele acionada é a reclamada ou ré; e 
os advogados das partes também podem ser referidos como patronos.
13
Um trabalhador que entenda eventualmente que estava exposto à 
insalubridade e/ou periculosidade em seu labor, mas não recebeu o 
respectivo adicional salarial em função dessa exposição, pode ingressar 
na justiça para requerer as verbas supostamente devidas. Há regras de 
prazos para ingresso desse tipo de ação caso o trabalhador já tenha se 
desligado da empresa, previstas no art. 11 da CLT.
[...] Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de 
trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, 
até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (BRASIL, 
1943).
Isso significa que, após o término do pacto laboral, o trabalhador 
tem até dois anos para ingressar com ação trabalhista pararequerer 
eventuais direitos; assim, quando passado esse prazo, ele não poderá 
mais requerê-los judicialmente. Uma vez respeitado o prazo máximo 
para ingresso com a ação, há ainda a prescrição de cinco anos, ou seja, 
ainda que o trabalhador tenha laborado 20 anos em uma empresa sem 
receber o adicional de periculosidade devido, apenas os últimos cinco 
anos, contados da data de ingresso da ação, serão julgados.
Como exemplificação, vamos supor que um empregado trabalhou de 
02/01/2010 a 31/12/2020 em uma empresa em que abastecia veículos 
da frota com óleo diesel sem receber adicional de periculosidade, e ele 
ingressou com ação apenas em 01/06/2021 para requerer tal direito. 
Nesse caso, serão avaliadas pelo perito judicial apenas as atividades que 
ele exerceu de 01/06/2016 até a data do seu desligamento, em função 
da prescrição quinquenal prevista no art. 11 da CLT (BRASIL, 1943).
Ao ingressar com a ação trabalhista, o trabalhador, por meio de seu 
advogado, apresenta a sua petição inicial, que é uma peça jurídica na 
qual descreve o contrato de trabalho que manteve com a empresa e 
apresenta seus pedidos, ou seja, quais direitos ele entende que não 
lhe foram devidamente honrados pelo empregador citado como réu 
14
na ação. A petição inicial geralmente é encerrada com a síntese de 
todos os pedidos postulados e seus respectivos valores estimados pelo 
reclamante, como ilustra o recorte de petição inicial apresentado na 
Figura 1.
Figura 1 – Recorte de petição inicial contendo parte dos pleitos
Fonte: acervo do autor.
A reclamada é notificada pela Vara do Trabalho e as partes são 
intimadas a comparecer em data e hora predefinidas para a realização 
da audiência inicial. Nessa audiência, a reclamada apresenta uma peça 
denominada contestação, na qual se defende das acusações prestadas 
na petição inicial do reclamante, anexando eventuais provas em sua 
defesa, como espelhos de ponto, caso, entre outros pedidos, haja 
alegação de horas extras não honradas pela ré.
Ainda na audiência inicial ocorre a tentativa de conciliação, na qual as 
partes têm a oportunidade de chegar a um acordo. Porém, caso isso não 
ocorra, registra-se na ata de audiência que a conciliação foi recusada, 
e, havendo pedido de insalubridade, periculosidade, ou outro que 
requeira perícia técnica, o Juiz nomeia o perito que conduzirá a vistoria e 
apresentará o laudo pericial, como ilustra o recorte de ata de audiência 
apresentado na Figura 2.
15
Figura 2 – Recorte de ata de audiência em que ocorre 
a nomeação do perito judicial
Fonte: acervo do autor.
Outro ponto relevante a se dar destaque na ata de audiência é que 
nela o Juiz determina prazos para as partes arguirem suspeição ou 
impedimento do perito nomeado, indicarem seus assistentes técnicos e 
apresentarem os quesitos prévios. Quesitos são perguntas que o perito 
judicial deverá, obrigatoriamente, responder em seu laudo pericial, de 
modo a elucidar dúvidas sobre o objeto da perícia. A quesitação está 
prevista no CPC (BRASIL, 2015), e pode o próprio Juiz, inclusive, formular 
quesitos, como prevê o art. 470, inciso II, do CPC, em que se lê que 
incumbe ao Juiz “formular os quesitos que entender necessários ao 
esclarecimento da causa”.
O inciso IV do art. 473 do CPC (BRASIL, 2015) disciplina que o laudo 
pericial deverá conter “resposta conclusiva a todos os quesitos 
apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público”. 
As partes podem, ainda, apresentar quesitos suplementares durante a 
perícia, ferramenta prevista no art. 469 do CPC.
16
[...] Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares 
durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente 
ou na audiência de instrução e julgamento (BRASIL, 2015, art. 469).
Os quesitos suplementares são uma ferramenta prevista no CPC para 
que as partes possam exercer o direito à ampla defesa, uma vez que 
algum acontecimento durante a diligência pode levar à necessidade de 
colocação de novos quesitos que não tenham sido previstos na fase da 
elaboração dos quesitos prévios.
Exemplificando, é importante deixar claro que, ao designar uma perícia 
de periculosidade, compete ao perito avaliar o trabalho do reclamante e 
compará-lo com todos os anexos da NR 16 (BRASIL, 2019), e não apenas 
aquele que foi reclamado. Imagine, portanto, que o autor está pedindo 
periculosidade por entender que realizava atividades com eletricidade, 
porém, durante a diligência, o perito identifica que havia também o 
armazenamento de inflamáveis dentro da oficina onde o reclamante 
laborava e começa a avaliar essa exposição. As partes, nesse caso, 
podem ter apresentado quesitos prévios exclusivamente focados na 
atividade com eletricidade, fazendo-se necessária, então, a apresentação 
de quesitos suplementares durante a diligência.
Uma vez realizada a perícia e apresentado o laudo pericial, as partes 
passam a ter prazo para se manifestar acerca do seu teor. Essa 
manifestação pode tanto ser favorável, em caso de concordância integral 
ou parcial, quanto desfavorável, quando é feita uma impugnação, 
refutando integral ou parcialmente as conclusões do laudo pericial.
No caso da impugnação, a parte que se sente prejudicada pela 
conclusão do laudo faz apontamentos dos pontos de discordância. 
Ela pode ainda apresentar quesitos complementares, ou seja, novos 
questionamentos, os quais devem ser respondidos pelo perito judicial, a 
fim de elucidar pontos de dúvida ou de discordância em relação ao teor 
do laudo pericial por ele apresentado.
17
Em tese, não há limite para o número de vezes que a parte pode seguir 
impugnando e apresentando quesitos complementares até que as 
divergências sejam sanadas, mas não é comum que os juízes permitam 
que isso ocorra indefinidamente, se, ao seu ver, foi assegurado o 
direito à ampla defesa e todas as dúvidas estão esclarecidas. Assim, 
não havendo risco de arguição de cerceamento de defesa, dá-se por 
encerrada a questão em uma ou duas rodadas de manifestações e 
impugnações, e as provas técnicas (laudo pericial e pareceres técnicos) 
são usadas para fundamentar a futura sentença a ser emitida na 
audiência de instrução.
Em geral, assim se desenrola um processo trabalhista de insalubridade 
e periculosidade, que é o tipo mais comum e recorrente de ação que 
demanda a atuação do engenheiro de segurança como perito judicial. 
Porém, não existe apenas essa, havendo outras esferas de atuação 
possíveis, como a previdenciária, em que segurados tentam comprovar 
o direito à aposentadoria especial no INSS (Instituto Nacional do Seguro 
Social); perícias cíveis envolvendo acidentes de trânsito e acidentes 
do trabalho; reclamações da comunidade quanto a ruído gerado por 
atividade industrial; ações cíveis públicas movidas pelo Ministério 
Público do Trabalho em relação a trabalho análogo ao escravo; entre 
outras possibilidades.
Nesses casos, a matéria pode eventualmente ser mais ou menos 
complexa, mas o rito processual aqui discutido é exatamente o mesmo, 
haja visto que ele está previsto e regulamentado no Código de Processo 
Civil Brasileiro.
5. Conclusão
Com base nos conceitos discutidos neste material, você adquiriu noções 
do que norteia e de como se dá o trabalho do perito judicial. Você viu 
18
também as principais leis aplicáveis ao processo judicial, que incluem 
a atuação do perito e do assistente técnico. Foi discutido ainda, em 
detalhes, todo o rito processual, desde o ingresso da ação trabalhista, 
passando pela nomeação do perito judicial, pela apresentação de 
quesitos e pela realização da perícia, até a entrega do laudo pericial, as 
manifestações e as impugnações.
O objetivo deste material era introduzir conceitos básicos sobre os 
temas abordados. Caso queira saber mais, uma boa sugestão de 
pesquisa é a leitura do Código de Processo Civil, disponível na internet. 
Veja na íntegra os artigos e os itens aqui abordados, a fim de reforçar 
seus conhecimentos no assunto!
Referências
BELEZE, CleversonA. Perícia trabalhista e avaliação de desempenho. Londrina: 
UNOPAR, 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988.
BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de 
Janeiro: Presidência da República, 1940.
BRASIL. Decreto-Lei n. 5.452 de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das 
Leis do trabalho. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1943.
BRASIL. Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília: 
Presidência da República, 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 16 – Atividades e operações 
perigosas. Brasília: MTPS, 2019.
19
Diligência, elaboração do laudo, 
esclarecimentos e impugnação
Autoria: Júlio Assis de Freitas
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Objetivos
• Apresentar o laudo pericial sob a ótica do Código de 
Processo Civil (CPC).
• Discorrer sobre a metodologia de elaboração de 
laudo pericial.
• Ilustrar um modelo comentado de estrutura para a 
elaboração de um laudo pericial.
20
1. Introdução
A elaboração do laudo pericial segue uma estrutura mínima, que 
é imposta pelo CPC (Código de Processo Civil Brasileiro) (BRASIL, 
2015). Para Beleze (2014), uma vez que a perícia é indispensável no 
processo para a comprovação de métodos ou procedimentos, existe a 
necessidade de estabelecer critérios e metodologias para a condução do 
trabalho pericial e a construção do laudo.
Nesse sentido, veremos aqui uma estrutura básica sugerida para a 
construção de um laudo pericial, comentada tópico a tópico. Por fim, 
encerraremos com o fluxo de tramitação desde a nomeação do perito, 
passando pela realização da perícia, elaboração do laudo pericial e a 
resposta a quesitos, manifestações e impugnações.
2. O CPC e a prova pericial
O CPC dita em seu art. 473 algumas informações obrigatórias que 
devem constar no laudo pericial.
[...] Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I–a exposição do objeto da perícia;
II–a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III–a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser 
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento 
da qual se originou;
IV–resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas 
partes e pelo órgão do Ministério Público. (BRASIL, 2015)
21
O objeto da perícia de que trata o inciso I do art. 473 do CPC é aquilo 
que o Juiz do caso determinou que o perito apurasse. Essa informação 
geralmente é encontrada na ata de audiência ou em despachos, quando 
não ocorre audiência presencial. Nesse documento, o Juiz nomeia o 
perito que irá conduzir os trabalhos técnicos e indica o que deverá ser 
avaliado. A Figura 1 exemplifica um trecho de ata de audiência com a 
exposição do objeto da perícia.
Figura 1 – Trecho de despacho com nomeação de perito
Fonte: acervo do autor
Como se pode observar no trecho destacado em amarelo na Figura 1, 
o objeto da perícia é a avaliação da insalubridade. O perito nomeado é 
engenheiro de segurança do trabalho, pois, quando a pauta discutida 
em um processo judicial é insalubridade, periculosidade ou ambas, 
apenas o engenheiro de segurança ou o médico do trabalho são os 
profissionais legalmente habilitados para a realização da perícia técnica, 
segundo o art. 195 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
[...] Art.195–A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
22
ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do 
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho (BRASIL, 1943).
A periculosidade e a insalubridade estão previstas na Constituição 
Federal (BRASIL, 1988), mais especificamente no art. 7º, inciso XIII. 
Entretanto, ela apenas prevê o direito a esses adicionais, deixando a 
cargo do Legislativo definir as regras em maiores detalhes.
A título de curiosidade, o mesmo dispositivo da Constituição Federal 
prevê também o adicional de penosidade, destinado, em tese, a 
trabalhadores que realizam atividades desgastantes, como cortadores 
de cana. Entretanto, o legislador até hoje não regulamentou esse 
adicional, e, ainda que alguns reclamantes tenham se aventurado em 
requerê-lo no judiciário, ninguém logrou êxito até hoje pela falta de 
previsão legal e regulamentação do chamado trabalho penoso.
Dessa forma, a análise técnica ou científica de que trata o inciso II 
do art. 473 do CPC (BRASIL, 2015) é a fundamentação sobre a qual o 
laudo pericial foi construído. No caso das perícias de insalubridade e 
periculosidade, que são a vasta maioria das discussões que se dão na 
esfera trabalhista do judiciário, as técnicas a se empregar na análise 
da exposição do trabalhador estão previstas na CLT e nas normas 
regulamentadoras. Veremos a seguir, com os devidos comentários, 
como a CLT aborda a insalubridade e a periculosidade.
[...] Art. 189–Serão consideradas atividades ou operações insalubres 
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, 
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de 
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do 
tempo de exposição aos seus efeitos. (BRASIL, 1943)
[...] Art. 190–O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades 
e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes 
23
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do 
empregado a esses agentes. (BRASIL, 1943)
Os artigos 189 e 190 da CLT (BRASIL, 1943) nos mostram que a relação 
das atividades insalubres seria descrita pelo então Ministério do 
Trabalho e Emprego, que foi extinto em 1º de janeiro de 2019 e teve 
a maioria de suas atribuições, inclusive as relativas à segurança do 
trabalho, absorvidas pelo Ministério da Economia.
[...] Art. 191–A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I–com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro 
dos limites de tolerância;
II–com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, 
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. 
(BRASIL, 1943)
O artigo 191 (BRASIL, 1943) deixa claro que não basta o trabalhador 
efetuar alguma atividade tida como insalubre à luz das normas 
regulamentadoras, mas esta deve, ainda, efetivamente expô-lo ao 
agente insalubre de modo que a sua saúde seja colocada em risco. 
Logo, caso seja adotada alguma medida de ordem coletiva ou individual 
que neutralize a exposição ao agente, também é neutralizada a 
insalubridade, sendo indevido o respectivo adicional salarial.
Um exemplo prático disso é o ruído contínuo ou intermitente, que é 
considerado insalubre segundo o Anexo 01 da NR-15 (BRASIL, 2019a). 
Segundo esse anexo, para jornadas de 8 horas diárias, é insalubre a 
exposição a níveis de pressão sonora acima de 85,0 dB(A); entretanto, 
se a empresa adotar alguma medida de ordem coletiva, como o 
enclausuramento acústico da fonte do ruído, ou de ordem individual, 
como a adoção de protetores auriculares adequados ao nível de ruído 
do ambiente, fica neutralizada a insalubridade nos termos do art. 191 da 
CLT (BRASIL, 1943).
24
A periculosidade, por sua vez, é descrita pelo artigo 193 da CLT (BRASIL, 
1943). Inicialmente era destinada apenas aos trabalhadores que 
operavam com explosivos e inflamáveis. Porém, ao longo dos anos, 
outras atividades foram sendo incorporadas ao texto original, incluindo 
os trabalhadores que as exercem no rol daqueles que têm direito a esse 
adicional.
[...] Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, 
na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho 
e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, 
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhador a:
I–inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II–roubos ou outras espécies de violência físicanas atividades profissionais 
de segurança pessoal ou patrimonial.
[...] § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador 
em motocicleta. (BRASIL, 1943)
Apesar de não estar listado no art. 193 (BRASIL, 1943), a exposição 
a radiações ionizantes também pode ser considerada perigosa, nos 
termos do Anexo (*) da NR-16 (BRASIL, 2019b).1 Quanto à indicação do 
método utilizado de que trata o inciso III do art. 473 do CPC (BRASIL, 
2015), no caso das perícias de insalubridade e periculosidade, estas 
estarão descritas nos anexos da NR-15 (BRASIL, 2019a) e NR-16 (BRASIL, 
2019b), respectivamente.
O ruído contínuo ou intermitente deverá ser aferido conforme a 
metodologia descrita no Anexo 01 e o ruído de impacto segundo o 
Anexo 02 da NR-15 (BRASIL, 2019a); já o calor é medido em IBUTG, 
conforme descrito no Anexo 03; e assim sucessivamente. Todos esses 
exemplos têm em comum o fato de serem agentes físicos de avaliação 
1 É um anexo sem número mesmo, identificado apenas pelo asterisco entre parênteses, intitulado Anexo (*) – 
Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas.
25
quantitativa, ou seja, há um limite de tolerância previsto na NR-15 
(BRASIL, 2019a). É importante ressaltar que a insalubridade só se 
configura se o trabalhador exercer atividades exposto a uma intensidade 
ou concentração maior do que esse limite sem a efetiva proteção.
Há outros anexos da NR-15 (BRASIL, 2019a) que são avaliados 
qualitativamente, ou seja, não é preciso medir para se constatar se há 
ou não exposição insalubre, basta haver exposição ao agente sem a 
devida proteção que já fica configurada a insalubridade. O exemplo 
mais clássico dos agentes qualitativos são os biológicos, afinal não há 
um nível de exposição seguro a um vírus ou uma bactéria. Enquanto 
a maioria das pessoas, a longo prazo, só desenvolverá problemas 
auditivos se ficar exposta a mais de 85,0 dB(A) sem alguma proteção, no 
caso do agente biológico, basta em teoria uma única exposição, a um 
único vírus de alguma doença infectocontagiosa, como as hepatites ou o 
vírus do HIV (Human Immunodeficiency Virus – Vírus da Imunodeficiência 
Humana), para que haja uma contaminação do trabalhador exposto.
Já a periculosidade sempre será enquadrada mediante a inspeção do 
engenheiro de segurança ou médico do trabalho. Esses profissionais 
deverão verificar se há ou não atividade perigosa ou operação em áreas 
de risco previstas nos Anexos da NR-16 (BRASIL, 2019b).
Para encerrar a análise dos incisos do art. 473 do CPC (BRASIL, 2015), 
o de número IV trata da resposta conclusiva a todos os quesitos 
formulados e apresentados pelas partes interessadas. Podem elaborar 
quesitos para resposta pelo perito tanto a parte autora ou reclamante 
quanto a parte ré ou reclamada ou mesmo o próprio Juiz.
Quesitos são perguntas que devem ser respondidas pelo perito 
objetivamente para elucidar dúvidas sobre o objeto da perícia. Por 
exemplo, imagine que um trabalhador entrou com uma ação contra 
a empresa em que trabalhou alegando que o local é muito ruidoso. 
Nesse caso, a empresa ré, ciente de que sempre forneceu protetores 
26
auriculares para neutralizar a exposição, pode colocar quesitos como: 
O perito verificou se no setor de trabalho do reclamante há expressa 
obrigatoriedade de uso do protetor auricular? Os protetores auriculares 
fornecidos ao reclamante neutralizam a insalubridade?
O inciso IV do art. 473 do CPC (BRASIL, 2015) possui três parágrafos aos 
quais o perito judicial deve estar atento:
[...] § 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em 
linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas 
conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem 
como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico 
do objeto da perícia.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos 
podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, 
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da 
parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo 
com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos 
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia (BRASIL, 2015).
A mensagem dada pelo parágrafo primeiro supracitado é que quem 
está demandando o laudo pericial é um Juiz de direito e, logo, o 
resultado desse trabalho deve ser inteligível a ele. O Juiz é uma pessoa 
com notório saber jurídico, mas depende de auxílio técnico para julgar 
certas questões que fogem à sua esfera de conhecimento e habilitação 
profissional. Assim, por mais que a conversão de dose de ruído para 
decibéis, a escala logarítmica usada para somar dois ou mais níveis 
de pressão sonora, ou a combinação das temperaturas de bulbo 
seco, úmido e globo para obtenção do IBUTG (Índice de Bulbo Úmido 
Termômetro de Globo) sejam conceitos técnicos complexos, mas 
necessários para a conclusão sobre a insalubridade por ruído ou calor, 
27
deve-se tomar o cuidado de apresentar uma conclusão no laudo que 
seja entendida pelo Juiz e pelos advogados das partes.
Já no parágrafo segundo igualmente supracitado, alerta-se sobre um 
erro que peritos iniciantes incorrem com frequência. Como foi dito, 
Juízes e advogados são leigos na matéria técnica de insalubridade e 
periculosidade e, por isso, recorrem a peritos e assistentes técnicos para 
discutir esses casos. Diante disso, não é incomum que o advogado de 
um reclamante erre no momento de redigir a petição inicial.
Para exemplificar, imagine que um trabalhador procura um advogado 
para reclamar insalubridade, pois trabalhava em uma fábrica de tintas e 
solventes e supostamente estaria exposto a agentes químicos. A partir 
disso, o advogado procurado elabora uma petição inicial requerendo o 
suposto direito ao adicional de insalubridade não pago pela empresa, e 
o Juiz do caso determina a realização de uma perícia técnica para apurar 
a existência da alegada insalubridade. Porém, na diligência, o perito 
constata que o trabalhador na verdade atuava na área de expedição 
dessa fábrica de tintas, onde todas as latas e recipientes já estão 
embalados e lacrados, e apenas movimentava esse material que entrava 
e saia do depósito de produtos acabados. Logo, ele não estava exposto 
aos produtos, pois manuseava apenas embalagens fechadas.
Caso o perito aponte em seu laudo pericial que o trabalhador não estava 
exposto à insalubridade por conta da ausência de contato direto com 
os produtos, movimentando apenas as embalagens fechadas, mas 
conclua que este teria direito à periculosidade, já que essas embalagens 
contêm produtos inflamáveis armazenados em recinto fechado, ele 
estaria incorrendo no descumprimento do parágrafo 2º do inciso IV 
em comento, ultrapassando os limites de sua designação, que estava 
restrita à análise da insalubridade. Isso é um problema na medida em 
que é vedado ao próprio Juiz pelo CPC proferir sentença extra petita ou 
ultra petita, ou seja, julgar algo que não foi pedido nos autos ou a mais 
do que aquilo que foi pedido nos autos pela parte autora.
28
Vale destacar, entretanto, que, se o objeto da perícia é insalubridade, 
todos os anexos da NR-15 podem e devem ser avaliados pelo perito. 
Assim, ainda que o reclamante, leigo, tenha reclamado apenas de ruído 
em sua petição inicial, caso o perito constate e enquadre a insalubridade 
por outro agente, isso não configuraria ato de ultrapassar os limites da 
designação.
Por fim, o parágrafo 3º do inciso IV do art. 473 do CPC (BRASIL, 2015) 
dá ao perito e aos assistentes técnicos a prerrogativa de valer-se dos 
meios necessários, desde que lícitos, naturalmente, para realizar seus 
trabalhos e concluir acerca do objeto da perícia. Com isso, é possível 
entrevistar testemunhas, solicitar documentos, realizar registros 
fotográficos, reproduzir plantas, planilhas, mapas, entre outros meios 
que o profissional julgue pertinentes.
3. Construindoo laudo pericial ou 
parecer técnico
Recapitulando brevemente, o perito judicial é nomeado pelo Juiz, 
enquanto os assistentes técnicos são nomeados pelas partes. Todos 
eles têm a atribuição de investigar o objeto da perícia determinado 
pelo Juízo e concluir, por exemplo, se há ou não direito a adicional de 
insalubridade ou periculosidade. No caso, o relatório elaborado pelo 
perito é conhecido como Laudo Pericial e o relatório dos assistentes 
técnicos é conhecido como Parecer Técnico.
Neste item, será apresentada uma estrutura básica de tópicos de um 
laudo pericial, seguida de comentários sobre o conteúdo a ser inserido 
em cada um desses tópicos.
29
3.1 Capa
Na primeira linha da página do laudo pericial ou parecer técnico, 
geralmente dirige-se o destinatário do documento com uma frase do 
tipo: “EXMO. SR. DR. JUIZ DA ‘X’ª VARA DO TRABALHO DE ‘CIDADE – UF’”. 
Em seguida, destaca-se o número do processo e o nome do reclamante 
e da reclamada, ou reclamadas caso haja mais de uma empresa no polo 
passivo.
Após os dados do processo, faz-se um breve parágrafo de introdução, 
com um texto como “Fulano de Tal, engenheiro de segurança do 
trabalho, registrado no CREA/UF sob n. X, nomeado Perito por 
Vossa Excelência na Ação supra, tendo efetuado a vistoria e o 
levantamento das condições de insalubridade e periculosidade, vem 
mui respeitosamente apresentar Laudo Pericial”. Como se observa 
aqui, já fica explícito o objeto da perícia que foi avaliado (insalubridade 
e periculosidade no exemplo), mas poderia ser apenas uma delas, ou 
ainda outro objeto qualquer, como eventualmente pode ser requerido 
ao Perito, como a análise das condições ergonômicas do trabalho.
3.2 Introdução
Neste item, pode-se, por exemplo, expor os argumentos que o autor 
traz em sua inicial para fundamentar seu pedido de insalubridade, bem 
como os argumentos de defesa da empresa reclamada a esse respeito.
3.3 Vistoria
Aqui devem ser registrados data da vistoria; hora de início e término; 
endereço; nome e cargo das pessoas que acompanharam a vistoria 
pelas partes; nome e cargo dos paradigmas entrevistados; descrição dos 
ambientes vistoriados, detalhando a área e o tipo de construção, de piso, 
de cobertura, de ventilação natural e artificial, de iluminação natural e 
30
artificial; entre outros dados relevantes sobre a vistoria que o Perito ou o 
AT (Assistente Técnico) entenda como pertinente registrar.
3.4 Metodologia
Neste tópico, discorre-se sobre a metodologia técnico-cientifica utilizada 
para a elaboração do laudo pericial. No caso de trabalhos relativos à 
insalubridade e à periculosidade, em geral remete-se à NR-15 (BRASIL, 
2019a) e à NR 16 (BRASIL, 2019b), respectivamente.
3.5 Descrição do setor
Neste item, o Perito ou o AT pode descrever o setor de trabalho avaliado, 
informando o que é feito no local; como é feito; quantos trabalhadores 
o fazem; o maquinário envolvido; as matérias-primas e os insumos 
utilizados; se há movimentação de cargas manual ou mecanizada; 
se há e como se dá a circulação de pessoas pelo local, como clientes, 
fornecedores e visitantes; etc.
3.6 Descrição da função
Diferentemente do tópico anterior, que foca em descrever o processo 
feito no setor como um todo, este tópico foca nas atividades que eram 
exercidas exclusivamente pelo reclamante. Este talvez seja um dos tópicos 
mais importantes, pois é a partir dele que se verificam as exposições do 
empregado.
Aqui, o Perito ou o AT deve investigar o que o reclamante fazia. Nesse 
sentido, é importante descrever nos mínimos detalhes como ele fazia; 
com que frequência; por quanto tempo; que máquina, equipamento ou 
ferramenta utilizava; se fazia sozinho ou em mais pessoas.
31
Na eventualidade de o trabalhador, ao longo do período não prescrito, ter 
exercido mais de uma função, o Perito ou o AT deverá repetir essa análise 
para cada cargo, uma vez que as exposições insalubres ou perigosas 
podem ser diferentes.
3.7 Medidas de controle da exposição
Neste tópico, o laudo pericial ou parecer técnico deverá refletir se havia 
medidas de controle que neutralizassem ou eliminassem a insalubridade, 
como preveem a CLT (BRASIL, 1943) e a NR-15 (BRASIL, 2019a). Essas 
medidas podem ser um EPC (Equipamento de Proteção Coletiva), como 
uma capela de manuseio de agentes químicos, que impede a dispersão de 
vapores e gases no ambiente para evitar que o trabalhador os respire; ou 
um EPI (Equipamento de Proteção Individual), como o protetor auricular, 
que protege o sistema auditivo do trabalhador do ruído alto.
3.8 Análise das condições de salubridade
Geralmente, os dados que serão apontados no Item 3.5 (Descrição do 
setor), discutido anteriormente, são obtidos por meio de entrevistas com 
o reclamante e paradigmas, nome dado a trabalhadores que exercem 
naquele momento na empresa a mesma função que o reclamante exercia. 
Nessas entrevistas, o Perito e o AT já têm uma noção de quais agentes 
deverão avaliar no setor quando forem a loco vistoriar as atividades 
acontecendo. Por exemplo, se o reclamante e os paradigmas reportarem 
o uso de uma máquina, certamente será necessário avaliar o ruído; ou, 
se relatarem que era feita a manutenção de elementos mecânicos de 
máquinas, há de se investigar o contato com agentes químicos, como 
graxa e óleo; e assim sucessivamente. Dessa forma, a análise necessária 
para o preenchimento desse tópico normalmente ocorre no setor 
de trabalho, com a medição de eventuais agentes quantitativos ou a 
avaliação de agentes qualitativos aos quais o trabalhador se expunha.
32
A NR-15 (BRASIL, 2019a) possui atualmente 13 anexos vigentes, do 
número 01 ao 14, tendo sido o Anexo 04 revogado em 23 de novembro 
de 1990. Dessa forma, dentro desse tópico, todos os anexos da NR-15 
pertinentes são detalhados, ou seja, caso o autor estivesse exposto a ruído, 
o laudo pericial ou parecer técnico apresentará o resultado das medições 
realizadas; se havia exposição ao calor, idem; se havia exposição a algum 
agente qualitativo, será descrito como se dava a exposição do autor.
3.9 Análises das condições de periculosidade
A NR-16 (BRASIL, 2019b) conta com 06 anexos, do número 01 ao 05 mais o 
Anexo (*). Como já descrito no tópico anterior, caso a periculosidade seja 
objeto da perícia, neste tópico serão abordados os anexos pertinentes, 
descrevendo-se como se dava a exposição do trabalhador nas atividades 
ou áreas de risco previstas na NR-16 (BRASIL, 2019b).
3.10 Respostas aos quesitos
O título deste tópico é autoexplicativo. Aqui o perito judicial deverá 
responder aos quesitos, como está previsto no art. 473, inciso IV, do CPC 
(BRASIL, 2015).
3.11 Conclusão
Considerando tudo o que foi apurado e reproduzido nos tópicos 
anteriores, é neste item que o Perito ou AT dirá em linguagem simples, 
objetiva e fundamentada ao Juiz e aos advogados das partes se o 
trabalhador faz jus a algum adicional.
3.12 Encerramento
Por fim, o Perito fecha o laudo pericial geralmente agradecendo a 
designação e requerendo que sejam arbitrados os seus honorários. 
33
Muitos peritos deixam registrado aqui o valor dos honorários pretendidos, 
mas isso não significa que eles serão acatados pelo Juiz, que tem certa 
autonomia para decidir o quanto deve ser pago ao Perito dentro do 
princípio da razoabilidade.
4. Considerações finais
Com base nos conceitos discutidos aqui, você adquiriu noções de como 
o CPC requer que seja construída a prova pericial. Também lhe foi 
apresentado um norte em forma de tópicos que devem ser contemplados 
em um laudo pericial ou parecer técnico.
O objetivo deste material era introduzir conceitos básicos sobre os 
temas abordados. Caso queira saber mais, uma boa sugestão de 
pesquisa é leitura do Código de Processo Civil e da Consolidação das Leis 
Trabalhistas, que se encontram disponíveis na internet. Veja na íntegra os 
artigos e os itens aqui abordados, a fim de reforçar seus conhecimentos 
nesse assunto!
Referências
BELEZE, Cleverson A. Perícia trabalhista e avaliação dedesempenho. Londrina: 
UNOPAR, 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 
Presidência da República, 1988.
BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de 
Janeiro: Presidência da República, 1940.
BRASIL. Decreto-Lei n. 5.452 de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das 
Leis do trabalho. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1943.
BRASIL. Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília: 
Presidência da República, 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 15 – Atividades e operações 
insalubres. Brasília: MTPS, 2019a.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 16 – Atividades e operações 
perigosas. Brasília: MTPS, 2019b.
34
Cadastro on-line para peritos 
e conceitos de insalubridade e 
periculosidade
Autoria: Júlio Assis de Freitas
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Objetivos
• Apresentar o sistema eletrônico para cadastro 
nacional de peritos na Justiça do Trabalho.
• Discorrer sobre os documentos necessários para a 
realização do cadastro na Justiça do Trabalho.
• Abordar a plataforma PJe (Processo Judicial 
eletrônico), na qual sãos acompanhadas as 
nomeações, apresentados os laudos periciais, entre 
outras operações.
35
1. Introdução
Com a informatização do judiciário, houve significativo ganho de 
produtividade, uma vez que todas as partes envolvidas em um processo 
passaram a ter acesso em tempo real às informações que ficam 
disponibilizadas na nuvem. O perito judicial também foi impactado 
com a mudança na tecnologia, visto que antigamente era necessário ir 
pessoalmente à vara de origem da ação trabalhista e retirar o processo 
físico, que por vezes vinha em vários volumes com seis cadernos ou 
mais. Porém, enquanto o perito estivesse com o processo, ele ficava 
indisponível para consultas pelas demais partes, e isso também deixava 
sobre os ombros do detentor dos autos uma enorme responsabilidade, 
pois gerava grande transtorno a todos os envolvidos se um processo se 
extraviasse, o que não era raro. Há histórias, por exemplo, de peritos 
que tiveram seus carros roubados enquanto transitavam com processos 
para buscá-los ou devolvê-los na vara de origem.
Considerando que a informática e a internet estão difundidas em nosso 
cotidiano já há algumas décadas, pode-se dizer que a informatização 
do judiciário demorou a acontecer, uma vez que o Processo Judicial 
eletrônico (PJe) só entrou em vigor oficialmente em 29 de março 
de 2010. Porém, hoje em dia o judiciário está operando de forma 
totalmente digital.
Discorreremos neste material sobre as plataformas eletrônicas com 
as quais o perito judicial tem contato em seu cotidiano, desde o seu 
cadastro no sistema para que possa atuar na Justiça do Trabalho, até o 
sistema no qual ele verifica os processos nos quais foi nomeado, insere 
seu laudo pericial, responde a eventuais impugnações ao laudo, entre 
outras operações.
36
2. Dados cadastrais
Há até pouco tempo o profissional interessado em prestar serviços 
como perito judicial deveria se dirigir às varas do trabalho nas quais 
desejasse atuar munido de currículo profissional para entregá-lo 
pessoalmente ao diretor ou secretário da vara. Porém, a partir do 
advento da Resolução n. 247/2019 do CSJT (Conselho Superior de Justiça 
do Trabalho) (BRASIL, 2019a), passou a ser necessário que o profissional 
que pretende atuar como perito, tradutor ou intérprete esteja 
previamente cadastrado no sistema AJ-JT (Assistência Judiciária da Justiça 
do Trabalho). Como definição de seu objetivo, essa resolução descreve o 
seguinte:
[...] Institui, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Sistema Eletrônico de 
Assistência Judiciária AJ/JT, destinado ao cadastro e gerenciamento de 
peritos, órgãos técnicos ou científicos, tradutores e intérpretes e ao 
pagamento dos profissionais nos casos dos processos que envolvam 
assistência judiciária gratuita, e dá outras providências. (BRASIL, 2019a, p. 1)
Diante disso, o primeiro passo é o cadastro do profissional que pretende 
atuar como perito, intérprete ou tradutor no sistema eletrônico, o qual 
serve de base de dados ao judiciário quando é necessário encontrar 
auxiliares interessados.
2.1 Dados pessoais
Para realizar esse cadastro, o interessado deve pesquisar por “AJ-TJ” na 
internet, e os primeiros itens dessa pesquisa devem direcionar ao site 
para cadastro de profissionais, como ilustra a Figura 1.
37
Figura 1 – Tela para log in ou cadastro de novos profissionais
Fonte: captura de tela de https://aj.sigeo.jt.jus.br/aj2/loginInternet.jsf. 
Acesso em: 9 mar. 2022.
Ao clicar em cadastrar um novo profissional, o sistema vai ser 
redirecionado para um termo de compromisso, no qual em apertada 
síntese o cadastrando declara estar ciente dos termos da Resolução 
n. 247/2019 do CSJT (BRASIL, 2019a) e se compromete a prestar 
informações verídicas sob pena da lei. Deve então ser digitado o 
CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do interessado para que o sistema 
verifique se a pessoa já possui cadastro, e, estando tudo certo, são 
acessadas as telas de cadastro – nada diferente do que qualquer 
internauta já está habituado ao se registrar em qualquer site ou fazer 
compras na internet.
A primeira tela é focada em dados pessoais, como nome, endereço, 
número de CPF, e-mail, telefone e outros. Deverão ainda nessa tela ser 
juntados alguns documentos em formado PDF/A.1 O sistema não aceita 
PDF simples, mas não se preocupe, porque no momento da junção 
do documento ele próprio oferece uma ferramenta para converter o 
arquivo para PDF/A. Se, ao tentar anexar o arquivo PDF, aparecer na 
tela a mensagem “Atenção: Os documentos anexados devem estar no 
1 Esse “A” de archive significa que o arquivo PDF não precisa de nenhuma fonte de dados externa para ser 
lido, pois já possui todas as fontes necessárias arquivadas consigo.
38
formato PDF/A. Clique aqui para convertê-los, caso necessário.”, basta 
clicar no link da mensagem e o sistema irá abrir a janela da ferramenta 
de conversão, como ilustra a Figura 2.
Figura 2 – Ferramenta de conversão de PDF para PDF/A
Fonte: captura de tela de https://aj.sigeo.jt.jus.br/aj2/internet/dadospessoais/
detalhamentodadospessoais.jsf#. Acesso em: 9 mar. 2022.
Um dos primeiros documentos necessários já na tela de cadastro de 
dados pessoais é o CCM (Cadastro de Contribuintes Mobiliários), que 
é necessário para todos os contribuintes mobiliários da Secretaria da 
Fazenda do município onde o interessado mantém seu domicílio fiscal. 
Nesse contexto, contribuintes mobiliários são as pessoas físicas que 
exercem uma atividade econômica na forma de trabalho pessoal, sem 
relação de emprego. O interessado deverá pesquisar no seu domicílio 
fiscal como é feito o CCM localmente; muitas prefeituras já dispõem 
de plataformas on-line para tanto, enquanto outras ainda realizam o 
processo de forma presencial na Secretaria da Fazenda.
Ao se cadastrar no CCM, o contribuinte passa a pagar uma taxa anual, 
que nada mais é do que um imposto sobre o lucro presumido que a 
prefeitura estipula para esses profissionais, ou seja, uma vez que esse 
perfil de pessoas físicas presta serviços no município, mas pela natureza 
autônoma de suas atividades não emite notas fiscais de serviço de 
onde possa ser computado o ISS (Imposto Sobre Serviços), o município 
estipula um valor de anuidade a ser recolhido presumindo determinado 
volume de serviços prestados. Esse valor varia para cada município, e 
39
alguns, inclusive, como a cidade de São Paulo, isentam os contribuintes 
do CCM dessa taxa. Logo, o interessado deverá pesquisar também se há 
e qual será o valor de contribuição para obtenção do CCM.
Uma vez de posse do documento, ele deverá ser juntado no sistema AJ-
TJ, devidamente convertido para o formato PDF/A, assim como todos os 
outros documentos que apresentaremos neste material. O interessado 
também deverá apresentar uma certidão negativa de condenações 
cíveis por ato de improbidadeadministrativa e inelegibilidade do CNJ 
(Conselho Nacional de Justiça), similar ao modelo ilustrado na Figura 3.
Figura 3 – Modelo de certidão negativa do CNJ.
Fonte: captura de tela de https://www.cnj.jus.br/improbidade_adm/consultar_requerido.
php?validar=form. Acesso em: 9 mar. 2022.
Para obter a certidão negativa supracitada, o interessado deverá 
pesquisar por “Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Ato de 
Improbidade Administrativa e Inelegibilidade” na internet. O primeiro 
resultado dessa pesquisa deve redirecionar para o sistema de emissão 
da certidão, no qual deve ser preenchido o formulário ilustrado na 
Figura 4.
40
Figura 4 – Sistema de emissão da certidão negativa do CNJ
Fonte: captura de tela de https://www.cnj.jus.br/improbidade_adm/consultar_requerido.
php. Acesso em: 9 mar. 2022.
Os demais documentos que devem ser juntados na seção de dados 
pessoais são uma cópia frente e verso de documento de identificação 
oficial com foto; comprovante de endereço em nome do interessado 
emitido há no máximo três meses da data de cadastro; e comprovante 
da conta corrente bancária individual. É importante destacar que não 
são aceitas contas conjuntas ou empresariais para o recebimento de 
honorários periciais, apenas contas de titularidade exclusiva do CPF do 
interessado.
Após inserir todos os anexos, deve-se clicar em “enviar para validar”. No 
rodapé da página de cadastro, há uma tabela com todos os documentos 
juntados e uma coluna chamada “situação”, que ficará como “pendente” 
até que os documentos sejam validados por servidores da área 
responsável dentro do órgão judicial responsável. Caso a situação 
se altere para “pendência”, significa que há algo a ser corrigido, e o 
profissional poderá verificar no histórico qual mensagem foi deixada, 
como “documento ilegível”, para providenciar a correção necessária. 
41
Por fim, quando a coluna de situação registar “validado”, significa que o 
documento foi devidamente aprovado.
2.2 Dados profissionais
No menu à esquerda do sistema, há o item seguinte para inserção 
de “dados profissionais”, no qual basicamente será apresentado 
um currículo do interessado. Aqui é possível cadastrar mais de uma 
habilitação, isto é, o profissional pode, por exemplo, inserir uma linha 
para engenheiro de segurança do trabalho, o que o habilita a atuar 
em perícias de insalubridade, periculosidade e afins, e outra linha para 
fisioterapeuta, supondo que ele também tenha essa formação, o que o 
habilitaria também a atuar em perícias de vistorias ergonômicas.
Nessa tela de cadastro, deve ser selecionada a categoria (perito, tradutor 
ou intérprete); a profissão base (engenharia, medicina, química etc.); a 
especialização (engenheiro civil e segurança do trabalho, por exemplo); 
as cidades onde o profissional tem interesse em atuar, podendo ser 
selecionadas tantas quantas desejar; o órgão de classe ao qual o 
profissional é filiado, seguido da unidade federativa, do número de 
registro e da data de expedição do registro; e um minicurrículo de até 
2000 caracteres. Nessa aba de dados profissionais, também devem 
ser inseridos os seguintes documentos: certificados de conclusão 
da graduação (ex.: eng. civil) e da especialização (ex.: eng. segurança 
do trabalho) referentes à habilitação profissional que está sendo 
cadastrada; cópia frente e verso da carteira de registro no órgão de 
classe; e certidão de quitação de débitos no órgão de classe.
2.3 Dados bancários e outros
Esta aba é um cadastro muito simples e rápido, bastando informar os 
números do banco, a agência e a conta corrente individual, atrelada ao 
CPF do interessado. O sistema disponibiliza ainda algumas ferramentas 
42
úteis para quando o profissional já estiver com seu cadastro 
devidamente validado e exercendo a atividade pericial.
Nas abas de dados do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e do 
ISS (Imposto Sobre Serviços), o profissional pode inserir comprovantes 
de recolhimento previdenciário e de recolhimento de ISS. Caso não o 
faça, esses encargos terão suas alíquotas máximas descontadas no 
momento do pagamento de honorários. Há também abas para consultar 
as nomeações nas quais o profissional foi indicado como perito e os 
pagamentos de honorários realizados e pendentes.
Uma vez realizados todos esses cadastros e juntados todos os 
documentos solicitados, o interessado deve acompanhar o processo 
no sistema até que seja todo validado. O eventual surgimento de 
pendências pode ser verificado no menu “pendências do sistema”, 
as quais podem ser, por exemplo, a não aprovação de algum dos 
documentos; nesse caso, o validador deixará ao interessado uma 
mensagem descrevendo o problema a ser corrigido.
3. Processo Judicial eletrônico (PJe)
Uma vez que o profissional já esteja devidamente cadastrado e 
validado no sistema AJ-JT, ele está apto a ser nomeado para atuar como 
perito judicial na esfera trabalhista nas cidades em que ele informou 
interesse durante o cadastro. Agora é necessário acessar o sistema 
PJe para acompanhar as nomeações; abrir os processos em que foi 
nomeado para ter acesso às informações neles contidas; inserir laudos 
periciais concluídos; responder a eventuais impugnações ou quesitos 
complementares apresentados pelas partes; entre outros movimentos 
que competem ao perito dentro do sistema.
43
Para tanto, o primeiro passo é obter uma assinatura digital, conhecida 
como e-CPF (Cadastro de Pessoa Física eletrônico), o que pode ser feito 
com uma certificadora credenciada. A busca por “e-CPF” na internet 
irá retornar várias alternativas de empresas que prestam esse serviço. 
O usuário poderá optar pelo certificado do tipo A1, que é instalado no 
computador e permite a assinatura digital de documentos apenas a 
partir desse aparelho, ou do tipo A3, que fica armazenado em uma mídia 
externa, como um cartão ou um token, e pode ser usado em qualquer 
computador em que o usuário conectar essas mídias. Todas as pessoas 
que inserem documentos em um processo, como advogados, peritos, 
tradutores e intérpretes, devem ter obrigatoriamente essas assinaturas 
digitais, pois são elas que asseguram que um documento está de fato 
sendo apresentado por aquela pessoa, ampliando o nível de segurança 
da informação do sistema eletrônico da justiça.
De posse da assinatura eletrônica devidamente instalada no seu 
dispositivo de acesso ao sistema, o usuário deve ingressar no site do PJe 
e selecionar o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) onde atua, conforme 
tela ilustrada na Figura 5.
Figura 5 – Tela de seleção do TRT no sistema PJe
Fonte: captura de tela de endereço http://www.pje.jus.br/navegador/. 
Acesso em: 9 mar. 2022.
44
Ao se selecionar o TRT desejado, o usuário será redirecionado para 
uma tela em que efetivamente realizará o log in no sistema, como 
ilustra a Figura 6. Aqui trazemos como exemplo o acesso ao TRT2, que é 
responsável pela região metropolitana de São Paulo.
Figura 6 – Tela de log in no PJe
Fonte: captura de tela de https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/login.seam. 
Acesso em: 9 mar. 2022.
Como se observa na Figura 6, há a opção para ingressar no sistema por 
meio da assinatura digital do usuário ou por meio do log in com CPF e 
senha. Aqui a diferença é que, se acessar o sistema por meio do CPF/
senha, o usuário só terá acesso à leitura de processos, isto é, não poderá 
juntar documentos, o que só é permitido ao usuário que ingressou 
com sua assinatura, pois, ao juntar um documento no processo, ele 
automaticamente o assina digitalmente.
Feito o acesso, o sistema irá direto ao painel do perito, no qual estarão 
acessíveis todos os processos nos quais ele está atuando ou foi 
nomeado para atuar, como ilustrado na Figura 7.
45
Figura 7 – Painel do perito no PJe
Fonte: captura de tela de https://pje.trt2.jus.br/pjekz/perito/atalhos-perito. 
Acesso em: 9 mar. 2022.
Ao acessar esse painel, o perito judicial aceita ou declina uma nova 
perícia por meio do item “Novas designações”. Uma vez aceita, ela 
passaa contabilizar no grupo “Aguardando laudo”. Quando agendada e 
realizada a perícia, o profissional acessa o respectivo processo e junta o 
laudo, e esse item passa então a contabilizar no grupo “Laudo juntado”.
Após a análise do laudo apresentado pelas partes e caso elas discordem 
de seu teor, podem apresentar impugnação e quesitos complementares 
a serem respondidos. Vale lembrar que, segundo Beleze (2014), quesitos 
são questões das partes que devem ser respondidas com clareza e 
embasamento técnico. Assim, o item passa a contabilizar no grupo 
“Aguardando esclarecimentos” e, após todas as discussões, entra no 
grupo das perícias “Finalizadas”. Por sua vez, o grupo “Arquivadas” se 
destina às perícias que não foram realizadas em função de sua dispensa 
pelo Juízo, como no caso de acordo entre as partes antes da realização 
da perícia, tornando-a desnecessária.
4. Conceitos de insalubridade e periculosidade
A maior demanda com a qual o engenheiro de segurança do trabalho 
se depara em sua rotina como assistente técnico ou perito judicial é a 
46
perícia de insalubridade, periculosidade ou ambas; logo, as respectivas 
normas devem ser dominadas pelo profissional profundamente. 
A insalubridade, por exemplo, pode ser avaliada de três maneiras 
distintas, como prevê a própria NR 15:
15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se 
desenvolvem:
15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 
e 12;
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, 
constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. (BRASIL, 2019b)
Para as atividades previstas no Item 15.1.1 supracitado, as avaliações 
devem ser quantitativas, ou seja, deve ser realizada uma medição da 
concentração do agente no ambiente, de modo que se possa comparar 
com o limite de tolerância, a fim de que então se enquadre ou não 
a insalubridade. Já nas atividades previstas nos itens 15.1.3 e 15.1.4, 
a análise se dá de forma qualitativa, ou seja, não se faz necessária a 
medição do agente, bastando constatar que ocorre a atividade prevista 
nesses anexos para que se enquadre a insalubridade. Em todo caso, 
deve-se ainda avaliar se a exposição insalubre não foi neutralizada por 
medidas de ordem coletiva ou individual, como prevê o item 15.4.1 da 
NR 15 (BRASIL, 2019b).
Já no caso da periculosidade, conceitos como exposição permanente/
habitual e intermitente/eventual são importantes para se concluir se 
dada atividade enseja o direito ao adicional ao trabalhador exposto. De 
qualquer forma, a mensagem final é: o título de Perito não é em vão, 
visto que o profissional deve ter alto nível de domínio dos conceitos 
técnicos que englobam a área na qual pretende atuar, a fim de ser capaz 
de produzir um laudo bem fundamentado na legislação.
47
5. Conclusão
Com base nos conceitos discutidos aqui, você adquiriu noções de como 
um profissional interessado se cadastra no sistema AJ-JT para atuar 
como perito judicial e procede para operar o sistema PJe após já estar 
devidamente cadastrado e atuando como perito.
O objetivo deste material era introduzir conceitos básicos sobre os 
temas abordados. Caso queira saber mais, uma boa sugestão de 
pesquisa é a leitura do manual disponível no site dos TRTs. Para isso, 
basta pesquisar por Manual do usuário externo AJ-TJ na internet ou usar o 
link disponível nas referências ao final.
Referências
BELEZE, Cleverson A. Perícia trabalhista e avaliação de desempenho. Londrina: 
UNOPAR, 2014.
BRASIL. Conselho Superior da Justiça do Trabalho (Brasil). Resolução n. 247, de 25 
de outubro de 2019. Institui, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Sistema Eletrônico 
de Assistência Judiciária AJ/JT [...]. Brasília: CSJT, 2019a.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 15 – Atividades e operações 
insalubres. Brasília: MTPS, 2019b.
TRT. Tribunal Regional do Trabalho (Brasil). Manual do usuário externo. [s.d.]. 
Disponível em: https://ww2.trt2.jus.br/fileadmin/servicos/peritos/Manual_Usuario_
Externo.pdf. Acesso em: 9 mar. 2022.
https://ww2.trt2.jus.br/fileadmin/servicos/peritos/Manual_Usuario_Externo.pdf
https://ww2.trt2.jus.br/fileadmin/servicos/peritos/Manual_Usuario_Externo.pdf
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	A perícia judicial e o papel do engenheiro de segurança
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Dispositivos legais que regulam a perícia técnica
	3. O perito judicial e o assistente técnico 
	4. O rito processual 
	5. Conclusão 
	Referências 
	Diligência, elaboração do laudo, esclarecimentos e impugnação
	Objetivos
	1. Introdução
	2. O CPC e a prova pericial
	3. Construindo o laudo pericial ou parecer técnico
	4. Considerações finais
	Referências
	Cadastro on-line para peritos e conceitos de insalubridade e periculosidade
	Objetivos
	1. Introdução 
	2. Dados cadastrais 
	3. Processo Judicial eletrônico (PJe) 
	4. Conceitos de insalubridade e periculosidade 
	5. Conclusão 
	Referências

Continue navegando